Asas escrita por Micaia Sama


Capítulo 26
Epílogo 2 - 7 anos de solidão


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu sei que atrasei muito, mas pretendo falar disso nas notas finais, pra você, querido leitor, não se estressar agora com as minhas desculpas, hehe
Lembrando que este é o penultimo capitulo e que postarei o proximo ate semana que vem, ok?
Bom leitura,
Kissus de amor o/



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Embora ele estivesse vindo, não foi o primeiro a chegar. Lucy aproveitava o tempo com Yamori e Gina quando ela chegou.

Sua garotinha.

Não que ainda fosse aquela menininha que Lucy conhecera anos atrás. Agora era uma mulher formada, com as experiências vividas expostas no olhar.

As duas ficaram se olhando por muito tempo, analisando as diferenças que os anos fizeram na outra. Maru segurou as lagrimas ao notar que Lucy não mudara em nada, enquanto Lucy sentia o peso de tantos anos longe dela. Seus cabelos negros, que antes davam nos ombros, agora eram longos como o da irmã. Seus olhos não expressavam mais aquela doçura e travessura de antes. Acabou sendo a primeira a se pronunciar.

— Eu... Senti sua falta. – E assim Maru explodiu. Caiu no chão em lágrimas enquanto balbuciava coisa sem nexo. Lucy se aproximou a abraçou, sendo correspondida quase que instantaneamente.

— Onee-chan! Você-Eu pensei ter te-Sua falta. – Lucy riu em meio as lágrimas. Ela poderia ter mudado em muitas coisas, mas ainda era um livro aberto. – Eu sinto muito! Me perdoa!

— Não há nada o que perdoar, meu amor... – E sussurrou várias e várias vezes a mesma frase até que Maru se acalmasse. Já havia escurecido, Gina e Yamori junto com Cora e Ryū e o café na mesa já esfriara, mas Maru ainda não havia parado de chorar.

Lucy a levou, ainda soluçando, para tomar um banho, e depois de Maru finalmente se acalmar, as duas ficaram se encarando durante um tempo. Os olhos vermelhos de Maru analisavam Lucy tristemente.

— Você parece nossa mãe. – Lucy levou um susto ao ouvi-la. Nunca, em todo o tempo que passou com as gêmeas, foi mencionado algo relacionado ao passado das duas. – Não na aparência, é claro, mas no jeito de agir, doce e protetor. Quando voltamos com você depois daquela missão, Moro me disse que só podia ser um presente do destino. Que não podíamos deixar você ir. Eu, é claro, concordei na hora.

— Sua mãe...? – Maru respirou fundo antes de responder.

— Foi morta pelos aldeões da nossa vila. – Lucy fez uma expressão de confusão. – Era uma vila pacata e pequena. Os boatos corriam rápido, então quando nossos poderes ficaram difíceis de controlar, fomos obrigadas a deixar a vila.

‘Mamãe não aceitou, o que acabou nos tornando órfãs. E antes que pergunte sobre nosso pai, tenho que dizer que nunca o conhecemos, e nunca tivemos vontade de conhecer. Depois da morte dela, destruímos a vila inteira e fugimos. Nem ao menos lembro onde era. Foi em uma cidade qualquer que encontramos o Onii-chan. Ele nos convidou para entrar na guilda e aceitamos, porque é impossível não confiar nele. E tudo estava bem, mesmo com o vazio no coração e com os pesadelos sobre o dia em que perdemos mamãe, até você aparecer.

‘Você, com seu sorriso doce, esse tom calmo na voz que acabou te tornando uma das pessoas mais importantes para nós. Mas isso acabou tornando os pesadelos mais frequentes, e ao invés de perder nossa mãe, perdíamos você. Moro tinha esses pesadelos quase todas as noites, lembra? Ela tinha tanto medo de te perder...

‘Quando fomos atrás de você naquele castelo, eu já sabia. Sabia que perderia alguém, mas achei que seria você. E eu não queria, não iria suportar, e provavelmente foi isso que Moro pensou quando se matou por você. E eu me odiei, odiei você, odiei o Onii-chan. Eu só queria morrer, parar de sufocar na minha própria dor.

‘Mas eu entendia os motivos de Moro. Eu entendia porque se estivesse consciente naquele momento, provavelmente seria eu quem estaria no caixão agora. E eu não podia enfrentar todos esses sentimentos, não podia te ver sem quebrar, por isso fugi. Eu não queria viver em um mundo sem a Moro e, quando o Onii-chan apareceu para me levar de volta, eu tentei a todo custo fugir.

‘Ele me disse que você estava enlouquecendo, que precisava de mim. Eu queria te ver, mas era muito cedo. Ele falou que mandou uma carta e que eu teria duas semanas para me preparar, mas eu queria mais tempo.... Eu queria mais tempo, mas sete anos foi tempo demais. ’

— Maru... – Lucy abraçou a moça e ficaram assim até que suas peles enrugassem. Lucy a levou para o quarto, enxugaram-se e deitaram-se na cama da loura. Antes de dormir, Lucy sussurrou um eu te amo, que tornou os sonhos de Moro os mais doces que tivera em sete anos.

~•~

— Como foram esses últimos sete anos?

— Uma merda.

— Marudashi! – Maru soltou uma risada e Lucy logo a acompanhou. Logo em seguida Gina e Yamori surgiram na porta, distraindo Lucy do assunto. Maru suspirou aliviada, não queria lembrar o quão solitários foram os últimos anos.

Passou alguns segundos presa nas lembranças, para então se levantar e abraçar Lucy por trás, que reagiu tão naturalmente que nem pareciam ter passados anos desde a última vez que a abraçara dessa maneira.

Exceto pela diferença de altura. Somente agora percebeu o quão baixinha sua lindo onee-chan era.

Ela deve bater no peito dele agora, talvez?


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Notas finais do capítulo

Então gente, vou logo explicando:
1. Não teve ferias da faculdade, então foi tudo muito corrido e frenético;
2. Meu pc e celular quebraram, de forma que não pude avisar nada ou ate mesmo rever o que já tinha escrito;
3. Eu meio que entrei em depressão, aí não consegui ter criatividade nem motivação pra escrever.
Por esses motivos não atualizei a fic nesses 7/8 meses. Mas como eu disse antes, nunca desisto das minhas historias e vou SIM terminar esta.
Sinto muito mesmo e se não tiver mais nenhum leitor eu super entendo.
Mas se você, ser firme e perseverante, ainda estiver aí, muito obrigada por ter acompanhado a fic até aqui.
Farei um textão no último capitulo, lá poderei demonstrar melhor minha gratidão.
Até os comentários, ou não.
Kissus de brigadeiro!!


P.S: Podem me xingar ♥



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