Liars and Killers escrita por A Lovely Lonely Girl


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal. Como vocês sabem, estou racionalizando internet, mas tenho certeza que tem gente que comenta na minha fanfic, muito obrigada mesmo, vou responder os comentários o mais breve possível. Bom, se essa fosse uma fanfic que eu desse nomes aos capítulos, este capítulo seria "Chá, pipocas e deuses nórdicos". Boa leitura e espero que gostem! ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647604/chapter/15

— Planeta do Tesouro? - Loki perguntou com o cenho franzido, e sorri amplamente:

— Sim. É baseado em um livro chamado "A Ilha do Tesouro", só que tem aliens e as espaçonaves são navios. E também, eu acho bem legal a ideia de piratas espaciais.

— Já conheci piratas espaciais. Acredite, não são nem um pouco... "Legais", já que você gosta de usar este termo.

— Você já falou com piratas espaciais verdade?

— Sim. E estão bem mais para um grupo de beberrões ladrões do que esses piratas espaciais inteligentes os quais você admira tanto.

— Mas piratas são assim mesmo, se você não enxergar o lado poético da coisa. - Cruzei os braços e murmurei, olhando para o microondas. - Pelo menos eles são livres.

— Katherine. - Loki me chamou, e voltei a olhar para ele. - Liberdade é uma mentira. Ela não passa disso: uma grande mentira. - Por um momento não acreditei que tais palavras amargas saíram dos lábios de alguém como ele. Ele era um deus, um feiticeiro talentoso e um estrategista brilhante - o que mais se poderia querer na vida? Porém então me lembrei que Loki estava na Terra, e não em Asgard. E também, algo em seu olhar me dizia sempre a mesma coisa: ele estava perdido. Já devia ter passado por tanta coisa que não era mais ele mesmo. Ninguém muda da noite para o dia, e algo me dizia que Loki teve que mudar muito para acabar daquele modo.

— Eu sei. - Respondi calmamente, o que fez o deus me encarar. - Também sei que todos dizem o contrário, mas não são essas as mesmas pessoas que consideram-se livres? Quero dizer, se você parar para pensar, todas essas leis, regras e normas... Não são elas que tiram a nossa total liberdade? Mas, ao mesmo tempo, são elas que garantem a paz, embora eu realmente não acredite nisso também, ou tentam deixar que todos vivam da maneira "civilizada" decidida pelos padrões da sociedade. Eles não te dão um teto, mas te dão um senso de moral. Não é ótimo? - Ironizei. - Você morre de fome, mas morre de acordo com os padrões exigidos. - Suspirei pesadamente, segui até o armário e peguei um pacote de pipoca. - Sim, liberdade é definitivamente uma mentira... - Abri o pacote, abri a porta do microondas e coloquei dentro do aparelho, depois a fechei. - Mas é uma mentira tão bonita que as pessoas amam acreditar nela.

— De fato. Muitos estão dispostos a morrer por esta mentira. - O moreno girou um botão do fogão e o fogo se acendeu. - Mas me diga... Você não acredita em paz?

— Não. - Respondi imediatamente, em seguida digitei 3-3-0 no painel do microondas e o liguei.

— Por que não? – Dei de ombros.

— Não é que eu não acredite que ela exista; é que apenas a considero um breve momento de inércia entre guerras ou batalhas. O que não acredito é que ela possa durar.

— Hm. - Loki voltou sua atenção à água, que começou a ferver. - Quantos anos você tem?

— Dezessete. - Respondi, e ele riu. - Qual é a graça?

— Dezessete anos... Você é apenas uma criança. - Ai, aquilo doeu. Ele jogou algo verde dentro do canecão de água fervente. Cruzei os braços.

— Talvez no seu mundo. No meu, sou quase considerada uma adulta. Só mais alguns dias, para ser exata. Depois serei considerada uma adulta.

— Então seu aniversário está próximo? É por isso que anda agitada ou tem alguma coisa acontecendo que não pode contar a ninguém? - O quê?! Como aquele cara havia acertado em cheio?! Por um momento me senti entre a espada e a parede, já que Loki saberia se eu estivesse mentindo.

— Já passou pela sua cabeça que eu possa ser só naturalmente agitada? - Boa, Kate. Vai contornando a resposta direta.

— Você não é. Não é de pessoas com o seu feitio ser assim.

— Bom, você não me conhece, então fique sabendo que eu não gosto que coloquem um rótulo em mim dizendo o que eu pareço ou não fazer baseado no feitio de outras pessoas. Algumas pessoas vão bem além das aparências. Como disse Optimus Prime, "Os humanos são bem mais do que os olhos podem ver", ou alguma droga assim, então eu agradeceria se parasse de falar como se me conhecesse. - Ele franziu o cenho.

— Quem é Optimus Prime? Não acho que tenha lido algo sobre ele. Algum filósofo romano, talvez?

— Ele é um Transformer. - O deus piscou, me encarando com a maior cara de paisagem. Respirei fundo revirando os olhos. - Transformers são robôs alienígenas que se transformam em carros, ou foi isso que eu entendi. É um dos filmes favoritos do Luke, ele me faz assistir essa porcaria várias vezes para se vingar por eu fazê-lo assistir Planeta do Tesouro várias vezes. Uma invenção humana, também. Sabe, humanos têm muita imaginação. O filme fala sobre esses alienígenas virem para a Terra atrás de um cubo espacial, e também tem uns aliens do bem e uns aliens do mal, mas todos querem o tal cubo; uma ideia bem doida. Mais louco ainda é o fato do tal cubo cair em mãos humanas, quero dizer, qual é a probabilidade de isso acontecer na vida real?

— Algo assim já aconteceu antes, na verdade. - O encarei.

— Você tá me zoando, né? - Ele balançou a cabeça em negativa.

— A coincidência é assombrosa, realmente.

— Deve ter sido em 2012.

— Sim, exatamente. – Ele piscou e me encarou, surpreso. – Como sabe?

— A pergunta certa seria como eu não sei. E a resposta é: porque eu entrei em coma. Não vi os tais ataques alienígenas, só sei que graças à Frigga o hospital que eu estava não fica na área de New York que fora atacada. Eu podia ter morrido lá. Bom, acho que as preces de minha mãe foram bem fortes para isso não ter acontecido. – Dirigi-lhe um pequeno sorriso, mas Loki manteve-se sério, parecia refletir sobre alguma coisa internamente, creio ter visto um lampejo de algo em seus olhos, dor e raiva. – O que foi? – Perguntei, levemente preocupada. Sabia que Loki era volátil e que seu humor era instável, mas nunca gostei que as pessoas à minha volta sofressem enquanto as outras nem sequer se importavam. Eu tinha que ajudar, mesmo que essa pessoa tivesse um passado ou não. E Loki provavelmente tinha um passado bem mais pesado do que a maioria.

— Nada. – Respondeu rispidamente, estava prestes a perguntar o que ele sabia sobre o ataque de 2012 quando o microondas apitou.

— A pipoca está pronta. – Me aproximei do armário acima da pia, abri as portas, recuei alguns passos até enxergar o balde de pipoca, estava na última prateleira. Me aproximei novamente, fiquei na ponta dos pés e me estiquei ao máximo, em vão. Comecei a pular para tentar alcançá-lo, mas acabei piorando as coisas porque bati a mão nele e o balde foi mais para o fundo do armário. – Argh, que raiva! – Bufei e coloquei uma mecha de cabelo que havia caído no meu rosto atrás da orelha, quando ia tentar escalar a pia ouvi um risinho debochado. Me virei e o encarei, estava prestes a xingá-lo quando me dei conta de algo vergonhosamente óbvio: Loki tinha quase o dobro da minha altura. Respirei fundo, me sentindo muito estúpida. Todo aquele sofrimento em vão. – Loki, será que você poderia pegar o balde de pipoca, por favor? Está na prateleira de cima, um pouco mais ao fundo.

— Claro. – Ele se aproximou do armário, esticou a mão, pegou o balde e fechou as portas, como se fosse a coisa mais simples do mundo. Bem, tecnicamente era, para as pessoas altas. Eu não era tão baixinha, estava mais para estatura mediana, mas eu tinha certos problemas com prateleiras altas. O deus entregou o balde para mim. – Mais alguma coisa? – Ele ergueu uma sobrancelha com um sorriso irritantemente zombeteiro, e tive vontade de mostrar a língua para ele, porém depois do comentário sobre eu ser criança, me controlei pelo meu orgulho; definitivamente não queria provar que ele poderia estar certo.

— O chá já está pronto? – Perguntei com os olhos semicerrados.

— Onde ficam os bules e as xícaras? – Abri o microondas, peguei o saquinho com a pipoca e o coloquei no balcão ao lado do balde.

— Hmm... Acho que estão no armário da esquerda, na parte de baixo. Se não os encontrar soltos, devem estar em uma caixa. – Abri o saquinho, coloquei a pipoca no balde e em seguida, um pouco de sal. – Achou?

— Sim, encontrei. – Loki colocou o bule no balcão.

— Eu pego as xícaras. Já vou deixá-las na sala; quando você terminar, se importa de levar além do bule o balde de pipoca também? Obrigada. – Peguei as xícaras e os pires, os levei até a sala e os arrumei na mesinha de centro. – Já volto, vou pegar o Urso Albino.

— O quê? - O rosto de Loki parecia muito receoso, sua expressão era quase cômica.

— Só faça o que eu lhe pedi. - Disse, segui para o meu quarto, peguei um grande cobertor peludo branco e voltei para a sala, Loki estava sentado em frente à mesinha de centro servindo o chá nas xícaras. - Este aqui é o Urso Albino, meu cobertor favorito.

— Você dá nome a todos os objetos pelos quais tem afeição? - Questionou olhando em meus olhos.

— Sim. - Respondi com um sorriso. Naquele momento ouvi um miado e me virei na direção dele, o gato de pelagem negra e olhos verdes estava nos observando com curiosidade da guarda do sofá. Abri um pequeno sorriso. - Loki! Você apareceu de novo. - Me aproximei da criatura e comecei a acariciar sua cabeça.

— Loki? - O deus perguntou, virei minha cabeça para ele e assenti. Não sabia ao certo, porém achei ter visto um certo brilho em seu olhar. Diversão talvez? Era uma homenagem meio estranha, mas ele parecia ter gostado.

— Eu o tenho há alguns anos. E, bem, gatos são espertos. - Dei de ombros. - Achei que o nome combinaria. E também, gosto muito de mitologia nórdica. Er... Espero que não se importe. - Falei, depois franzi o cenho levemente. Eu queria a aprovação dele para o nome do meu gato? Bom, o nome pertencia a ele, e não tinha a intenção de ofender. - Foi meio que uma homenagem. - Murmurei.

— Não me importo. Ele parece gostar do nome e você também.

— Sim, gosto sim. - Anuí rapidamente, e um meio sorriso se formou em seus lábios.

— Venha, Katherine. O chá está esfriando.

— Okay. - Peguei o Urso Albino e o joguei no sofá em frente à televisão, depois sentei ao lado de Loki, em frente à mesinha de centro. - Hey, em Asgard também tem aquele negócio de "dedinho levantado", "nunca sirva pela esquerda", "nunca pegue a xícara com as duas mãos"...?

— Você quer dizer normas de etiqueta?

— Yep. - Peguei a minha xícara e o pires, tomei um gole e me arrependi no mesmo instante. Coloquei-os rapidamente de volta na mesa.

— O que foi? Não gostou do chá?

— Queibei a lêngua. - Falei com a língua de fora, comecei a abaná-la. - Dão sabia que estaba tão quente. - O moreno me encarou, ou melhor, reproduziu quase perfeitamente a "Encarada Lucas Singer", que era usada quando eu falava alguma coisa estranha ou parecia muito estúpida (o que surpreendentemente acontecia com certa frequência). Coloquei a língua de volta na boca. - Deixa pra lá. - Nos levantamos quase que no mesmo instante, Loki sentou no sofá segurando seu pires e sua xícara com as pernas cruzadas, parecia um terapeuta ou algo assim, ou um lorde requintado, sem dúvida. Um aristocrata. Já eu, bem, não estava nem um pouco gloriosa como ele, enrolada no Urso Albino com o pior coque frouxo já feito na história (para a minha defesa, não havia achado um elástico, okay? É, a gente critica mas quando é com a gente, sempre temos que nos virar), agarrada ao balde de pipoca e aos controles da televisão e do DVD. Em resumo, aquela era eu com o visual Vou-Maratonar-Série-do-Netflix. Comi um pouco de pipoca e em seguida iniciei o filme.

— "Na mais clara das noites, quando os ventos do etéreo estavam calmos e pacíficos..." - Comecei a sussurrar, pois sabia de cor o começo do filme. - "As grandes naves mercantes, com suas cargas de cristais solares de Artúria, sentiam-se a salvo e seguras. Poucas suspeitavam de que eram seguidas por... Piratas". - Sorri amplamente conforme via o navio dos piratas se aproximar. - "E o mais temido de todos os piratas era o famoso Capitão Nathaniel Flint". - Olhei de esguelha para Loki, que estava de cenho franzido encarando fixamente a televisão. Estava tão bonitinho daquele jeito, uma expressão atenta e confusa preenchendo sua face enquanto tentava compreender exatamente qual era a natureza do filme.

— Então não passa de um garotinho lendo uma história? - Ele me encarou, e parei o filme no mesmo instante.

— "Não passa de..."? Hey, moço, dá para você prestar atenção? Não é nada educado já tentar definir a natureza de um filme tão cedo! - Ele piscou me encarando, parecia levemente assustado.

— Certo.

— Obrigada. - Respirei fundo e olhei para a televisão, sentindo um sorriso se formar em meus lábios novamente. Iria começar a minha parte favorita. - Pipoca? - Ofereci, e Loki me fitou com estranheza, com certeza não estava acostumado com minhas mudanças de humor ou com o comportamento volátil, principalmente porque eu tentava me manter o mais estável possível.

— Não, obrigado. - Ele voltou a olhar para a frente.

— Pega logo. Não vou admitir que assista um filme inteiro só bebendo um chazinho.

— Um chazinho que você não teve a capacidade de provar sem queimar a língua. - O deus me dirigiu um sorriso sarcástico, com aquela irritante expressão que só ele conseguia fazer, aquela como se ele fosse superior. Arregalei os olhos e lhe dirigi o sorriso mais lunático que conseguia, um que me deixava muito parecida com uma bonequinha possuída de filme de terror.

— Come a pipoca, Loki. - Disse com uma voz tão adocicada que chegava a ser macabra.

— Está bem. Pode continuar o filme, por favor? - O moreno pegou um pouco de pipoca e comeu, em seguida me aproximei um pouco mais dele, que ergueu uma sobrancelha pelo ato.

— Não deixe a imaginação voar, é só para você conseguir pegar pipoca. - Soltei o filme e observei, abri um grande sorriso quando vi o Jim fazendo suas acrobacias na prancha solar dele. Assisti minhas partes favoritas, do incêndio da estalagem até o Jim conhecer o Silver. Não sabia exatamente quando, não me lembrava de um bocejo sequer, porém em algum momento (durante o assassinato do senhor Arrow, se não me falhava a memória) minhas pálpebras se fecharam e acabei dormindo.

{...}

Estava em um lugar amplo, do céu até o chão, tudo era indubitavelmente estrelado. Parecia que eu conseguia andar sobre tudo aquilo sem flutuar, como se houvesse uma gravidade no meio daquele nada etéreo. Era de tirar o fôlego, nem em meus sonhos mais lindos havia imaginado algo daquele tipo. Quando comecei a andar, ouvi um tilintar, e temerosamente me virei para trás procurando correntes longas e algemas medievais; porém não encontrei nada, o que me fez sorrir. Olhei para meus pulsos para ter certeza: o tilintar era de um fino conjunto de pulseiras que tinha em uma das mãos.

Meus braços eram cobertos por tatuagens, anéis, pulseiras e um bracelete de couro as ressaltavam um pouco. Havia uma bandana em minha cabeça, pequenas miçangas adornavam meus cabelos e usava brincos bem grandes. Usava uma camisa de botões verde-escura com desenhos em branco e pequenos cortes decorativos nas mangas. Usava calça e botas pretas e na minha cintura havia um cinto com um coldre e um estojo para adagas com uma dentro. Me sentia muito poderosa.

Olhei para os lados, quando já estava ficando cansada de admirar as estrelas, e encontrei algo que parecia uma ilha flutuante no meio do nada. Sem pensar duas vezes, corri para lá, e o esforço não me cansava, só me fazia sentir bem e livre. Observei a ilha, completamente fascinada - Aquele era o paraíso? Havia parado em um local perto de um riacho, quando o vi de perto tive a plena certeza de que se tratava de um sonho: a rocha em frente ao riacho era repleta de espelhos planos. Foi então que consegui me observar melhor; a bandana era vermelha e branca e também havia uma tatuagem em meu rosto, do lado esquerdo. Era errado que meu ego inflasse umas mil vezes de uma vez só? Porque foi exatamente o que aconteceu. Eu era uma pirata perfeita.

— Katherine? - Era uma voz suave masculina. Olhei em volta, porém não vi ninguém. - Katherine, acorde.

— Kate? Kate, querida, está perdendo o filme. - Era uma voz feminina, a voz de Sage, e então fechei os olhos.

Abri os olhos lentamente, perdi por um segundo as noções de tempo e espaço, porém logo as recuperei quando meus globos oculares pararam de embaçar. Minha cabeça estava confortavelmente apoiada em alguma coisa, um cheiro muito bom invadiu minhas narinas, algo que tinha um toque amadeirado e ainda assim... Familiar. Conhecia aquele cheiro agradável, e não me incomodaria dele me embriagar para sempre. Encontrei duas lindas orbes verdes me encarando, um brilho vívido por trás delas me fez despertar por completo. Foi então que me dei conta que havia cochilado com a cabeça apoiada no ombro de Loki.

— Desculpe... - Murmurei sonolenta, em seguida sentei mais ereta no sofá.

— Aparentemente, ele não se importa. - Sage disse com um sorrisinho divertido nos lábios, e mostrei a língua para ela. A ruiva sentou ao meu lado e puxou um pouco do Urso Albino para ela, depois pegou o controle do DVD. - Vou voltar para a última cena que você viu. Qual foi, você se lembra?

— A morte do senhor Arrow. - Dissemos eu e o Loki em uníssono; Sage sorriu levemente e suas orbes claras se fixaram nele, depois em mim e então ela olhou para a televisão. - Certo... Tente não dormir agora, senão essa será a última vez que assisto esse filme com você. - Ela foi voltando as cenas até parar na qual eu havia assistido por último, e então nós três assistimos o filme até o fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Muito obrigada por lerem Liars and Killers!