Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Cooooooookies, recebi minha terceira recomendação!!!
Danih, pelo amor de Deus, eu me senti tão amada, tão privilegiada e sortuda com suas palavras, elas me fizeram me sentir tão especial, juro. Não consigo expressar como me senti, eu só posso te agradecer por cada palavra que você disso. Muito obrigada mesmo, você é maravilinda!!!
Agradeço a todos também pelos comentários, amooo demais.
Eu ia postar ontem, mas a minha prova é amanhã e eu afundei nos estudos. Mas aqui estou com um capítulo que acho que vão adorar. "Simbora"!



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— Onde estamos indo? - Pergunto pela milésima vez desde que Edward me acordou para, finalmente, me mostrar qual era a sua surpresa.

— Não vamos muito longe, só me siga – Segurou minha mão. Descemos as escadas e saímos para o ar frio do começo do dia. Fecho mais o meu casaco e sigo o Edward, quando o mesmo me puxa para o lado esquerdo da rua. Paramos em frente ao prédio vizinho ao meu e ele me faz ficar de frente para o mesmo.

— Ok, o que está acontecendo? - Estou bem ansiosa.

— Continue andando – Sorri – Não acredito que você ainda não adivinhou – Balança a cabeça divertido.

— Edward, não – Tento o parar – Não podemos entrar ai.

— Claro que eu posso, bom, podemos – Pega uma chave no bolso e abre a porta que dá para o saguão.

— Como conseguiu isso? - Ele não fala nada. Acena para o homem que está descendo as escadas e ele nos cumprimenta de volta.

— Edward – O puxo mais uma vez.

— Calma – Subimos as escadas até o 2° andar, o elevador estava em manutenção. Ele me virou de frente para uma porta e a abriu.

— Surpresa! - Grita não tão alto, todo animado. Fico sem reação e o fito.

— Desculpe, mas o que isso deveria significar? - Ele rola os olhos.

— Lembra quando minha mãe disse que não gostava muito de visitar as pessoas, porque não gostava de dormir na casa delas? Então, eu estava andando por aqui e vi o anúncio de “Vende-se”. Ai pensei: por que não? Então, entrei em contato com o dono do apartamento e fechei o negócio. Daí, sempre que ela quiser vir nos visitar, terá onde ficar. E claro, vai ser bom também para eu não ficar enchendo o seu saco.

— Você… você comprou esse apartamento? - Ignorei a última parte da frase dele.

— Sim, não é o máximo – Eu não sei, penso – Vem ver o mais bacana – Sai me puxando até a janela – Dá para ver o seu apartamento daqui – Levanto um pouco minha cabeça e avisto minha janela.

— Nossa – Murmuro.

— Agora – Vira-me para ele – Mesmo você não querendo me ver, eu vou estar bem aqui – Dou um sorriso não tão confiante quanto o dele – Gostou?

— Nossa… uau, isso é uma surpresa e tanto – Olho ao redor – E já está todo mobiliado.

— Comprei ele assim, não queria ter todo o trabalho de ter que procurar coisa por coisa. Mas não é tão ruim assim, a gente pode dar uns toques depois – Beija meu rosto. Não consigo ficar mais tensa, vejo o brilho em seus olhos e o sorriso que não sai de seus lábios e sorriu também.

— Você gostou, está feliz?

— Bastante.

— Então, é isso que importa – O beijo – Caramba, dessa vez você me pegou de surpresa mesmo. Não esperava por essa.

— Vem conhecer o resto do apartamento – Andamos um ao lado do outro e ele foi me mostrando cômodo por cômodo. Não é muito diferente do meu, a não ser pelo tamanho. Esse aqui é bem maior, espaçoso. Vai ser bom para sua família ficar aqui quando virem.

 

O apartamento tem três quartos, dois banheiros, uma cozinha bem espaçosa e a sala de TV e jantar são juntas, mas bem dividida.

 

— Muito legal aqui, não sabia que os apartamentos poderiam ser tão diferentes.

— Bom, se você quiser… assim, a gente… a gente pode se mudar para cá – Dou leves tapinhas em seu peito.

— É um convite muito fofo, mas vou ficar no meu lugar – Sorriu – Agora temos que ir, tenho que tomar as porcarias dos remédios – Faço muxoxo.

— Então vamos, temos que comer também. Vou cuidar bem de você – Derreto-me.

— Amo quando cuida de mim – Ele passa o braço por meus ombros e eu abraço sua cintura e voltamos para casa, com conversas bobas fluindo entre nós.

 

 

 

 

Assim que entramos, o Edward me faz sentar na mesa da cozinha e fico assistindo enquanto ele, com toda sua mestria, cozinha para nós dois. Ele está puxando assunto comigo, mas estou respondendo superficialmente. Ainda estou perturbada com a surpresa do dia.

 

Eu não quero parecer uma pessoa sem coração ou chata, mas é que eu não achei uma boa ideia ele ter um apartamento tão perto do meu. Aqui é o meu refúgio, gosto de ter onde me isolar e ficar longe de todos para ter meus momentos. Ai você fala: Mas o apartamento é do outro lado, não é nem no seu prédio.

 

Bom, eu sei. Mas vocês lembram que a janela dele dá para a minha? Só esse detalhe.

 

Eu não quero demonstrar que não estou muito feliz com a notícia, pois ele está tão feliz. Parece uma criança que comprou seu primeiro presente para a mãe com o próprio trocado. É de encher o coração. Não é o fim do mundo, eu posso engolir e passar por isso.

 

 

— Bella! - Assusto-me ao vê-lo tão perto. Minhas bochechas coram um pouco, como se ele tivesse ouvido os meus pensamentos – Às vezes você me assusta. Quando se perde em pensamentos, seus olhos ficam desfocados e sem brilho.

— Desculpe – Sorriu fraco – Você me deu o que pensar – Droga, falei demais.

— Sobre o que? - Seu rosto se amplia como se ele tivesse entendido – Não gostou da ideia do apartamento?

— Não, não é isso – Faço o meu melhor para ele não sentir a verdade.

— Meu amor, se você achar que isso é demais, é só me contar – Senta perto de mim – Eu não quero parecer sufocante para você.

— Pelo amor de Deus! Não, meu amor. Esquece isso – Acaricio seu rosto – Se você está feliz, eu fico feliz.

— Tem certeza? - Seus olhos estão perdendo o brilho de antes e me sinto mal por isso.

— Sim – Olho por cima dos seus ombros – Amor, acho que seu bacon está queimando – Ele salta da cadeira, a derrubando para trás, e corre até o fogão.

— Droga, acho que vou ter que comer um pouco da sua comida – Resmunga de cara feia.

— Argh! Não sei porque tenho que comer tanta comida saudável, não estou morrendo – Reviro os olhso.

— Mas tem que. Você quer sentir dor? - Fito o pão integral em minha frente – Responda.

— Não, papai, eu não quero.

— Deus me livre ser o seu pai! - Faz careta – Agora, vamos comer. Tomou os remédios? - Opa!

— Acho que sim – Não tomei, não. Ele vai até o balcão e pega meus dois remédios e me entrega com um copo de água. Engulo tudo, depois de ter quase vomitado, e ele enfim me deixa comer em paz.

— Ed, quando vai começar seus shows? - Falo com a boca cheia de pão.

— Estou esperando o pessoal ligar, não sei de nada. Preferi não me envolver muito, queria relaxar.

— Hum – Resmungo – Às vezes queria que você fosse uma pessoa normal.

— Eu sei que é difícil – Entende o que quero dizer – Mas vamos conseguir superar isso – Segura minha mão e a beija.

— Espero – Suspiro um pouco triste – Eu já terminei – Limpo minha boca e fico esperando ele terminar o seu café também. Então, pego nossas coisas e levo até a pia, as lavando em seguida.

 

 

Vou para a sala e abro o sofá-cama, pego um cobertor bato no meu lado para ele sentar perto de mim.

 

 

— Eu amo ficar assim, abraçadinha, com você – Murmuro quando ele senta perto de mim e me abraça.

— Bella, você está tão mais dócil ultimamente – O encaro – Você era uma pessoa bem difícil assim que te conheci.

— Eu sou o próprio poço da doçura, meu bem – Gabo-me.

— Sim… sei… Não sei como consegui ficar com você até hoje.

— Porque eu queria seu corpo, então deixei você achar que conseguiu me seduzir – Ele dessa vez gargalha alto, de um jeito que nunca tinha ouvido.

— Vejo que também é o poço da humildade – Segura meu queixo – Meu bem, eu sou um homem romântico, mas posso ser bem cafajeste quando quero. Você já era minha antes mesmo de saber, eu tenho a lábia certa para cada mulher – Bato em seu peito.

— Me respeita, safado – Segura meus braços e sorri – E todos sabemos que você só me pegou porque eu quis – Enfatizo o “eu”.

— Tenho certeza que foi o meu sorriso infalível que fez sua calcinha cair para mim – Agora é minha vez de rir alto.

— Como está safado, meu Deus.

— Sempre fui – Beija-me – Aceite, fui eu quem te conquistei.

— Vai sonhando.

— Você não quer admitir que o jeito como eu te beijei – Encosta sua boca em meu ouvido e sussurra – Que o jeito como te despi, beijei seu corpo e te fiz gozar como nunca, foi o que te conquistou? - Fecho os olhos e sinto minha boca seca, todo o meu corpo está arrepiado.

— Acho que nunca vamos saber – Sorriu e ataco sua boca. No mesmo instante, o celular dele começa a tocar.

— Qualquer dia eu vou estourar esse celular na parede – Bufo e caiu para fora de seu colo. Ele levanta e vai mais para perto da janela.

— Alô? Ah, oi Atom. Esperava que o Gary ligasse – Fala confuso – Tudo bem, sem problemas. Mas então, o que temos para os próximos dias? - Ele percebe que levanto e fica me assistindo enquanto vou até a cozinha, na minha porta secreta do paraíso, e pego uma caixa de bombons.

 

Sento no sofá e vou colocando um deles dentro da boca, e sinto um baque em minha mão. Edward acabou de dar um tapa em minha mão!

 

— Hei! - Grito. Ele põe a mão no telefone e me olha feio.

— Você não pode comer essa porcaria, Isabella. E você sabe disso, devolva isso ao lugar dele, já!

— O lugar dele é em minha boca – Pego outro e faço menção de comer.

— Atom, eu te ligo de volta – Desliga o celular sem esperar uma resposta. Sua expressão me assusta, ele não está mesmo para brincadeiras. Levanto do sofá e dou um passo para trás quando ele vem em minha direção.

— Não, não. Pode ficar bem ai onde você está – Falo.

— Bella, eu não acredito que vamos ter essa discussão mais uma vez. Você fica agindo como criança mimada quando sabe que isso vai te fazer mal – Ai!

— Edward – Ativo meu modo sarcasmo – Se você reparasse mais em minha face, perceberia que estou pouco me ferrando por causa disso. Aliás, você vai pagar pelo chocolate que foi parar embaixo do sofá – Dá outro passo e eu recuo – Não. De repente, sua expressão de raiva muda para sorriso desafiador.

— Você quer mesmo brincar esse jogo comigo, Isabella? Vai perder como da outra vez.

— Só que dessa vez, eu tenho uma dignidade um filho a salvar – Abraço firme a caixa de bombom contra o peito. Sem menos esperar, ele começa a correr atrás de mim. Não perco tempo e corro para longe dele até onde posso. Não se tem muito para onde correr aqui, mas não vou desistir fácil.

— Não tem como escapar, Bella. Vou te pegar a qualquer momento.

— Você disse que ia me pegar, só não disse que jeito – Sorriu maliciosa e entro na cozinha.

 

Ele agora está de um lado do balcão enquanto me refugiu do outro. Seus olhos estão brilhando de excitação e posso dizer que meu corpo também está amando isso.

 

— Você fica tão sexy com seu peito nu subindo descompassadamente, esse cabelo bagunçado e esses olhos seduzentes – Falo – Tenho vontade de pular encima de você e fazer loucuras, bem aqui – Aliso o mármore frio do balcão – Mas, infelizmente, você quer me roubar algo que amo muito – Faço beicinho.

— Te garanto que o que eu posso te dar é muito melhor que isso – Sorriu para ele e o mesmo tenta me pegar.

— Acho que não – Estamos agora onde o outro estava antes – Acho melhor você desistir – Para provocá-lo, pego um bombom e desembrulho. Ele me repreende com o olhar e sorriu mais ainda.

— Acho que vou ter que comer esse daqui – Vou aproximando da minha boca e fecho um pouco os olhos para saboreá-lo. Em um movimento rápido demais, Edward está pulando o balcão e me levando ao chão com ele. Caímos deitados com o corpo metade dentro da cozinha e metade na sala.

— Ai – Resmungo – Você é pesado, seu ogro – Tento empurrá-lo, mas é em vão. Os bombons estão a centímetros de mim e posso sentir o cheiro deles. Minha boca enche de saliva.

— Agora, você vai ficar presa pelo resto do dia por ter me desobedecido.

— Não ferra, Edward. Sai de cima de mim – Grito sufocada.

— Só se você prometer que não vai comer nada que vá te ofender. Você sabe que não pode, tenta se segurar até o tratamento acabar – O que eu não faço quando ele me pede desse jeito e com esse olhar de menino que se perdeu da mãe?

— Mas Edward, tirar chocolate de mim é como me dar um homem brocha: não vai me fazer feliz – Ele coloca a cabeça para trás e gargalha alto.

— Senhor, você vai me matar qualquer dia desses. De onde vem esses seus lemas esquisitos? - Dou de ombros.

— Você promete? - Arqueia a sobrancelha.

— Ok, eu prometo – Bufo – Mas só até eu melhorar.

— É só o que importa – Dá-me um beijo rápido.

— Agora sai de cima de mim – Ele sorri malicioso.

— Você não reclama das outras vezes – Bato em seu peito.

— Sai logo – Mas não posso deixar de rir – E você tem uma ligação a ser feita – Ele recupera sua consciência disso e se levanta, me ajudando em seguida.

 

Ele faz seu caminho até a sala e busca seu celular na mesa de centro.

 

— Vou prender meu cabelo.

— Devolve – Ele fala e estende a mão.

— Mas o quê… - Não termino a frase e saiu correndo, parando apenas quando estou seguramente trancada no banheiro.

 

Puxo o bombom do meu bolso, que escondi no primeiro momento de distração dele, e ponho na boca. Oh Deus, isso é tão bom. Se eu morrer, valeu a pena. Termino de engolir e trato de amarrar o cabelo de um jeito bacana.

 

Faço meu caminho para a sala e encontro Edward sentado no sofá. Ele levanta a cabeça e pede que eu sente com ele. Desconfiada, eu sento e fico o encarando, esperando algum tipo de explosão.

 

— Não vai falar nada, está bravo comigo? - Fico de frente para ele.

— Um pouco – Balança a cabeça, desaprovando meu ato – Mas a gente tem que conversar.

— Ih, lá vem – Arrumo-me no lugar – O que foi? - Ele não se contém e me puxa para seu colo, me fazendo sentar de frente para ele.

— A Atom me passou minha agenda de shows, e já tenho show para depois de amanhã – Sinto um frio na barriga. Caramba, mas já? - E eu terei que viajar ainda amanhã.

— Por que tão depressa?

— Você sabe, os ensaios, passada de som e tudo o mais. Ela já queria que viajássemos hoje, mas neguei até a morte.

— Entendo – Falo desanimada.

— Você vem comigo, não é mesmo?

— Baby, eu não acho que seja uma boa ideia – Franze a testa.

— Por que não?

— Estou doente, não vou ser uma boa companhia, só vou te deixar preocupado. Você precisa se concentrar.

— Se você ficar é que vou me preocupar, Bella. Lá eu posso cuidar de você.

— Meu pai pode ficar comigo, eu não vou ficar sozinha. Por favor, não discuta sobre isso – Acaricio seu rosto – Sem falar que eu odeio viajar não estando muito bem de saúde. Entenda.

 

Ele fica me olhando e mudando a cabeça de um lado para o outro.

 

— Bella, você não está fugindo, não é? - Seus olhos ficam tristes.

— Claro que não, não seja bobo – Toco seus lábios com os meus – Eu só não esto em boas condições, só isso.

 

 

Se remexe embaixo de mim e segura meu rosto.

 

— Você vai mesmo ficar bem? - Dentro de mim, suspiro aliviada por ele não começar uma briga.

— Eu vou ficar, meu pai pode vir ficar comigo durante o dia – Seria minha mãe, se ela não tivesse sido tão… Ai, prefiro nem pensar!

— Mas e durante a noite?

— Vou estar dormindo, não vai precisar ninguém cuidar de mim – Ele abre a boca para falar – Ou eu posso chamar alguma das minhas amigas ou o Sam para ficar aqui.

— Amigas, por favor – Diz.

— Pensei que tivesse superado o Sam – Reviro os olhos.

— Meninas serão sempre mais bem-vindas – O olho com o olhos semicerrados.

— Estou de olho, safado – Ele ri, mas logo fica sério.

 

Segura as minhas mãos e fica as analisando por um tempo. Eu não consigo decifrar o que ele pensa, seu rosto está pacífico demais.

 

— Tem algo a mais que está te chateando? - Ele continua calado – Amor? - Levanta seu olhar até encontrar o meu, estão tristes de novo.

— Bella, você sabe que as coisas vão ficar difíceis mais uma vez, não sabe?

— Tenho noção disso.

— Vão ser muitos shows, muitas viagens, assédio da mídia, dos fãs.

— Eu sei.

— Eu estou com medo que você não consiga lhe dar com isso e me deixe – Meu coração dói ao ouvir isso.

— Eu disse que ia ficar e tentar, não disse? - Ele balança a cabeça – Eu sei que não vai ser fácil, tudo vai tentar nos jogar em direções opostas e também sei que isso vai nos desgastar. Mas eu te amo, caramba, eu prometo que não vou desistir tão fácil de você.

— E se desistir? - Não sei o que dizer para acalmá-lo. Eu também não sei como vão ser as coisas, eu o amo, mas não sei qual o meu limite.

— Edward, nada de medo ou pensamentos negativos agora. Estamos felizes e vamos fazer de tudo para continuar assim, ok?

— Você vai tentar o mais forte que você poder?

— Vou tentar o quão forte você tentar – Aconchego-me em seu peito – Estamos juntos nessa e tenho bons sentimentos sobre tudo.

— Bella, eu só te peço que se eu fizer alguma coisa ou tiver algo que está te incomodando, que venha falar comigo imediatamente.

— Te digo o mesmo – Acaricio seu peito com meus lábio e ele se arrepia.

— Eu te amo tanto, não suporto a ideia de te perder. Eu sei que sou muito ciumento e não consigo controlar isso, faço coisas que não te agradam. Mas é porque te amo.

— Edward, por que você é tão inseguro sobre si mesmo? - Sinto seu corpo ficar tenso.

— Digamos que eu costumava fazer coisas que faziam as pessoas me quererem longe.

— Como assim? - Espero por mais palavras, mas só vem o silêncio – Fala comigo.

— Não quero te estragar com as merdas do meu passado, Bella. Deixa elas lá onde devem ficar, o que importa é o nosso futuro.

— Eu gostaria de saber – Insisto.

— Não hoje – Beija o alto de minha cabeça – Não queira saber, vai ser melhor assim.

— Hoje não, tudo bem – Mas não vou desistir. Quero respeitá-lo, mas se ele não quiser me contar, eu procuro outra pessoa.

 

 

  

Edward está falando com a moça do balcão, fazendo seu check-in para o embarque. Ela sorri para ele e o mesmo caminha até mim.

 

 

— O meu voo já vai sair – Abraça-me e ficamos cara a cara – Odeio ter que deixá-la.

— Sua aposentadoria pode sempre vir mais cedo – Brinco.

— Ou você pode vir sempre comigo.

— Não começa – Eu bem sei que ele ainda não engoliu o fato de que não vou com ele.

— Se comporte na minha ausência, não faça nada imprudente.

— Como se você não fosse ficar sabendo pelos sanguessugas da fama.

— Quem? - Riu.

— Os paparazzis, meu bem – É sua vez de rir.

— Não sei de onde vem tanta criatividade da sua parte.

— Sou uma artista, apenas aceite – Gabo-me. Escutamos o seu voo ser anunciado nos altos-falantes.

— Tenho que ir – Abraça-me apertado e sinto meu coração ficar menor que um grão de areia.

— Se cuida, não exagere muito nas festas. Eu sei o quão atirada a Atom pode ser, e sei também que tem fãs que são bem descaradas.

— Eu vou me cuidar, e você também. Cuidado na vida, estou de olho.

— Eu sei que estará – Fico na ponta dos pés e beijo-o. Um beijo longo e apaixonado.

— Te amo – Fala e começa a andar.

— Também te odeio – Falo alto o suficiente para ele ouvir. Ao chegar no portão, ele para e acena. Mostra o celular e leio em seus lábios que ele manda eu ficar esperta sobre o celular. Aceno que entendi e lhe mando um beijo. Ele desaparece e me sinto sozinha no mesmo instante. Quer dizer, estou mesmo sozinha. Mas é um vazio que só ele pode preencher.

 

Lembro que meu carro ficou na esquina do aeroporto e tenho que me apressar se eu não quiser ser multada. Faço meu caminho até o carro, andando o mais rápido que posso, até que sou parada por uma mão grande e forte.

 

 

— Bella? - Encaro o homem a minha frente e sinto meu queixo cair.

— Sebastian? - Ele abre um grande sorriso. O sorriso que um dia já fez minha calcinha sair correndo de meu corpo. Senhor, é o Sebastian, o homem que já foi a melhor foda da minha vida!


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Notas finais do capítulo

Eita!!! E agora, o Edward vai matar a Bella ou vai matar os dois? Hahahahah. Brincadeira!
É impressão minha ou o Edward está mudando demais? Quero saber de vocês o que estão achando do desenvolvimento dos personagens, se eles estão mudando demais, se continuam o mesmo. Comentem mesmo, comentem muito. Beijokas e ótimo final de semana