Liars and Killers escrita por A Lovely Lonely Girl


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal. Obrigada por estarem acompanhando a fic, é super importante para que eu consiga continuar. Antes de vocês lerem esse capítulo, peço que se lembrem do Coulson, que "morreu" em The Avengers mas voltou à vida para estrelas o Marvel's Agents of SHIELD. Não quero dar muito spoiler, mas só quero lembrar-lhes que a fic se passa depois de Age of Ultron. Espero que curtam a leitura desse capítulo gigante.



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Luke estava em estado de choque ao meu lado, totalmente branco, com os olhos fixos nas pessoas à nossa frente. Já estava prevendo que ele ia desmaiar a qualquer momento. Eu continuava olhando para aquelas pessoas, fascinada e ao mesmo tempo morta de medo, já que nunca havia feito uma coisa daquelas antes. Um Luke estático e pálido ao meu lado não ajudava muito. Conforme via toda aquela operação, consegui identificar que o tal homem de tapa-olho era quem estava no comando, seguido por uma mulher de cabelo escuro preso em um coque e olhos muito azuis, que orientava aquele pessoal à risca. Todos com armas, maletas prateadas e uniformes pretos. Quando um dos homens passou relativamente perto do carro, pude ver o símbolo de uma águia em seu uniforme, o que indicava que eles eram claramente americanos.

Mordi o lábio inferior enquanto tentava arquitetar um plano na minha mente, encontrar alguma saída para aquela situação. Ouvi Luke arquejar fortemente enquanto me olhava com os olhos arregalados, completamente pálido e tremendo. Segurei sua mão e tentei tranqüilizá-lo:

– Shhh... Calma, Luke, nós vamos conseguir sair daqui, ok? – sussurrei, olhando em seus olhos. Ele apenas assentiu e apertou a minha mão com muita força, enquanto continuava a tremer. Só havia duas opções: ou ligaríamos o carro e fugiríamos, ou ficaríamos ali e esperaríamos até que todos fossem embora. Optei pela segunda opção, já que não sabia exatamente do que eles eram capazes. Por que ocultariam o que estava acontecendo ali? Isso era um sinal para eu não me envolver, porque o governo com certeza sabia disso, a julgar pela águia no uniforme. Havia ouvido falar disso uma vez, desse negócio que nem sequer aparece nos jornais, ou quando dizem que está tudo bem - chamava-se queima de arquivo. Engoli em seco, me controlando para não abrir a porta e sair correndo. A única coisa que me manteve ali dentro foi Luke, porque sabia que ele era bem mais assustado do que eu. “Assustado”, porque nenhum dos dois era covarde. O problema era que Luke sempre era imprevisível quando estava com medo. Ele podia desde sair gritando e chamar a polícia até querer bancar o herói e tentar tomar as armas deles. Mais um motivo para que eu não soltasse a mão dele.

– Kate, o que a gente vai fazer? – sussurrou ele, em pânico. Tentei parecer calma ao dizer:

– Esperar.

– Pra eles virem nos matar? – Luke arregalou os olhos.

– Não. Pode ser que consigamos passar despercebidos por eles, se ficarmos quietos. – Sussurrei, porém nem eu mesma acreditava no que havia dito. Luke assentiu rapidamente e entrelaçou seus dedos nos meus. Respirei fundo e mantive os olhos em Natally, que aparentemente havia sido responsável por algumas das mortes de lá. De repente, algo me chamou a atenção: um homem alto saiu de dentro do prédio também, usando um uniforme divergente dos pretos usados pelos outros homens; este usava um uniforme listado na cor da bandeira dos USA com uma máscara com uma letra A na testa. Franzi o cenho, já que havia visto aquele homem em algum lugar, porém não me lembrava de onde. Luke pareceu reconhecê-lo instantaneamente, porque sussurrou um animado:

– A GENTE TÁ SALVO, KATHERINE! O CAPITÃO VAI AJUDAR. – Olhei para ele, que conseguiu ver a interrogação em minha face – O quê? – Perguntou.

– Capitão? – Balancei a cabeça, ligeiramente confusa. Não conseguia entender mais nada do que Luke estava falando. Ele conhecia aquele cara?

– O Capitão América, Kate, lembra-te? A gente tava junto vendo a notícia de quando ele foi tirado do gelo, alguns anos atrás. O líder dos Vingadores. – Franzi o cenho. Os únicos super-heróis que eu conhecia eram o Hulk e o Homem de Ferro. Naquele instante, a ideia me ocorreu. Peguei meu celular e desbloqueei a tela, liguei a câmera e comecei a gravar um vídeo retirando os cadáveres e a tirar fotos do Capitão, de Natally, da loira, do homem de tapa-olho e da moça com o coque que ficava orientando o restante.

– O que tá fazendo? – Luke sussurrou.

– Preciso de provas. – respondi. – Caso alguma coisa aconteça, preciso de provas. Se conseguirmos sair vivos dessa, mostrarei a alguém que possa fazer algo sobre isso. Enquanto isso, diga-me: quem são Os Vingadores, mesmo? – Luke se calou e pareceu refletir por um instante, depois disse:

– Capitão América, Homem de Ferro, Hulk, Thor , Viúv... – Naquele instante, me celular caiu no painel devido ao meu choque. Uma palavra tão pequena, mas tão poderosa; isso era o suficiente.

– Thor? – perguntei atônita, e Luke assentiu. Fiquei branca instantaneamente e olhei para Luke, que parecia preocupado.

– Kate, tu tava longe quando os ataques aconteceram. Muita coisa aconteceu desde que entrou em coma no hospital. Tu tava certa. Deuses existem. Mas, mesmo assim, desde o acidente, tu perdeu muita coisa. Aquela ruiva com o Capitão – ele apontou para Natally – também é um deles. A Viúva Negra. Katherine, essa é uma era muito diferente a que estamos vivendo. Surgiram muitos heróis em muito pouco tempo, e salvaram a Terra mais de uma vez. Eu sinceramente não acredito que tu perdeu tudo isso. – Luke disse, balançando a cabeça em descrença. Eu ainda estava muito chocada para dizer alguma coisa.

A minha vida toda havia pesquisado sobre os deuses e deusas de Asgard, sabia todas as lendas, tinha livros e mais livros em casa e sabia até mesmo quais eram seus respectivos dias. Sabia sobre a coragem de Thor, sobre a vaidade de Freya, sobre a bondade de Frigga e sobre a sabedoria de Odin, sobre os Nove Reinos, sobre Yggdrasill, até mesmo sobre o Ragnarok. Poderia falar só sobre isso por dias sem me cansar. Sempre acreditei que eles eram reais, mas acreditar e saber que são reais são duas coisas completamente diferentes. Era como se o meu personagem favorito do meu livro favorito tivesse simplesmente saído das páginas e vindo para o mundo real. Só que era melhor, porque era como se todos os personagens do meu livro favorito tivessem tornado-se reais.

Eu havia literalmente congelado no lugar enquanto fazia uma reflexão interna do quanto eu me sentia feliz e do quanto a vida seria incrível com os deuses de verdade. Isso claramente significava que a Bifrost era real, o que automaticamente significava que havia uma maneira dos deuses virem para Midgard, que por sua vez significava que se havia um modo deles virem de Asgard para Midgard, logicamente havia um modo de ir de Midgard para Asgard; eu estava determinada a encontrar esse modo, já que, para os humanos, um simples “Heimdall, abra a Bifrost” não resultaria em nada.

– Da primeira vez em que Os Vingadores se reuniram, a formação era Thor, Capitão América, Hulk, Homem de Ferro, Gavião Arqueiro e Viúva Negra. Que eu saiba, o número aumentou, mas não tem muito na internet sobre os que se juntaram a eles depois porque foi um ataque bem diferente. – Ainda estava estática, porém prestava atenção em cada palavra que Luke dizia – Da segunda vez, uma cidade caiu do céu.

Uma. Cidade. Caiu. Do. Céu. Arregalei os olhos enquanto continuava estática no banco do carona do carro de Luke. Por pouco não desmaiei por falta de oxigênio, já que desde que Luke pronunciara “Thor” eu havia prendido minha respiração. Só depois que ele me contou sobre a cidade foi que eu me lembrei de respirar, mas mesmo assim minha respiração era superficial, já que eu estava me controlando para não ter um ataque e sair correndo e gritando do carro que meu sonho tinha se realizado. Então me lembrei de algo que sempre me acalmava: música. E foi aí que eu fiz a coisa mais idiota de toda a minha vida: eu simplesmente liguei o rádio, coloquei o meu pen drive e selecionei uma música que sempre me embriagava – Bring Me to Life. Eu estava basicamente funcionando no piloto automático porque estava me controlando para não explodir. Olhei para fora e vi um dos homens olhar para o carro, podia jurar que ele estava olhando diretamente para mim.

Continuei encarando-o, desta vez sem nenhum medo, pois já sabia que eles tecnicamente eram os mocinhos. O Luke lentamente abaixou o volume e logo o homem voltou sua atenção ao restante, porque parecia que o chefe de tapa-olho o havia convocado. Ele se voltou ao seu superior, que lhe deu ordens e ele assentiu, em seguida pegou uma espécie estranha de celular moderno e começou a conversar com quem quer que estivesse do outro lado da linha. Voltei a olhar para o homem de tapa-olho, que falava com a Viúva Negra e com o Capitão América, e ambos balançaram a cabeça em negativa quase que no mesmo segundo. Se ao menos eu estivesse perto o suficiente para saber do que estavam falando... Então me lembrei de quem estava ao meu lado – Lucas Völkers Singer, o maior gênio com a tecnologia que eu já conheci.

– Luke... – sussurrei, ele virou a cabeça e olhou para mim – Quero ouvir o que eles estão falando. – peguei meu celular e estendi a ele – Você acha que consegue... – Luke me interrompeu:

– Sim, consigo. – Ele pegou o meu celular e começou a digitar como um louco, abriu o porta-luvas e tirou alguns cabos e mini ferramentas de lá. Começou a mexer no aparelho com as ferramentas, parecia que ele conseguiu alterar alguma coisa. Parou de mexer um pouco e depois de alguns momentos, pegou os fones e plugou no celular, entregando um a mim e colocando o outro no ouvido. Ele digitou mais algumas coisas e o som ficou estático por um tempo, quando comecei a ouvir:

– Ele ainda não falou nada. Nem sobre os carregamentos, nem sobre as experiências. Apreendemos muitas doses da droga dentro da boate, mas o senhor viu do que Renselmann é capaz. Ele não pretende parar com isso tão cedo. – A voz era de Natally, corrigindo, da Viúva Negra.

– Deve haver um motivo para Renselmann estar fazendo essas experiências em New York. Com certeza ele tem esconderijos mais protegidos do que esse, até mesmo laboratórios melhores. Tem alguma coisa muito errada aí, não concorda, senhor? – Disse o Capitão América.

– De fato, há algo de muito estranho acontecendo em New York atualmente. – Disse o homem com tapa-olho - A nossa prioridade é descobrir o porquê de esse cientista maníaco homicida estar aqui e em quem ele vai usar a droga, o que exatamente ele pretende. Romanoff?

– Ele resistiu a todas as técnicas que conheço. Renselmann com certeza já veio para New York sabendo o que iria enfrentar. A agente Carter estava acompanhando o interrogatório; o cara não é de falar muito. Coulson conseguiu falar com Wanda?

– A Maximoff está à caminho. Quero saber exatamente o que se passa na cabeça desse filho da puta antes do sol começar a nascer.

– Senhor – a moça de coque interrompeu – ela chegou.

Naquele instante vi uma garota de mais ou menos a minha idade de cabelos escuros e olhos claros, usando uma jaqueta vermelha e vestido preto com botas pretas. Realmente fiquei espantada por ela parecer tão jovem em meio a todas aquelas pessoas. Ela se aproximou do grupo e disse:

– Para que precisa de mim, Fury? – Seu sotaque era realmente notável.

– Wanda, preciso que você entre na mente de um assassino em série. Um dos maiores problemas que já tivemos. Quero saber exatamente quais são os planos dele.

Maximoff. Romanoff. Fury. Eu com certeza não esqueceria esses nomes tão cedo. Continuei escutando a conversa atentamente:

– Como chegou aqui tão rápido? – Perguntou o Capitão.

– Pietro me trouxe. Depois que a SHIELD o ajudou, ele realmente sente que deve retribuir o favor. Eu também sou muito grata por trazerem o meu irmão de volta. Onde está o assassino? – O grupo se aproximou da porta e entrou, deixando a mulher de coque e a loira para fora.

– Você acha que ela é um deles? – perguntei a Luke, que estava muito atento ao meu celular.

– Provavelmente, sim. Estou pesquisando na internet nesse momento. Maximoff, Maximoff... – Luke havia pegado seu celular e estava pesquisando sobre a garota. Eu permaneci concentrada em tentar entender a conversa dos outros homens, mas a única coisa que entendi é que “iam começar os preparativos para iniciar a Fase Três”. Franzi o cenho e olhei para Luke, que balançou a cabeça negativamente, indicando que ele não havia achado nada. Tirei o fone da orelha e peguei o celular, pesquisei um pouco sobre os Vingadores. Não parecia haver nada sobre Maximoff, apenas codinomes de heróis: Feiticeira Escarlate e Mercúrio. Devia ter se passado pelo menos uma hora quando o grupo voltou para fora.

Olhava-os intrigada e ao mesmo tempo fascinada, quando a garota, Wanda, se virou e olhou para o carro, para mim, apontou e disse:

– Tem alguém ali. – Paralisei enquanto a garota me olhava nos olhos, seus olhos claros gradativamente se tornando vermelhos, e ouvi as palavras em minha mente: Agora você vai dormir. Apaguei logo em seguida, porém a última coisa que havia visto era um garoto de cabelo branco bem em frente ao carro.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Viram a razão por eu pedir que se lembrassem do Coulson? A SHIELD trouxe o Mercúrio de volta. A parte da pesquisa ficou um pouco estranha, mas era só para falar meio por cima sobre os nomes de herói dos Maximoff, acho que vou entrar em detalhes em outros capítulos para apresentar os Novos Vingadores. Mas então, o que acharam? Por favor, comente; agradeço por estarem acompanhando. Um beijo e até o próximo capítulo.



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