Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Como amo os comentários de vocês ♥
Vocês são as melhores! Obrigada por todo o carinho e fico cada vez mais feliz que, mesmo eu não estando satisfeita, vocês amam os capítulos.

Mais uma coisa: Pessoal, eu escrevi em algum lugar quanto tempo a Bella ia ficar de férias, se não me engano, seriam dois meses ou algo assim. Não lembro bem, se caso alguém lembrar, me digam. Mas então, já que não lembro, espero que relevem se eu colocar alguma coisa a mais ou a menos em relação a tempo.

Agora, vamos ler!!!



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Sinto meu estômago expulsar tudo o que tem nele e minha cabeça permanece dentro do vazo.

Ainda abro a boca umas três vezes antes de cair sentada e ser amparada pelo Edward.

 

Ele nada falou, apenas me deu um copo com água e esperou eu me recompor. Quando me senti mais “forte”, respirei fundo e Edward me ajudou a sentar no banquinho que tinha ali perto.

 

 

— Estou bem – Falei quando ele fez menção de me amparar mais uma vez.

— O que você tem? - Pergunta preocupado.

— Não sei – Tomo uma respiração profunda mais uma vez – Estava tudo bem, e do nada, eu senti um enjoo e aqui estamos.

— Comeu algo que é alérgica? - Faço que não com a cabeça – Será que algo te fez mal?

— Não faço a menor ideia – Tento não perder a paciência com tantas perguntas que ele está fazendo.

— Quer ir a um médico?

— Não é para tanto – Passo a palma da mão na testa – Estou me sentindo bem, acho que foi alguma coisa que comi – Ele segura minha mão e me ajuda a ficar em pé.

— Você tem certeza?

— Tenho sim – Penso em beijá-lo, mas não acho que seja uma boa ideia agora – Vai descendo que eu vou escovar os dentes.

— Você só pode estar brincando, se acha que eu vou te deixar sozinha – Só revirei os olhos e sai do banheiro, indo pegar minhas coisas no quarto. Ele não saiu do meu pé um minuto, nem mesmo pegar minha malinha, ele deixou. Ok, como se eu fosse desmaiar por levantar uma malinha!

 

Entrei no nosso banheiro e abri a malinha, puxei de lá minha escova e a pasta, só que minhas mãos ainda se encontravam trêmulas, o que fez com que eu derrubasse a escova no chão.

 

Abaixei para pegar e ao levantar, tudo girou ao meu lado. Cai sentada de bunda e me apoiei em meus braços.

 

— Pelo amor de Deus, eu vou te levar a um hospital agora mesmo – Esbraveja.

— Não vou a lugar nenhum. Edward, eu vomitei, não tenho nada em meu estômago e levantei rápido demais. O que mais você queria?

— Você… - Ponho um dedo em seus lábios.

— Vou me sentir melhor quando encher minha barriga com toda aquela comida lá embaixo.

— Estou falando sério, mais uma coisinha e você vai sair daqui nem que seja amarrada.

— Só me deixe escovar os dentes e vai ver só que vou ficar novinha em folha – Pisco um olho para ele.

 

 

Desde então, ele não tirou os olhos de mim. Para qualquer lugar que eu ia ou qualquer movimento suspeito que eu fazia/tinha, ele já vinha para cima de mim com cinquenta mil perguntas.

 

Depois que comi, o que não foi pouco, ainda fiquei um pouco enjoada e meu corpo começou a pesar, mas nada que me impediu de me divertir. Dancei, bebi e brinquei horrores. Realmente, essa noite vai ficar na história da minha vida.

 

 

 

 

— Prometa que virá me visitar o mais rápido que poder – Esme repete para o Edward e Rose pela milésima vez.

— Assim que possível, eu já disse – Rose fala por ele.

— Dior, cuide bem da sua mãe – Carlisle fala e beija sua testa.

— Vovô, eu sou o homem da casa, claro que vou cuidar dela. Da mamãe e da Bella – Sorriu para ele.

— É muito bom saber disso – Fala.

— Bella – Esme me abraça – Obrigada por esses dias incríveis e peço desculpas mais uma vez pelo que fiz.

— Não vamos lembrar disso, são águas passadas – Devolvo o abraço.

— Volte sempre que quiser, querida. Não precisa esperar pelo Edward ou Rose, foi maravilhoso ter você aqui – Carlisle me abraça forte. Meu coração aperta, porque por mais que não tenha ficado explícito, eu e Carlisle nos demos muito bem e sei que vou sentir falta de sua companhia.

— Digo o mesmo, Carlisle. Sempre que quiser, você e Esme podem ir nos visitar. Sempre tem lugar na casa dos meus pais ou na minha.

— Ah querida, não gosto muito de ficar hospedada na casa de outras pessoas, mas vamos fazer visitas sim, pode deixar – Esme fala.

 

 

Nos despedimos de todos, menos do Jasper e Alice, esses dois já saíram mais cedo, pegamos nossas coisas e seguimos nosso caminho rumo a nossas casas.

 

 

 

 

 

— Oh de casa! - Abro a porta da casa da minha mãe.

— Filha! - Grita e sai correndo para me abraçar. Logo todos se reuniram na sala para me dar boas vindas.

— Pai, senti sua falta. Como foi o Ano Novo de vocês? - Nos sentamos na sala e minha mãe pediu que nos servissem alguma coisa para comer. Eu estava mesmo faminta, não comi quase nada com medo de enjoar no meio da viagem.

 

Ela e papai me contou tudo o que aconteceu, as histórias e micos que o povo pagou nas festas que eles foram. Meus pais nunca fazem festa de final de ano, geralmente saem para casa de amigos ou alguma festa que são convidados.

 

— E a Lyne? - Pergunto e eles ficam um pouco tenso – Mãe, pai, cadê a Lyne?

— Filha, olha, não fica brava. Ela saiu para festejar com alguns amigos na noite passada e não chegou ainda.

— Como assim, são quase 21:00 da noite e ela não voltou desde ontem? Tentaram ligar para ela?

— Sim, ela não atende.

— Eu vou matar aquela vadiazinha.

— Filha, olha a boca.

— Mãe, me perdoe, mas quero mais é que se foda a minha boca. Aquela garota está testando minha paciência mais uma vez. Eu não quero ter que bater nela de novo.

— Você bateu nela? - Se espanta.

— O que a senhora acha, que eu sentei, conversei com ela e ficou tudo bem? Eu fiz o que vocês deviam ter feito a muito tempo – Agradeci a Deus por Edward ter ido para meu apartamento, deixar nossas coisas lá. Ele não precisa presenciar isso.

— Já falei que bater não resolve nada.

— Só se for para vocês, porque para mim resolve com ela. Vejam só como ela se aproveita, já até saiu na primeira oportunidade. Sabe o que vocês precisam ensinar a ela? A ter respeito por vocês.

 

Posso estar passando dos limites e estar faltando com respeito, mas preciso ser firme com esses dois. Eles ainda não aprenderam a lição, não sabem que por pouco não perdem a filha caçula. Não pretendo contar, não enquanto minha mãe não estiver cem por cento preparada para enfrentar o que tiver que enfrentar.

 

— Vou ligar para ela agora mesmo – Puxo meu celular do bolso e ao começar a discar seu número, a porta é aberta com um forte estrondo. Lyne passa por ela, totalmente bêbada, sem um pingo de equilíbrio. Estaca no lugar com cara de assustada ao me ver.

 

— Bella, eu achei que você só viria amanhã – Gagueja.

— Eu te disse que viria hoje – Faço cara de muito brava.

— Mas você não chegou hoje de manhã cedo, então deduzi isso.

— Lyne, você nem estava na porra dessa casa, desde ontem – Ainda uso o pouco de calma que tenho – Onde você estava? E acho melhor você não mentir para mim!

— Eu sai com uns amigos – Fala.

— Que amigos? Aqueles que quase te deixaram… - Paro abruptamente.

— Que o quê? - Mamãe pergunta.

— Não é nada, mãe – Xingo-me por dentro por quase ter soltado a verdade para ela – Lyne, estou esperando.

— Eu já falei, sai com uns amigos e… - Seu corpo se curvou para frente e um jato de vômito saiu de sua boca. Renee se assusta e corre para ajudá-la, assim como eu, papai ficou de longe, apenas observando sua cena. Quando ela se acalmou e minha mãe a ajudou a se sentar, eu fui até ela e segurei em seu braço.

— Acabou? - Ela me olha sem entender – Muito bem – Saiu a puxando para a dispensa – Você vai pegar esse esfregão, pano e alvejante e vai limpar sua sujeira – Ela não se move e pego tudo, jogando em seus braços – Vamos – A puxo de volta para a sala – Começa a limpar.

— Bella, temos empregados para isso – Renee fala.

— Mãe, não começa – Lyne do canto não sai – Anda, Lyne, se mexe e começa a limpar – Grito.

— Isabella – Renee dá um passo em nossa direção e faço sinal para que pare.

— Mãe, se a senhora se aproximar mais alguns passos, eu juro por Deus que saiu por aquela porta e nunca mais a senhora vai me ver – Ela para no mesmo momento. Olha de mim para Lyne e faz menção de avançar.

— Renee, já chega – Charlie segura seu braço – Deixe a Bella resolver isso, pare de dar trela para essa garota mimada – Tanto eu quanto Lyne, nos surpreendemos com a atitude e palavras do nosso pai. Ele nunca foi tão “duro” assim.

— Charlie, ela não precisa fazer isso. Temos quem faça.

— Ela fez a própria cama, agora deixe que ela durma nela – Fala sério.

— Lyne, limpa, agora.

— Que inferno! - Grita aos quatro ventos, mas se abaixa e começa a limpar. Quando ela acaba, e eu finalmente respiro livre, sem medo de vomitar, ela leva tudo para a cozinha e volta ainda tombando.

— Vem, vou te ajudar a tomar banho – Falo.

— Não preciso de ajuda.

— Cala a boca e sobe logo antes que eu perca minha paciência. Minhas mãos estão coçando, Lyne, não me teste – Ela vê que não estou para brincadeira e sobe batendo o pé.

 

Acabou que ela não precisou muito de ajuda, só a ajudei a entrar na banheira e depois vestir a roupa. Logo se jogou na cama e pediu que eu a deixasse sozinha.

 

— Acho bom você descansar, filhinha. Porque amanhã vamos atrás de uma ótima escola para você – Ela faz que não escuta e vira para o outro lado.

 

 

Lá embaixo, Edward me espera com cara de desconfiado. Não falo nada com ninguém, apenas beijo o meu pai e saiu sem falar com a Renee. Ainda não consigo acreditar que ela cogitou em ir ajudar a Lyne mesmo depois do que eu falei. Edward me ajuda a entrar no carro, se despede dos meus pais e vamos embora.

 

— Amor, que clima horrível foi aquele?

— Nem te conto – Falo tudo o que se passou.

— Sinceramente, nem sei o que falar sobre. Só sinto muito por ter que lhe dar com isso logo na sua chegada.

— Vou te contar que já estou acostumada.

— Mas – Abre um sorriso malicioso, como quem está aprontando algo – Não deixe isso estragar nossa noite. Tenho uma surpresa para você.

— Por que você faz isso comigo? - Pergunto com um sorriso de orelha a orelha. Por mais que não seja muito fã de surpresas, ele sempre me surpreende de um jeito bom. A noite está bem fria, aumento o aquecedor e dou dois espirros antes de me encolher no banco.

 

 

 

 

 

Edward abre a porta para mim e quando vejo meu sofá, tudo o que penso é em deitar e dormir o resto do ano. Meu corpo clama por descanso, sinto que preciso disso.

 

 

— Bella, vai tomar um banho enquanto eu preparo algo para a gente comer.

— Para falar a verdade, eu só quero tomar um banho e dormir. Não estou com fome…

— Você não está com fome? - Sua cara é puro espanto.

— Não estou me sen… - Interrompo-me.

— Você não está o quê? - Olha para mim com desconfiança.

— Não estou com fome – Sorriu para disfarçar.

— Não era isso que você ia falar.

— Eu vou tomar banho – Levanto e saiu andando/correndo antes que ele comece a insistir.

 

 

Saiu do banho e ele está deitado na cama, já esperando por mim. Sua cara está estranha, expressão de quem está pensando muito. Profundamente!

 

Bebo o copo d'água que tinha pego, a única coisa que estava descendo, e bebi tudo antes de deitar ao seu lado. Ele estava tão preso em seus pensamentos, que nem correspondeu quando lhe dei um selinho.

 

— Hei, não vai me contar qual é a surpresa? - Sou ignorada legal - O você tem? - Puxo seu rosto para mim.

— É que eu estava pensando… - Se interrompe e dá uma risada forçada – Ah, deixa quieto.

— Edward! - Ralho.

— Ok - Olha-me de lado - Vai parecer meio bobo, mas estava analisando sua situação.

— Minha situação?

— É – Endireita-se e me fita – Fiquei juntando algumas peças do que vem te acontecendo esses dias.

— Continuo não entendendo.

— Veja bem: você está com bastante sono, enjoos e tontura - Conta nos dedos e volta a me olhar - Isso só pode ser uma coisa – Espero ele falar sua teoria.

— Bella, eu acho que você está grávida! - Meu corpo em imediato, ao ouvir suas palavras, treme igual cachorro molhado no inverno. Um frio se passou em minha barriga e meu coração acelerou.

— Meu… Edward… Como… De onde você tirou isso? - Saiu da cama e fico em pé ao seu lado.

— Ora, não é o óbvio?

— Não – Bufo uma risada forçada – Pode ser outra coisa, uma virose vindo por ai, gripe… qualquer coisa!

— E... também pode ser gravidez – Fala.

— Edward, chega com esse papo – Meu estômago começa a revirar – Eu não estou grávida, isso é impossível. A gente nunca transou sem camisinha, e eu tomo meu remédio direito.

— Na verdade acho que já teve uma vez… - O fuzilo e ele para – E remédios podem ser falhos.

— Chega, já chega! - Começo a surtar – Não estou grávida e não quero mais falar sobre isso.

 

 

Saiu do quarto e peço que ele não venha atrás de mim. Estou me sentindo sufocada, meu coração está acelerado e sinto que existe pouco ar para mim.

 

Senhor, estou tendo um ataque cardíaco!

 

 

Vou até a janela, e por mais que esteja frio, abro-a com as mãos trêmulas, até em cima, e ponho minha cabeça para fora, puxando uma grande lufada de ar. Repito esse gesto mais algumas vezes, até enfim começar a sentir meu corpo relaxar.

 

Meu Deus, isso não pode ser verdade. Eu não posso estar grávida, é praticamente impossível!

 

— Não surta, Bella, não surta – Repito várias vezes para mim mesma – Isso não pode ser verdade, pode? - Sento no sofá – É fácil, eu posso resolver isso com um simples teste – Falo. Amanhã eu vou até a farmácia e vou comprar dois testes de gravidez.

— E se der positivo? - Meu coração volta a acelerar e corro para a janela de novo – Ai meu Deus, o que eu faço?

 

 


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Notas finais do capítulo

Está pequeno? Se sim, me desculpem. Escrevi o que me veio a cabeça antes que eu ficasse sem ideias, ultimamente o estresse está me tirando toda a concentração e criatividade haha. Desejando que vocês aproveitem muito, feliz semana santa para todos e muitos chocolates na vida de vocês. Beijokas, cookies e até a próxima



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