Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 30
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Cookies, to muito feliz que estou recendo bons feedbacks sobre algumas mudanças na fic. Ainda existe muitas dúvidas? Comentem e eu vou fazer o possível para esclarecer tudo.
Vamos ler. Beijos



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Procuro pelo Edward em todo lugar na multidão. Por que estão todos gritando e correndo na mesma direção? O palco está vazio, ele não está mais cantando. Tudo está tão silencioso que meus ouvidos clamam por algum barulho.

Não gosto disso, não gosto de nada disso.

 

Droga! Onde está o Edward?

 

Corro mais depressa, empurro a multidão, faço as pessoas saírem da minha frente, grito em seus ouvidos e corro mais e mais enquanto me aproximo do palco.

 

Há uma aglomeração encima do palco, todos estão arrodeando algo lá. Meu coração diz que é ele, só pode ser ele! Chego perto e peço aos seguranças que me deixem passar, mas eles não deixam.

 

Eu sou a namorada dele” grito, mas eles apenas pedem que eu me afaste e não arrume confusão para mim mesma.

 

Tento passar, tento pular, grito, esperneio, porém eles não se comovem.

Edward! Edward! Diga que eu posso passar, peça para eles me deixarem passar” grito para ele.

 

Tudo o que vejo é seu rosto pálido entre as brechas de algumas pernas. Ele está morrendo, eu posso ver isso.

 

Você prometeu me ajudar” Fala, fraco.

 

Desespero-me ainda mais e soco um segurança tentando passar, mas os outros dois me seguram e começo a gritar enlouquecidamente.

 

Quando percebo que estão todos virados para mim e me encaram, até a família dele surgiu do nada e me encaram com muito ódio.

 

É tudo culpa sua!” Esme grita “Você prometeu que iria ajudá-lo” Chora copiosamente.

O quê? Não, eles não me deixaram passar, não é minha culpa” Tento me defender.

 

Todos encaram-me com ódio e começam a dizer: A culpa é sua!

 

Eu me desespero e começo a correr na direção contrária, onde mesmo eu correndo e eles andando, parecem estar mais rápidos que eu e me alcançam.

 

A culpa é sua!”

 

Olho para trás e acabo caindo no chão. A multidão se aproxima mais e mais e todos vêm para cima de mim. Sinto-me sufocada e tudo que consigo fazer é gritar.

 

 

— Não! - Pulo da cama e caiu sentada, totalmente apavorada.

 

Estou totalmente sem fôlego e corro para pegar minha bombinha.

 

Tudo bem, foi só um maldito sonho, um maldito sonho. Respiro fundo algumas vezes e começo a me acalmar.

 

A campainha toca e com as mãos trêmulas giro a chave e a abro.

 

— Adivinha quem veio te visitar! - Nessie pula em meu pescoço.

— Nossa, oi – Falo surpresa. Todo mundo agora resolveu me visitar?

 

Ela se afasta e me encara.

 

— Que cara pálida e assustada é essa, aconteceu algo?

— Não, nada. Só acabei de acordar – Não entro em detalhes.

— Mesmo?

— Prometo. Entrem – Abro espaço – Oi Jake!

— Oi minha linda, que saudades de você – Tira-me do chão com seu abraço.

— Vocês sumiram, achei que quisessem esquecer todo mundo.

— Também não é para tanto – Nessie senta no sofá e sorri – Viemos porque estávamos com saudades e porque quero te fazer um convite.

— O quê?

— Vem cá, senta aqui – Sento ao seu lado, desconfiada.

— Bom, eu estou com três meses e quero muito já organizar tudo…

— Não esperaria menos de você – Caçoou dela.

— E umas das coisas que mais quero deixar certo é quem será a madrinha e padrinho do meu bebê.

 

Encara-me piscando várias vezes.

 

— Você quer que eu seja a madrinha?

— Exatamente! - Quica no sofá, batendo palmas animada – Você aceita?

— Caramba, Nessie, é claro que eu aceito. Isso é uma coisa muito importante, fico feliz que você confie isso a mim.

— Mas é claro que eu confio, sua idiota. Você é minha prima preferida, minha irmã. E nem preciso falar que o Jake também ficou enchendo o saco para que tu e o Ed fossem os padrinhos.

— Ela é minha melhor amiga e ele é um cara do bem – Jake defende-se e sorriu.

— Vocês são os melhores, gente. Eu tenho certeza que o Ed vai amar a notícia, vou contar a ele assim que ele estiver livre para atender o telefone.

— Tudo bem.

— Bella, vamos almoçar fora? A titia e o tio tão em casa? - Jake fala.

— Estão sim, podemos marcar algo bacana.

— Preciso voltar amanhã, não conseguimos tirar a semana de folga.

— Ai Jake, que merda. Queria que ficassem mais tempo.

— Vamos tentar vir uma próxima vez e ficar uma semana inteira, prometo.

— Já sei, como está muito frio, a gente pode fazer uma noitada da casa da tia. Nos juntamos e fazemos jogos, brincadeiras, etc.

— Achei maravilhoso essa ideia – Falo animada – Faz tanto tempo que a gente não faz isso, amo demais.

— Então está fechado – Nessie fala.

— Ah, podemos chamar a Rose e o Dior? Ela veio passar uns dias aqui.

— Claro, sem problemas

— Deixa eu me arrumar e partimos para a casa da mamãe. Nessie, você pode ligar para ela? O número está salvo no telefone, por favor.

— Pode deixar.

 

Vou para o banheiro e tomo um banho rápido, o frio está difícil e dá preguiça até de tirar a roupa.

Visto algo quente, pelo menos para chegar até o carro, e pego uma muda de roupa para passar a noite lá.

 

Porém paro e penso: se eu vou olhar a Lyne, melhor eu passar um tempo por lá mesmo, o Edward não está aqui. E é até bom que não fico muito sozinha.

 

Arrumo então uma mala grande e qualquer outra coisa volto para pegar. Arrasto a mala para a sala e Jake me olha interrogativo.

 

— Só vamos passar uma noite, para que tudo isso?

— Vou passar uns dias lá, explico no caminho – Reviro os olhos.

— A Rose disse que está a caminho – Nessie desliga o telefone.

— Estava falando com ela até agora? - Pergunto.

— Ela é legal, já fizemos amizade.

— Ok, né – Eu e Jake nos olhamos.

 

 

 

Termino de colocar minha mala dentro do carro, quando vejo a Rose correndo até mim.

 

— Hei, para onde está fugindo? - Segura a porta do motorista e me olha feio.

— Não se preocupe, só estou indo passar algum tempo na casa dos meus pais. Sabe, aquele lance da Lyne e tudo o mais.

— Mas e eu? Vou ficar sozinha?

— Pode ir passar o dia lá sempre que quiser, sabe que meus pais te adoram.

— Adora mesmo, né? – Pergunta com a mão na cintura e não entendo sua preocupação.

— Eu não mentiria para você.

— Ai, que bom – Respira aliviada e a encaro achando estranho.

— Você está esquisita – Comento entrando no carro.

— Vou no meu carro alugado, vou te acompanhando – Fala mudando de assunto.

— Claro. Já está pronta?

— Sim, só vou buscar o Dior, ainda está sonolento.

— Está explicado o porque de você não estar na minha casa. Tudo bem, espero por você e pelo pequeno gênio – Fecho a porta.

— Olha que safada – Faz cara de indignada e eu sorriu.

 

 

 

 

 

Estaciono o carro em frente a casa e escuto o som alto saindo da mesma. Tem uma festa rolando e ninguém me avisou? Desligo o carro tentando não quebrar a chave e saindo, ligo o alarme.

 

— Sua vida não tem tempo para fraquezas, Bella. Erga a cabeça, seja a durona da história e acabe com isso o mais breve possível – Nessie fala ao sair do carro. Balanço a cabeça para ela.

 

Destranco a porta e vejo aquela típica imagem de festa americana. Escada cheia de gente se pegando, bêbados caídos pelos cantos, mais adolescentes se pegando pelo caminho e muita, mas muita bebida. E claro, muita bagunça. Faço meu caminho até o aparelho de som e o desligo. Sou recebida por famosos “Ah” e “Uh” deles.

— Mas o que… - Lyne congela no lugar.

— Que coisa feia – Sorriu debochada – Dar uma festa e sequer me convidar, maninha – Aponto para um menino moreninho – Você, vem aqui.

— Eu? - Aponta para si mesmo.

— Só se você for vesgo e me ver apontando para outra pessoa – Rolo os olhos. Ele caminha sem confiança até mim e para perto.

— Qual seu nome e quantos anos você tem?

— Julian.

— E…

— Minha idade não é da sua conta, idiota – Alguns riem.

— Certamente deve ser menor de idade.

— Tenho idade suficiente para te fazer gozar gostoso – Gargalho.

— Ainda por cima é sonhador – O encaro séria – Pinto sonhador, sua idade.

— Vai se ferrar – Em um movimento rápido, prendo seu braço direito para trás e forço seu dedão para baixo.

— Bella, para com isso – Jake fala, porém rindo.

— Acho que você não entendeu minha pergunta – Dou de ombros. Levanto a cabeça – Vocês acham que ele entendeu minha pergunta? - O pessoal me olha assustado – É, acho que não. Vou ser boazinha e perguntar mais uma vez: qual a sua idade?

— Dezesseis, eu tenho dezesseis… Ai! - Solto seu braço.

— Viu – Bato em seu ombro – Não doeu dizer a verdade, ô pinto sonhador – Caminho até a mesa e me sirvo da primeira bebida que vi. Dou um único gole e ponho o copo de volta mesa.

— Deduzo que 99,9% dos jovens que estão aqui, são menores. E olhe que estou sendo gentil – Riu – Então, se vocês não quiserem passar a noite na cadeia ou até mais, porque posso acusar todos de invasão de propriedade, pois não lembro de ter convidado nenhum de vocês, acho melhor saírem todos daqui antes de eu chegar no dez – Abro a porta da frente e me ponho a contar – Um… Dois…

 

E foi uma correria absurda, todos pegaram o que tinham de pertence e saíram correndo porta a fora como se não houvesse o amanhã. Vi o último ser saindo e bati a porta, virei para a escada e Lyne subia cuidadosamente.

— Hei, onde pensa que vai?

— É… Para o quarto?

— Onde está mamãe e papai? Tenho certeza que eles não fazem ideia do que está acontecendo aqui.

— Eles foram visitar uma amiga doente, mas estão voltando no final da tarde.

— Ah, entendi. E você resolveu se aproveitar disso? - Ela não responde.

— Oi Lyne, vejo que sabe como dar uma festa – Jake zomba.

— Não enche o saco, Jacob Bomba – Resmunga.

— Eu teria pena de você pelo que está por vir, mas vendo agora, eu sei que você merece pior – Seu sorriso é zombeteiro.

— Do que está falando? - Ela me olha confusa.

— Logo vai ver. Rose, por que não coloca o Dior lá no meu quarto?

— Tá bom – Ela vai para as escadas e a Lyne também começa a subir.

— Hey, você acha mesmo que a casa vai se limpar sozinha?

 

Ela para novamente e me olha como se eu fosse uma estúpida.

 

— Não, o pessoal vai limpar – Começo a rir e bater palma.

— Não sei se você sabe, mas a mamãe e papai me deram total liberdade para cuidar de você do jeitinho que eu achar melhor. A essa altura, a autoridade da casa é o que eu decido. Então, meu bem, pessoal nenhum vai limpar essa sujeira. A festa é sua, sua obrigação. Por tanto, acho bom você começar logo, porque quando a Renee e o Charlie chegarem, vão querer encontrar essa casa do jeito que a deixaram, você não acha?

 

Ela me encara de boca aberta e olhos esbugalhados.

 

— Mas essa casa é enorme – Grita.

— Eu quero essa casa e o jardim magníficos – Ordeno - Bem-vinda ao seu inferno particular, meu amor – Abro os braços e dou o sorriso mais macabro que consigo – Agora começa a limpar porque a gente tem um dia bem divertido para programar. Vem gente, vamos lá para cima enquanto ela arruma tudo.

 

O pessoal me segue, enquanto Jake, o mais infantil e provocador, passar por ela e bagunça seu cabelo.

 

 

 

 

— Tia, tio, que bom que chegaram – Nessie corre para abraçá-los.

— Nessie, não sabia que estava aqui. Que surpresa maravilhosa! - Mamãe fala e olha ao redor – Estou perdendo algo? Por que está todo mundo aqui? Oi, Rose.

— Oi, Renee. Charlie – Fala um pouco tímida. A Rose não é tímida, estou cada vez mais cucada com ela.

— A Nessie e Jake vieram me visitar – Falo enquanto abraço meu pai – Daí a gente resolveu fazer uma noitada aqui com todo mundo junto. E ah, eu vou passar uns dias aqui, já até trouxe minha mala.

— Vai ser maravilhoso ter você aqui – Charlie fala – Você sabe que por mim jamais teria ido embora.

— Não começa, velho.

— A Lyne está em casa? - Renee pergunta.

— Tá sim, disse que ia descansar, não sei o que houve, tadinha – Charlie me olha desconfiado.

— Bom, vamos pedir pizza, mais algumas besteiras e começar nossa noitada? - Jake fala animado.

— Vamos! - Falamos juntos.

 

Dior tinha acordado pelo horário do almoço e não desgrudou mais de mim. Ele é a única criança que fico toda derretida quando vejo. E, claro, haverá o bebê da Nessie agora.

 

Quando ele me viu, se jogou em meus braços e apertou tanto meu pescoço, que quase me sufocou. Contudo não liguei, estava mesmo morrendo de saudades dele.

 

— Oi Dior, como você cresceu – Cresceu mesmo, meus braços estão ficando dormente – Posso ganhar um abraço? - Renee se encantou com ele desde o primeiro minuto que o viu na ceia de Natal.

 

Ele também aparentou gostar bastante dela, porque quando não estava comigo, Ed ou a própria mãe, ficava no pé dela, fazendo perguntas e rindo das bobagens que ela e Charlie faziam com ele. Eu fico muito feliz que ele se sinta bem no meio de nós, porque eu já o considero como meu sobrinho, meu irmãozinho.

 

Entrego Dior para minha mãe e vou para as escadas.

 

— Vou chamar a Lyne para se juntar a nós, já volto.

 

Abro a porta de seu quarto e ela está jogada na cama, ainda de toalha e totalmente descabelada. Senti um pouco de dó, porque limpar essa casa sozinha não é uma tarefa fácil, mas ela mereceu. Não quero ser uma pessoa má com ela, não quero criar mais inimizade do que já tem. Só preciso ser mais rígida do que a mamãe foi e tentar fazê-la gostar de mim. Ou só confiar, caso ela já goste. Sei lá!

 

— Lyne, vem se juntar a nós – Catuco seu pé.

— Quero dormir – Resmunga com a cara no travesseiro. Nunca entendi essa mania dela dormir assim, como ela respira?

— Vamos pedir comida, pizza que você gosta e vamos nos divertir. Vem, você merece pelo que fez hoje – Puxo seu dedo do pé para estalar.

 

Por incrível que pareça, ela não reclamou mais, se levantou vagarosamente e foi para o closet.

 

— Desce que eu já estou indo – Escuto sua voz abafada.

— Tudo bem, não demora, estamos esperando apenas você.

 

Ok, isso não foi tão ruim, afinal de contas. Estamos tendo uma evolução aqui, Senhor?

Se soubesse que faxina resolvia tudo, já tinha mandado ela fazer umas dez e ela estaria em um pedestal agora.

 

Sorriu sozinha. Às vezes falo tanta besteira!

 

— E ai? - Charlie pergunta.

— Ela está descendo. Está colocando uma roupa, enquanto isso vou ligar para o Edward.

 

Vou para a cozinha e ligo para ele.

 

Oi, amor – Um barulho ensurdecedor quase não me deixa o ouvir.

— Oi, baby. Onde você está?

Estou agora em Washington, está uma loucura.

— Estou vendo – Sorriu. Finalmente reparo em seu rosto e vejo que ele está muito com fisionomia de cansado – Edward, você tem se cuidado?

Bella, desculpa, mas eu não posso falar agora. Te ligo mais tarde, tudo bem?

— Ok… - Ele sequer me deixou falar, desligou a vídeo chamada. Fico alguns segundos encarando a foto do plano de fundo

 

Volto para a sala e a lareira foi acesa, todos esperavam por mim.

 

— Como ele está? - Rose pergunta.

— Não pode falar, está muito ocupado – Ela assenti e me sento na roda.

— A comida já, já chega – Nessie diz – Enquanto isso podemos começar com o Quem Sou Eu.

— Adoro esse jogo – Animo-me instantaneamente – Eu começo.

 

Abro a caixa e pego a primeira carta.

 

— Eu sou uma pessoa?

— Não – Falam.

— Eu sou um animal?

— Não.

— Eu sou uma comida?

— Depende – Jake fala rindo.

— Jake, sim ou não?

— Não – Nessie bate nele rindo e fico sem entender.

— Eu sou um objeto?

— Sim – Tudo isso está acontecendo muito rápido.

— Eu sou um lápis?

— Ah, seu tempo acabou – Nessie fala. Pego a carta na minha testa e vejo uma calcinha - Existe esse tipo de carta nesse jogo?

— Jake, é uma calcinha. Onde que isso, dependendo, é comida?

— Vai dizer que você não sabe que existem calcinhas comestíveis? - Rose tapa o ouvido do Dior.

— Idiota – Bato em seu braço rindo – Como você é babaca, temos uma criança aqui.

— Eu já sei o que é uma calcinha, tia. Minha mãe usa sempre – Rose fica vermelha enquanto ri.

— Tudo bem, você é um menino muito inteligente – Bagunço seu cabelo – Então agora vai ser a sua vez.

 

 

 

 

Depois que a comida chegou, jantamos juntos e descansamos um pouco. Agora estão todos escondidos enquanto eu estou a procurá-los. Gosto de brincar disso, só odeio tomar sustos.

 

Ando pela cozinha silenciosamente e abaixo-me perto do balcão.

 

— Achei o Dior – Ele se assusta e sai correndo atrás de mim – Bati – Falo enquanto bato na parede onde contei – Agora você pode me ajudar a achar a tia Lyne – Só faltava ela, eu já tinha achado todo mundo.

— Tia Ly, vamos te achar – Dior grita.

 

Eu e ele saímos a procura dela, batemos a casa toda, até que conseguimos achá-la escondida por trás das caixas na despensa.

 

Nos reunimos na sala novamente e sentamos cansados. O Dior abriu um grande bocejo e ao olhar no relógio, vi que era 4:00 da manhã.

 

— Gente, perdemos a noção do tempo. O Di já está caindo de sono – Ele senta em meu colo e põe a cabeça em meu ombro.

— Tia, posso dormir com você?

— Pode sim, meu bem – Levanto com ele – Vem, vou te colocar na cama. Boa noite, pessoal, amei passar a noite, e madrugada, com vocês. Amo todos!

Todo mundo também foi para seus quartos e a casa voltou a ficar silenciosa.

 

Di já dormiu antes mesmo de chegarmos ao quarto. O arrumei na cama e andei para o closet. O Edward não me ligou e eu odeio isso, só me deixa chateada e ansiosa. Disco seu número e tenho que ligar umas três vezes para concluir que ele não atenderá.

 

— Tudo bem, eu vou é dormir – Ponho uma roupa mais confortável e deito junto ao Di e capoto.

 

 

 

 

Acordo com o celular gritando em meu ouvido e pulo assustada, correndo para o closet para não acordar o Di. Só agora pude perceber que dormir com o celular na mão.

 

— Alô – Atendo.

— Oi, desculpe, não sabia que estava dormindo a essa hora – Fixo meus olhos na tela e vejo que atendi uma vídeo chamada do Edward.

— Ai, credo, desculpa pela imagem horrorosa – Murmuro.

— Por que está falando baixo e por que está no seu closet?

— A resposta para as duas perguntas é que o Dior está dormindo.

— O pequeno Cullen está ai?

— Sim, ele e a Rose.

— Não sabia, você não me disse que eles iriam te visitar.

— Foi uma visita surpresa, estão hospedados em sua casa. E eu teria dito se você tivesse me ligado como prometeu – Falo chateada.

— Desculpe, eu perdi a noção de tudo. Ando trabalhando muito – Ponho a cabeça para fora ao escutar o Di resmungar – Ele está dormindo com você, em sua cama?

— Sim.

— Ele é um menino de muita sorte, gostaria de estar no lugar dele.

— Edward, sua cara está péssima. Você tem se cuidado, não parece que tem dormido muito – Mudo de assunto.

— Eu estou bem, acredite.

— Não, Edward, para com essa conversa, eu estou vendo que você não está. Você esqueceu que eu tenho internet. Eu estou vendo muito bem a vida que você tem levado e estou muito triste de ter que ficar sabendo disso por eles e não por você. Por que tem frequentado tanto bares, para que tudo isso?

— Bella – Passa a mão no rosto, isso é sinal que está o irritando – Eu sei me cuidar, não precisa se preocupar.

— Não preciso? Você tem certeza? Por que tem bebido tanto?

 

Ele apoia o celular em algum lugar senta na cadeira, fica me encarando por um tempo e solta uma respiração pesada.

 

— A Rose contou para você, não é?

— Contou o quê? - Tento me fazer de desentendida.

— Bella, não menti para mim…

— Olha só quem está falando de mentira – O interrompo.

— Bella! - Murmura.

— Tá, tá bom, ela me contou. Mas foi justamente por estar muito preocupada com você que ela correu para mim. Edward, ela é sua irmã, sabe pelo que você passou e teme que tudo volte a acontecer.

— Não vai – Aumenta um pouco a voz, mas pede desculpa – Eu sei o que estou fazendo. O trabalho tem sido muito estressante e eu bebo um pouco, só isso. Não tem nada de errado.

— Não, não tem nada de errado em beber. Mas passa a ser um problema a partir do momento que você sai de todo maldito bar sendo carregado por alguém!

— Eu…

— Para com isso! - Bato no chão e elevo um pouco a voz – Por que não assumi logo que está com problemas?

— Querida, eu não estou. Prometo que você será a primeira pessoa a saber se eu precisar de ajuda.

 

Já vi que não vai adiantar eu me irritar com ele, é como a Rose disse, ele não enxerga.

 

— Você promete?

— Muito prometido – Sorri.

— Tia Bella, o que está fazendo aqui? - Dior aparece na porta, coçando os olhos.

— Oi, meu amor. Desculpa se te acordei – O chamo para meu colo.

— Vocês estão brigando?

— Não, meu pequeno Cullen – Edward fala.

— Oi tio, quando vai vir para cá? Nos divertimos muito ontem, só faltou você.

— Titio tem que trabalhar, mas farei uma visita assim que possível, tudo bem?

— Tá bom – Então escuto sua barriga roncar.

— Ok, hora de dizer tchau para o tio Ed e ir comer.

— Tchau tio, eu te amo. Se cuida - Beija a tela do celular.

— Eu te amo, pequeno Cullen.

— Tchau, Edward.

— Bella, eu te amo.

— Tudo bem – Desligo sem responder de volta, estou muito chateada para isso.

 

Pego o Dior no colo e descemos.

 

— Bom dia, família – Ele fala quando avista todos. Não consegui conter o sorriso ao vê-lo tão solto.

— Você quis dizer boa tarde, querido – Rose vem até ele o beija – São quase 13:00 da tarde. Vocês dormiram bastante, em. Está com fome?

— Muita. Vem tia, vamos almoçar – Falo sussurrando para a Rose que quero falar com ela depois e ela balança a cabeça.

 

Sentamos no balcão e nossos pratos foram montados e servidos. Comemos entre muita diversão e conversa boba. Típica conversa de criança.

 

— Tia, obrigada por ontem – Fala sério – Foi muito bom ter um momento em família como esse.

— Não precisa agradecer, sempre que quiser podemos repetir.

— Eu quero sim.

 

 

Terminamos e vamos para a sala.

 

— Bella, eu e Jake precisamos ir. Pode nos levar até o aeroporto?

— Claro. Quer ir comigo, Dior?

— Sim.

 

Pego um casaco para ele e outro para mim e espero eles se despedirem de todos para irmos. Senhor, sem encontros no aeroporto dessa vez.

 

Chegamos lá em quase uma hora, pegamos um trânsito no meio do caminho por causa de um leve acidente.

 

— Bella, não esquece que agora temos que manter contato para organizar o batizado.

— Mas já? Isso não é coisa para quando a criança já tem nascido?

— Não interessa, não quero que nada dê errado – Isso me lembra que não contei ao Edward a novidade.

— Se você diz, tudo bem – Sorriu – Não demore muito a vir, não gosto de sentir saudades.

— Vá me visitar também, vou ficar esperando vocês dois lá – A abraço forte.

— Até mais, minha melhor criaturinha – Jake me abraça.

— Até, mantenham contato. E vê se controla essa maluca – Sussurro a última parte para ele, o fazendo rir.

 

Dior abraça os dois e nos despedimos, voltando para o carro.

 

— O que acha de passarmos na casa de torta e comprar algo para comermos?

— Ótima ideia – Fala animado. Dirigindo em 50km/h, vou para a lanchonete. Estou com o filho dos outros, né, tem que tomar maior cuidado.

 

 

— Mas mãe, eu não quero ir – Dior pede pela milésima vez enquanto a Rose tenta o colocar dentro do táxi.

— Dior, eu já expliquei que a mamãe precisa resolver algumas coisas no trabalho, mas iremos voltar o mais rápido que der.

— Eu quero ficar, lá em casa é tão chato.

— Você já faltou aula demais, eu já estou me sentindo uma péssima mãe por isso, então sem discussões. Entra nesse carro, Dior Cullen!

— Pequeno gênio, prometo que nas suas férias, você ficará aqui comigo por uma semana seguida. Vamos nos divertir muito e fazer o que você quiser, agora obedece a sua mãe.

— Você vai me visitar? - Se agarra em minhas pernas e olha pra cima. Abaixo-me, ficando a sua altura, e o beijo estalado.

— Vou assim que der, prometo de dedinho – Mostro o dedo medinho a ele e ele enlaça o seu no meu.

— Tia – Sussurra quando me abraça – Eu te amo, de verdade – É normal os olhos encherem de lágrima?

— E de verdade, eu também te amo – Sussurro de volta e ele sorri. Levanto-me e abraço a Rose.

— Até mais, se cuida e obrigada por tudo – Sei que ela se refere ao Edward e ao Dior.

— Até mais – Eles entram no táxi e vão embora. Sinto um pequeno vazio, porque gosto de estar com eles, e volto para dentro.

 

Amanhã é segunda e o dia vai ser longo.

 

 

 

5:30 da manhã já estou de pé, terminando de tomar banho para escolher uma roupa para o trabalho. Hoje quero ir ao trabalho com um novo espírito, uma nova imagem. Eu não sei qual o problema daquele pessoal, mas vou provar a eles que eles estão errados. Seja lá o que está acontecendo. Pego um dos vestidos que a Rose comprou. Ele é cinza, um pouco rodado e um decote leve. Faço um rabo de cavalo alto e uma leve maquiagem. Pego uma bota com pequeno salto e o meu blazer azul-escuro. Deixo perto da cama e saiu do meu quarto para começar a verdadeira batalha.

 

A Lyne está jogada na cama, com a mesma roupa de ontem e com uma cara de acabada. Saiu de casa escondida e foi para uma festa. Entretanto se ela pensa que vai ficar em casa e dormir o dia todo, está muito enganada. Caminho até as cortinas que impedem que seu quarto receba o clarão do sol e as puxo sem dó. Ela resmunga e vira para o outro lado.

 

 

— Bom dia, flor do dia – Grito.

— Vai embora, Bella.

— Nós – Friso o “nós” - Iremos embora. Levante, hoje é dia de escola e não quero me atrasar.

— Então, vai embora.

— Eu vou para o trabalho quando deixar você na escola – Ela se levanta bruscamente e me encara.

— Que porra é essa, Bella? Eu não tenho dez anos de idade.

— Mesmo? Porque agi como uma. Então, como garantia que você vá para a escola e assista as aulas, eu mesma vou te deixar lá.

— Você está sendo absurda – Bate na cama.

— Enquanto você agir como uma criança, eu vou agir como o adulto chato. E acho bom você se acostumar.

— Meu Deus!

— Isso! Chama muito por ele mesmo. Porque como eu disse, seu inferno particular começa hoje – Sorriu dócil – Agora, levanta e vai se arrumar. Estou te esperando para tomarmos café da manhã.

 

Ela chorou, bateu perna, gritou, esperneou muito, mas o fez. Claro, ela não é nem louca de me desobedecer.

 

— Ah, não me faça ter que voltar aqui. Tivemos uma boa conversa, você não acha?

 

Estalo a língua.

 

— Por isso, seja boazinha e não estrague.

 

— Bom dia, Matilda – Saúdo a empregada – O que temos para hoje?

— Bolo branco, panquecas, torradas, geleia e mel e café ou suco – Deus, meu estômago revirou aqui dentro.

— Você é um anjo, o melhor anjo – Falo já atacando as panquecas e as enchendo de mel. Vinte minutos depois, a Lyne se juntou a mim.

— Bom dia, senhorita Lyne.

— Oi Matilda – Fala com a cara fechada.

— Coma, temos que sair logo.

— Bella, vamos parar com a palhaçada. Eu sei o caminho da escola.

— Não vamos mais falar sobre isso – Pego a faca e passo geleia na torrada.

— Mas eu não quero que você vá! - Sobe a voz.

— Toma seu café e vamos logo! - Aponto a faca para ela e a mesma me olha assustada. É claro que eu não faria tal coisa com ela. Mas gosto de ver seu olhar para mim. Prendo o riso e continuo comendo.

 

 

 

 

A Lyne continua com a cara emburrada quando chegamos a sua escola. Estava tudo bem movimentado, carros fazendo fila para deixar seus filhos ou sobrinhos, irmã no meu caso. Era um vai e vem danado.

 

— Está entregue. Espero que você se comporte e não gazeie mais aula.

— Você…

— Tenho meus contatos, Lyne. Acha mesmo que não sei de tudo o que estava aprontando esses dias? Mero engano. Venho te buscar às cinco – Destravo as portas – Vai antes que se atrase. Ou quer que eu te leve até a sala?

— Argh, você é maluca – Eu riu. Ela anda apressada para dentro e quando vejo que está passando por um grupinho de jovens, eu passo buzinando escandalosamente e grito:

 

— Tchau, querida. Tenha um ótimo dia de escola, seu lanche está na bolsa – Os alunos a encaram e alguns riem. Ela me mostra o dedo e eu saiu rindo alto.

— Isso é por me chamar de louca – Falo e ligo o som, colocando uma música bem agitada.

 

 

 

Chego ao trabalho e sou surpreendida por uma pequena festa de boas-vindas. Mas o mais estranho foi ver o chefe, do chefe do meu chefe na sala também.

 

Abraço todos que estão lá e sussurro no ouvido da Patty.

 

— O que ele está fazendo aqui?

— Não faço ideia.

— Todo mundo sabe que quando ele aparece, coisa boa não vai acontecer. E sempre acontece demissões.

— Vira essa boca para lá – Bate em meu ombro.

— Senhorita Swan, que prazer em vê-la.

— Senhor Robson, é uma grande surpresa vê-lo por aqui - Aperto sua mão.

— Vim fazer alguns acertos no hospital – Seu olhar me dá calafrios.

— Espero que tenha sucesso – Falo.

— Sempre tenho, mas obrigado.

 

A festa ainda continuou por uns vinte minutos, até todo mundo começar a ir embora. Apenas Patty e Sam ficaram e foram me atualizando dos ocorridos no hospital, mas logo tive que dizer adeus para eles e olá para o trabalho. Respiro bem fundo e sento em minha cadeira.

 

O dia seria bem ocupado, mal voltei e já tenho várias papeladas para cuidar. Estalo os dedos e pescoço e pego o primeiro dever do dia.

 

— Vamos lá, de volta ao trabalho – Assim como no primeiro dia de trabalho, sinto-me em êxtase por estar de volta.

 

 

 

 

Estaciono em frente a escola da Lyne e não a avisto onde pedi que me esperasse. Se essa menina tiver aprontado alguma, eu mato ela! Buzino umas cinco vezes, até que vejo ela andando apressada para o carro.

 

— Vai, acelera! - Bate a porta e põe o sinto.

— O que foi? - Ela está vermelha e ofegante.

— Só dirige – Um menino se aproxima do carro e vai para o lado dela.

— Você esqueceu isso na sala – Entrega o casaco dela – Oi, Bella, como vai?

— Wilmer, você está estudando aqui?

— Desde o ano retrasado – Wilmer é o irmão mais velho da Gi, amiga ou ex-amiga da Lyne.

— Ah, que legal. A Gi também está aqui?

— Sim, está me esperando no carro. Bom, só vim entregar o casado dela, até mais.

— Tchau – Olho para a Lyne sem entender nada – O que está acontecendo aqui?

— Dirige, por favor! - Fica mais vermelha, como se lembrasse de algo.

— Ele te fez algo?

— Não!

— E o que aconteceu para você está tão irritada?

— Ele me beijou, Bella, no final da aula, foi isso que aconteceu – Grita impaciente – Agora podemos, por favor, ir embora?

— Hum, ok – Dou um risinho antes de dar partida.

 

 

 

E eu estou achando o pessoal do trabalho muito estranho, o senhor Robson estava lá e demissões acontecem quando ele aparece. E ele tava justamente na minha sala, isso só pode ser um sinal de que serei demitida – Falo para o Edward através do Skype.

— Bella, fica calma. Você está se estressando com uma coisa que nem sabe se vai acontecer. E outra, se vier a acontecer, você consegue algo rapidinho, você é competente para isso.

— Mas eu gosto do meu trabalho, sabe. Seria muita sacanagem da parte deles, eu fiz tanto por aquele hospital. Aceitei um salário de merda quando eles precisaram fazer corte de gastos, aguentei o inferno nas minhas costas antes da Patty entrar, e eles simplesmente fazerem isso comigo…

 

Caramba, minha mãe tinha razão, eu imaginava mesmo um mundo perfeito em relação ao trabalho.

 

— Olha, faça o seu melhor e continue trabalhando normal. Se vier de acontecer sua demissão, você não vai ficar desamparada. Seus pais te ajudam e emprego é o que não vai faltar, seu currículo é incrível, e você é uma mestre. Você é respeitada.

— Tão respeitada que vou ser demitida – Bufo e ele ri.

— Você é uma graça quando está irritada. Cutucaria você agora se pudesse. Veja pelo lado bom, se ficar sem emprego, pode ficar comigo – Encolhe os ombros.

— Você faz com que as coisas soem tão fáceis, mas não é.

— Eu quero você comigo.

— E eu já disse que é complicado.

— Isso é só porque você teve uma má experiência, mas prometo que vai ser melhor.

— Edward, se eu sonhar que você está orando a Deus para que eu seja demitida, eu te mato – Sua cabeça vai para trás com a gargalhada que dá.

— Sua idiota – Fica sério – Mas talvez um pouco – É minha vez de rir.

— Olha, tenho uma novidade para você. A Nessie veio aqui me visitar e fez um convite irresistível para nós dois.

— Mesmo? O que é?

— Ela quer que a gente seja padrinhos de casamento dela?

— Ela já é casada, gênio – Ele bate em sua testa.

— Verdade. Esquece, me conta logo que estou curioso.

— Ela pediu que eu e você fossemos padrinhos do bebê dela.

 

Para minha surpresa, ele fica emocionado de verdade, coisa de mulher mesmo. O olho chega ficou vermelho.

 

— Isso é sério, Bella?

— Seríssimo – Sorriu carinhosa ao ver sua reação – Ela queria te fazer o pedido pessoalmente, mas você estava viajando.

— Eu vou ligar para ela e agradecer.

— Agradeça muito ao Jake, ele gosta mesmo de você.

— O farei.

— Ah – Vou até a porta e a fecho – Acho que a Lyne pode estar com problemas amorosos na escola.

 

Riu comigo mesma.

— Ah não, mas já? Ela é tão nova.

— Está com ciúmes?

— Bella, ela é muito nova.

— Que “chamego” é esse com minha irmã, senhor Cullen?

— Nada demais, só estamos nos aproximando, ela é sua irmã, qual o problema?

— Se aproximando como, você nem está aqui?

— Da última vez que estive ai, nós conversamos bastante e eu baixei um aplicativo para ficar conversando com ela. Já que ela não gosta de ligações. Você tem algum problema com isso, amor?

— Eu não, claro que não. Fico até feliz que estejam se dando bem, só achei estranho.

— Estranho sim, mas é a vida.

— Aproveita seu charme e faz ela baixar essa bola dela.

— Estou conversando com ela sobre isso. E vou até conversar sobre esse namoradinho.

— Nem pensar! Se ele desconfiar que te contei, ela me mata. Ela detesta ele, o ignora, ele fica ligando para ela, fala com ela, mas ela não dá bola. Mas eu percebi que ela fica mexida com tudo isso. Acho que é só birra.

— Hum, interessante.

— Edward, para – Eu sorriu – Como você é bobo, deixa ela namorar. Sem falar que ele é irmão da Gi, uma amiga que ela deixou de lado. Gostaria muito que elas voltassem a andar juntas, eles são boas companhias para ela.

— Vou falar sobre a Gi, pelo menos.

— Ai, eu te odeio. Só não ferra com tudo, por favor.

— Tudo bem, tudo bem.

— Eu preciso ir, estou muito cansada.

— Tá certo.

— Ed, por favor, faça uma boa refeição antes do trabalho, descanse bem, não quero ter que ficar me preocupando com você.

— Chata – Caçoa – Eu te amo.

— Acho que a gente diz “Eu te amo” demais.

— E sabe por que eu faço isso? Ouvi uma vez um pastor pregando e ele disse que nunca sabemos o dia de amanhã, então, se amamos alguém, devemos deixar ela saber. Todos os dias, quantas vezes for possível. Por isso não me canso de dizer isso a você.

— Isso foi assustador e romântico – Digo – Então, sendo assim, eu te amo mais do que meu coração permite.

— Olha só, ela tem coração – Zomba.

— Você só caçoa de mim porque está longe e não posso te bater. Mas deixa estar, seu safado – Ele gargalha.

— Tchau, meu amor.

— Tchau.

 


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Notas finais do capítulo

Gente, só eu amo esses momentos fofos e descontraídos deles dois? Eles merecem, né. Vivem em eterna novela mexicana hahaha. O nome deles deveria ser Maria do Bairro e Luis Fernando. Paulina e Carlos Daniel hahaha.
Enfim, comentem muito. Como sempre, usei algumas coisas que já tinha, fiquem espertos. Grande beijo!!!



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