Asas escrita por Micaia Sama


Capítulo 14
Asas quebradas


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores lindos!
Então, eu meio que cumpri minha promessa u.u Se formos ver, ainda não passou uma semana desde o dia que postei o especial!
Bom, sei que não tem nada a ver com esse capítulo em especial, mas eu estava lendo as recomendações de "Asas" (novamente) e eu notei que não agradeci da forma devida as três divas.
Kassia, sua linda! A primeira a recomendar minha fic, estou emocionada desde que li. Eu queria agradecer por gastar seu tempo escrevendo aquela recomendação maravilhosa *--* Estou apaixonada!
Lucy Heartfilia, o que foi isso? Quase morro lendo essa recomendação. Sinto muito pela conta que você paga no hospital sempre que lê um capítulo novo. Não me odeie ;-; Mentira até deixo porque sei como sou meio fuleira as vezes. Também acho que você é doida, mas eu adoro gente assim! E, finalmente, você também é linda, gata e perfeita!
Criminal Base, adorei a sua recomendação. Esse sentimento que você diz sentir quando lê, eu fico exatamente assim quando leio os comentários. Parece que não vai caber no peito! Amei cada palavra que li, ainda fico besta quando releio.
Agora, sem mais delongas, podem ler u.u
Até as notas finais!



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Desconfortável não era com Lucy se sentia. Tensa era uma palavra mais adequada. Seus músculos não ousavam relaxar, não sob o olhar de Natsu.

– Lucy-chan?- Wendy pronunciou, fazendo Lucy olha-la. Passou os olhos por todos de seu antigo time, voltando novamente para Natsu. Não sabia dizer o que seus olhos expressavam, mas não era algo bom. Pediu mentalmente para que alguém a ajudasse, sendo atendida por Lisanna, que notara o que se passava desde que dobraram a esquina.

– Nossa! Que coincidência. Estávamos nos perguntando quando você voltaria e, pelo que pude ver, já está terminando a missão, não é?- Um sorriso falso emoldurava seu rosto. Lucy a olhou confusa.

– Err... Sim!- Imitou o sorriso da albina. Tentava não deixar o nervosismo dominar sua voz, não obtendo sucesso, é claro.- Planejava voltar para Magnólia hoje mesm- Foi interrompida por Natsu.

– Quem é ele?- Não tirou os olhos de Lucy nem por um segundo. Ela abriu a boca para falar, mas Atsushi foi mais rápido.

– Atsushi. Prazer.- Ofereceu a mão com um sorriso simpático no rosto, mas Natsu nem ao menos o olhou, o que o fez voltar a posição de antes.

– Quem é ele?- Natsu perguntou novamente. Lucy o olhou confusa, porém achou melhor responder. Natsu parecia instável.

– Um amigo.

– Então você sai beijando seus amigos assim?- Lucy pôde sentir a amargura na voz do mago. Não sabia porque ele estava assim e estava nervosa demais para perguntar.

– Beijar?- Soltou Wendy, nervosa.

– Sim, eu o beijei. O que tem isso?- Perguntou. Natsu fez um careta e apertou seu braço.- Nat-Natsu! Está me machucando.- Atsushi fez menção de se aproximar, porém Gina segurou seu braço. Sabia que daria em uma confusão maior caso ele se intrometesse.

– Natsu! Largue a Lucy.- Ordenou Erza, porém o mago ignorou. Ele se aproximou dela, seus rostos quase colados.

– Deveria ter cuidado, as pessoas podem te confundir com uma prostituta se continuar beijando seus amigos assim.

E o tapa que Lucy deu nele soou alto. Natsu se virou para ela surpreso, somente para se deparar com um olhar enfurecido. Arrependeu-se no mesmo momento do que disse.

– Desapareça da minha frente. Agora!- Lucy tentava manter as lágrimas nos olhos. Não deixaria Natsu saber a dor que sentira.

– Lucy, eu... Eu não quis dize- Ela o interrompeu.

– Não importa o que você quis dizer!- Ela o empurrou e se virou para os lobos.- Vamos embora. Depois nos falamos.- Disse, dando um leve aceno para seu antigo time.

Natsu tentou puxa-la pelo braço novamente, mas Atsushi a afastou dele.

– O que pensa que está fazendo?- Natsu se controlava para não pular no ruivo, que estava aparentemente calmo.

– Mantendo-a longe de você, assim como ela pediu.- Respondeu como se não fosse nada demais. Natsu sentiu um aperto no peito.

– A única coisa que deve fazer é sumir da minha vida. Nada disso estaria acontecendo se você não existisse.

– Não.- Disse Lucy, perdendo a paciência. Virou-se para o mago, encarando-o nos olhos.- Nada disso estaria acontecendo se você não fosse um idiota.- Natsu tentou argumentar, porém Lucy não deixou espaço para que falasse.- Você me ignorou por meses! Meses! E acha que tem o direito de vir falar o que quer para mim? Se é assim, vamos lá! Você é um imbecil que me deixou de lado desde que Lisanna apareceu. Eu fui completamente ignorada por todos da guilda, mas a única pessoa que realmente me magoou foi você! Porque eu nunca, NUNCA, pensei que você seria capaz de fazer isso comigo.

– Do que você está falando?- Perguntou Natsu.- Eu nunca te ignorei.

– Ah! Nunca? Então esses meses foram o que? Frutos da minha mente esquizofrênica? Vai dizer que irem para as missões sem mim, esquecerem da minha existência e me tirarem do time e foi tudo na minha imaginação?- Lucy gritava. O choro estava preso em sua garganta, pedindo para sair.

– Você fez isso!- Natsu gritou.- Você começou a sair em missões solo. Você começou a sair cedo da guilda. Ninguém mais sabia sobre você, estava sempre fora. Sempre que eu te procurava você estava em missões. Eu fui deixado de lado esse tempo todo.

– Natsu... Lucy, não briguem.- Choramingou Happy.

– Você está brincando comigo, não é?- O grupo somente ouvia a discussão atentamente.- Só pode estar brincando, porque se for sério, eu juro que te mato.

– Por que eu brincaria com isso?

– Porque eu não chorei noites seguidas por um idiota para que agora ele venha me dizer que a culpa é minha.- Ela o olhou friamente. Natsu não soube o que dizer.

– Onee-chan, vamos embora.- Disse Maru, olhando-a preocupada.

– Não perca seu tempo com esse idiota.- Completou Moro, encarando Natsu ameaçadoramente. Lucy somente concordou com a cabeça.

– Espera! Lucy-chan, vamos conversar um pouco.- Wendy se aproximou das três, a voz doce apaziguando a tensão.

– Você não vai conversar nada com nossa Onee-chan.- Maru disse.

– Nós somos as únicas garotas fofas na vida dela.- Sussurrou Moro irritada. Wendy olhou-as irritada.

– O que?

– Meninas, a discursão acabou, parem de criar intriga.- Brigou Gina. Yamori puxou as duas para longe de Wendy, que tentava mata-las com o olhar. A menina nunca pareceu tão ameaçadora antes.- Vamos indo, Lucy.

– Não! Isso ainda não acabou.- Natsu parecia desesperado.

– Acabou.- A voz de Atsushi deixou clara o quão irredutível ele estava.

– Olha, sem ofensas, mas você não nos conhece há muito tempo para falar dessa forma.- Disse Erza.

Sem ofensas, mas vocês claramente só machucam Lucy e eu não posso permitir.- Atsushi estava ficando cada vez mais irritado.- Nós iremos embora agora, Lucy irá conosco e vocês irão agir como se nada houvesse acontecido.

– Lucy não vai com vocês.- Disse Natsu.

– E por que não?

– Porque ela pertence a Fairy Tail.

– Ela não é um objeto!

– Olha, eu não sei de qual guilda vocês são, mas estão mexendo com os magos errados.

– Oras, nós somos a Wolfblood!- Todos seguiram a voz até um pequeno estabelecimento a direita de onde estavam, onde um homem elegante estava sentado tomando café com uma garota tímida ao seu lado.

– Mestre?- Soltou Lucy.- O que está fazendo aqui?

– Um homem apareceu na guilda dizendo que nossas magos estavam brigando com outra guilda. Devo dizer que esperava algumas propriedades destruídas, estou desapontado.- Elric mantinha a expressão cínica.

– Nós já pretendíamos começar.- Disse Maru com um sorriso falso enquanto encarava Wendy.

– Então você é o mestre?- Comentou Erza.- Não queríamos arrumar problemas, mas Lucy é da nossa guilda e- Foi interrompida por Elric.

– E ficou bem claro que ela não quer ir com vocês.- Virou-se para os lobos.- Agora, se tudo está claro, por que não voltamos para a guilda? Comprei uma nova garrafa de uísque e precisamos comemorar.

Estavam se preparando para ir embora, Maru e Moro puxando Lucy, quando Natsu colocou fogo sobre chão a volta deles, impedindo-os de continuar.

– Ela não vai a lugar algum sem mim.

– Olha garoto, você está me incomodando.- Elric disse.- Eu odeio quem me incomoda. Mato esse tipo de pessoa.

– Então vem! Quero ver tentar. Só avisando que não vou parar até que Lucy venha comigo.- Natsu pareceu confiante.

– Eu não vou com vocês, esquece isso!- Lucy disse sem olha-lo.- Você não entende que acabou de me falar uma das maiores besteiras que ouvi em minha vida inteira?

– Mas eu estou arrependido...

– E eu estou arrependida de ter te conhecido!- Ela gritou, virando-se para ele. Natsu soltou uma lufada de ar, tamanha a dor que sentia. E ver os olhos de Lucy cheios de lágrimas somente o machucou mais.

– Vamos Lucy, querida.- Elric disse, puxando-a pelos ombros para perto de si. Fez um movimento com a mão direita e todo o fogo se apagou. Lucy virou de costas para Natsu e foi andando com os magos da Wolfblood. Lisanna se aproximou de Natsu e tentou consola-lo. Em um ultimo momento de desespero ele acabou gritando.

– Você pode até não ir com a gente, mas você é uma fada. Uma hora ou outra vai aparecer na Fairy Tail!

– Tem certeza, garoto?- Gritou Elric de volta, o que fez Natsu olhar para Lucy. Ela parecia verdadeiramente não saber o que fazer. Abriu a boca para falar algo, mas não conseguiu.

E no mesmo segundo Natsu desapareceu com Happy em seu encalço.

~•~

– Vai ficar tudo bem.- Gina acariciava os cabelos de Lucy enquanto a garota chorava. Não dissera tudo que queria a Natsu, mas somente aquilo os derrubou.

Depois que Natsu desaparecera, Lucy continuou o caminho com os amigos até chegar a Wolfblood. Decidiu não entrar pois sabia que, mesmo que os lobos tentassem, não poderiam anima-la. Voltou para casa com Gina, que obrigou os outros a ficarem na guilda para que as duas pudessem conversar. Mas nem ao menos trocaram algumas palavras e Lucy começara a chorar.

– Não vai! Você não viu o olhar dele? Completamente devastado.- Choramingou a loura depois de mais algumas lágrimas.

– Espera... Você está preocupada com ele?

– Não. Sim... Eu não sei.- Suspirou alto, as lágrimas começando a diminuir.- E se ele estiver certo?- Gina a olhou confusa.- E se eu o deixei de lado esse tempo todo?

– Lucy! Você mesmo disse que não chorou esse tempo todo para no fim ser culpa sua. Não pode mudar de ideia agora!- Gina pegou um travesseiro e bateu na cabeça da maga, irritada.

– Eu sei, eu sei... Mas eu sei como é o olhar do Natsu quando ele está dizendo a verdade. E foi esse olhar que vi naquela hora.

As duas ficaram em silêncio por alguns minutos. Gina, mesmo que estivesse preocupada com Lucy não pôde deixar de viajar em suas próprias preocupações. Somente voltou a realidade quando Lucy falou.

– Talvez eu devesse conversar com ele, sabe. Só para esclarecer tudo. O que acha?- Lucy olhou com expectativa para Gina, que se controlou para não rir dos olhos inchados da amiga.

– Eu acho que essa situação inteira é uma tempestade em um copo d’água.

– Isso quer dizer que estou fazendo drama?- Lucy perguntou insegura. Se fosse outra situação até poderia ficar irritada, mas a hipótese de estar atrapalhando a vida de todo mundo com seus dramas a deixou nervosa.

– Exato!- Lucy pegou um travesseiro e colocou sobre o rosto quando Gina respondeu.- É brincadeira, sua tonta.- Gina puxou o travesseiro para si.- Eu só quis dizer que talvez seja tudo um mal entendido. Você acha que ele te ignorou e ele pensa o mesmo. Vocês precisam abrir o jogo e só!

– Abrir o jogo... Abrir o jogo... Isso!- Lucy se levantou e começou a andar pelo quarto resmungando.

– Bom... Agora podemos falar dos meus problemas?- Gina comentou como se fosse nada. Lucy parou imediatamente, a tristeza que havia alguns minutos atrás desapareça.

– Que problemas exatamente?- Ela pulou de volta na cama e deitou ao lado de Gina, completamente curiosa.

– É que... Bom, não ria! Mas eu... E-eu mei-io que estou gost-tando de alguém.- Gina sussurrou, mas Lucy conseguiu ouvir.

– Ah...- O olhar mudou instantaneamente para tedioso.- Eu sei que você está gostando do Yamori.- Disse direta.

– O que? Você sabia esse tempo todo?

– Está de brincadeira, não é?- Gina negou e Lucy riu alto.- Eu sempre brinco com vocês dois, você sempre fica nervosa e Yamori então, coitado das bochechas deles de tão coradas que ficam!

– Eu meio que ignorava isso.- Comentou Gina sem pensar. E assim começaram uma enorme discursão sobre os lindos e não tão importantes problemas amorosos da maga. E outros verdadeiramente importantes.

~•~

Natsu se encontrava no meio da floresta. Não sabia exatamente onde, mas era só seguir o cheiro de seus amigos que poderia voltar.

Não que realmente quisesse voltar.

Depois da resposta não dita em voz alta de Lucy, não sabia se queria ou não voltar para seus amigos, ou para sua guilda, ou para realidade.

A primeira coisa que Natsu descobrira sobre estar apaixonado era que tudo ficava empolgante.

Até que deixava de ser.

E essa era a segunda coisa que Natsu descobrira sobre estar apaixonado. Pois quando tudo deixava de ser empolgante se tornava chato voltar a vida de não apaixonado. E ele descobrira tudo isso de forma rápida e torturante.

Natsu sabia que não estava daquela maneira somente porque estava apaixonado pela loura, mas sim porque, acima de tudo, eram amigos. Já não imaginava uma vida em que Lucy não estivesse ao seu lado. Podia perder a chance de ser o namorado dela, ou marido, mas amigo não. Ter Lucy sempre por perto era prioridade na vida do mago.

Quando ela sumira da guilda meses atrás, ficou desesperado. Tentou deixa-la sozinha por um tempo, mas chegou a um momento quase que insuportável. Assim mesmo, nunca pensara que ela sairia da guilda ou algo do gênero. E quando ela voltou a falar com todos e a participar mais, tivera certeza de que tudo daria certo.

Mas aquele olhar. Aquele olhar perdido que ela dera quando ele disse que ela ainda era um fada o pegou desprevenido. Era como se ela já não tivesse tanta certeza. Como se não visse na Fairy Tail o seu lar. E isso o machucava.

Pois a Fairy Tail sem Lucy não era a Fairy Tail.

A loura entrara na guilda para marcar ali o seu nome e agora parecia já não ter certeza se queria manter.

Também arrependia-se amargamente de ter dito aquelas coisas para ela. Não a achava uma prostituta, não havia nem comparação! Mas estava com tanta raiva que soltara besteiras pela boca sem ao menos perceber.

Precisava conversar com ela. Urgentemente.

Levantou-se determinado a ter uma conversa longa com a maga. Inspirou longamente o ar, tentando detectar seu cheiro, o que aconteceu rápido. Seguiu por entre as árvores até chegar em frente a uma mansão. O cheiro da maga impregnado em todos os lugares. Pensou em bater na porta até ouvir vozes vindo de uma das varandas. Quando viu quem estava lá sentiu uma vontade forte de destruir tudo a sua volta.

Lucy e o “homem beijoqueiro” (como Natsu decidira chama-lo), conversando. Perto demais um do outro, os ombros encostados e as mãos juntas. Eles pareciam falar de algo sério, mas Natsu não quis saber o que era. Quando viu, já estava de volta a floresta.

E foi ali, entre a raiva e o ciúme, que percebeu que não poderia ficar muito próximo de Lucy sem ter seu coração machucado.

Deveria permanecer longe da maga até que superasse esses sentimentos.

~•~

– Então é isso!- Disse Lucy, terminando sua narração.

Enquanto conversava com Gina, Atsushi aparecera de repente, decidido a conversar com Lucy. Gina saiu do quarto e os dois foram para a varanda. Lucy não pôde deixar de pensar que fora ali que tivera seu primeiro beijo com ele.

O mago a obrigou a contar tudo que envolvia a Fairy Tail. E Lucy, mesmo hesitante, decidiu contar. Ele ouviu tudo atentamente, não a interrompendo em nenhum momento.

– Bom...- Disse ele depois e alguns segundos.- Pelo menos agora sei o motivo do seu olhar triste.

– O que?

– Seu olhar. Foi isso que chamou a minha atenção no dia em que te encontrei na neve, afinal, é difícil ver alguém tão bela assim com um olhar tão triste.- Lucy o olhou surpresa, mas logo riu.

– Está dizendo que pessoas belas não são tristes?- O mago soltou uma alta gargalhada.

– Em sua maioria.- Lucy bateu em seu ombro.- O que? Pessoas belas geralmente tem dinheiro para comprar a felicidade.- Recebeu outro tapa.

– Que pensamentos horríveis!- E assim começaram a rir.

– Mas, agora é sério.- Atsushi disse depois de recuperar o folego.- Tudo a seu tempo. Sei que parece que tudo é uma loucura agora, mas, uma coisa que aprendi em meus tempos de monge foi que o tempo arruma tudo que deve ser arrumado. E o que não deve desaparece com ele.- O olhar dele era doce, o que deixou Lucy mais suave.

– Bom, que tal me contar mais sobre sua vida como monge?- Ela perguntou, a curiosidade mais do que óbvia.

– Talvez outro dia.- Respondeu ele, encerrando o assunto. Logo voltaram para dentro, depois de trocarem alguns beijos que fizeram Lucy esquecer por alguns momentos sobre Natsu.

~•~

– Ocorreu tudo como planejado?- A voz grossa e dominante do homem soou alta pelo cômodo.

– Sim mestre. Enquanto o senhor distraía o garoto eu pude enfeitiçar o colar novamente.- A menina disse nervosa.

– Perfeito!- O homem pegou um copo de uísque e bebeu um gole.- Agora é só esperar.

– O senhor acha que ocorrerá tudo certo?- A menina sussurrou.

– Claro que sim! Logo, logo Lucy Heartfilia deixará de ser uma fada, guarde minhas palavras.- Ele tomou o copo inteiro.- Agora vá pegar mais bebida. Preciso comemorar...

– Sim mestre.- E assim a menina sumiu pela porta, deixando um homem mais do que satisfeito para trás.

~•~

Lucy andava pelas ruas de Laforier determinada. Decidira que precisava conversar com Natsu, mesmo que acabasse em outra briga. Precisavam colocar as cartas na mesa e resolver seus problemas. Se tudo fosse um mal entendido, Lucy queria resolvê-lo o mais rápido possível.

Encontrou-o na estação, acompanhado do time. Parecia distante.

– Natsu...- Os outros integrantes viraram para ela surpresos, porém Natsu somente a olhou, como se esperasse que ela aparecesse.- Ah, oi gente. Eu realmente queria conversar com vocês, mas acho que tenho uma prioridade agora.- Todos concordaram e tentaram ignorar a tensão. Lucy chamou Natsu para um lugar mais afastado, que a acompanhou lentamente.- Então... Eu acho que precisamos conversar.

– Não temos nada para conversar.

– Nats- Foi interrompida.

– Não, Lucy. Eu acho que falamos tudo que precisávamos mais cedo. Você me odeia porque sou idiota.

– Não, eu não te odeio!- Ela tentou argumentar.

– Mas se arrepende de ter me conhecido.- Lucy se aproximou dele, mas ele se afastou, o braço esticado para manter a distancia.- Está tudo bem. Não importa mais.

– Não importa mais?- A maga se encolheu, machucada.

– Sim, faça o que quiser. Eu realmente não me importo mais.- Mentiu para si, não acreditando em uma palavra sequer. Mas Lucy sim.

E, quando Natsu se virou e foi embora, Lucy sentiu algo dentro de si quebrar.


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Notas finais do capítulo

Olá amores o/
Eu preciso explicar algumas coisas aqui.
Primeiramente: Vocês precisam lembrar que Natsu e Lucy são meio esquisitos. Eu passei horas escrevendo e reescrevendo esse capítulo até me dar por satisfeita, porque é muito difícil imaginar um mundo onde Natsu e Lucy estejam magoados um com o outro. Mas eu acho que consegui.
A treta não durou tanto, eu sei, mas não acho que ela deveria ser muito estendida. As palavras que precisavam ser ditas tiveram sua hora e se está faltando alguma coisa é porque não é hora para isso.
Sei que coloquei um foco em Gina, mas ela precisava. Lucy tem que lembrar de vez em quando que ela não é a única ferrada na vida. E sei que ela pareceu ficar alegre muito fácil, mas é porque ela estava realmente confiante de que só precisaria conversar com Natsu.
Bom, acho que não tenho mais nada a comentar. Se ainda estiverem irritados com algo, confusos ou coisas do tipo, é só vir falar nos comentários ou por MP. Adoraria conversar com vocês, mas nada de spoiler u.u
Até o próximo capítulo, seus lindos.
Kissus de sorvete (do sabor que vocês quiserem)