Avatar - A Lenda de Asuz escrita por Hyrohn


Capítulo 1
Capítulo 1 - Opirus


Notas iniciais do capítulo

Calma, calma, não criemos pânico! Prometo revisar o capítulo e corrigir os erros por mim cometidos. Caso o nome "Kryh" seja mencionao alguma vez, substitua por "Asuz" mudei o nome de ultimo momento, mas alguns podem ter passado por minha vista nada apurada.
Enfim, espero que gostem do capítulo.



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Tudo já está planejado, só nos falta agora uma peça para botarmos em prática. O dia prometido está chegando, e então nos mostraremos vitoriosos.

– Relatos antigos.

– Vocês não vão vir?

Asuz estava no alto de um salgueiro, pendurado pelos pés e esperando que Jain e Penora escalassem a arvore.

– Isso não vale! – gritou Jain, chacoalhando o salgueiro, na tentativa de fazer seu amigo cair.

– Só usei das minhas habilidades, não tem nada de mais, ora.

– Você dobrou o ar, Asuz, isso é roubar! – Penora agora se juntara a Jain e também balançava a grande arvore. Vendo que não teve muito resultado, abaixou a pálpebra com o dedo e mostrou-lhe a língua. Acredite, isso para crianças é um ato de grande provocação.

Asuz fez alguns movimentos no ar e criou uma espécie de escadaria de terra, ela se estendia até o cume do salgueiro.

– Não precisam ter inveja – falou o garoto, rindo. – Agora subam e vejam a vista daqui de cima.

A subida era íngreme e vertiginosa, Jain tinha medo de altura, mas não iria perder a oportunidade de subir a Opirus, a maior arvore de todo o reino de Shikara. À medida que subiam, o chão tornava-se longínquo, os galhos e folhas arranhavam a pele. Jain dizia coisas para Penora como “não olhe para baixo” ou então “se segure firme”, mas em verdade ele só dizia isso para tentar esquecer que ele próprio estava escalando. Penora por outro lado subia com facilidade, se apoiando em galhos. “Essa garota vive em arvores” lembrou-se Asuz, e em pouco tempo chegaram ao cume de aproximadamente 102 metros de altura. Asuz estava sentado em um galho bem largo, observando os amigos se aproximarem.

– Até que enfim chegaram.

– Tive que descer para ajudar esse bobão a sub... – Penora esqueceu de que estava falando e parou para admirar. Era possível ver toda Shikara, lugares que eles nunca antes tinham visto, tão longe de suas casas, que nem sabiam que existiam. Era bonito, esplêndido, diria a garota, se soubesse o significado dessa palavra.

Jain também olhava as redondezas estupefato. Asuz riu.

– Olhem só, parecem dois bobocas!

– Ah, não enche. Olha quantas montanhas, cidades e tudo mais – falou Penora.

Asuz desenrolou um mapa, onde alguns nomes estavam circulados e também tirou um objeto cilíndrico.

– O que é isso? – Questionou Jain.

– Um mapa – respondeu de forma irônica.

– Falo desse treco ai, abestado – e apontou pro treco que o abestado segurava.

– Ah, isso é uma luneta, serve pra ver o que está longe, como se estivesse bem pertinho. Ganhei ontem do governante.

Um ar de tensão circundava os três, Perona achou que Asuz ia se debulhar em prantos, mas ele ergueu o rosto e sorriu.

– Devem imaginar pra que, né? Bom, mas ele é realmente muito útil, vejam, só! Penora, olhe bem para lá – falou o menino apontando com o dedo para o leste – você vai conseguir ver a famosa Queda de Khorim, e ali tem os Rochedos Jur’z, onde vivem os gigantes! Adiante é onde fica o castelo do rei, da pra ver a Torre Central daqui, e mesmo atrás de nós da pra ver o Oceano de Mullican, e tamb... AI!

– Calminha ai, não da pra acompanhar se você falar tudo de uma vez.

– Tá, desculpa, mas não precisava me bater, Penora – reclamou Asuz massageando o braço. – É que... Essa é a ultima vez que iremos nos ver.

– Acha mesmo que vai se livrar da gente tão fácil? Não fique tão convencido, pobre criança minguante – debochou Jain.

– Isso ai – concordou Penora. – Só porque foi chamado para Lykuh, não quer dizer que nunca mais iremos nos ver, afinal, quem pode prever o dia de amanha?

– Ei, olha só! Isso é uma lagrima?

– Claro que não! Isso... É só... Ah, parem de rir, seus imbecis!

Asuz saboreou o gosto da amizade e aproveitou dela o melhor que pode. Ali, em cima daquele salgueiro brincaram, riram e até mesmo choraram, Penora e Jain estariam para sempre em suas melhores recordações.

– Bom, então já que não tem jeito, vamos tornar esse momento inesquecível – declarou Asuz sacando uma trouxa das costas. Eu trouxe um presente para vocês: para Penora, trouxe um cachecol de caxemira, ”uma peça finíssima e sem igual, sua textura sublime e sua cor realça sua beleza” (falou imitando o vendedor que o empurrara essa quinquilharia). Isso te protegerá do frio, durante o rigoroso inverno.

Penora se sentiu honrada, colocou o cachecol em seu pescoço e instantaneamente se sentiu mais acalorada. Examinou o tecido, era de um laranja vivo e bonito, macio e com pequenas inscrições por toda a borda. A garota nada mais fez do que agradecer.

– E para Jain, te darei esta folha irada que acabei de tirar desse salgueiro.

– Ah, corta essa, seu besta.

Asuz bolou de rir.

– Calma, seu presente tá na sua cara desde que subiu aqui.

Vendo que ninguém entendeu, clareou as mentes dos colegas.

– Esse mapa? Ah, valeu, eu acho – Jain estava meio desconcertado – mas de que papel vai me servir?

– Bom, os nomes circulados em vermelho são os lugares mais incríveis de Shikara e é bem complicado de chegar lá sem um mapa, o rei me mostrou isso no meu 240º ciclo, disse que era muito importante que eu conhecesse tudo sobre Shikara, e já que não vou mais estar por aqui, gostaria que ficasse com isso.

Penora e Jain pareciam excitados com a ideia de visitar os lugares em vermelho. E curioso, Jain perguntou:

– E o que há nesses lugares?

– Aventuras! – falou o menino sorrindo – Vocês precisam conhecer o mundo subterrâneo, é quase como se houvesse uma cidade abaixo de nossos pés e são pouquíssimas as pessoas que sabem desses caminhos e dizem por ai – e o garoto arrastando o dedo pelo mapa – que a Trilha do Desbravador esconde um tesouro capaz de comprar o mundo todo!

E começaram a rir. Discutiram sobre o que fariam se fossem o dono do mundo. Jain teria acesso ilimitado a famosa churrascaria Kura’kacha, e comeria de graça sempre que quisesse. Já Penora construiria uma cidade inteira nas nuvens, mas mudou de ideia depois que os amigos debocharem dela, então faria a cidade nas arvores, que era algo que ela amava de verdade.

E assim passaram se as horas. O céu escureceu e encheu-se de estrelas e dali, do cume da Opirus aqueles três passaram o ultimo dia reunidos. Depois desceram do salgueiro e no pé da grandiosa arvore cada um partiu em uma direção. Penora e Jain voltavam para suas casas, suas famílias estavam a sua espera. Já Azus, o destino selou outra coisa para ele. Ele desejava ir para casa ver seus pais mais uma vez, seu irmão que retornaria hoje de sua viagem já devia estar em casa e uma singela festa de boas vindas e despedida iriam ocorrer. Mas não foi o que aconteceu.

No caminho de sua casa estava um homem encapuzado com um cajado de madeira na mão. Na frente de suas vestes estava um desenho que lembrava duas mãos com as pontas dos dedos unidas. O símbolo do governante.

– Venha avatar, não lhe resta mais nada aqui.

Asuz não entendia o que estava acontecendo, o céu estava escuro e o vento soprava no sentido contrario por isso demorou a notar as pilastras de fumaça que inundavam a atmosfera.

– Um incêndio! Como não vi isso antes – berrou o avatar, correndo velozmente em direção à sua casa.

– É um ataque inimigo, estão atrás de você, se correr para o fogo, irão te matar – disse o homem.

Asuz correu na direção das chamas. Ele queria salvar, queria proteger a todos, afinal essa é o fado de um avatar.

– Que tentem.

Asuz era ágil, e podia dobrar os quatro elementos como ninguém. Mas ele ainda era uma criança de 133 luas, não derrotaria nem mesmo o mais fraco do exercito de Kyromaggu’s, o desordeiro do submundo.

– Garoto, estupido.

No final tudo o que Asuz pode fazer foi desmaiar. Antes de sua vista escurecer viu a mão de alguém o puxando. Sua cabeça latejava e por fim, ele apagou.


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Notas finais do capítulo

Pretendo fazer uma historia curta. Provavelmente poderia estender e tornar disso uma longa aventura, no entanto irei ser mais objetivo e dar um desfecho o mais breve possível. Mais para frente quem sabe não haja uma continuação?



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