Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Heeey cookies lindos!!! Amo quando vocês comentam tão animadamente como no último capítulo. Amooooo, obrigada mesmo. Vamos ler e deliciem-se...



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Chegamos em casa, depois de pegar um pequeno trânsito no caminho, e Patty já estava deitada no sofá a nossa espera.

– Caramba, pensei que tinham me deixado aqui – Levantou a cabeça e gemeu – Pelo amor de Deus, eu imploro, não me deixem beber desse jeito nunca mais na minha vida.

– Já ouvimos isso antes...

– Juro que tentei, mas prezo bastante a minha mão também – Falei e fui para a cozinha guardar as compras.

– Quer ajuda para preparar o café da manhã?

– Eu adoraria, Edward – Separei algumas coisas e deixei encima do balcão.

– Feliz que está livre do trabalho?

– Eu achei que fosse sentir falta, mas até que estou me sentindo muito bem. Minha família tinha razão, eu estou mesmo precisando de um descanso. Administrar um hospital pode ser enlouquecedor – Ri.

– Vai poder ter seu tempo, agora. Você poderia aproveitar para fazer as viagens que tanto queria.

– Talvez, vou pensar sobre isso – Peguei o bolo e garrafa de café e fui colocando a mesa enquanto Edward terminava de preparar as outras coisas.

Cheguei na sala e vi o casal sentado no sofá, abraçados e um sorrindo para o outro enquanto conversavam sobre alguma coisa. Senhor, me perdoe por isso, mas eu fiquei com inveja deles dois. Tenho inveja porque eu nunca vou poder ficar assim, ser um casal como eles com o Edward. Isso nunca vai poder acontecer entre nós dois, e está começando a me matar. Onde eu vim me meter?

Eu disse, eu tentei ser forte, ser um tipo de garota que eu não costumo ser. Tentei apenas aproveitar o momento que eu o terei e depois seguir minha vida como se nada tivesse acontecido. Mas, eu sei que não vai ser assim tão fácil. Eu gosto de estar com ele, fico feliz quando me liga, porque eu sei que ele estava pensando em mim. E isso, definitivamente não é um bom sinal.

Não é uma droga você ter noção que está mergulhando em uma “relação” a qual já sabe que está fadada ao fracasso? Às vezes penso que eu deveria sair correndo enquanto posso, mas meu corpo somente diz o contrário. Diz que eu tenho que continuar e aguentar calada o que vier no futuro próximo... Põe próximo nisso.

– Cabecinha de vento? - Vejo Sam parado a minha frente – Em que mundo estava? O Edward está nos chamando para a mesa.

– Desculpe, sabe como me distancio quando paro para pensar.

– Vem, vamos comer – Ele me olha como se soubesse o que eu estava pensando, beija o alto da minha cabeça e toma seu lugar na mesa.

– Bella, seja lá o que eu falei ontem, te peço perdão desde já – Paty ainda olhava para a comida sem tocá-la.

– Relaxa, eu sei bem o que o álcool pode fazer conosco.

– Então, Edward, como você conheceu a Bella?

– Sério, Sam? - Estreito meus olhos em sua direção.

– O quê? Você pode se meter e querer saber de tudo na minha vida e eu não? - Edward ria de nós dois.

– Para, Bella, eu também quero escutar – Paty massageava suas têmporas – E parem de falar muito alto.

– Eu e a Bella nos conhecemos no dia que ela levou a prima do amigo dela ao meu show.

– Você é cantor?

– Sim, mais conhecido como Ed Cullen – Paty fez cara de espanto.

– Sim, é verdade, eu já ouvi falar sobre você. Caramba, que honra – Sorriu.

– Desculpe, Edward, é que minha praia é mais clássicos e blue/jazz.

– Eu entendo, gosto bastante desse gênero também. Mas, acabei pegando gosto por Pop Rock.

– Já ouvi uma música sua, a “Stray Dog” é bem legal.

– E é porque você disse que não era minha fã.

– E não sou – Desdenho – Mas é impossível não escutar alguma música sua quando se tem duas fanáticas na família.

– É verdade – Fala Paty, gesticulando com a colher na mão. Rimos.

– Quais são os planos para hoje?

– Eu tenho que trabalhar, tenho plantão.

– Meus pêsames, Sam – Zombo.

– E eu também, vocês vão ter que se virar sozinhos.

– Não vai ser tão difícil assim – Sussurra Sam e jogo pão nele.

– Deviam se apressar ou vão chegar atrasados.

– Está nos expulsando?

– Deixa eu pensar... Sim – E foi o que fizeram, pouco tempo depois eles saíram numa correria só. Ainda tinham que passar em casa.

– Eu lavo os pratos e você guarda as coisas.

– Sim senhor, capitão – Ele leva jeito com isso, terminou rapidinho com a louça e ainda me ajudou a guardar algumas coisas. Dei uma pequena varrida na cozinha por causa das migalhas que sempre caem no chão e ele ficou encostado no balcão, apenas me observando. Apanhei o lixo e enxuguei o suor do rosto e o encarei.

– Tenho que tomar um banho, estou toda suada.

– Você fica linda assim, com o cabelo bagunçado, roupa de dormir e suada. É uma visão danada de sexy – Aproximo-me dele e sorriu.

– Você se importa se eu te beijar? Quero fazer isso desde que te vi hoje.

– Sinta-se em casa – Soltei uma risadinha antes de beijá-lo. Foi algo rápido, ao mesmo tempo demorado, sem segundas intenções. Só para matar a saudade.... É, a saudade de seus lábios.

– Eu vou tomar um banho e já volto, odeio me sentir suja.

– Estarei assistindo TV – Dei um selinho nele e corri para o banho. Vesti o que vi de primeira, deixei o cabelo num coque frouxo mesmo, passei meu delicioso perfume e fui ao seu encontro. Ele estava deitado no sofá, assistindo ao filme que me parecia ser de suspense e estava muito concentrado.

Andei em passos lentos e o mais silencioso possível e joguei encima dele, o fazendo soltar uma lufada de ar pelo meu peso.

– Oi, demorei?

– Não percebi, estava prestando atenção no filme, ele parece ser muito bom.

– Qual o nome?

– O Jardineiro Fiel, é de Drama/Suspense – Segurei seu rosto e o fiz me olhar.

– O que a gente vai fazer hoje?

– Não sei, você conhece a cidade. O que podemos fazer para nos divertir?

– Bem... - O toque do seu celular não me permitiu falar.

– Desculpe, só um minuto – Sai de cima dele para que se levantasse.

– Alô? - Andou até a janela e fiquei assistindo ao filme enquanto isso – Mas o quê, agora? - Meu ouvido entrou em alerta e baixei um pouco o volume da TV.

– Eu estava ocupado, tem que ser mesmo agora? - Suspirou derrotado – Tudo bem, eu estou a caminho.

– O que foi? - Ele desligou.

– Meu agente acabou de ligar e disse que vou ter que participar de uma reunião de equipe lá no hotel.

– Ah – Fiquei triste com a notícia, pensei que ia ficar com ele – Entendo.

– Sinto muito, eu pensei que ficaríamos juntos – Leu meus pensamentos.

– Não, eu entendo. É o seu trabalho, a gente tem o resto do dia – Sorri.

– Você poderia ir comigo.

– Obrigada, Edward, mas vou ter que recusar. É um momento de trabalho e não quero atrapalhar, vou te esperar aqui.

– Ok, tá certo – Se ajoelhou na minha frente – É estranho, mas me sinto mal por ter que ir embora.

– Teremos a noite, podemos fazer algo divertido – Acabei lhe beijando.

– Iremos sim – Sorriu – Estou indo, se cuida. Eu ligarei se sair mais cedo.

– Ok – Ele segue para a porta e logo me sinto sozinha. Deve ser porque eu estou. Não quero ficar em casa sozinha, acho melhor ir pra casa da minha mãe.

Vou até o quarto e ponho uma roupa mais bacana, apago as luzes que deixei acesa e pego o elevador. Pouco tempo estou estacionando em frente a sua casa, tranco tudo e saiu. Respiro fundo e me preparo para o interrogatório que vai ser quando eu passar por aquela porta.

Abro a porta e vejo a Lyne descendo as escadas. Com a minha blusa favorita!

– Oi, Bella – Falou sem nenhuma culpa.

– Como assim “Oi, Bella”? - Aponto para ela – Quem te deu permissão para usar minha blusa?

– Ué, estava aqui em casa e como não vejo você usando mais, eu quis usar.

– E pediu?

– Não vi necessidade. Agora, tchau – Passou por mim e a puxei pelos cabelos – Ai, me solta.

– Você vai subir e tirar a minha blusa – Tentou me alcançar, mas me afastei um pouco mais.

– Me solta – Gritou.

– Vai fazer o que eu mandei?

– Vai pro inferno – Esbravejou. Por esse motivo e resposta educada, puxei mais ainda seu cabelo.

– Você vai aprender a me respeitar, ou esfolo essa sua cara de pivete no chão.

– Mamãe – Gritou e sorri com isso.

– Vai apelar para a mamãe?

– O que...

– Não se mete, mãe. Isso é entre eu e ela.

– Mas o que é isso?

– Ela pegou minha blusa sem permissão.

– Bella, não seja ridícula, é só uma blusa.

– Não é pela blusa, é o que ela fala, mãe.

– Solta ela, Bella.

– Você vai subir e vai trocar a minha blusa, eu não vou repetir – Sai a levando pelos cabelos até o pé da escada e a empurrei – Agora vai – Ela alisou seu couro cabeludo – E se eu ouvir um piu, eu subo lá e você não vai querer que eu faça isso – E ela nem sequer olhou para mim, subiu correndo e escutei a porta do seu quarto bater forte.

– Você não acha que está exagerando? - Renée parecia um pouco brava.

– Eu exagerando? - Respirei fundo para não falar besteira – Juro, mãe, juro que qualquer dia eu vou deixar de vir nessa casa. Não tem um santo dia que eu venha aqui e não tenha uma dor de cabeça com essa menina.

– Não seja absurda.

– Você a mima demais, esse é o seu problema – No mesmo instante, a Lyne desce as escadas com paços pesados.

– Lyne, onde você vai?

– Vai para o inferno vocês duas – E saiu sem mais nem menos.

– Viu? - A olho com as sobrancelhas erguidas – Bem feito, só assim a senhora pensa na vida e tenta dar um jeito nela. Eu juro a você, Renée, qualquer dia eu vou bater nessa menina e é nesse dia que ela vai aprender a ser gente – A Renée caiu em um choro compulsivo, me deixando completamente assustada, e a abracei sem pensar duas vezes.

– Eu não sei mais o que fazer. Ela é uma boa pessoa, filha, mas ela odeia ser contrariada. Está tudo bem entre nós, até algo lhe ser negado. Isso está me matando.

– Desculpe, mãe, eu fui um pouco grossa com a senhora – Nos encaminhei até a sala e sentamos no sofá – Calma, está tudo bem.

– Eu vou te contar umas coisas, mas não conta para o seu pai – Assenti – Faz semanas seguidas que eu venho recebendo ligações da escola da Lyne, dizendo que ela quando não falta as aulas, passa a maior parte do tempo na detenção. Ela, assim que chega a noite, já sai para se encontrar com os amigos e passa a noite fora. Eu tento falar com ela, a proibir, mas ela ameaça ir embora de casa e nunca mais vou a ver. Se fosse a um tempo atrás, eu não acreditaria nela, mas Bella, sua irmã está ficando fora de controle.

Doeu meu coração profundamente ver a minha mãe desse jeito, eu juro que vou matar essa garota.

– Mãe, as coisas não podem continuar assim. Eu posso te ajudar, mas sabe como é o meu jeito.

– Não, está tudo bem – Senhor, dá-me paciência. Vejo encima da mesa de centro um pote de remédio.

– O que é isso, mãe? Quem está tomando remédios para dormir?

– Não é nada – Murmura desconfiada. Levanto do sofá e a encaro com as mãos na cabeça.

– Mãe, eu não acredito que a senhora deixou as coisas chegarem a esse nível, mas que droga – Esbravejo agora sem paciência alguma. Ela baixou a cabeça e voltou a chorar.

– Eu não suporto te ver assim, algo tem que ser feito. Eu vou contar ao papai – Ela levantou a cabeça rapidamente e me encarou, segurando meus braços.

– Você tem que me prometer que não vai contar a ele. Você sabe como é o seu pai, Bella.

– Renee...

– Prometa – Eu não vou deixar isso barato.

– Fica calma, eu não vou contar – Voltei a abraçar.

– Obrigada, filha, eu te amo – Beijei o alto da sua cabeça e suspirei.

– Eu também.


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Notas finais do capítulo

É, já viram que a Lyne vai dar um pouco de dor de cabeça... Pra completar, né?
Comentem, cookies, amo ler o que estão achando. Beijokas