Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Cookies do céu, to rindo muito aqui. Sério, como eu sou burra, lesa, cega da vida. Nunca mais eu posto sem estar com meus óculos. Perdoem-me por esse acidente de merda, vou prestar atenção da próxima vez e vou usar a desculpa de todos os homens brochas do mundo: ISSO NUNCA ME ACONTECEU ANTES!!!
Hhahahahaha, MUITO obrigada por terem me alertado, pois eu não teria notado nunca. E eu juro, tenho quase certeza que postei o capítulo certo, porque eu lembro que sim. Não sei mesmo o que aconteceu. Enfim, obrigada mais uma vez e vamos ler o capítulo certo....



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Desculpe Esme, mas eu não estou entendo aonde você quer chegar.

— Você ao menos sabe que estamos em uma fazenda, certo? - Seguro-me para não revirar os olhos.

— Tenho total consciência disso – Digo.

— Que bom. Então, temos empregados e tudo o mais, mas gostamos de pôr a mão na massa – Sorri. Essa mulher às vezes me dá arrepios, ela é bipolar. Acho que já sei a quem o Edward puxou.

— Ok – Paro um pouco pensativa e me dou conta de que o Edward não está no quarto – Onde está o Ed?

— Já está ajudando com os cavalos, pediu que eu viesse te buscar – Eu acho que esqueci de contar ao Edward que tenho medo de vacas. Não especificamente delas, medo de ordenhá-las. Sabe, medo de machucar. Hello, sou um desastre ambulante!

— Será que posso colocar uma roupa antes?

— Claro, sinta-se à vontade para fazer o que quiser. Vou ficar te esperando na cozinha, o café já foi retirado e você vai ter que comer na cozinha. Se importa?

— Não, nenhum pouco – Pego uma roupa que acho que vai ser legal para passar o dia trabalhando, assim penso, e vou para o banheiro. Não resisto e acabo tomando um banho bem bacana. Penteio meu cabelo em um alto rabo de cavalo e vou ao encontro de Esme na cozinha.

— Ai está você – Faz sinal para que eu me aproxime – Sente-se e coma direitinho, vai precisar de forças – Ela está pretendendo me fazer de escrava, é isso mesmo?

— Uhum – É o que digo e começo a comer. Bom, ela disse que era para eu me alimentar bem. Como não gosto de desobedecer nem fazer desfeita, comi até demais. Quando me senti satisfeita, limpei a boca com o guardanapo e disse que podíamos ir.

 

Saímos da casa e tivemos que caminhar um pouco. Ainda bem que coloquei boas botas em minhas coisas! A Esme até perguntou se eu queria um carrinho, estilo aqueles que as pessoas usam para se locomover em campo de golfe, mas não quis ser tão humilhada. Apesar de querer, até porque nunca andei em um e deve ser o máximo, eu recusei.

 

 

Algumas caminhadas e tropeçadas depois, avistei um grande celeiro, tipo, grande mesmo e soltei um suspiro de alívio. Vi pelo canto dos olhos que a Esme deu um risinho, mas se recompôs.

 

De longe já dava para escutar vozes bem animadas, vacas muando e tudo o mais.

 

Comecei a ficar bastante nervosa, eu tenho certeza que ela pediria para eu fazer ordenhamento e eu não faço a menor ideia de como fazer.

 

— Bom dia, pessoal. Gostaria de apresentar a nossa convidada, namorada do meu filho Edward – Senti uma certa aspereza quando ela disse o “namorada” - Essa é a Bella. Bella, esses são João, Robson e Ben.

— Olá, bom dia a todos – Falo sem graça.

— Olá – Falam juntos.

— Então é isso – Bate as mãos uma na outra, me assustando – Eu vou deixar ela sobre o cuidado de vocês, espero que ela aprenda rápido – Viro para ela chocada.

— Como assim, não vai ficar?

— Não, bobinha, eu e Edward vamos até o centro comprar algumas coisas.

— Mas…

— Bom trabalho, Bella – Mas que vaca! Penso em protestar, mas o João já está me chamando para começar a trabalhar. Qual o problema dessa velha?

— Bella, posso te chamar assim?

— Sim, claro, é o que jeito que prefiro – Respiro fundo para não descontar minha raiva nos inocentes.

— Bom, vou te ensinar como fazer tudo isso. Primeiro: para manter sua segurança, sempre lembre de prender a vaca. Ela pode ficar bem irritada e acabar te atacando – Ele pega uma corda e me ensina como amarrar as duas patas dela de um jeito seguro - Segundo: limpe as tetas da vaca com água morna e sabão, a água morna ajuda o leite a descer.

— Tudo bem – Dou sinal de que estou entendo. Ele faz os gestos para que eu veja e presto bastante atenção.

— Agora, colocamos um balde embaixo, não vou pedir que você o segure entre suas pernas, porque ainda não tem muita prática e precisa estar com elas livres caso precise correr. Vamos pegar leve – Sorri simpático e quase me sinto mais relaxada.

— Venha, sente-se aqui – Parei ao ver o banco em formato de T.

— Isso ai? Como eu vou caber nisso?

— É só você se sentar bem apoiada e buscar equilíbrio – Rá, que piada. Eu, equilíbrio numa mesma frase, em um mesmo lugar. Jogo os braços para cima e vou até ele. Calmamente, seguro o banco e vou sentando devagar para não virar. O João me ajudou e fiz sinal que tudo bem quando vi que estava “segura”.

— Viu, está indo bem – Fala rindo. Tento não perder o foco e solto um pequeno gritinho quando penso que vou cair, mas já estou no lugar.

— Seguindo – Diz ele – Coloca o balde ai – Aponta para o lugar certo – E cuidado para a vaca não chutar o balde, principalmente se já estiver cheio. Vai ser um desperdício.

— Ela chuta? - E como fica se ela pisar no meu pé?

— Nem sempre, fique tranquila – Diz Ben, achando graça da minha cara.

— Aqui, vire as duas mãos – Faço o que pediu sem entender, até que ele coloca vaselina e pede para eu esfregar uma na outra – Vai ajudar a diminuir o atrito. Bom, agora você envolve duas tetas assim – Pega minha duas mãos e coloca-as no lugar do modo certo. Caramba, isso é estranho. Desculpa ai, senhora vaca - Agora, puxe para baixo delicadamente – Vai me dando orientação e vou seguindo.

— Ué, não está saindo nada.

— Talvez não esteja fazendo direito – Robson observa tudo encostado a uma porta.

— Tente assim -João ajeita meus dedos novamente e quando puxo para baixo, um líquido esbranquiçado é espirrado dentro do balde. Uau, isso é muito legal! Abro um sorriso enorme de orgulho.

— Olhem só, estou ordenhando – Agora me diz, me diz mesmo para que eu fui cantar vitória antes do tempo? Foi só eu abrir a boca e bateu a louca na vaca e ela começou a chutar em todas as direções. O balde, que já tinha alguma coisa, voou encima de mim quando ela chutou na minha direção e o Ben e João me puxaram do chão imediatamente. Eles me deixaram em um lugar seguro e foram acalmar a pobre.

— Você está bem? - Pergunta Robson com um grande sorriso de diversão.

— Sim, estou – Só o meu coração que vai precisar de ajuda – O que eu fiz de errado?

— Ah não, você tem unhas grandes? - Automaticamente analiso minhas unhas.

— É… só um pouco – Fico encabulada.

— Por isso, você machucou a teta dela ao apertar com muita força – Fico com dó e me aproximo da vaca, já mais calma e aliso sua cabeça.

— Desculpe-me, senhora vaca. Juro que não fiz por mal – Ela balança a cabeça e dou um pulo para trás – É, acho que ela não vai me perdoar tão cedo. Sendo assim, chega de ordenhamento por hoje – Digo e os três riem.

— Acho que sei no que você pode ajudar – Diz Ben e já sai me puxando.

 

 

 

 

 

Bom, eu não sei exatamente se isso é uma boa ideia. O Ben me trouxe até a casinha onde ficam todas as galinhas e sei que isso não vai prestar. Minha vó uma vez criou um galo e ele tocava terror em quem chegasse na casa dela. Eu quase fui atacada por ele quando fui lhe dar comida, nunca corri tanto como nesse dia. E ele ainda conseguiu “bicar” minhas magras canelas. Foi um dia bem louco.

 

Mas vamos lá, vamos tentar. Morrer acho que não vou…. Espero!

 

 

— No que eu vou ser útil aqui? - Pergunto já tentando me sair. Vejam bem, eu não sou preguiçosa e nem quero bancar a molenga, mas vocês já viram que eu não levo jeito para essas coisas, nunca dá certo. Eu tenho um ímã para cagadas, isso é fato.

— Então, você gosta de comer ovos?

— É uma das minhas coisas preferidas.

— Isso é ótimo, porque você vai me ajudar a recolher todos os ovos de hoje – Arregalo os olhos.

— O quê? Ficou maluco, as galinhas vão me matar.

— Galinhas não matam ninguém, Bella, fique tranquila – Não consegue segurar a gargalhada.

— Tudo bem, vamos fazer isso logo – Ando em direção as casinhas menores.

— Calma ai, vista as luvas primeiro. Não vai querer ficar sem dedos, vai?

— Ficar sem dedos? - Recolho minhas mãos de imediato.

— Estou brincando – Sorri – Mas é bom colocar as luvas – Ele me passa um par delas, luvas amarelas, e eu as coloco.

— Muito engraçado, Ben – O encaro e ele parece está mesmo se divertindo comigo. Apesar de tudo, eu também estou. Aproximo-me das casinhas e tento conversar com as galinhas, para que elas não tentassem nada comigo.

— Oi, dona galinha. Eu sei que é meio desumano o que vou fazer agora, imagine, pobre coitada, ter seus filhos arrancados de vocês tão cedo. Mas, veja pelo lado bom, seus filhinhos são tão gostosos…

— Bella, apenas pegue os ovos – Ben me interrompe com meu diálogo bacana.

— Tudo bem, tudo bem – Vou esticando os braços aos poucos e consigo pegar três ovos que estava embaixo da galinha gordinha – Eu… - Não, sem cantar vitória, pelo amor de Deus. Minutos depois, eu e o Ben estávamos com uma cesta bem abastecida, poderia dizer que fome de ovos não passaríamos. Senti-me bem feliz e orgulhosa, especialmente por não ter feito nenhuma besteira. Fora algumas bicadas e corridinhas, nada demais aconteceu.

 

 

 

 

 

O dia passou rápido, logo era hora do almoço. Eu e o trio ternura - assim eu chamei o Ben, João e Robson – fizemos coisas bem legais, me ajudaram a me distrair de tudo. Até agora.

 

Estou entrando na casa principal, quando avisto o Carlisle.

 

— Hey, Bella. Não te vi o dia todo – Sorri.

— Olá, Carlisle. Pois é, eu estava um pouco ocupada.

— Percebi – Se aproxima rindo e tira uma pena do meu cabelo. Nem ligo mais, já estou me sentindo suja o bastante para me importar.

— Então, o Edward já chegou?

— Já sim, está no quarto, eu acho – Agradeço e subo de dois em dois degraus até o quarto. Ao abrir a porta, vejo Esme e o próprio conversando animadamente.

— Oi, amor – Sorri ao me ver – Caramba, o que houve com seu cabelo.

— Galinhas – Falo emburrada.

— Vou deixar vocês a sós – Esme deposita um beijo na testa de Edward e se vai. Tranco a porta e começo a me despedir.

— Se divertiu na cidade? - Comento.

— Só fomos comprar algumas coisas. Aliás, por que não quis ir com a gente?

— Como assim? - Viro-me para encará-lo.

— A mamãe disse que te avisou que estávamos saindo, mas você preferiu ficar e ajudar nos serviços com os animais. O Dior ficou bem decepcionado, queria te mostrar os lugares favoritos dele.

— Ela o quê?! - Minha voz sobe uma oitava.

— O que foi, algum problema? - Franze a testa.

— Eu… - Ia contar a ele tudo o que passei e escutei, mas pensei bem e preferi não. Não estou bancando a boazinha e a que engole quieta, mas prefiro não fazer nenhum alarde por agora. Eu não sei qual é a dessa maluca, mas não vou cair na dela.

 

Respire, Bella, apenas respire!

 

— Bella?

— Não é nada, eu quis mesmo ajudar com os animais. Foi bem divertido – O que não é mentira, eu me diverti mesmo – Vou tomar um banho.

— Quer companhia? - Sinto a malícia em sua voz.

— Agora não, serei breve – Sinceramente não vejo clima para tal coisa. Fecho a porta com um pouco de força e me apoio na pia. Não pira, Bella. Você não sabe ainda qual é a dela, mas não cai nessa. Seja mais, seja superior e educada. Talvez ela seja doente da cabeça ou uma mãe apegada demais ao filho e ciumenta. Mas, por que mentir?

 

Ai Senhor, dai-me forças.

 

 

Saiu do banheiro já vestida e morta de fome, Edward está deitado na cama, me olhando com um sorriso terno.

 

Minha raiva se desvairia e tudo o que sinto é, não sei bem, saudades? Largo a toalha encima da poltrona e me “jogo” sobre ele. Caiu mais para o lado, apoio minha cabeça em seu peito e o puxo para mais perto. Não há motivos de descontar minha raiva nele, ele não tem culpa de ter uma mãe mentirosa.

 

— O que é tudo isso? - Pergunta rindo – Está mesmo tudo bem?

— Não é nada, só saudades, eu acho.

— Saudades?

— É estranho o fato que às vezes eu acho que não ficamos juntos o suficiente?

— Não, não é estranho – Sua voz soa meio séria – Gosto quando fica assim, carente da minha atenção - Mordo de leve o seu peito.

— Não estou carente, apenas sentindo falta de ficar assim com você.

— Mas é bom saber que não sou o único que me sinto um idiota. Muitas vezes eu te abraço com o sentimento de saudade, como se tivesse passado meses sem te ver – Solto uma risada nasal.

— O que está achando da minha família? Certinhos demais para você?

— Eles são muito diferentes da minha, isso não tem nem como não notar. Mas ainda é cedo para dizer o que acho. Tirando o Jasper, ele já uma das pessoas mais amáveis que conheci.

— Ah, é mesmo, é? - Puxa meu cabelo delicadamente para que eu o olhe.

— Ciúmes, senhor Cullen?

— Sempre! Não flerte com meu irmão, Isabella – Gargalho.

— Não estou flertando com ninguém, só achei ele legal.

— Estou de olho em você – Força minha cabeça mais para cima e me beija – Sou bem possessivo com minhas coisas.

— Não duvido disso – Falo quando me deixa respirar. Minha barriga ronca, quebrando qualquer clima que estava rolando.

— Droga, a gente precisa mesmo comer?

— Meu estômago diz que sim – Riu.

— Vou te dar uma carona – Fica de pé e me oferece suas costas para mim e subo. Descemos a escada enquanto distribuo beijos por seu rosto e pescoço.

 

 


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Notas finais do capítulo

Meu Deus, eu ainda estou rindo muito. Hahahahahaha!!!
O capítulo está meio pequeno, mas é a vida. Esperando o comentário de todas e todos. Beijokas



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