Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Heeey cookies, eu consegui recuperar meu notebook!!!! Escuto o povão vibrando de emoção kkkkk.
Agradeço a todos que comentaram e pessoal, pessoas que eu não respondo aos comentários, são amigos próximos que comentam e eu agradeço pessoalmente, não pensem que eu deixo ninguem sem respostas. Vamos ler que o capítulo está muito bom.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647331/chapter/5

Como a boca da Patty é muito grande, eu realmente não consegui ir ao trabalho no dia seguinte. Já passam das 11:30 do dia. Eu e Edward passamos a noite toda nos “corrompendo” e posso dizer e afirmar: foi maravilhoso. Virei pro lado e me assustei. Mas o que?! Eu pensei que ele tivesse ido embora. Tirei seu braço de cima da minha bunda e tentei sair de fininho. Porém, seu braço voltou ao mesmo lugar e me segurou mais firme.

– Onde você pensa que vai? - Sussurrou com um sorriso no rosto.

– Ah...é...Oi – Sorri sem graça.

– Sério? - Sentou em frente a mim – Depois de tudo que fizemos ontem, você está com vergonha?

– Não, não é isso – Afastei-me um pouco e prendi o cabelo em um coque frouxo – É que...bem, eu pensei que você tinha ido embora – Sua expressão de felicidade caiu um pouco.

– Desculpe – Recuou um pouco – Se quiser, eu posso ir.

– Não – Quase gritei – Não é assim que eu quis dizer – Sorri um pouco – Eu quis dizer que eu realmente achei que você fosse ir embora depois de tudo. E também já faz um tempo que não acordo com alguém ao meu lado. Desculpe.

– Ah – Suspirou aliviado – Eu não sou desse tipo, Bella. Mesmo se estivesse com uma prostituta, eu teria a dignidade de esperá-la acordar para me despedir.

– Legal da sua parte – Levantei sem me importar com a nudez – Está com fome?

– Sempre – Alisou a barriga – Vai tomar banho e eu preparo algo para nós dois.

– Tem certeza? - Fez que sim – Tudo bem, sinta-se a vontade.

Segui para o banheiro e não me incomodei de fechar a porta. Como estava com muita fome, tomei o famoso banho de gato e me troquei super-rápido. Corri para a cozinha e vi Edward, concentrado, apoiado no balcão e fazendo algo que pela sua cara parecia ser divertido.

– O que está aprontando? - Ele se assustou e me encarou com os olhos arregalados.

– Droga, você anda como uma gata, por acaso? - Gargalhei.

– Desculpa, eu queria chegar de mansinho e ver o que você fazia – Dei de ombros e me aproximei.

– Espero que goste de obra de arte com comida – Mirei o prato a minha frente e sorri. O prato estava enfeitado com um desenho feito por ovos e bacon e pedaços de ruffles por cima.

– Se for comestível, eu sei que vou amar – Passei o dedo pela gota de geleia, que seria o olho do rostinho – Ops, esse acabou de ficar cego – Gargalhou.

– Como você é malvada – Tentou me dar um beijo, mas me esquivei. Acho que está na hora de dar um break no momento casal, que não existe e nem vai existir.

– Eu acho melhor você ir tomar banho – Gemi e franzi a cara – Eu não quis dizer que você está fedendo – Ri – É só que eu acho que você vai se sentir melhor e poderemos comer – Que?!

– Claro, você tem razão.

– Tem toalhas extras encima da cama, o banheiro e tudo que tiver nele é todo seu – Ele sorriu e seguiu pelo pequeno corredor. Pouco tempo depois, eu escutei o chuveiro ligar. Meu corpo relaxou um pouco depois da tensão que ficou no ar e sentei no banco da bancada.

Meu celular começou a tocar na sala e corri para pegá-lo, na tela dizia que eu tinha perdido várias chamadas.

Credo, quem foi que morreu?

– Alô? - Pus no viva-voz.

– Até que enfim – Ah esse maldito bom humor da Nessie no começo da manhã – Por que não atendia minhas ligações?

– Por que eu estava ocupada? - Falei em forma de pergunta.

– Nossa – Reprimiu um grito – Quer dizer que rolou mesmo?

– Sim, rolou.

– A gente ligou para o seu trabalho e disseram que você não estava lá. Agora eu sei porquê, você deve estar acabada – Tive que me juntar a ela e rir.

– Pois é, bem que a Patty disse.

– A tia Renée quer que você venha almoçar aqui. Isso se você poder andar.

– Claro que eu posso, sua desbocada. Chego ai em meia hora mais ou menos – Falei.

– Mas, me conta, como foi? Conta-me tudo – Abri a boca para responder, mas Edward apareceu bem na hora e me calei.

– Nessie, eu preciso desligar agora. Depois nos falamos – Apertei o botão para ligar a tela e assim desfazer a ligação, mas ainda deu tempo de escutarmos a Nessie falar algo como “Sua vadia, você passou a noite com meu maior ídolo e eu quero detalhes”. Dessa vez foi impossível não rir da cara do Edward. Gente, ele ficou vermelho de vergonha, que fofo!

– Desculpe, sabe como é a Nessie – Sorriu meio sem graça e andou até mim.

– Quer comer agora? - Levantei e fomos a cozinha.

Fiquei com um pouco de dó de desmanchar o desenho, mas a fome falou mais alto. Tirei uma foto do meu prato e outra da dele e deixei o celular do meu lado. Vi de banda que ele fitava o meu celular.

– Não se preocupe, eu não vou divulgar as fotos – Tentou argumentar, mas até ele mesmo sabia que era isso que ele temia – Não sou dessas, Edward – Usei suas falas – Pode ficar tranquilo comigo, sou uma muda sem esperanças de falar um dia – Citação idiota, eu sei. Mas, deixa quieto. Balançou a cabeça rindo e voltou a comer. Minutos depois, meu celular voltou a tocar.

– Sua manhã é bem agita, em – Disse.

– Só quando estou com alguém – Revirei os olhos – O que foi agora?

– Oi filha – Era Renée – A Nessie te avisou para vir almoçar aqui?

– Oi mãe – Falei sem ânimo – A senhora sabe que ela falou, só ligou para encher meu saco que eu sei – Riu do outro lado. Edward me fitava com uma expressão divertida.

– Você me conhece – Respirou fundo e voltou a falar – Você poderia trazer seu amigo...

– Não, não mesmo. Está fora de questão. É cedo demais e a gente nem sequer é algo – Edward pareceu entender do que estávamos falando e vi que seu corpo ficou um pouco tenso.

– Mas filha, vocês passaram a noite juntos, já devem se conhecer muito bem.

– Mãe, não é porque passamos a noite fazendo sexo que nos conhecemos como se fossem dez anos.

Falei sem pensar e na mesma hora tapei a boca. Não por mim, mas pelo Edward

– Mãe, pelo amor de Deus, me deixa quieta. A gente conversa quando eu chegar ai, prometo que não vou demorar – Desliguei na sua cara. Edward não estava mais a minha frente. Saltei do banco e corri para a sala, ele estava calçando seus sapatos e levantou a cabeça, como se tivesse sentido minha presença.

– Edward, eu sinto muito. Eu não controlei minha boca e soltei aquilo, eu não devia ter falado sobre nós a minha mãe.

– Não, Bella, sem problemas. Sério mesmo – Ficou de pé – Eu não quero atrapalhar seus planos. Mas que merda é essa, ele ficou mesmo chateado por eu ter dito que não ia levá-lo comigo? Parei em frente a porta e impedi que passasse.

– Você não está atrapalhando nada, não seja estúpido – Segurei em seus braços – Não fique bravo, eu só não sei como me portar diante de tudo. Eu..eu – Não conseguia achar palavras para dizer a ele que na minha cabeça, só iríamos fazer sexo e depois ele seguiria em sua turnê, sem magoá-lo.

– Bella, eu já entendi tudo – E pelo jeito como ele olhou para mim, vi que entendeu mesmo.

– Eu não quero que você entenda mal, eu não sou assim. É só que...

– Você não quer nada sério agora, eu entendo – Foi sua vez de me segurar, só que agora ficamos face a face – Bella, está tudo bem. Eu fui o único que me precipitei e entendi tudo errado – Ah não, esse olhar não. Esse maldito olhar, não! - Obrigado pela noite e manhã maravilhosa, Bella.

Depositou um beijo em minha bochecha e me tirou do caminho, para abrir a porta. E eu não empatei, deixei que fosse enquanto minha cabeça não parava de trabalhar.

Várias vozes me diziam o que fazer, outras apenas me falavam uma bela de uma bronca. O que eu faço, o que eu faço, o que eu faço? O tintilar da chegada do elevador me fez despertar e quando pus a cabeça para o corretor, o elevador quase fechava.

– Edward! - Chamei. Deus, eu estou mesmo fazendo isso? Isso tudo é culpa minha por pensar uma coisa e acabar fazendo merda. Ele segurou a porta e quando me aproximei, vi esperança em seu olhar.

– Eu...bem, a minha mãe, ela pediu que eu te convidasse para almoçar lá em casa.

– Mesmo? - Deu um paço até mim.

– Sim, quer dizer, se caso você não tiver algo melhor para fazer.

– Na verdade, eu ia ficar o dia inteiro no quarto, comendo e assistindo TV.

– Pois então, não vai mais – A porta do elevador tilintou, nos fazendo rir – Acho melhor sair dai – O puxei para fora e a porta enfim fechou.

– Bella, você tem mesmo certeza que quer que eu vá?

– Relaxa, Edward. Minha mãe ou a Nessie daria um jeito de te levar de qualquer maneira – Ri e dei de ombros.

Vocês devem ficar se perguntando o porquê de todo esse drama, certo? Aqui nos Estados Unidos e também para mim, é um avanço e um passo enorme apresentar um cara ou uma garota aos seus país e ou família. É quase tão importante quanto um pedido de casamento, esse é o motivo de eu nunca, quase, ter levado muitas pessoas em minha casa.

Mas, no entanto, aqui estou eu, quebrando essa coisa que tenho e levando o Edward comigo.

Seja o que Deus quiser!

– Tudo bem, mas eu precisaria ir no hotel trocar de roupa, ficar mais apresentável – Uma lâmpada se iluminou em cima de minha cabeça.

– O Sam deixou algumas roupas aqui, acho que devem servir em você – O puxei pelo braço e deixo que sentasse na cama. Catei as roupas no closet e trouxe até ele – Aqui, pode provar.

– O Sam...

– É meu amigo, ele não vai se importar, pode confiar em mim – Alguns segundos depois, com sua batalha pessoal travada, ele aceitou. Escolheu a calça jeans escura, a blusa polo verde-musgo e ficou com o seu tênis mesmo. Troquei o short por uma calça jeans, uma camisa de manga curta e uma jaqueta de couro bege. Edward e eu pusemos nossos sobretudos e entramos no elevador.

– É um almoço em família? - Quebrou o silêncio enquanto eu dirigia pelas ruas.

– Só o de sempre, já que é um dia de semana. Só vai estar meu irmão, a Nessie e o marido e meus pais. E claro, se minha irmã estiver em casa. Bagunça mesmo é final de semana – Sorri ao lembrar.

– Hum, legal – Falou apenas.

– Não precisa ficar nervoso, são todos legais e dóceis. Mas tenho que te dizer, eles são bem maluquinhos e folgados – Sorriu para mim antes de voltar a olhar pela janela.

[…]

– Até que enfim vocês chegaram – Mamãe já nos esperava com a porta aberta e a Nessie logo atrás.

– Oi mãe – A cumprimentei com um abraço – Estão todos aqui?

– Estão sim, vamos entrando – Ela fechou a porta e me fitou com os olhos brilhando.

– Ah, claro – Segurei o braço de Edward e sorri – Esse aqui é o Edward, é um amigo que conheci no dia do show – Não deixa de ser mentira.

– Oh, ouvi falar muito de você – Claro que não da minha parte, vocês já devem imaginar de quem. Ele estendeu a mão, mas, a minha mãe já foi o abraçando – Seja bem-vindo, Edward. Eu sou a Renée, a mãe dela.

– Obrigado, muito prazer dona Renée.

– Apenas Renée – Ela segurou em sua mão e saiu o rebocando. Ele me olhou interrogativo e apenas dei de ombros. Eu disse que eles eram dóceis, só não expliquei o quanto.

Fui os encontrar na sala de jantar, já estavam todos sentados ao redor da mesa e me sentei ao lado do Edward. Ele já não parecia mais assustado, estava mais relaxado e até conversava com todos.

– Já conseguiu se entrosar? - Sussurrei para ele.

– Sim, sua família é bem receptiva – Enfatizou o “bem” e acabei rindo.

– Oi família, boa tarde – Servi meu prato e já começamos a comer. Eu sei que tomamos café agora a pouco, mas a minha fome é infinita. Sem “mas”.

– Edward, quer dizer que você é cantor? - Perguntou meu pai.

– Sim senhor, sou cantor de pop rock.

– Nossa, cara, deve ser irado ter mulheres gritando seu nome o tempo todo. Ter tudo e todas aos seus pés – Olhei para o Emm e revirei os olhos.

– Não é bem assim...

– Vai dizer que você não tem a mulher que quiser, quando quiser? - Essa foi da Nessie.

– Não...é só que...

– Gente – Interrompi a todos – Pelo amor de Deus, deixa o menino em paz – Esbravejei – Depois me perguntam porque eu não trago muita gente aqui – Bufei por fim.

– Desculpe – Falaram todos.

– Edward – Jake chamou sua atenção – Quantos anos você tem?

– Tenho 32 anos, fiz em junho.

– Legal, eu tenho 30. Acho que podemos ser amigos – Riu e Edward o acompanhou.

– O quê, agora tem idade para ser amigos? - Perguntou risonho e não pude deixar de ficar surpresa com sua facilidade de se sentir a vontade tão rápido. Mas claro, ele lhe dá com uma plateia de milhares de pessoas, idiota. Todos riram e voltamos a comer.

– Edward, desculpe perguntar, mas você não está em turnê?

– Mãe!

– Não, está tudo bem – Limpou a boca com o guardanapo – Sim, eu estou. Porém, tirei essa semana de folga e estarei viajando para Nova York na segunda.

– Mas já? - Nessie se manifestou.

– Infelizmente – Suspirou.

– E vai ficar com a Bella até lá?

– Parem já com isso...

– Se ela quiser – Sorriu para mim.

– Argh, será que uma pessoa não pode mais comer em paz? - A Lyne tinha que se manifestar, estava tão bonita em seu lugar... Calada!

– Não começa, Lyne. Eu já estou de saco cheio desse seu comportamento idiota.

– Que se dane – Deu de ombros e encheu a boca de comida.

– Não me faça levantar daqui e...

– Já chega – Falou meu pai. É sempre assim, basta eu trazer uma pessoa em casa e ela começa com as palhaçadas dela.

Minha família é um pouco problemática e a Lyne é a pior de todas. Eu e ela nos damos bem, brigamos o tempo todo e ela me desafia, mas, quando ela precisa de ajuda ou de colo, sou a primeira pessoa a quem ela procura. Eu sei, é um relacionamento estranho, mas eu já disse, minha família é bem complicada.

– Hei cara, você tem alguma coisa pra fazer amanhã? - Emm pergunta para nos destrair.

– Na verdade, não Emmett. Estou livre até o domingo.

– Ótimo, eu e o Jake e mais um amigo vamos sair amanhã para o dia dos garotos.

– E o que tem de bom nesse dia dos garotos? - Obrigada Nessie. Ciúmes? Talvez um pouco! Porque sim, porque eu sou um pouco ciumenta. Mas espera, ciúme de quê se ele nem é nada meu?

Balancei a cabeça e voltei ao mundo ao meu redor.

– A gente faz coisas de homem, amor – Jake disse. Renesmee lhe deu um tapa e ele um beijo.

– Enfim, você quer sair com a gente?

– Seria ótimo, Emmett. Obrigado.

– Beleza, a gente sempre se encontra aqui em casa e depois partimos para o nosso destino.

– Cuidado vocês, você sabe muito bem o que acontece se algo acontecer. Não é mesmo, Jake?

– Claro amorzinho – Sorriu trêmulo e acabei rindo.

– Cuidado também, Edward. A Bells é bem ciumenta – A onça, digo Lyne, atiçou a coisa toda.

– Lyne, vai cuidar da sua vida – Joguei-lhe um pedaço de bolo.

– Ela sabe que não precisa se preocupar com isso – Mandou-me uma piscadela e acabei sorrindo sem graça.

Entendem agora um pouco mais porque eu não trago muitas pessoas para essa casa? Posso até ver as pessoas com vergonha alheia por mim.

Terminamos de almoçar e a sobremesa foi servida, mas somos livres nessa hora para comermos onde quiser. Então, os meninos foram para a sala e eu e as meninas continuamos na cozinha.

– Então, Bells, pode ir desembuchando tudo – Mamãe e Nessie sentaram a minha frente e esperaram que eu contasse tudo.

– Pois bem, eu estava em casa e tinha acabo de falar com a Nessie no telefone. Quando o meu celular tocou de novo e... - Fui contando tudo o que aconteceu, incluindo alguns detalhes. Sim povo, eu conto a maioria das minhas coisas para minha mãe. No fim de tudo, elas já estavam pensando no meu vestido de casamento.

– Pelo amor do Grande, parem de viajar. Mãe, Nessie, foi só uma noite.

– Não é você que diz que para trepar com uma pessoa, tem que gostar?

– Sério, Lyne, onde tu aprende essas palavras ridículas?

– Trepando, ué.

– Você poderia, no mínimo, respeitar a sua mãe.

– Como se ela também não trepasse a noite toda com o papai.

– Mãe, pelo amor de Deus.

– Deixa, Bella, deixa – Nossa, às vezes me dá uma tremenda raiva da minha mãe não fazer nada com essa menina. Comigo é diferente, depois do Emm eu sou a mais velha e algumas vezes eu já bati nela. Não tenho paciência de Jó como meus pais.

– Vocês vão tratar de fazer algo, no dia que ela bater na cara de vocês – Reviro os olhos – E olhe lá.

– Mas vem cá, Bells – Nessie muda de assunto - Num era você que o detestava?

– Não, Nessie, eu não detesto ele. Só que é complicado, além da conta até. Ele é um cara famoso, vive viajando, vocês mesmas sabem que eu me apego muito fácil a uma pessoa e sabemos que isso não pode acontecer.

– E por que não?

– Porque eu não quero ter um relacionamento a base de telefone e skype, mãe. Simples assim.

– Vocês não poderiam nem tentar...

– Por favor, não comecem. Todos sabem onde isso dá, só em corações partidos e muito choro. Sem falar que nem sabemos se ele gosta de mim – As duas desabaram em gargalhadas.

– Ata, e ele vive te olhando feito cachorro abandonado por que, em? E sem falar que você mesma disse que ele já deixou bem claro os sentimentos dele.

– Não disse exatamente isso, vocês que distorcem tudo.

– Pensa bem filha, não custa nada tentar.

– Não, só sua filha entrando em depressão. Muito obrigada, mãe. Vocês sabem que eu não sei fazer isso, não sei a quem eu estou querendo enganar. Nunca fui boa com esse lance de sexo casual, eu já me dei mal por isso uma vez. Eu acabo me apegando a pessoa e me ferro.

– Prima, só estamos dizendo para você tentar, só isso!

– Tomei suco demais, vou ao banheiro, já volto – Bebi o último gole do suco e me levantei. Resolvi dar uma passada de mansinho pela sala, escondidinha, para escutar e ver o que esses machões estão aprontando.

Parei no lance da escada e fiquei escondida lá. Até então, eles não estavam falando nada de interessante.

Levantei entediada e fui de vez ao banheiro, esvaziei a bexiga e dei uma olhada no visual no espelho. Caramba, tu é gata, visse filha! Ajeitei a blusa e sai. No último lance da escada, escutei algo que me chamou atenção.

– Edward, você devia se sentir especial. A Bey não é de trazer muitos meninos aqui em casa.

– Pelo menos aqui em casa – Vou matar o Emm.

– É mesmo? - Perguntou ele.

– Ela acha que é uma coisa muito íntima, um passo grande na relação com ela. Tanto amorosa quanto em amizade – Pai, você não podia ser um pai normal? - Sem falar que ela acha que somos loucos demais e as pessoas não sabem lhe dar conosco.

– Uma vez, um amigo da Bey saiu aqui de casa todo vermelho de vergonha e nunca mais quis voltar. Foi hilário – É, eu lembro disso.

– É bom ouvir isso, porque eu gosto dela, só não acho que ela sinta algo por mim. Hoje de manhã... Ops, desculpe Charlie, pai nenhum quer escutar essas coisas sobre suas filhas.

– Não, tudo bem. Já estou acostumado, e também Edward, eu sou um pai mais liberal. Eu sei que a Bells já é bem crescidinha. Eu gostei de você, espero que possam se dar bem, também– Não fiquei mais, voltei para a cozinha, um pouco afobada com tudo que tinha escutado.

– O que foi, filha? Está corada.

– Não, não é nada. Foi só uma coisa que escutei.

– O que foi?

– O Edward conversando com o papai, disse que gosta de mim, no entanto, acha que não sinto o mesmo – Suspirei.

– E não sente?

– Nessie, é claro que eu não vou dizer que estou apaixonada por ele. Mas, sim, tem algo nele que me prende, que me faz querer mergulhar sem ao menos saber o que me espera lá embaixo. Sou louca por isso?

– Claro que não, meu amor – Mamãe segurou minha mão – Faça o que você acha que tem que fazer.

– Talvez você devesse deixar rolar essa semana e parar pra pensar no amanhã depois – Tomei uma grande lufada de ar e assenti sorrindo.

– Talvez tenham razão, se ele quiser algo comigo até a segunda, vou agarrar e viver o que tiver ao meu alcance.

– Isso mesmo, tigresa – Gargalhamos.

– O que as moças tanto falam?

– Nada pai, apenas estamos rindo a toa – Edward apareceu logo depois, com Emm se apoiando em seu ombro. Que folgado, mas ele não parece se importar.

– Bom, eu tenho que ir porque estou morta e tenho que descansar para o dia de amanhã – Falei e todos me seguiram até a sala.

– Então, eu também vou indo.

– Eu posso te levar depois, Edward.

– Não, Emm, eu vim com a Bella e é melhor eu voltar com ela. Amanhã a gente se vê – Virou para minha mãe e pai – Os senhores, muito obrigado pela tarde maravilhosa. Estava tudo ótimo, me senti em casa de novo – Beijou o rosto da minha mãe e apertou a mão do Charlie. Nossa, quanta intimidade.

– Até mais família, amo vocês – Vesti o sobretudo e corri para o carro. Edward entrou logo depois e parti.

– Sua família é incrível, eu os amei.

– É, são meio loucos, mas eu os amo também. Só não deixe saberem desses seus sentimentos, ou nunca mais vai sair dai ou ter paz. Eles demoram a gostar de alguém, mas também, quando se apegam, já era – Ri.

– Talvez eu não me incomode – Senti algo bom ao ouvir isso. Ele me passou o endereço do hotel e depois disso, ficamos em total silêncio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ê familiazinha maluca, em? kkkkkk Alguém já tem vontade de bater na Lyne, a irmã da Bella? Essa dai é uma peste....
Comenteeem, meus cookies lindos