Asas escrita por Micaia Sama


Capítulo 22
Destruída


Notas iniciais do capítulo

YYYYOOOOOOOOOO MINNA!
Então, demorei muito mesmo. Não foi faculdade, nem serie, nem dorama. Foi essa fic mesmo. Foi horrível escrever as cenas de lutas. Sou ridícula nisso, como vocês verão no capitulo.
Eu decidi postar o capitulo assim mesmo porque não vou desistir assim tao fácil.
Espero que gostem porque foi muito sangue, suor e lágrimas ;--;
Até as notas finais e por favor não me odeiem.



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— Evie-chan...? – Gina pronunciou baixo. Não entendia muito bem o que estava acontecendo ali. Aquele sorriso insano não pertencia a garota doce que todos conheciam. Aquele corpo desfigurado no chão não poderia pertencer ao mestre, não é?– Evie-chan, o que...? Por que o mestre está...? – Lucy virou-se para a amiga preocupada. Ela claramente não estava em perfeito juízo.

— Você o matou? – Moro perguntou fria. Gina pareceu levar um tapa ao ouvi-la, mas quem ficou surpresa foi Lucy. Aquela garotinha parecia não ter se deparado com nada fora do normal.

A risada de Evie foi alta.

— Eu? Eu não fiz coisa alguma. – A garota olhou sem interesse algum para o corpo de seu antigo mestre. – Ele bebeu o veneno porque quis.

— Um veneno fez isso? – Levy basicamente gritou.

— Ah, não. Esses machucados foram de minha autoria mesmo. O veneno não fez muito efeito naquele homem de ferro, então precisei agilizar. Vocês já estavam vindo e eu queria criar esse espetáculo! – Levantou os braços extravagantemente, como se apresentasse sua mais bela obra. – E devo dizer que as expressões de vocês foram impagáveis. – Lucy sentiu ânsia de vômito ao ver aquele sorrisinho doce.

— Por que fez tudo isso? – Atsushi, que até então somente observava tudo calado, pronunciou-se. Ele levava no rosto a mesma expressão fria de Moro.

— Ao contrario de nosso amado ex—mestre, eu tenho um motivo muito plausível. Tenho certeza que entenderão tudo perfeitamente e que poderemos ir embora daqui satisfeitos.

— Você só pode tá maluca. – Natsu já se preparava para ataca-la, mas a risada dela o parou.

— Não seja tolo, moleque. Se nem mesmo esse ser inútil conseguiu me parar, você acha que um projeto de Dragon Slayer conseguirá? – Como resposta uma grande sombra circulou todos que estavam no recinto. Evie virou-se para Atsushi divertida. – Sua escuridão não é nada comparada a minha, não seja arrogante.

— Só diga logo o que quer, sua vadia de quinta! – Lucy a encarava quase possessa de raiva. E Evie adorou, porque sabia que havia criado aquilo. A Lucy que só pensava em machuca-la muito, que não se preocupava com os sentimentos dos outros, era criação sua. Ela tirou algo de trás de si e levantou até a altura dos olhos. Lucy petrificou ao perceber que eram suas chaves. Suas amadas chaves. Ela puxou uma em especial, a do leão, Leo.

Loke.

— Quero mata-lo.

~•~

— Gajeel! – Erza gritou quando dragon slayer de ferro foi jogado contra uma parede a seu lado. Ele somente grunhiu em resposta e antes que pudesse tentar desvendar o que ele dizia, sua adversaria a atacou. Diversos fios vermelhos prenderam sua pernas e braços, imobilizando-a.

— Preste atenção, Titania. – A mulher chamada Marnie parecia levemente incomodada com a falta de atenção que recebia. – Não quero ter que destruir suas lindas pernas.

— Não é com as minhas pernas que deve se preocupar. – Uma luz forte cegou momentaneamente Marnie. Erza equipara sua armadura de samurai, logo cortando todos os fios a sua volta. Marnie gritou assustadoramente, e Erza pôde ouvir um som parecido ser reproduzido em algum lugar daquele castelo.

— Eu vou te matar, sua vaca! – Esperou a mulher se levantar novamente para ataca-la. Erza precisava admitir que nunca lutara contra um oponente tão forte assim. Precisava ter cuidado para não deixar um de seus fios pega-la, enquanto tentava atingi-la com sua katana.

Conseguiu atingir o ombro dela, mas em compensação teve a perna esquerda imobilizada. Girou o corpo e cortou o fio. Marnie gemeu e caiu no chão, desmaiada.

Erza achava ter vencido quando, repentinamente, uma serpente cor de sangue enroscou-se no seu pescoço, fazendo-a derrubar sua katana. Ouviu uma risada.

— Achou mesmo que venceria tão fácil assim? – Marnie agora se encontrava de pé, o sorriso convencido no rosto. – Não viu nada ainda.

Erza começou a sufocar. A serpente apertava cada vez mais seu pescoço, a ponto de começar a ver pontos pretos por todo o canto. Caiu no chão, incapacitada e tentou pegar sua katana, não obtendo sucesso. Ouviu um barulho alto como se duas coisas estivessem colidindo e logo em seguida o aperto em seu pescoço afrouxou. Erza puxou uma lufada de ar e jogou a serpente, agora morta, na parede a sua frente.

— Está bem? – Ela olhou para cima e encontrou um Laxus levemente preocupado. Assentiu com a cabeça, já que ainda não conseguia falar, e se levantou com a ajuda dele. Olhou para onde Marnie estava somente para se deparar com seu corpo jogado no chão, inconsciente.

— Como...? – Laxus deu um sorriso irônico ao perceber qual era sua pergunta. Como terminou a luta tão rápido?

— Digamos que peguei um adversário forte, mas não o suficiente para desbancar o gostosão aqui.

Erza sorriu fraco. Sentiu falta do ego de Laxus. Olhou em volta tentando ver como todos estavam. Gray e Juvia já haviam derrotado um dos encapuzados, A maga Lairgold desaparecera, Yamori derrotara Soror e agora ajudava um Gajeel extremamente irritado a derrotar o ultimo adversário de pé.

— Sai daqui, seu merdinha. Essa luta é minha. – Gajeel tentava bater tanto em Yamori quanto no outro.

— Você ta fazendo drama em um momento desses? – Yamori aproveitou que Gajeel se distanciara um pouco do oponente e paralisou o corpo dele. – Só acaba logo com isso porque temos que ajudar os outros.

— Assim não é justo! – Os dois passaram a discutir e, quando estavam para partir para algo físico, Laxus deu um soco no encapuzado, que caiu inconsciente no chão. – Maldito!

— É impressão minha ou vocês esqueceram porquê estamos aqui? – Eles logo ficaram sérios. – Vamos. – O louro cheirou um pouco o ar e logo passou a seguir um caminho. O resto o seguia mais atrás.

~•~

Lucy caiu em risada, causando uma confusão bastante frustrante em Evie. Quem ela pensava que era para reagir assim tão confortável. A qualquer momento poderia parti-la em dois se assim quisesse.

— O que é tão engraçado assim, Lucy querida? – Lucy sentiu (na verdade todos) a ameaça que transbordava do doce tom de Evie.

— É que, você não pode estar achando mesmo que vou deixa-la matar meu amigo assim, não é?

— Pude perceber agora que terá que ser da maneira difícil, não é? – Evie deu dos passos em direção a Lucy. – Você vai invocar seu espírito aqui, eu vou mata-lo na sua frente e quem sabe depois matarei vocês, ou...

— Ou o que? – Lucy provocou.

Ouviu um grito e se virou-se para trás, onde Levy se encontrava jogada no chão. Ela gritava como se fosse perfurada por uma espada e Lucy estremeceu ao perceber que a menina estava experimentando o que ela experimentara. Correu até ela, Atsushi em seu encalço, dando cobertura. – Pare! – Os gritos de Levy ficaram mais altos. – Pare, por favor!

— Karyū no hōkō! – Natsu pulara em cima de Evie, que desapareceu nas chamas. Antes que pudessem reagir, Natsu foi lançado contra a parede a esquerda de onde estavam e caiu no chão. Ele tentou se levantar, somente para perceber que estava grudado ao chão por algum tipo de forca gravitacional. Wendy correu ate ele e Lucy se virou para as chamas. Viu uma sombra surgir entre elas e logo Evie surgiu, as roupas queimadas, mas a pele intacta. Ela sorriu e Levy finalmente parou de gritar. Ela parecia a um ponto de desmaiar, mas pelo menos parara.

— Entende agora, Lucy? Ou você faz o que mandei, ou seus amigos pagam por isso.

— Por que está fazendo isso? – Lucy perguntou desesperada. – Por que precisa matar Loke? – Uma sombra cobriu durante um segundo os olhos de Evie, uma sombra de dor. Foi rápido, mas Lucy notou.

— Seu espirito trabalhou com um mago muito mal, anos atrás, e ele precisa pagar por isso. – Lucy tentou argumentar, mas Evie a interrompeu. – Vamos logo, invoque-o!

— Eu... – Lucy olhou em volta, tentando buscar algo que a ajudasse, mas não encontrou. Abriu a boca para chama-lo, mas a sua frente surgiu Atsushi.

— Lucy, fique atrás de mim. – Ele estava serio. – Gina, traga Wendy-san e o Dragneel até aqui.

Antes que Gina conseguisse se aproximar, Evie colocou um campo de forca invisível sobre eles.

— Você não acha mesmo que eu cheguei até aqui para ser derrotada por um moleque, não é? – Ela esticou o braço em direção aos dois e um fio grosso de sangue foi lançado. Lucy tentou desviar, mas sua perna esquerda foi pega. Ela gritou quando começou a queima-la.

— Onee-chan! – Maru olhou enraivecida para Evie, que sorriu em resposta. A menina sussurrou algo que Lucy não conseguiu entender e logo suas asas apareceram. Moro tentou impedi-la, mas a menina ja voava em direção a Evie. – Air guts! – Uma rajada de vento foi em direção a Evie, que desviou facilmente. O fio em sua perna apertou ligeiramente e Lucy gemeu, chamando a atenção de Atsushi.

Ele arrancou o fio com as próprias mãos e o cobriu com sua escuridão. Lucy viu que Evie pareceu surpresa, perdendo a compostura. A escuridão passou a cobrir cada vez mais o fio, até que chegou os braços de Evie. Ela gritou quando a escuridão começou a chegar em seus ombros. Lucy virou-se para Atsushi confiante. Ele sorriu vitorioso, mas sua expressão rapidamente mudou para surpresa. Lucy pôs os olhos na sua adversaria e percebeu o que o deixara assim.

Evie arrancara o próprio braço.

— Mas o que...? – Lucy e Atsushi não conseguiram parar de encarar o braço jogado no chão. Evie estava de joelhos ao lado dele, de cabeça baixa. Maru desfizera suas asas e já se encontrava no chão, entre seus amigos e Evie.

Ela de repente começou a rir. Lucy viu em câmera lenta Maru se aproximar dela, Evie levantar o rosto desfigurado em um sorriso maníaco e sua menina ser arremessada com força em direção a uma das paredes.

— Maru! – Lucy e Moro correram em direção a menina, mas o campo de força as impediram de continuar. Estavam ambas desesperadas vendo-a cair, ate que Wendy, até então sentada ao lado de Natsu, pegou-a no ar. Lucy sentiu um alivio imediato.

Levy criou algum tipo de runa que destruiu o campo de força e Lucy e Moro correram em direção a Maru.

— Wendy-san, obrigada! – Wendy somente sorriu fraco para Moro como resposta. Ouviram um grito e todos se viraram para o centro do local. Atsushi lutava contra Evie. O sangue ainda jorrava de seu braço e ela não parecia notar, tentando atingir Atsushi com seus fios. Mesmo sem um braço e com a sanidade ao extremo, Evie parecia em vantagem.

— Eu vou ajuda-lo.

— Mas você está sem suas chaves! – Levy segurou seu braço. Lucy olhou para ela, olhou para Atsushi. Não sabia o que estava fazendo. Era fraca, não se comparava a nenhum deles, mas não podia deixar...

— Eu sei, mas não posso deixa-lo lutar minha batalha.

— Lu-chan! – Levy ainda tentou alcançá-la, mas Lucy foi mais rápida. Atsushi tentava cortar alguns fios, cada vez mais distraído, não percebeu um pequeno quase alcançando seu pescoço. Lucy pegou seu chicote e bateu contra as costas de Evie. Seus fios logo recuaram e ela se virou irritada para Lucy.

— Ah, desculpa. Machucou? – Lucy sorriu cínica. Evie esticou o braço em sua direção, mas Atsushi cobriu suas pernas de escuridão. Ela saltou rapidamente, livrando-se dele.

Os dois correram para ataca-la, mas bateram contra um campo de força.

— Levy-chan! – Levy logo repetiu a runa de antes e o campo foi destruído. Lucy e Atsushi a cercaram. Evie olhou para Lucy, que pôde ver a frustração e medo que ela sentia. Por um momento sentiu pena. Não sabia seus motivos, mas talvez...

— Gajeel! – Lucy ouviu Levy gritar e se virou para trás. O resto do grupo da Fairy Tail estava ali. Suspirou aliviada quando viu que estava bem.

— Lucy! – Atsushi gritou. Lucy virou-se para Evie novamente. O sorriso maníaco voltara ao rosto e Lucy deu um passo para trás ao notar o enorme emaranhado de fios de sangue que vinha em sua direção.

Foi tudo muito rápido, mas Lucy pegou cada detalhe. Detalhes que nunca a deixariam em paz, não importasse os anos que se passassem.

Em um segundo preparava-se para morrer, de olhos abertos, desejava encarar a morte de frente. E no outro, a morte não chegou. Lucy nunca sentiu o impacto. A dor.

Não.

Ao invés disso, quem fora atravessada pelos fios, quem estava agora jogada no chão com os olhos vazios era sua menina.

Sua garotinha linda e doce.

Seu anjinho.

Lucy gritou. Gritou de desespero, dor, ódio. Já não se importava mais com a batalha, com suas chaves. Nada mais importava.

Moro estava morta e Lucy destruída.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam?
Me odeiam, ne?
Eu sei. Doeu muito escrever isso, muito mesmo. Mas já tinha tudo isso em mente desde o começo da historia. Tudo o que aconteceu já foi criado longo no comecinho. Sinto muito pra quem amava essa personagem.
Espero vocês nos comentários (mas não se sintam forçados ♥)
Até o próximo capítulo,
Kissus de chocolate!
PS: Capitulo curto porque ja tinha em mente essa cena como final.



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