She Stole My Heart escrita por Fucksoo


Capítulo 7
A Coroação - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Oe gente linda!
GENTE, EU TO MUITO FELIZ! Mto obrigada mesmo pela recomendação, é um sonho sendo realizado ♥ Obg Just Juuh, mto mesmo.
Este capítulo vai ser de duas partes porque olha só... É o final da 1°Temporada!
Isso mesmo, a 1°temporada é bem pequena porque se passa no filme e etc, mas as outras serão maiores. Eu sei que vocês vão pirar nesse episódio de final de temporada.
Espero que gostem! Comentem! Aproveitem!



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Era ainda de manhã quando o anúncio do término das aulas chegara. As aulas acabariam ás 11h por causa da coroação que aconteceria por volta das 17h. Era um bom tempinho até lá, e eu achava até muito, porém também acho que foram levadas em conta as opiniões das meninas. Eu estava na aula de Biologia quando anunciaram. Todos estavam animados como se fosse o último dia de aula, e eu não estava fora dessa agitação toda.

Apesar de não sermos criativos como as meninas que planejam a tarde toda, eu e Victor planejamos somente fazer uma das únicas coisas que tínhamos em comum: jogar. Desde pequeno que eu sou viciado em jogos, além de colecionar vários como relíquias, e meus consoles intocáveis continuam intocáveis nas minhas prateleiras, mas é claro que só os meus primeiros. Meu PS4 estava em uso. Apesar de gostar muito de jogos pelo PC, gosto da sensação dos consoles, aquelas curvas que a gente faz em jogos de corrida, ajeitar a posição quando a coisa fica feia ou demonstrar a vitória jogando tudo pro alto. Vale a pena juntar a mesada o ano todo por isso.

Victor, apesar de ser um cara irritante, era um bom amigo. Ele tem sido um grande amigo esses tempos, e é um ótimo jogador. Tem melhores resultados do que eu em muitos jogos, até nos que refletem na história, e me anima ter um bom oponente. Era bom para afogar um pouco do nervosismo que eu sentia.

–Hey Doug! -Acenou Victor de longe ao final da aula, e eu caminhei até ele. Fizemos o nosso rotineiro toque de "bróder" e fomos no caminho para o meu quarto.

–Acho que dessa vez você vai perder, e feio! -Disse e ele fez uma risada sarcástica.

–Veremos anãozinho. -Retrucou Victor com o apelido que eu mais odiava. Não que eu não goste de anões, super me orgulho do meu pai, é que eu não gosto mesmo. Mesmo, nunca tente me chamar assim.

–Você merece ficar anos revendo a morte do Dobby por isso!

–Que cruel. -Demos gargalhadas e algumas meninas que passavam nos olharam assustadas.

Andamos mais um pouco e mergulhamos no meu covil maligno á fim de planejar algumas emboscadas em nossos inimigos.

~*~

–Perdeu! De novo! Hahahaha. Você sabe que eu sou o melhor jogador! -Gritava Victor numa expressão de glória digna de vitória de guerra.

–Merda! Tenho que reajustar esse controle... Com certeza que você mexeu nele quando eu fui lá na direção! -Disse meio irritado, mas com uma vontade imensa de rir.

–Reajustar? Isso nem adiantaria! -Debochou. -O que vale aqui é o talento do cara!

–Aham... Talento. -Balbuciei olhando o meu relógio de pulso e quase surtei. -Cara... Já são... 16h...

–Ah, ainda falta muito e... Espera... -Antes que Victor me amaldiçoasse e desse o surto de atraso, chutei ele porta á fora e corri para me arrumar. Ben tinha me dito que eu precisava estar lá pelo menos 15min antes, por causa dos amigos de honra, e como ele reagiria ao saber que eu me atrasei porque estava jogando? Minha cabeça provavelmente estaria num prato de prata.

Entrei como um furacão no banheiro e tomei uma ducha rápida -sem direito á condicionador- e com uma toalha no corpo, corri para pegar o terno que minha mãe havia me dado. Apesar de ser um pouco antigo, estava novinho em folha, porque eu nunca uso ele. Estava mais do que na hora dele sair do armário.

Me vesti como um louco, sempre encarando o relógio para ver as horas, e havia passado 15min quando terminei de me vestir. Fiz qualquer coisa com o cabelo e, pegando o óculos, abri a porta e saí correndo pelos corredores para chegar antes da cerimônia.

Engraçado como eu sempre me atraso em ocasiões importantes.

Cheguei lá, afoito, e provavelmente corado por causa da corrida, porque todos me olhavam e se entreolhavam como se uma besta de 7 cabeças usando patins e roupa de perua tivesse invadido o salão. Engoli minha honra, recolhi minha dignidade do chão e fui de encontro ao Ben, que estava perto da carruagem na porta de entrada. Olhei para o relógio: 16h40.

Ben me explicou todo o papel que eu tinha na coroação -que era tão somente assinar o papel- e explicou como era importante não só minha presença, como a de todos os amigos de honra, e que todos éramos amigos especiais pra ele. Alguns fingiram ter cisco no olho.

Em algumas vezes enquanto Ben falava, eu me encontrava olhando ao fundo, onde estava os novatos. Mal não estava com eles, naturalmente estava conosco porque entraria com o Ben. Pareciam nervosos, tensos, como se estivessem para cometer um crime. Carlos acariciava Dude com muita ansiedade, enquanto Evie e Jay conversavam, como se encorajassem um ao outro, e em um desses momentos, Jay pegou delicadamente a mão dela e depositou um selinho. Senti um impulso de correr até ali e separar-los, mas eu não queria recolher de novo minha cara do chão. Evie me daria um fora, com certeza.

Segui escutando o Ben e logo depois as trombetas tocaram. Todos nós fomos para dentro do salão enquanto Ben se arrumava do lado de fora.

–Doug! Querido! -Ouvi uma voz feminina me chamar e logo reconheci o cabelo preto e pele branca demais.

–Ah! Oi tia Neve. -Disse e recebi um beliscão de leve.

–Não me chame assim rapazinho, sou Branca de Neve, e sou uma senhorita. Deveria ter dito... "Olá senhorita Branca de Neve, o que minha tia deseja?" -Olhei sarcástico para ela.

–Sabe que eu não vou fazer isso, certo tia Neve?

–Sei. Agora deixa eu arrumar esse seu cabelo que pelo amor de Deus, o que você fez? -Disse ela chocada enquanto eu servia de manequim para minha tia fissurada em moda. A tia Neve era legal, desde que você tenha uma aparência apresentável.

–O que eu não fiz. Penteá-lo. -Sussurrei, revirando os olhos enquanto eu tinha de esperar ela calcular milimetricamente cada fio de cabelo fora do lugar. Quando as trombetas tocaram de novo, ela me empurrou para a segunda fila e correu para apresentar pela TV a coroação.

Após escutarmos os ecos e assistirmos pelo telão Ben e Mal se aproximando, se abriram as portas e mostraram um Ben robusto, pronto para o que der e vier. Ver Ben assim me fez sentir como um pai deixando seu filho. Nojento, mas era sincero.

Ele caminhou pelo salão como um verdadeiro rei, e sabia que ele realmente seria. Tinha me dito que eu seria seu conselheiro, mas eu acho que ele não precisará tanto de mim. Chegou até ao altar, de frente com a Fada Madrinha.

A Fada Madrinha lhe lançava um olhar de orgulho, e com muito cuidado, retirou a varinha da proteção. A varinha branca e cintilante, com pequenos diamantes embutidos e desenhos de ramos por toda sua extensão era realmente bela quando vista pessoalmente, e sem mesmo termos poderes mágicos, sentimos o quanto ela é poderosa.

Ben se ajoelhou diante da Fada Madrinha, e ela com a varinha batizou Ben assim como os antigos reis faziam, e na hora em que ela fosse dar as palavras finais, algo aconteceu.

A varinha já não estava em seus domínios, se descontrolava nas mãos da garota desastrada. Todos chocados e com medo do que aquilo poderia causar, tinham os rostos imersos em aflição olhando para a menina com incredulidade. Ninguém esperava.

Jane, a própria filha da dona da varinha, estava em um duelo para reter o poder mágico que a varinha havia, diversas vezes ela apontou para onde nós estávamos e por meio de reflexos, abaixávamos assustados.

–Jane! Você não precisa fazer isso! -Gritou Mal e justo nesse momento, um raio foi jogado para fora do salão, deixando estilhaços no chão. Mal correu e agarrou a varinha da mão de Jane, e para a surpresa -ou não- de todos, apontou para Ben e os outros. -Para trás!

Jay, Carlos e Evie correram em seu encontro, mostrando determinação, como um apoio. Foi ai que todos entenderam o que estava acontecendo.

–Mal! Você não quer isso! -Disse Ben se aproximando, e logo parou quando Mal insistiu com a varinha. -Eu sei que você não quer!

–Não somos nós! Não temos escolha! -Mal estava com os olhos vermelhos e tremia. Jay e Carlos se entreolhavam.

–Seus pais fizeram as escolhas deles! Vocês fazem as suas. -Ben aproximou-se, percebendo o momento de fraqueza de Mal. -Você não é mal.

–Como pode saber?

–Estou seguindo meu coração. -Falou isso e Mal olhou para trás. Para seus amigos. Uma fina expressão de súplica estava em seus rostos.

–Eu acho... Eu... Eu quero ser boa... -As lágrimas já desciam e Evie apoiava a mão sobre seu ombro. -Pensa bem gente... Não somos felizes sendo maus!

Evie fitava o chão, e Jay e Carlos haviam uma fina expressão de sorriso.

–Jay! Pense, você é feliz com o time e pizza da vitória! Carlos, você vive acariciando o Dude, seu companheiro pra vida toda... -Mal olhou para Evie, rindo um pouco. -E você Evie, não precisa bancar a burra pra conseguir namorado! Você sabe que é inteligente! -As duas riram da situação com certa vergonha. Eu sabia que ela não tinha o cérebro rosa com babados. -E eu... Eu quero estudar... E ficar com o Ben! -Sorriu tímida para ele e estendeu a mão na direção do trio. -Quem tá comigo?

–Tô dentro -Exclamou Jay e Evie logo depois colocou a mão, sobrando só um Carlos pensativo.

–Deixa eu ver se entendi. Nós vamos ser bons, enquanto nossos pais estarão em casa furiosos? Porque vocês sabem, eles estarão realmente furiosos. -Todos riram um pouco do comentário e ele logo colocou a mão.

Mas... Apesar de tudo estar lindo e belo, aquilo não acabaria assim. Tudo se escurecer, trovoadas e muita fumaça emergiram, e uma névoa verde entrou pelo salão. A névoa rodeou e a fumaça se juntou a tudo aquilo, dando uma forma que eu jamais quis presenciar.

A incrivelmente malvada Malévola estava diante de todos, com seu cajado, roupas rústicas e claro, seus grandes chifres embutidos no chapéu, sua marca registrada.

–Voltei! -Cantarolou e começou a rir de todos. -Que caras são essas? Parece que viram um fantasma... Hahahaha.

Mal jogou a varinha na direção da Fada Madrinha, com uma súbita esperança.

–Babidibobidi...

–Buu! -Completou Malévola e senti tudo ficando escuro. Não via nada, não conseguia mexer meu corpo.

Só sentia frio e terror dentro do meu coração.


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