Nossa Canção escrita por Day Marques


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: PARABENS PARA A LEITORA MAIS MALUQUINHA E AMADA DESSA FIC - NÃO QUE AS OUTRAS NÃO SEJAM - MICHELLE SUA LOCA, ADORO VOCÊ, DE CORAÇÃO, FELIZ NIVER E MUITAS DIVERSÕES NA SUA VIDA.

SEGUNDO: Quem queria ter uma ideia de como é a Lyne, cliquem no nome dela e vão ver uma garota que mais ou menos representa a mesmo. Caso não consigam ver, aqui está o link: http://summer--flower.tumblr.com/image/138418719652



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Corre, ainda há tempo. Fuja enquanto seu corpo está longe dele e consegue ter o controle de tudo. Corra enquanto você pode raciocinar, vá se trancar no quarto e finja que não viu nada. Desista agora e a dor será menor...” Dizia, ou melhor, gritava minha consciência.

 

 

O que você está esperando? Vá até ele e finja que nada aconteceu. Você sabe que sentiu falta dele, do corpo dele, do cheiro.. Ah, daquele beijo. Fuja se eu estiver errado...” Meu corpo foi completamente contra.

 

 

— Calados – Grito de volta, sem perceber que o faço alto demais.

— O quê? - Meu pai me olha sem entender.

— O quê, o quê? - Embaralho-me.

— Você, gritando ai para nos calarmos…

— Ah, pai, esquece – Tento me sair do vexame que acabei de pagar.

— Ok… - Olha de mim para o Edward – Bom, vai querer entrar? - Edward não fala nada, puxa a Rose pela mão e meu pai fecha a porta atrás deles. Dou-me conta de que ainda tenho um Dior grudado em minhas pernas. Olho para baixo e ele me olha sorrindo.

 

— A gente veio passar o Natal com você, tia – Puxa minha blusa e entendo que quer que eu fique a sua altura.

— Dior, você está lindo – O quê? Esse tempo todo e é isso que você fala para o menino? Desculpa ai mundo, mas eu estou me sentindo bastante esquisita.

— Bella – Rose abre os braços e vem até mim – Desculpe vir sem avisar, mas quando soube que o Edward estava vindo para cá e eu queria te matar por não ter se despedido de mim, eu arrumei minhas coisas correndo e só deixei ele sair do hotel quando deixou eu vir junto – Disparou a falar.

 

— Por favor, não nos expulse – Abraçou-me com total força.

— Rose, eu jamais te expulsaria daqui – Sorriu fraco para ela.

— Por favor, também não expulse aquele cabeção ali. Você não tem noção da droga de irmão que eu tive que aturar durante esses dias. Resolvam-se logo, pelo amor de Deus – Sussurrou em meu ouvido.

— Tia, você também está linda – Não seguro a risada ao ouvir o Dior falando isso. O pego no braço e beijo sua face.

— Pequeno gênio, eu senti sua falta.

— É… eu também – Ele fica um pouco encabulado. O silêncio se instala na sala, até que meu pai pigarra para disfarçar. Ai não, lá vem…

— Rose, Dior, vocês gostariam de se juntar a nós na sala de jantar? Já estávamos prestes a começar a ceia.

— Ah, bem, claro – Vem até mim e Dior – Filho, vamos.

— Mas mãe, eu tenho tanto para falar com a tia – Protesta.

— Tenho certeza que você pode ceder seu lugar ao tio Edward e esperar até mais tarde – Pega ele dos meus braços.

— Não… - Protesto baixinho. Bem, eu tento, mas eles já estão saindo. Caramba, eu não fui treinada para isso. Vejo que não tem mais jeito, então caminho para a sala de TV e sinto o Edward fazer o mesmo.

 

Meu Deus, não me deixe ter uma ataque de epilepsia de tanto que estou tremendo, te imploro.

 

Sento no sofá, de cabeça baixa, e respiro fundo esperando ele começar.

 

— O Dior tem razão, você está maravilhosa – Sua voz treme um pouco.

— Obrigada – Aliso meu braço. É impressão minha ou ficou frio por aqui?

— Bella, que droga – Se joga ao meu lado – Por que estamos agindo como dois estranhos?

— Eu não sei – Não consigo olhá-lo.

— Eu estou aqui, porque eu quero me desculpar com você e porque prometi que viria. Estava precisando de você

— Eu já estava pensando que você não viria – Admito.

— Mesmo?

— Não vamos ser estúpidos, Edward, você sabe que eu queria que você viesse. Por mais que você tenha falado aquelas coisas, por tudo que tenha acontecido – Levanto e fico a sua frente. Ele senta mais na beirada do sofá e segura minhas mãos.

— Perdão, eu fui um completo babaca. Estava desesperado para fazer você ficar, não queria te perder tão cedo. Eu te peço perdão, eu fui bem egoísta por pedir que você ficasse quando na verdade era a sua mãe que estava precisando de você

— Você não ia me perder, Edward, eu só estava voltando para ajudar a minha mãe. Você é novo demais na minha vida, não sabe o que está acontecendo.

— Isso é porque você não permiti.

— O que você quer? Que com apenas uma semana com você, eu já me abra, conte todos os meus problemas?

— Não seria tão ruim.

— Ah, faça-me o favor. Se eu fizesse isso, você já teria fugido para a montanha mais alta que existe no mundo.

— Você fugiu do meu? - Toca na ferida: Seu mundo!

— Eu estou fugindo agora – Ele levanta subitamente.

— Como assim? O que está querendo dizer com isso?

— Olha – Solta a respiração que estava segurando – O seu mundo, tudo aquilo, é demais para mim. É sufocante, não estou acostumada com isso. A cada passo que dou, tem 300 pessoas me seguindo. Eu não sou a celebridade aqui, você é. E tudo isso é porque “faço parte” da sua vida.

— Não, não, não, não – Murmura com agonia – Não começa com essa conversa. Bella, você não pode desistir de nós assim tão fácil. Nem sequer tentamos o suficiente.

— Você não tentou, mas eu sim. O que você acha que eu estava fazendo cada vez que eu sentava meu traseiro em uma cadeira e contava até dez para não pegar o primeiro voo de volta para casa? Edward, esse foi um dos piores finais de semana da minha vida.

— Eu sei, sei disso – Puxa-me para seu colo e não protesto.

 

Eu já sei que é uma maldita batalha perdida, eu sei que meu corpo e alma vai ceder mais uma vez a ele.

 

 

— Bella, você disse que me entendia, que sabia que era meu trabalho.

— E entendo. Mas, você já se olhou no espelho da vida? Já viu como sua equipe te trata? Edward, você agi como um cachorrinho obediente. O que eles mandam você fazer, você faz, nem mesmo protesta.

— Não é bem assim…

— É exatamente assim – O interrompo, já um pouco exaltada – Eu não quero ficar com uma pessoa assim, que só tem 20% do seu tempo para me dar e olhe lá. Eu estou muito ferrada – Sorriu amarga – Eu percebi que estou me doando para essa merda de “relação” dar certo, enquanto tudo o que você faz é o que os outros querem.

— Eu posso ser melhor que isso, eu sei que posso. Você só precisa ficar comigo e me ajudar.

 

 

Maldito!

 

 

— Promessas, o quanto eu tenho medo delas.

— Você sabe que eu cumpro as minhas.

— Assim como as regras, promessas também foram feitas para serem quebradas – Ele passa a mão no rosto repetidas vezes.

— Por favor, só mais essa chance. Eu vou tentar dar o melhor, tudo o que eu puder de mim. Só, imploro, não me largue agora. Ajuda-me a melhorar e eu te ajudo a se acostumar com tudo o que vem comigo – Fodida, muito fodida é como eu estou.

 

Meu coração acelera e minhas mãos soam, porque eu já sei que eu não vou conseguir dizer “Não” a ele. Mas, caramba, quão boba eu posso estar sendo? Vou desistir dele só por causa de uma briga boba que tivemos? Casais não tendem a brigar?

 

Estou certa, não estou, Deus?

 

Caramba, eu acho que eu estava mesmo fazendo uma tempestade em um cuspe no chão. Não tem necessidade disso, foi nossa primeira briga e sei que ainda virão muitas outras. É o normal, certo? Claro que é, se não tiver briga em uma relação, tem algo errado ai, meu camarada.

 

Seguro o sorriso e o encaro.

 

 

— Eu juro, eu juro por tudo quanto é mais sagrado, essa é a última chance que eu dou para isso que estamos tentando construir. Eu não quero ser uma maldita machucada, na primeira oportunidade que eu tiver, eu caiu fora.

 

— Eu não vou te dar essa oportunidade, nunca mais – Sorriu para mim e beijou meus lábios.

— E… Corta! - Viramos na direção da porta e o Dior apontava sua câmera para nós.

— Não se tem mais privacidade nessa casa? - Murmuro.

— Tio, tia, vocês foram ótimos. Tirando os palavrões que a tia falou, aliás, muito feio da sua parte, ficou tudo ótimo – Faz sinal de “joinha” e vai embora. Eu e Edward caímos na gargalhada.

— Será que devíamos ir de encontro aos outros? - Fala.

— Não, vamos ficar mais um pouco por aqui – Encaixo minha cabeça no vão do seu pescoço e suspiro. Tudo parece bem agora… Assim espero!

 

 

 

 

 

 

 

— Daí, foi tiroteio para tudo quanto é lado. Teve até uns helicópteros que nos seguiram. Eu peguei sua vó e nós saímos de lá correndo. Foi uma pena, não conseguimos descobrir nada… - Eu não te disse que esses dois velhos tem sempre histórias malucas para contar? Adivinha qual foi a desse ano? Meus queridos, nada mais, nada menos, que eles tentaram invadir a área isolada da “Área 51”. Não é atoa que foram escoltados de lá a base de tiros. Balanço a cabeça, ainda passada com toda a história e meus pais apenas continuam comendo. Para o Edward, Rose e Dior, que não estão acostumados com isso, eles ficaram horrorizados com o que ouviram. É meus amores, vão se acostumando…

— Vô, vó, vocês não acham que estão velhos demais para isso, não? - Emm olha para eles com olhar espantado – Vocês poderiam ter sido mortos. Sabiam que eles têm permissão para matar qualquer coisa que tentar invadir aquela área?

— Não estamos velhos, seu moleque – Minha vó se ofende – Só fazemos o que queremos. Por que devíamos nos preocupar? Todos os nossos filhos já estão grandes e criados, não temos mais nenhum bebezinho para termos que voltar pra casa.

— Ai, mãe, você às vezes fala cada absurdo – Renee a repreende.

— Então, Edwin… - Newton, meu vô, muda o rumo da conversa.

— Vovô, eu já falei ao senhor, pela milésima vez, que é Edward – Suspiro frustrada.

— Desculpe. Edwin… - Desisto. Jogo as mãos para cima, fazendo todos rirem – Quão impaciente é essa minha netinha – Meu avô ri – Só estou tirando sarro de você.

 

Edward aperta minha mão e sorri.

 

 

— Muito engraçado, velhote – Mostro-lhe a língua.

— Edward, seu pinto é muito grande? – Clarisse, minha vó, fala de repente. Rose cospe todo o vinho que tinha na boca, eu dou de ombros porque estava até demorando demais para acontecer algo assim. Edward olha para minha vó sem entender nada e o pessoal da mesa apenas assisti em silêncio.

— Perdão?

— Depois nós que somos os velhos – Fala para vô Newton – Eu perguntei se você tem pinto, pau, pênis grande – Enfatiza os nomes que deu e Emm caí na gargalhada.

— Vó, que coisa mais absurda – Tento intervir.

— Calada, não falei com você – Odeio quando ela faz isso, porque realmente tenho que respeitar e ficar de bico fechado. Fica alguns minutos em silêncio, até que Edward se ajeita na cadeira e sorri um pouco sem graça.

— Bom, dona Clarisse, eu vivo muito bem, obrigado. E também nunca reclamaram – Eu e meu pai largamos o garfo no prato e bufamos insatisfeitos. Sério mesmo que eu merecia uma família dessa?

— Ed, não dá corda a essa velha maluca – Sussurro.

— Essa velha maluca só quer o seu bem – Ela escutou! - Não quero que minha netinha passe necessidades, oras. Mas deve ser grande mesmo, a Bells não aceitaria ficar com pau pequeno. O que me lembra...

— Agora já chega, mamãe – Renee intervem por mim – Vamos mudar de assunto, por favor.

— Está bem – Se dá por vencida – E você, Emm, não vai chegar logo na moça ai?

— Não entendi, zita – Eu sei, né. O Emm me vem com cada apelido. Para quem não entendeu, “Zita” é o “derivado” de “Vozita”. Vai entender…

— Você acha que sou trouxa? Acha que não notei você secando a menina desde que ela chegou? - Para falar a verdade, até que ela não está sendo absurda agora. Desde que eu e Edward viemos a mesa, que notei eles bem interessados em manter contato visual. Jesus, será que nessa moita tem coelho? Espera ai, é assim o ditado? Dane-se.

— Eu não sei do que está falando.

— E eu nunca comi a sua vó – Vô Newton toma a frente.

— Jesus – Tapo os ouvidos – Eu não sou obrigada a ficar ouvindo essas baboseiras.

— Ah tá, desculpa ai, Santa Virgem.

— Me esqueçam, está bem – Bufo.

— O Emm é taradão em louras, Rose – Lyne estava quieta demais.

— Lyne, ela não te deu liberdade nenhuma. Fica quieta – Falo.

— Credo, sua chata.

— Gosto de mulheres chatas, são as melhores na cama – Fala vô Newton e beija o ombro de minha vó.

— Pode apostar que sim, querido – Sorri para ele, mas logo muda de postura – Espera ai, está me chamando de chata? - E que comece a briga.

O pessoal se diverte com a discussão que se inicia, eu suspiro, tomo um grande gole do meu vinho. Edward passa os braços pelos meus ombros e beija o alto da minha cabeça. Deito a mesma em seu ombro e inspiro seu cheiro delicioso. A noite vai ser longa.


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Notas finais do capítulo

Serio, eu mesma ri horrores com esse avô da Bella, que criatura mais maluca hahahah.
Cookies amados, muito obrigada por todo carinho e apoio. Beijokas e até mais, desculpem o grande atraso...