Im With You escrita por NiaraUchiha


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Meu primeiro desafio, minha primeira história! *--*
Desafio Revivendo Shippers Esquecidos!

Quero deixar um imenso Obrigado para Gaby-chan
que além de escolher meu casal (HashiMito) e a capa, teve muita, mas muita paciência me ajudando a postar aqui no Nyah.
Então dedico a primeira história à ela que me incentivou e apoiou, enfim, que acreditou em mim!
Obrigada Mamis querida!



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"Eu corria, meus pés doíam e lágrimas escorriam pelo meu rosto, quando já não aguentava mais, caí. Meus joelhos sangravam, mas nada parecido com o que ocorria dentro de mim, meu coração estava morto, mesmo assim me esforcei para ficar em pé, não por mim, mas pelo pedaço dele que carregava comigo."

Era um dia como outro qualquer, já passava de uma da tarde, e ainda estávamos aguardando o grupo de empresários que viriam almoçar hoje no Shibuki, um elegante e muito bem frequentado restaurante de Konoha, Me chamo Mito Uzumaki, tenho 22 anos, e trabalho como recepcionista no Shibuki, e moro com minha mãe, já que meu pai tinha nos abandonado quando tinha 6 anos.
Às 13:35hs, os atrasados empresários (Eles tinham marcado de chegar às 12:30hs), decidiram chegar, eram os Senju, uma família tradicional e dona da metade de Konoha, ou seja, devíamos esperá-los, e agradá-los em tudo, como meu patrão passou a manhã inteira falando na minha cabeça. Satisfeita não estava, eles eram esnobes e insuportáveis, mas precisava do emprego, então coloquei meu melhor sorriso e fui em direção à eles.
-Sejam bem vindos ao Shibuki, por aqui, os levarei até a mesa reservada para os senhores! Disse e passei a guia-los para a mesa, eles mal me olharam e nem cumprimentaram, como disse, esnobes. Mas o último que passou, me olhou, não me olhou como só passando os olhos para ver quem estava falando, ele me encarou, ele era mais novo que outros, talvez uns dois, no máximo três anos mais velho que eu, e era lindo, era alto, de pele bronzeada, olhos escuros e cabelos pretos que desciam até sua cintura com uma franja que se separava no centro que emoldurava seu rosto, e naquele momento senti meu rosto esquentar envergonhada, ele deu um sorriso como se percebesse meu constrangimento, o que me irritou, em seguida sentou-se com os demais, e eu? Sai correndo.
Depois disso, o evitei ao máximo, mal o olhava, já eu sentia seus olhos em mim o tempo todo, o que me fazia corar e quase sempre sair correndo de perto da mesa, sorte a minha que os demais mal prestavam atenção em mim. Fui para a recepção, tentar clarear meus pensamentos e ficar longe daqueles olhos que estavam me incomodando tanto. Ali, encontrei minha melhor amiga e parece que uma fã da família Senju, Kurama. Ela parecia empolgada e eu apesar de não me interessar me vi perguntando:
- Ei Kurama, você conhece todos que estão na mesa dos Senju?
- Mas é claro que sim né, o que seria de Konoha sem eles?
- E quem é aquele de cabelos compridos? - Assim que perguntei me arrependi, pra quê eu to querendo saber, estou contando os minutos para eles irem embora. Mas antes de falar que não queria mais saber, Kurama já me respondia:
- Ele é o filho mais novo de Botsuma, Hashirama, lindo não é? Pena que vai se casar, mês que vem, que desperdício, tão novo e vai se casar. - disse ela se abanando com uma folha. -Ri, Kurama sempre quis um Senju, e se lamenta por cada um que se casa. Mas naquele momento não sei por que, concordei com ela, ele era lindo demais, novo demais pra se casar.
Assim que os Senju se levantaram, me preparei mentalmente para encará-los, mas meu patrão fez questão agradecê-los pessoalmente, o que me aliviou já que não gostava nem pouco deles. Estava distraída, repassando os horários do dia seguinte, e percebo alguém do outro lado do balcão, acreditando ser alguém que queria marcar um horário, levantei a cabeça com um sorriso no rosto, que morreu aos poucos assim que vi quem era:
- Po...Posso a..ajudar Sr. Senju? - me xinguei mentalmente por gaguejar. Ele me olhou, deu um pequeno sorriso, e então ouvi voz:
- Sabe, srta. Mito, vou ser direto, quero sair com você hoje à noite.
Nesse momento achei que estava ouvindo errado. E como ele sabia meu nome, senti vontade de perguntar, mas ai lembrei que meu nome está estampado em meu uniforme. E como assim ele quer? Nem o conheço, que cara idiota.
- E por quê deveria aceitar? Nem o conheço. - Ele sorriu, e respondeu:
- Você não tem escolha, ou sai comigo, ou digo ao seu chefe como fui mal atendido em seu restaurante, e aí o que acha? Relaxa é só um passeio. - Não acreditei no que ele disse, ele está me ameaçando, esse filho da mãe, mesmo com muito ódio me vi aceitando, já que não podia perder o emprego.
- Por quê não? É só um passeio né?! - Disse, controlando a raiva e a vontade de voar naquele idiota. Anotei meu endereço em pedaço de papel e o entreguei, e ele ficou de me pegar às 20:00hs para irmos à um parque que havia chegado na cidade, talvez surgisse um oportunidade e eu pudesse joga-lo de cima da roda gigante. Assim que ele saiu, me vi perdida em pensamentos, ele não ia se casar? E me chamou pra sair? Que raios de homem é esse?
Antes do final do expediente, meu patrão Hiruzen me chamou em sua sala para me informar da festa que aconteceria no Shibuki na próxima semana, a festa seria em homenagem aos Senju é claro, sério que não entendo essa bajulação toda que existe com essa família. Fui pra casa, me arrumei e esperei, minha mãe queria saber onde eu ia, não respondi, achei melhor ficar calada, ela imaginaria mil coisas. Ouvi a buzina e sai, ele me esperava encostado na porta do seu carro, com um sorriso no lábios que me deixou sem ar por alguns minutos, apesar de tudo ele era uma tentação. Fui em sua direção com uma expressão assassina:
- Está linda Mito-Chan!! - Linda? Achei graça, pois tinha pego as primeiras peças que tinha visto no guarda-roupa, um calça jeans, uma blusa tomara que caia preta e uma sapatilha preta também. Esse imbecil estava zoando com minha cara só pode.
- Obrigada Hashirama-sama! - agradeci, - Podemos ir, quanto mais rápido formos, mais rápido me livro de você ? - ele me olhou e disse:
- Claro, mas por favor, só Hashirama, ou Hashi, ou de outro jeito que quiser, e mais uma coisa, - ele segurou meu braço e me encarou- Até a noite acabar, você vai estar implorando por mais tempo comigo - Fiquei sem fala, ele me largou e entrou no carro, como ele pode ser tão arrogante? Entrei no carro e fomos em direção ao parque. Assim que chegamos decidi matar minha curiosidade sobre sua noiva:
- E a sua noiva, ela que deveria estar aqui, não eu? - fui direta, e ele me olhou e naquele momento por poucos segundos, eu pude ver em seus olhos uma grande tristeza, ele pareceu pensar e enfim me respondeu:
- Olha, não sei o que lhe falaram, mas posso te garantir, que o que eles estão chamando de casamento, é só um contrato, que terei que cumprir, e você estar aqui por que no momento em que te vi, te quis, e sei que sou correspondido senão, você não estaria aqui. - Não tive muito tempo para responder, pois no segundo seguinte ele estava me beijando. Fui pega de surpresa, pela suas palavras e pela verdade contida em cada uma. Eu também o queria. Eu dava valor ao meu emprego, mas não tinha tanta necessidade, estava lá por que não queria pedir dinheiro para minha mãe sempre que fosse sair, e também queria ser um pouco independente. E também, me senti muito bem com ele, e talvez por isso me vi correspondendo o beijo, assim que seus lábios se afastaram do meu, ele sorriu, e eu mesma não contive o meu sorriso.
Saímos do carro e fomos diretos para o roda gigante, e é claro que agora, já não queria mais jogá-lo lá de cima, dizer que não estava incomodada pelo fato dele ser noivo seria mentira, mas hoje decidi ignorar esse fato. A noite voou, ele era sim arrogante em alguns momentos, mas tenho que admitir que ele também era muito agradável em boa parte do tempo. Ele me deixou em casa já era mais de meia noite, me surpreendi quando me chamou pra sair no dia seguinte, não aceitei, afinal ele ia se casar, e já ia entrar quando ele me segurou e falou que se eu quisesse ele não se casaria, fiquei sem fala, nos conhecemos a menos de 24 horas, mas me senti muito feliz quando ele me disse isso, e talvez por ingenuidade acreditei e me joguei em seu braços, aceitando seu convite.
E a semana foi assim, trabalhava o dia todo, e a noite saía com Hashirama, o assunto do seu casamento foi esquecido, ele me mostrou ser mais do que eu pensava, ele era carinhoso e muito atencioso comigo, direfente dos demais Senju.
Chegou o dia da festa, as funcionários da recepção, mais precisamente eu e Kurama, estávamos recebendo os convidados, quando ele chegou fui recebe-lo, ele estava acompanhado, tentei conter as lágrimas, jurei que acreditaria nele, ele havia me dito que sua noiva iria, mas seria tudo aparência, mas naquela hora não sabia se suportaria vê-los juntos. Trocávamos olhares o tempo todo, sorte nossa que ninguém percebeu, estava aguentando firme até que sua noiva, Maya, Kurama havia me dito o nome dela, me olhou e com um sorriso cínico, abraçou o meu Hashirama e o beijou, vê-lo corresponder foi a gota d'água, sai correndo, e sabia pra onde ir, uma praça perto da minha casa, era lá que sempre nos encontrávamos.
Estava sentado no Banco, já não tinha lágrimas, quando senti uma mão tocar o meu ombro, já sabia quem era, virei-me e o encarei:
- Não dá, não consigo mais te ver sempre com ela, eu te amo! - joguei as palavras sem me importar, eu o queria pra mim, sem sua família, sem esse contrato, sem sua noiva. Ele me abraçou, e sussurrou em me ouvido, o que eu queria tanto ouvir:
- Também te amo, minha pequena! - chorei mais ainda ao ouvir sua declaração - prometo resolver tudo para ficarmos juntos.
Saímos dali, e fomos para seu apartamento, ali me entreguei pela primeira vez à ele, e nunca me senti tão completa, como naquela noite. Na manhã seguinte ele me levou em casa me prometendo resolver tudo e me procurar. Entrei em minha casa com um sorriso bobo no rosto, como minha vida mudara tanto em uma semana? Tô amando, sou amada, e por alguém que nunca imaginei. Mas naquele momento não sabia, o que me aguardava, o mês passou voando, por sorte não fui mandada embora, mas que me deixava triste era o fato de Hashirama não ter me procurado, não sabia o que pensar, o procurei mas sempre diziam que ele não podia me atender, ele me abandonara, depois de dizer que me ama depois que me entreguei a ele, vivia triste, desanimada, e o meu coração se apertava a cada dia que passava, o casamento dele estava chegando, seria no próximo final de semana, e não sabia o que tinha acontecido.
Na sexta feira, no horário do almoço, percebo que os próximos clientes chegaram, assim que levando, meus olhos se enchem de lágrimas, Hashirama e Maya, estão ali me olhando, não sei como mas me mantenho firme:
- Posso ajudar? - pergunta, sabendo que eles não tinham reserva. Maya me olha de cima em baixa e fala:
- Viemos almoçar óbvio, queremos uma mesa pra dois querida e rápido. - a minha vontade era estrangula-la ali mesmo. Mesmo não tendo reserva eu tinha que achar uma mesa pra eles, meu chefe me mandaria embora, caso recusasse a atende-los. Os acompanhei até a mesa, e sai logo em seguida, assim que chego ao meu posto, percebo um bilhete em cima do balcão com meu nome, e consigo mais conter as lágrimas quando o leio.
" Me encontre amanhã às 07:00hs na nossa praça, iremos fugir, meu pai e Maya descobriram sobre nós, se ficarmos, não conseguiremos ser felizes, por isso me afastei, estava preparando nossa fuga, eles precisavam acreditar que não queria nada com você, desculpe se a fiz chorar. Te espero amanhã. TE AMO! "

Não sabia se sorria ou chorava, ele me amava, não havia me abandonado. Estava contando os minutos para o dia seguinte, para novamente ficar junto dele, por isso nem percebi a hora passar, assim que cheguei em casa, fui arrumar minhas coisas, mal dormi, a ansiedade me consumia. Finalmente amanheceu, me arrumei, deixei um bilhete para minha mãe e fui para a praça, assim que cheguei o vi, ele caminhou em minha direção e me abraçou:
- Venha, vamos rápido, antes que comecem a me procurar. - Ele me puxou para o carro, não resisti e o acompanhei.
- Para onde vamos? - perguntei curiosa.
- Para Suna, comprei uma casa lá para nós. - Não acreditei, ele pensou em tudo, não me contive e o beijei, ele sorriu e disse:
- Teremos tempo quando chegarmos lá, agora vamos.
Já estávamos na metade do caminho, quando ele percebeu que estávamos sendo seguidos e me avisou, ele acelerou, mas na curva seguinte, um carro vinha na contra mão, e na tentativa de desviar, capotamos, não sei quantas vezes, mas assim que paramos nossos se olhares se cruzaram, e antes de perder a consciência consegui ouvir suas últimas palavras:
- Eu te amo Mito Uzumaki!
Meu olhos ardiam pela claridade do quarto, onde estava? O que aconteceu? E no mesmo momento lembrei-me de tudo, e as lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto. Minha mãe entrou no quarto e assim que me viu, me abraçou, falou que estaria comigo sempre, e me ajudaria em tudo, não entendi bem o que ela queria dizer, mas não importava, eu só queria saber dele.
- Hashirama, mãe onde ele está? - minha me olhou, e percebi receio da sua parte.
- Minha filha ele.... não resistiu. - naquele momento não conseguia pensar em nada, em um momento tinha tudo, e eu perdi, perdi aquele que foi o único que já amei, chorei nos braços de minha mãe, até que não tivesse mais lágrimas. A porta foi aberta, e o médico passou por ela, me olhando com um olhar pesaroso.:
- Como está minha filha doutor? - minha mãe perguntou, preocupada.
- Sua filha está bem Sra. Uzumaki, assim como o bebê. - Bebê?
- Bebê? - minha voz saiu fraca mas ele ouviu e me respondeu :
- A srta está grávida, e seu filho sobreviveu ao acidente, isso é que eu chamaria de milagre. Bom, vou deixá-las a sós.
Assim que ele saiu me aconcheguei novamente nos braços de minha mãe, queria chorar, mas minhas lágrimas não saíam mais, mas a dor continuava ali. Ganhei alta, no dia seguinte, minha mãe me levara para a casa, ela me dissera que os Senju se não queriam saber nada da mulher que estava no carro, e negavam pra imprensa que o filho mais novo estava fugindo. Fiquei sabendo também que o enterro foi no dia anterior ao que acordei, então pedi minha mãe para me deixar no cemitério, disse a ela que podia ir embora que mais tarde voltaria caminhando para casa, e que precisava disso, minha mãe não queria, já que parecia que ia chover bastante, mas não abri mão de ter o meu momento de despedida, e a convenci. Foi fácil acha seu túmulo, não sabia o que dizer, palavras não saíam, e naquele momento lágrimas surgiram novamente, queria ter partido com ele, me perguntava por que ele tinha morrido, e eu havia escapado praticamente ilesa, ele que entrou na minha vida como o esnobe e arrogante Senju, mas no final se tornou o meu amor. E ali fiquei relembrando os momentos felizes da minha vida, todos com ele. Não sei por quanto tempo fiquei ali, mas fui acordada de meus pensamentos por uma voz autoritária e fria:
- O que pensa que está fazendo aqui sua oportunista barata, a morte do meu filho é sua culpa. - O olhar gélido que ela me lançou fez minhas pernas vacilarem, poderia ter respondido, mas lembrei-me do pequeno que carregava, ele seria minha única lembrança do meu único amor. Ignorei tanto a matriarca Senju, como a ex- noiva de Hashirama e sai dali correndo, e assim que atravessei o portão do cemitério, com o rosto banhado em lágrimas, o céu decidiu chorar comigo, cheguei na praça onde nos encontrávamos e nesse momento a saudade bateu mais forte, e eu então decidi correr, não queria ficar ali, me lembrando dele.
Eu corria, meus pés doíam e lágrimas escorriam pelo meu rosto, quando já não aguentava mais, caí. Meus joelhos sangravam, mas nada parecido com o que ocorria dentro de mim, meu coração estava morto, mesmo assim me esforcei para ficar em pé, não por mim, mas pelo pedaço dele que carregava comigo. E assim o fiz.
A lembrança de Hashirama ficaria presente em todos os anos da minha vida, seu filho saberia sobre o pai maravilhoso que nunca pudera conhecer.
FIM!


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?



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