She Stole My Heart escrita por Fucksoo


Capítulo 6
Encontro


Notas iniciais do capítulo

DESCULPA GENTE!
Demorei pra postar, eu sei. (tava chorando aqui com minha burrice)
Mas eu tive um bloqueio duzinfernos e não conseguia escrever nada coerente, sorry.
Então eu foquei bem na depressão do Doug, do quanto ele tava triste e páh. Enganei vocês com esse título né? Heeheh, não? não mesmo? tudo bem.
E não tinha como ser a coroação nesse capítulo, infelizmente. Eu sigo o seguimento da história. E todo mundo vê no filme que eles passam um tempinho ainda pensando se seguem os pais ou não e tal. E esse é o tempo em que o Doug pensa na vida e pensa nas burradas que ele fez.
Percebi que as visualizações decaíram MUITO, muito mesmo, vocês n gostam mais da fanfic? Cadê meus leitores fantasmas? Preciso de vcs ♥
Espero que gostem do capítulo ♥ Enjoy!



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Como eu resumiria essa semana? É... Bem difícil de dizer a palavra correta, ou dizer só uma... Mas diria que foi... Agonizante.

Depois da festa, todo mundo se entreolhava de um modo diferente, acusando com olhares, risos abafados e tensão no ar. Acho que a maioria das pessoas estavam começando a se familiarizar com os novatos... E eles puseram tudo a perder...

E quem era eu para falar que foram eles? Foi tudo a minha culpa! Se eu tivesse defendido Evie ao invés de apoiar Chad, talvez as coisas não fossem tão ruins assim!

Depois que eu cheguei da festa, não consegui mais sair dali até o outro dia. Olhava aquela pequena caixa magenta cintilante encostada nos meus pés. Tudo voltavam como um turbilhão de pesadelos, toda aquela cena se repetiu em minha cabeça por minutos, horas, até antes que eu apagasse em minha cama. Não cuidei da minha aparência, mal penteava meu cabelo, e não olhei-me o espelho, com medo do monstro que eu veria, tanto físico como psicológico.

Monstro. É o que eu me tornei. Pus tudo a perder por causa de velha lembranças, por causa de traidores, no qual eu fiz questão de abanar o rabinho e obedecer suas ordens. Como pude ser tão burro?!

Na manhã seguinte, sem ao menos me arrumar direito, peguei aquela caixinha -na qual tinha feito com minhas próprias mãos- e joguei com toda a minha fúria na lixeira. Tudo se perdeu, não adiantaria voltar atrás.

Mas nesse dia, eu não fui até a árvore. Ela teria de esperar minha recuperação. Ao invés de ir para minha primeira aula, fui até um pequeno lago, um pouco distante, na floresta ao lado da escola. Lá era meu refúgio. O refúgio das decepções.

Meu pai sempre me dizia que eu não tinha motivo para decepções. Enquanto a natureza ao meu redor estivesse comigo, eu seria consolado, e tudo aquilo se resolveria, como mágica. Ele me mostrou esse lago na primeira vez na qual eu cheguei aqui em Auradon. Ainda estava me acostumando com meus novos óculos e a mochila -carregada de tijolos outrora chamados livros- pesada se arrastava no chão, era grande, quase maior do que eu. Tropeçava nos meus próprios pés e isso me irritava muito. Minha mãe ria discretamente da situação enquanto meu pai tentava disfarçar. Uma cena engraçada.

Dobrei a barra da minha calça e andei na margem do lago. No ímpeto de coragem, levantei meu pé direito e pisei nas águas. Senti a água gelada matutina fazer um choque térmico no meu pé e o afastei em um reflexo. Logo coloquei ele de novo, sentindo a água refrescar meu pé, e assentei o outro também sobre as águas.

Naquele dia, eu me sentia muito nervoso. Era perceptível no meu rosto o quanto estava amendrontado com tantas pessoas. Afinal, quase não saía de casa, e papai era anão, só minha mãe era "humana". Era muita informação para minha pequena cabeça e isso me atordoava. Mas quando estava prestes á chegar na porta da sala de aula, minha mãe me deu um abraço. Um abraço bom, cheio de carinho e conforto, no qual eu nunca mais quis sair. Sentia falta daquele abraço.

Senti meus olhos quentes e uma lágrima teimosa saiu pelo meu olho direito. Limpei ela rapidamente e voltei aos meus devaneios. Sentei na margem com os pés ainda nas águas.

Quando nos separamos, ela me disse um "vai ficar tudo bem" e me deu um beijo na testa. Meu coração desacelerou e minha respiração voltou ao normal. Não tinha me livrado totalmente do nervosismo, mas aquilo foi uma terapia para mim. Meu pai deus uma piscadela para mim e me deu um empurrãozinho para entrar na sala. Quando olhei para trás, eles acenavam pra mim, e logo depois o professor entrou em sala.

Estava uma completa bagunça, ninguém me notou -graças á deus!- , então andei pela sala até o fundo e me sentei numa cadeira ao fundo, abandonada, sem ninguém. Pensei em dar uma forcinha para ela e fiz companhia.

Eu não me lembro mais de como era o professor, ou como se chamava, mas eu lembro que esse dia foi um dos melhores para mim.

A aula tinha começado, e eu estava meio perdido. Não encontrava meu livro de geografia de jeito nenhum. Já estava levantando a mão para falar para o professor quando algo me interrompeu.

–Hey! Não chame o professor não. -Disse uma voz feminina ao meu lado, que eu não tinha percebido até aquela hora. -Senta perto da minha carteira e eu divido o livro com você.

Respirei fundo. Levei minhas mãos nas águas e as passei no meu rosto.

Era uma garotinha baixinha, de pele morena e cabelos encaracolados. Tinha um laço azul-escuro no cabelo, dando um ar fofo e adorável. Eu me senti com muito medo, mas após ela insistir tanto, arrastei minha carteira paralela á dela e compartilhamos seu livro. Ela era engraçada, uma graça, e estava fazendo que eu me soltasse cada vez mais. Dali uns minutos eu já conversava normalmente, sem aparentar nervosismo nenhum.

–Como você se chama? -Ela me perguntou enquanto fazíamos o dever.

–Me chamo Doug, e você? -Tanto tempo e nem havíamos perguntado nossos nomes. Bobo.

Ri nostálgico. As águas pareciam me chamar ao seu encontro.

–Me chamo Rebecca. -Sorriu ela de um jeito angelical e eu correspondi com inocência. Ela poderia ser minha primeira amiga. Tinha começado minhas aulas super bem.

–Becca, quem é esse menino?

–Ah! Oi, Chad! Esse é o Doug, meu novo amigo!

Quando escutei a palavra "amigo" me senti fervendo de alegria. Tinha realmente conseguido um amigo no primeiro dia de aula, e na primeira aula! Foi uma revelação extremamente boa pra mim, que nunca tive amigos.

–Oi! Meu nome é Chad. -Respondi á ele dizendo meu próprio nome e ele sorriu animado para mim. -Nós seremos o melhor trio de amigos de Auradon! Doug, quer ser o nosso amigo?

Com uma alegria pulsante em meu coração, sorri com todo o meu entusiasmo gritando um "sim" que o professor teve de repreender, mas sorrindo para mim em conforto. Meu primeiro dia de aula e eu havia conhecido meus dois melhores amigos para toda a eternidade. Ou era o que eu pensava.

As águas eram tão convidativas nesse turbilhão de lembranças que resolvi mergulhar. Tirei somente a minha camisa e meu óculos e pulei dentro d'água. Antes de submergir, observei a profundidade do lago. Antes parecia bem raso, e agora, não parecia um laguinho qualquer. Quando voltei a superfície ouvi um sinal bater e aquilo foi minha deixa para voltar.

Sai do lago, completamente encharcado. E para não passar vergonha, esperei que todos entrassem nas salas para que eu fosse me trocar no meu quarto.

Papai tinha razão, a natureza me conforta sempre. E além disso, eu sinto como se eu tivesse magia, como se pudesse controlar algo, ou fazer feitiços, mesmo não tendo uma descendência puramente mágica. Maravilhosa, a natureza.

Com um novo ânimo, me arrumei melhor e corri para a aula de Alquimia.


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