País Das Maravilhas escrita por kirasren


Capítulo 5
Flores Cantantes


Notas iniciais do capítulo

Duas semanas é muito tempo? :v Desculpa! Eu tentei fazer esse capítulo bem rápido antes das provas no meu colégio, mas não consegui e deixei para fazê-lo depois delas. Me perdoam, amores? sz
Bem, quem aí shippa Gabriel e Alice? ♥ Isso é tudo que tenho a dizer do capítulo :P
Aproveitem!



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Eu deveria escrever aqui todo dia? Provavelmente sim, mas não tenho vontade, apesar de ter bastante coisa para “contar” a esse caderno. Como, por exemplo, o Chapeleiro Maluco. Quer dizer, eu não escrevi sobre isso aqui? Parece que foi há bastante tempo...

Não sei nada sobre ao seu respeito. Porque, por mais que eu tente, o garoto é realmente louco! E o pior é que ele me observa — provavelmente está a me observar agora mesmo, enquanto escrevo —, e isso me apavora muito! Além disso, relacionado com o stalkeamento (?), ele acredita — ou finge que acredita — que todos ao meu redor são do livro Alice no País das Maravilhas. Por enquanto, descobri que Nicolas é o Coelho de Paletó, nada mais.

Falando em Nicolas, ele tem se aproximado muito essa semana. Eu não sei, não quero isso... Não é frescura, mas quando você tem uma paixão platônica por alguém, essa pessoa é perfeita e quando ela mostra quem realmente é... É frustrante. Enfim, não quero ter que vivenciar isso com Nicolas. Que fique lá em seu pedestal perfeito!

Fechei o caderno e olhei para os lados, talvez procurando alguém que pudesse ler aquilo. Não iria mostrar aquilo de jeito nenhum á ninguém. Meu celular tocou em meu short e o peguei para vê-lo. Como eu imaginava, era o Chapeleiro:

Chapeleiro Maluco: Fique calma, Lice, ninguém está aí.

Suspirei com a mensagem e guardei o celular. Não queria mais confusão e nem mais ataques de pânico. Abracei os joelhos e fiquei alguns minutos ouvindo Ellie Goulding com fones de ouvidos, até que Diego veio até o meu quarto.

— Oi. — Ele me disse.

— Oi. — Respondi. — ‘Tá tudo bem?

— Hm, não exatamente...

— Diego, siga o roteiro! — Eu disse sorrindo, o que fez ele rir um pouco. — Fale “tá tudo bem”!

— ‘Tá tudo bem...

— Mas, o que aconteceu? — Eu perguntei, saindo da cama e indo para perto dele.

— Jaque... — Ele começou. — Jaque está diferente. Eu não sei, sinto que tem alguma de errado com ela. Ela está parecendo tão... distante! Ah, viu o que você me faz falar, Alice?! — Eu ri dessa fala.

— Awn, mas está tudo bem falar assim! Você tem sentimentos, Diego! Então eu exijo que repita essas mesmas palavras para Jaqueline agora mesmo.

O levei até o andar de baixo da minha casa e o deixei sozinho com Jaqueline, e nesse momento, Gabriel me ligou. Peguei meu celular, depois de hesitar um pouco por pensar que aquele que me ligara era o Chapeleiro Maluco. Atendi a ligação e ouvi Gabriel suspirar antes de começar a falar:

— Baixinha, preciso de você aqui. Agora.

Hesitei um pouco e pensei no que estava acontecendo. Pensei se ele estava em perigo, se ele realmente precisava de mim naquele momento. Fiquei um pouco assustada e preocupada com ele naquele momento, até que perguntei:

— O que aconteceu?

— Só venha aqui. — Quando ele disse isso, soube que não era nada demais. Por um lado, fiquei furiosa com ele por ter me assustado, mas a minha outra metade suspirou de alívio por ele estar bem.

— Ok. — Disse finalmente, antes de desligar a chamada.

Estava quase desligando o celular para ir embora de casa e dirigir-me para a casa de Gabriel, quando Chapeleiro me chamou no Whatsapp:

Chapeleiro Maluco: Alice, você sabe que é linda, né?

Corei depois de ler a mensagem. Depois de algum tempo paralisada, consegui responder um simples:

Você: Acho que sim.

Chapeleiro Maluco: Mais bonita do que qualquer flor cantante no jardim, certo?

Você: Certo.

Chapeleiro Maluco: Então me prometa uma coisa. Prometa que não irá chorar hoje. Você só irá regar a inveja daquelas flores.

Paralisei de novo. O que aquilo significava? Olhei para os lados, talvez procurando o Chapeleiro para abraçá-lo. Mas ele não estava lá. Então suspirei e sentei-me em minha cama, esquecendo-me de respondê-lo.

Chapeleiro Maluco: Prometa, Alice.

Você: Eu prometo.

Ele não disse nada em seguida. Levantei-me de minha cama e, depois de dizer adeus á Diego e Jaqueline, fui para a casa de Gabriel. Era um apartamento pequeno, mas muito bonito. Apertei a campainha e sua mãe me atendeu. Ela me disse que Gabriel estava em seu quarto, e que eu poderia entrar lá e ficar a vontade.

Como ela sugeriu, entrei no quarto do garoto. Ele estava sentado em sua cama com fones de ouvido, provavelmente ouvindo algum rapper, como sempre, então me sentei atrás dele e tampei seus olhos, depois de tirar seus fones. Pude vê-lo sorrir depois que perguntei:

— Quem é?

— Alice... — Ele disse. Tirei minhas mãos de seus rostos e ele virou-se para me ver, depois sorriu novamente. — Demorou uma eternidade para vir.

— E quanto tempo dura o eterno? — Eu perguntei. Com toda essa coisa de Alice no País das Maravilhas, não pude evitar pensar naquela pergunta.

Ele pensou um pouco, mas não conseguiu responder. Até que olhou a hora no relógio e depois a hora que tinha me ligado para ir lá, depois afirmou:

— Dura quarenta e cinco minutos.

Ri daquilo e percebi que ele me olhava, ou melhor, me analisava dos pés á cabeça. Estranhei um pouco a atitude, estalei os dedos em frente aos seus olhos verde escuros, tentando acordá-lo de seu transe.

— Eu sei que sou linda — Eu comecei a falar quando ele parou de me encarar. —, mas não precisa ficar me admirando o tempo todo.

— Ah, cale a boca, Lice. — Ele forçou uma risada.

— Vem calar. — Recrutei, como sempre fazia quando ele me dizia “cale a boca”.

Normalmente, quando eu dizia aquilo, ele tampava minha boca até eu pedir desculpas. Mas, naquele momento, ele me analisou mais uma vez antes de colar seus lábios nos meus. Fiquei em choque e hesitei um pouco, mas no final me rendi ao beijo de Gabriel. Ele colocou as mãos em minha nuca e intensificou o beijo. Pude sentir o seu hálito quente e língua na minha boca.

— Calei. — Ele riu depois de nos separarmos.

Fiquei sem palavras. Minha respiração começou a ficar pesada e achei que teria outro ataque de pânico, mas não foi para tanto. Ficamos alguns minutos em um silêncio constrangedor, e eu não conseguia olhar para ele. O silêncio só foi interrompido pela mãe de Gabriel, que chegou ao quarto para dizer algo, mas quando nos viu nem olhando um para a cara do outro, perguntou:

— Está tudo bem aqui?

Finalmente, eu e Gabriel nos entreolhamos e eu afirmei:

— Não, está... Está tudo bem. — Eu me levantei da cama e falei: — acho que já vou. Até mais, Gabriel. Até mais, Dona Letícia.

Ela concordou com a cabeça e Gabriel me deu um olhar triste. Saí de lá depressa. Quando cheguei em casa, achei que fosse me desabar em lágrimas. Gabriel gostava de mim e eu fiz ele se sentir horrível. Eu pensava como eu iria falar com ele novamente no dia seguinte. Não seria a mesma coisa. Sentei no sofá e percebi uma lágrima caindo no meu rosto.

Chapeleiro Maluco: Você tinha prometido! Não chore, Alice, nada se é conquistado com lágrimas! Imagine como aquelas flores cantantes invejosas estão felizes agora, que choras!

Chapeleiro Maluco: Por favor. Dói tanto te ver assim.

Limpei a lágrima escorrida do meu rosto rapidamente. Sorri pela mensagem e o agradeci, falando que já estava tudo bem. E, depois, o Chapeleiro me mandou mais uma mensagem:

Chapeleiro Maluco: Ah, e o eterno ás vezes dura apenas um segundo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentários serão sempre bem-vindos