Liars and Killers escrita por A Lovely Lonely Girl


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou muito, muito, muito feliz. Quero agradecer muito:

Por estarem acompanhando: Chelsea Hale, safira laufeyson, Owner of a Sweet Madness e Arabella Riddle.

Por favoritar a fic: Arabella Riddle

Por comentar na fic: Mari Andreza.

Meu Odin! Estou pulando de alegria aqui, muito, muito, muito obrigada MESMO. Agora, espero que vocês gostem desse capítulo MONSTRO aqui. Um beijo e boa leitura!



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Abri os olhos rapidamente, mas a luz branca era muito forte e fechei-os novamente. Respirei fundo lentamente, me acostumei gradativamente à claridade, quando um pensamento me fez acordar por completo: Onde estava Luke? Abri os olhos e tentei me levantar, mas alguma coisa prendia meus pulsos. Olhei-os e vi que estava presa a uma maca de hospital, amarrada pelas mãos e pelos pés. Minha respiração acelerou assim como meu batimento cardíaco, quando percebi que não tinha a menor ideia de onde estava. E Luke, onde estava Luke? O que havia acontecido? Enumerei os acontecimentos da noite passada:

1 – A boate havia sido incendiada.

2 – Luke havia voltado e vimos corpos sendo que, segundo o jornal, ninguém havia se ferido.

3 – Escutamos a conversa daqueles homens.

4 – Descobrimos que, na verdade, eles eram os mocinhos, não terroristas.

5 - A garota nos descobriu dentro do carro.

6 – Eu apaguei.

Respirei fundo e tentei me acalmar. Não podia entrar em pânico, precisava pensar racionalmente. Eles haviam me levado para um lugar desconhecido, eu não sabia onde Luke estava, nem se ele estava vivo. Olhei em volta, mas o quarto branco só tinha a minha maca e uma poltrona azul dentro dele, não tinha nada que pudesse denunciar onde eu estava. Não haviam trocado a minha roupa, exceto que minhas botas estavam ao lado da poltrona. Eu estava sozinha no quarto, sem nenhum sinal de Luke ou de qualquer outra pessoa. De repente, ouvi a voz dele ao longe chamando por mim:

– KATE! KATE, ONDE VOCÊ TÁ?! TÁ ME OUVINDO?! KATE! – Luke estava desesperado, mas vivo, graças aos Céus.

– LUKE! LUKE, EU ESTOU BEM! ESTOU BEM! ONDE VOCÊ ESTÁ?! – gritei a plenos pulmões.

– EU TÔ EM UMA SALA VAZIA, AMARRADO EM UMA MACA DE HOSPITAL! QUE PORRA É ESSA QUE TÁ ACONTECENDO, KATE?!

– NÃO É NADA, LUKE! NÃO PRECISA TER MEDO, ELES VÃO TE SOLTAR DAQUI A POUCO! – Menti, já que não sabia de nada que estava acontecendo ali. Minha primeira reação sempre foi reconfortar as pessoas que eu amo, mesmo quando eu estava morrendo de medo tanto quanto elas. Respirei fundo e continuei – FIQUE CALMO E TENTE DORMIR; QUANDO ACORDAR, JÁ VAI ESTAR SOLTO, ENTENDEU?!

– EU NÃO VOU TENTAR DORMIR AGORA, KATHERINE! EM QUE MERDA DE MUNDO QUE TU VIVE?! A GENTE FOI SEQUESTRADO E CORRE RISCO DE SER MORTO E VOCÊ FICA TAGALERANDO ESSAS PORRAS PRA MIM. EU JÁ VI ESSAS MERDAS ANTES, SABIA?! A GENTE JÁ TÁ MORTO! MORTO!

– CALA A BOCA, LUCAS! JÁ ESTOU NERVOSA O SUFICIENTE AQUI, PORRA! PÁRA DE FALAR ESSAS MERDAS PARA MIM! – Eu sabia que Lucas já estava entrando em desespero. Consegui ouvi-lo se debatendo em sua maca, então comecei a fazer a mesma coisa, a adrenalina havia disparado por todo o meu corpo. Luke não podia sair dali sozinho, se o fizesse, poderiam prendê-lo, torturá-lo ou algo pior. Lembrei-me das coisas que Michael costumava me dizer antes de entrar para o exército – ele me contou muitas coisas sobre técnicas de guerra. Ele sabia muito, muitas formas diferentes de tortura, até mesmo técnicas para fazê-lo falar. Conseguia ouvir o barulho de Luke tentando se soltar da maca, cada vez mais alto, até que ouvi um estrondo enorme. A maca devia ter caído. – LUKE! – gritei, porém não obtive resposta. Oh, não. – LUKE! – Gritei o mais alto que consegui.

Ouvi a porta do quarto ser aberta, mas não conseguia me concentrar em mais nada. Eles com certeza haviam chegado ao quarto de Lucas, então não tinha muito tempo. Não me importava comigo mesma, minha prioridade era salvá-lo. Comecei a me debater com toda a minha força contra as tiras que me prendiam, tinha que salvar Luke. Aumentava a minha força cada vez mais, senti a adrenalina correndo pelas minhas veias. Se eles haviam feito alguma coisa com Lucas, iam pagar muito caro. Forcei ao máximo as tiras, mas estavam tão bem-presas que era mais provável que eu quebrasse meus pulsos.

Não desistiria facilmente, já não conseguia pensar com tanta clareza como fiz anteriormente. Antes que Luke se calasse; sentia que eles haviam chegado até ele. Não enxergava nada ao meu redor, tampouco me importava com aquilo que via. Eles estavam com o Luke, e eu com certeza os faria pagar se houvessem feito alguma coisa a ele. Sons guturais saiam de dentro de mim, demonstrando a minha fúria. Lutava incessantemente com aquilo que me prendia à maca, até que me senti apagar. Pela segunda vez.

{...}

Sentia-me zonza; não, zonza não; embriagada, em uma espécie horrenda de torpor, do qual eu não possuía nenhum controle sobre. Eu nada compreendia correta ou claramente, só estava ciente das malditas luzes brancas. Irritavam meus olhos, queriam me fazer acordar, mas eu não queria; queria que me deixassem sonhar, pelo menos mais um sonho com Asgard, antes de acordar; pois temia que, quando acordasse, eles me matariam. Mais um sonho com o reino dos deuses – era só o que pedia. Um sonho de paz e harmonia, calmo, antes de voltar ao caos da realidade que, eu tinha certeza, abrangia o perigo dos mortais. Mas as luzes eram persistentes – me fizeram abrir os olhos.

Não estava mais na sala branca e não sentia nada prendendo meus pulsos ou meus calcanhares, nada além de curativos. Eu com certeza havia me machucado. Olhei para os lados – me colocaram em um quarto diferente. As paredes eram pintadas de um azul suave, os móveis eram de madeira escura e havia uma cômoda, um espelho, uma escrivaninha, uma estante com livros, um guarda-roupa, uma poltrona, dois criados mudos e a cama. Era bem mais confortável que o antigo quarto, o que estranhei tanto que por um instante pensei estar sonhando. Sentei no centro da cama abraçando os joelhos, ignorando a pontada de dor principalmente em meus pulsos. De alguma forma, me sentia mais tranquila; se cuidaram de mim, podiam muito bem ter cuidado do Luke (no bom sentido da expressão, eu esperava).

Meus pensamentos já não eram tão caóticos ou destrutivos, minha mente estava lúcida. Mordi o lábio inferior e respirei fundo, encarando fixamente a porta de madeira escura do quarto, minha única saída. O quarto, apesar de não ter nenhuma janela para permitir a entrada do sol, não era frio, já que o teto e o piso eram da mesma madeira escura, forrados, supus. Eu devia estar correndo desesperadamente para a porta, tentando abri-la a qualquer custo, mas me sentia segura ali. Onde eu estava, onde estava Luke, o que fizeram com ele, toda a importância contida nessas perguntas havia se dissipado. Eu com certeza estava preocupada, porém seria muita insensatez começar a correr e procurar por ele em todos os lugares possíveis. Era isso o que esperavam e supunham que eu faria, a prova de que minha dedução era correta era o fato de terem me soltado as amarras.

Esperaria o quanto fosse necessário, embora repetisse em minha cabeça o mantra de que Lucas estava bem e que ficaria tudo bem no final. Comecei a cantarolar Seize the Day, me segurando para não fazer a única coisa que eles esperavam que fizesse. Não sei quanto tempo havia se passado, não estava contando quantas vezes repetia essa mesma música, só sei que bateram na porta. Mantive-me imóvel olhando a porta, que se abriu lentamente. A garota ruiva, cujo nome falso era Natally, entrou e fechou a porta.

– Olá, Katherine. – ela me cumprimentou. Lembrei-me de como o agente de tapa-olho a chamou e resolvi fazer o mesmo:

– Romanoff. – dei-lhe um meio sorriso e ela me encarou com as sobrancelhas arqueadas. Respirei fundo e comecei a falar – Uma noite, eu estava no meu apartamento e resolvi ir a um clube, planejava voltar logo de manhã, mas então eu fui barrada pelo segurança, que descobriu a minha identidade falsa. Liguei para um amigo, ele veio me buscar e fomos a uma lanchonete. Enquanto aguardávamos os pedidos, ficamos sabendo pelo jornal que a boate havia sido incendiada. Terroristas, supostamente. Saímos da lanchonete e ele voltou para a boate, estacionou o carro e ficamos só observando por um tempo. Estavam retirando cadáveres quando o jornal havia acabado de falar que não havia nenhuma morte. Era uma queima de arquivo, sem dúvida. Esperamos mais algum tempo e ele começou a falar sobre heróis e sobre Vingadores, mas eu não entendi nem um milésimo do que estava falando. – Franzi o cenho – Alguma coisa sobre uma batalha em New York e uma cidade que caiu do céu, porém eu nunca vi o que aconteceu, apenas escutei rumores. Sofri um acidente e fiquei em coma por anos, e quando acordei foi ele quem me atualizou pelo menos um pouco sobre o que estava acontecendo. – Balancei a cabeça e limpei a garganta – Continuando... Depois de mais algum tempo, ele conseguiu, realmente não sei como, fazer com que escutássemos pelo menos uma parte da conversa daqueles homens. Prestei mais atenção nesses três nomes – Romanoff, Maximoff, Fury. Depois, você viu o que aconteceu. – Dei de ombros- Isso é tudo o que eu sei.

Ela ficou me observando em silêncio por um bom tempo, quando perguntou:

– Realmente não sabe nada sobre Os Vingadores?

– Não sei o suficiente para afirmar que possuo sequer o conhecimento básico sobre isso.

– O que você faz, Katherine?

– Você sabe o que eu faço. Aliás, acho que sabe desde os meus e-mails fakes até a marca do fio dental que eu uso, então toda essa conversinha é desnecessária. A não ser, e eu sei que é essa a verdadeira razão por estar aqui, que esteja estudando meu comportamento, minhas palavras, lendo minhas expressões corporais, até mesmo meus tiques, para ver se realmente sou alguma ameaça. Mas, no fim, vai acabar descobrindo que eu sou só uma cidadã comum, que estava no lugar errado na hora errada.

– Está muito calma para uma situação tão grave. – Eu ri:

– Muito pelo contrário – meus batimentos estão tão acelerados quanto minha respiração, minhas mãos estão suando frio e suspeito que minhas pupilas estejam dilatadas. Então, sim, eu estou nervosa, e com um pouco de medo também, mas não por mim. Eu só quero chegar em casa e dormir em paz, sabendo que Luke também estará são e salvo na casa dele.

A ruiva me observou por mais alguns instantes. Não sabia o que ela faria depois, tampouco se ia me deixar sair viva do interrogatório.

– Mais alguma coisa a acrescentar? – perguntou ela. Lembrei-me imediatamente da menina que me fez desmaiar e disse:

– Não quero que apaguem minha memória. Nem que entrem na minha mente. Por favor. – Me apressei em dizer, a súplica implícita expressa em meu olhar a fez franzir o cenho.

– Espera que simplesmente a deixemos ir embora, sabendo tudo o que sabe agora, sem que sofra as consequências do que você e seu amigo fizeram?

– Não sei o que esperar; não sei quem vocês são. Só estou aqui, contando a verdade e pedindo sinceramente que não tentem fazer nada com a minha cabeça. Não existe nenhuma outra alternativa além dessa? – perguntei meio desesperada. Romanoff me encarou por instantes demorados, em seguida colocou a mão sobre o ouvido, pressionou um comunicador e disse:

– Senhor? Não, ela não é uma ameaça. – disse, sorrindo para mim – Mas podemos transformá-la em uma. – Paralisei ao ouvir essas palavras. Uma ameaça? Eu? Eles queriam me transformar em uma ameaça? Olhei para a ruiva com os olhos arregalados, e podia presumir que estavam gritando no ouvido dela naquele exato momento. Ela continuou falando – Fury, com o treinamento certo, ela pode ser muito mais que isso; Katherine é capaz. Você leu os arquivos... E é exatamente porque ela não se parece com uma que precisamos dela... Não, não estou descartando a possibilidade... Também teremos que trabalhar sobre a divulgação de informações, é verdade, mas ela... Eu posso ensiná-la. E acho que Steve também não se oporia... Qualquer coisa, Carter pode prosseguir com o treinamento... Sim, o garoto mostrou grande aptidão também, poderíamos recrutá-lo... – O garoto... Luke! Parecia que estava discutindo algo sobre recrutá-lo e falando sobre suas habilidades. Romanoff continuou falando por mais alguns minutos, quando se levantou de repente e se virou para mim – Vamos, eles querem te conhecer.

Coloquei as botas e fiquei de pé o mais rápido que consegui, a ruiva já estava na porta, recebendo instruções pelo comunicador, quando me aproximei e ela abriu a porta, se virou para mim:

– A propósito, meu nome é Natasha. – disse e saímos em um corredor completamente diferente do quarto, todo metálico e que dava para um elevador. Natasha digitou uma sequência de números e as portas do elevador se abriram, um vento soprou da direção contrária e alguma coisa que não pude ver entrou no elevador. Pulei de susto quando vi um menino de cabelo branco olhando para Natasha comendo um hambúrguer. – Boa tarde, Pietro. – cumprimentou Natasha e entramos no elevador, as portas se fecharam e o garoto respondeu:

– Viúva. – Ele olhou para mim – E você é?

– Katherine Adams Kohls. – O garoto me encarou por um segundo e estendeu a mão:

– Pietro Maximoff. – apertamos as mãos e ele sorriu – Mas pode me chamar de Mercúrio. – disse, depois piscou para mim. O elevador parou e as portas se abriram, ele disse – Oh-oh, essa é a minha parada. Foi um prazer, Katherine.

– Igualmente... Mercúrio. – respondi, ele sorriu e em um milésimo de segundo depois ele não estava mais lá. Eu e Natasha saímos do elevador e pude ver que era um prédio muito claro, na verdade. O quarto no qual eu estava devia ficar no subsolo. Olhei em volta, vários agentes com aqueles uniformes, alguns com maletas, outros com armas, alguns com aparelhos tecnológicos tão avançados que nem sabia como começar a descrevê-los. – O que é tudo isso? – perguntei para Natasha, que caminhava calmamente ao meu lado.

– Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão; mais conhecida como SHIELD. É uma organização internacional com objetivo de realizar a contra espionagem e manutenção da lei, além de monitorar ameaças em potencial e proteger o mundo desde terroristas internacionais até alienígenas e deuses. A SHIELD foi criada para ajudar o mundo, mas recentemente descobrimos agentes corruptos por aqui, então Fury está passando um pente-fino na organização.

Assenti e continuei andando, até que chegamos a uma porta escrito “SALA DE REUNIÕES”. Natasha se virou para mim, respirou fundo e disse sorrindo:

– Muito bem, aqui vamos nós.


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Notas finais do capítulo

Eu adorei escrever esse capítulo enorme! Vou começar o próximo agora mesmo. Obrigada muito, muito mesmo por lerem a minha fic. Se gostaram, por favor, favoritem, comentem, acompanhem; caso amem a fic, recomendem. Muito, muito, MUITO obrigada pela atenção de vocês. UM BEIJO!



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