Eu de Letras, ela de Irônicas escrita por Sr Devaneio


Capítulo 9
Capítulo 09 - Beladona Prime – Festa na fraternidade das Garotas


Notas iniciais do capítulo

Galera, ontem eu realmente estive feliz (e ainda estou, na verdade). Eu de Letras, ela de Irônicas teve sua primeira recomendação e foi incrivelmente MAGNÍFICA! Quero agradecer novamente à querida Lola Royal, que marcou esta história como primeira a comentar e logo em seguida, marcou como primeira a recomendar. Obrigado mesmo linda!
Para deixar bem claro o quanto eu fiquei feliz e tendo em vista que eu realmente gostei deste capítulo, dedico esta parte de nossa história à Lola.
Lola, esse é seu! Espero que goste(m)! ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646936/chapter/9

Olhei meu reflexo no espelho e me vi bastante apresentável com meu paletó branco aberto por cima da camisa social preta, ambos com as mangas puxadas até o cotovelo, meu jeans liso e preto, e meu Oakle Horizon branco. Estava faltando alguma coisa; então para finalizar, penteei os cabelos para trás e pronto!

Chad não estava no quarto, para variar, o que era estranho. A última vez que o tinha visto fora há dois dias. Nesse período, nem parece que dividíamos o quarto, pois sua cama acordava idêntica sempre, com o lençol esticado e o travesseiro posto impecavelmente sobre o mesmo.

Olhei no mapa do Bloco onde ficava a casa das Beladona. Bastava descer alguns metros, passando pela área verde leste, chegando em frente ao Bloco D/Bloco A de Pós-Graduação e virar à direita, seguindo em frente. Era atrás da porta traseira da Master, no lado oposto ao portão principal, bem no fundo da universidade – que por sinal era a área das casas de fraternidade -.

Havia vários casais do lado de fora da casa conversando, paquerando ou tomando drinks. Eu já vinha escutando a música eletrônica, que tocava alto, desde o Bloco D, e reconheci o bom gosto musical de quem quer que tenha formado a playlist.

No lado de fora, Anabeth conversava com duas outras garotas, todas amigas de Anna, porém não lembrava seus nomes. Ela sorriu ao me ver chegar:

– Ei, Andrew! Você veio mesmo.

– Pois é... – respondi, dando um abraço rápido nela e cumprimentando as outras.

– Anna vem com Bettie, que atrasou um pouquinho. Já, já estão aqui. – ela disse como se estivesse lendo meus pensamentos.

– Ah, sim. Certo.

– Enquanto isso, que tal ir com as meninas pegar umas bebidas para nós? Tenho que ficar aqui esperando as bonitas... – pediu, fingindo exasperação na última frase.

– Pode ser... – respondi, já que não estava fazendo nada mesmo.

– Você já conhece Charloth e Gina, não é?! – ela perguntou, mostrando uma ruiva com uma bela silhueta e seios fartos usando um vestido justo preto e uma baixinha morena de sorriso fofo, que usava saia e uma blusa tomara que caia.

– Já, sim. – sorri para elas, que retribuíram – Podem me acompanhar, senhoritas?

– Claro! – sorriu Charloth, a ruiva cujo nome se pronunciava como se a últimas letras fossem um “f”.

– Com certeza! – acompanhou Gina, a baixinha fofa.

A casa era enorme, como de se esperar em uma casa de fraternidade. O primeiro cômodo que adentramos era uma sala bastante espaçosa, a qual estava cheia de gente animada, alguns até dançavam a música alta, que vinha diretamente do cômodo ao lado. Guiado pelas amigas de Anna, seguimos em frente passando por uma escada e adentrando um portal que dava direto para uma cozinha igualmente digna, onde um bartender trabalhava de forma eficiente. Algumas pessoas falaram com as duas rapidamente no caminho.

– Três Cosmopolitans, por favor! – disse Gina, assim que nossa vez de sermos atendidos chegou.

Tomei o primeiro, sentindo a bebida doce e gelada descendo por minha garganta. Anabeth e Gina tomaram os seus em poucos goles e imediatamente pediram uma segunda dose. Como não tinha costume de beber álcool, pararia naquele segundo mesmo. Era o suficiente.

As duas tomaram seu segundo drink em um gole só. Depois pegamos os três drinks para Anabeth, Bettie e Anna e voltamos para a entrada da casa (não sem antes esperar Gina dançar por alguns segundos a música que tocava na sala). Fui bebericando minha bebida no caminho, enquanto segurava a de Anna com a outra mão.

Quando saímos, Anna e Bettie já estavam do lado de Anabeth conversando e rindo. As duas sorriram para nós quando nos aproximamos e nos cumprimentaram; Anna, desta vez, deu-me um abraço rápido. Logo em seguida pegou seu drinque de minha mão e disse, tomando um gole pequeno:

– Andrew, apresento-lhe oficialmente Bettie. Bettie, este é o Andrew, de quem lhe falei.

– Olá! – sorriu Bettie, e seu sorriso era bastante belo – Anna me falou bastante sobre você. É um prazer finalmente poder conhece-lo! – acrescentou, estendendo a mão.

Apertei sua mão gentilmente, respondendo:

– Também ouvi falar de você. O prazer é meu!

– Ele é o colega de quarto do “seu Chad”, Bettie. – disse Anabeth, forçando o “seu Chad” em tom de brincadeira e já alegrinha devido aos Cosmopolitans.

Bettie era magra com curvas bastante abundantes, cabelo perto cortado estilo Chanel – o que destacava seus olhos verdes – e lábios carnudos. Usava um elegante vestido de festa com saltos altos. Então, pela primeira vez reparei em Anna.

Talvez o Cosmopolitan tenha ajudado, mas o fato é que eu a vi de um jeito diferente. Usava um vestido preto, tomara que caia, justo ao corpo e curto, deixando suas pernas à mostra, com salto combinando. Usava uma maquiagem bonita, que também lhe realçava os olhos, um batom vermelho destacando eficientemente os lábios e uma gargantilha com pequenos espinhos dourados espalhados por toda a sua extensão. Ela estava, realmente, espetacular!

Anna terminou seu drink, trocando sua taça com a minha imediatamente.

– Quer parar de me encarar, moço? – ela me perguntou, lançando-me um olhar travesso – Sei que tenho as pernas que toda garota quer e que estou incrivelmente gostosa nesse vestido, mas por incrível que pareça, está conseguindo me deixar constrangida. – acrescentou, bebendo o meu drink sem tirar os olhos dos meus.

Pisquei.

– Desculpe. Foi mais forte do que eu. – comentei sério, encarando-a de volta.

– Agora temos certeza que ele não é gay. – comentou Charloth ao meu lado.

– Ainda bem... – comentou Gina, com um tom travesso.

– Seria de fato um desperdício. – continuou Anabeth.

Anna sorriu e continuou o assunto anterior, aliviando a situação:

– Enfim, ele é mesmo o colega de quarto do Chad.

– Como ele é? No quarto, quero dizer. – perguntou Bettie.

– Sério. E calado. Para falar a verdade, nos falamos pouquíssimas vezes desde que as aulas começaram. Quase não nos encontramos.

– Ah... ele é bem na dele, mesmo. Nem acredito que chegamos num ponto tão longe! – comentou.

– Tente não morrer de saudades, enquanto está finalmente um pouco longe dele. – Anna falou para ela.

– Vou tentar. Mas não posso prometer nada.

– Enfim, está rolando uma festa incrível lá dentro e eu não sei vocês, mas eu vou entrar e curtir aquela música! – falou Anabeth – A propósito, Andrew, eu gostaria de ter uma dança com você antes de ficar bêbada. Para me lembrar do momento, sabe?! – acrescentou – Isto é, se a Anna deixar... – deu uma risadinha.

Não entendi o último comentário.

– Já pode parar com as margaritas amiga. – falou Anna antes que eu me pronunciasse.

– Brincadeira, brincadeira! – emendou Anabeth – Tirando a parte da dança, claro – ela olhou para mim e sorriu.

Relaxei e sorri também.

– Claro! Será uma honra. – falei.

Ela franziu a testa e perguntou para Anna:

– Ele é sempre tão formal assim?

– Não assim. Deve estar precisando de uma dose... – comentou ela com um tom trivial.

– Bem, quando estiver mais solto, venha me procurar! – falou ela pela última vez antes de me lançar uma piscadinha e sumir para dentro da casa.

– Vou com ela. Preciso descolar uns beijos hoje. – falou Gina, virando-se e saindo.

– Vocês não estão a fim de dançar também, não? – perguntou Charloth.

– Daqui a pouco. – falei.

– Hum... daqui a pouco. Mas nós vamos entrar com você, está ficando frio aqui fora. Vamos? – perguntou para mim.

– Vamos. – falei, começando a andar.

Uma hora e meia depois e eu simplesmente não entendia como aquelas garotas não se cansavam. Anabeth dançou, riu, dançou, conversou, bebeu e dançou novamente. Anna dançou, voltou ao sofá onde eu conversava com Bettie (que dançou apenas três músicas) e voltou para a pista depois de alguns goles junto com Charloth, antes da mesma dar uma sumida assim como Gina, que estava ali apenas durante a primeira hora.

Pouco depois de entrarmos, a música parou e um grupo de doze garotas vestindo praticamente uniformes de cheerleaders – tops, saias pregadas e sapatos com salto (a única diferença) – rosas e roxos subiu ao palco, nos saudando e apresentando-se como “Beladona Prime, a Fraternidade das Garotas”. Então o estilo de música mudou tornando-se eclético; elas se misturaram à multidão e dançaram, trocando de roupa umas cinco vezes - uma peça para cada estilo. Conversei com duas delas – uma loira gentil chamada Rachel e uma asiática bonitinha chamada Liu – no intervalo de idas e vindas das garotas (um dos únicos momentos que vi todas dançando juntas) e as achei até divertidas.

Anna veio em minha direção com um drinque na mão.

– Experimente. – falou, me entregando o copo.

A bebida era transparente e continha fatias de limão não descascadas. Experimentei um gole. Tinha gosto de limão, álcool e açúcar, basicamente uma limonada alcoólica. Era refrescante e gelado, e eu simplesmente adorei aquilo. Anna sabia achar bons drinks por aí.

– É caipirinha – ela disse, observando minha reação.

– É muito bom! – disse em resposta – Muito mesmo!

Ela sorriu.

– Sabia que ia gostar. É uma bebida famosíssima no Brasil e em alguns outros lugares do mundo também...

– Já tinha ouvido falar... mas nunca tive a oportunidade de experimentar antes – respondi.

– Que bom que gostou. Só vai devagar para não ficar bêbado. Isso embebeda que é uma beleza!

Eu realmente já sentia uma leve tontura e o calor subindo.

– Bem, acho que já dá para cumprir minha promessa. – falei, referindo-me à dança com Anabeth, ainda segurando o copo meio cheio.

Tomei o restante da bebida, e levantei-me. Anna levantou-se também e pegou o copo da minha mão.

– Vou buscar um pouco para mim. – falou.

– Certo. – respondi. E então fui em direção à “pista de dança”.

A música pop que tocava estava mais divertida do que antes, perfeita para se dançar com alguém. Também me sentia mais alegre.

Anabeth sorriu magicamente ao me ver e começou a agitar o corpo no ritmo da música. No início me senti um tanto inibido por não saber dançar, mas durou pouco. Vi as pessoas ao meu redor movimentando-se das mais variadas formas, inclusive tinham muitos totalmente desengonçados, e motivado ainda mais pela bebida, me soltei.

– Eu não sei dançar – gritei no ouvido de Anabeth.

– Eu também não. Mas não precisa saber só fingir! – ela respondeu, mais alto que a música.

Mantendo aquela forma de pensar, nem vi o tempo passar. Como um estalar de dedos, três músicas se passaram e eu já estava suado e agitado, como todos ali. Anabeth continuava ininterrupta, quando Charloth finalmente apareceu e se juntou a nós. Elas conversaram bastante enquanto dançávamos. Depois um cara apareceu, sussurrando no ouvido de Anabeth – ao que tudo indicava, eles já se conheciam – e ela saiu com ele, sem se despedir de nós.

Agora éramos Charloth e eu. A ruiva estava ainda mais desinibida que Anabeth, e se aproximou bastante de mim durante as danças. Estávamos quase encostados quando uma música lenta começou. Ela passou os braços ao redor do meu pescoço e acabou com a pouquíssima distância que havia entre nós, encostado a cabeça no meu ombro esquerdo. Abracei sua cintura e ficamos assim por um tempo.

Eu tinha um pouco mais de experiência com músicas lentas, então desde que não precisasse tirar os pés do lugar eu as dançava até bem.

– Você é muito bonito, sabia? – perguntou ela. Seu hálito cheirava levemente a álcool um tanto doce e sua língua enrolava um pouco – E está cheiroso.

– Obrigado. Você é linda! – respondi e ela sorriu – E está bastante sexy.

Ela levantou a cabeça, olhando para mim:

– Você não tem namorada, ou tem? – perguntou com a testa franzida ligeiramente preocupada.

– Não. Não tempo para um relacionamento sério agora... – fui sincero.

– Ah. É uma pena... Que não tenha tempo, claro! – ela falou, sorrindo novamente. Em seguida acrescentou – É difícil achar um cara como você solteiro hoje em dia.

– “Um cara como eu”?

– É. Educado, gentil, bonito e blábláblá... Fora a questão do respeito. Obrigada por não ter tentado me agarrar ou se esfregar em mim... Não que eu não quisesse, mas estou meio bêbada, então...

– Claro. Sem problemas. – respondi.

– Talvez quando eu estiver sóbria a gente possa conversar melhor.

– Quando quiser! – falei.

Ela se afastou e disse, com um sorriso discreto:

– Ufa! Está na hora de parar. Você está me deixando bastante atraída para várias coisas e nesse estado isso não é bom. Obrigada pela dança. Vou ali fora tomar um ar, se perguntarem por mim.

– Sem problemas. Eu que agradeço! – falei, tendo que concordar. Ela também havia me deixado eufórico demais com aquela dança.

Charloth ia se virando quando parou, voltou-se para mim parecendo ponderar sobre algo e, subitamente decidida, falou:

– Espero que não se importe.

Eu ia perguntar “sobre o quê?” quando ela se aproximou e encostou os lábios nos meus, me impossibilitando de falar por um instante. Depois, me olhou nos olhos com um sorrisinho enquanto se virava e saiu.

Enquanto processava o que tinha acabado de acontecer em meio à tontura das bebidas, Anna surgiu ao meu lado.

– E então, se divertindo muito? – ela perguntou. Segurava um copo com caipirinha pela metade.

– Agora, sim. – respondi.

Ela levantou os cantos da boca em um pseudo-sorriso e disse:

– Estou vendo. Você não está bêbado, está?

– Não. Só um pouco tonto.

– Ah, sim... – notei que ela havia meio que perdido um pouco de expectativa.

Fez-se um momento de silêncio. Anna tomou a caipirinha e falou:

– Vou devolver o copo.

Então saiu.

Dei de ombros. Ainda estava com o sangue quente, então decidi dançar mais um pouco. Por sorte, uma moça apareceu. E uma membro da Beladona. Não precisamos trocar palavras: ela chegou dançando, eu acompanhei e dançamos juntos até a música chegar ao fim. Então alguém a chamou e ela deu um tchauzinho, se afastando.

Eu ainda queria dançar.

Será que Anna estaria a fim? Olhei ao meu redor, procurando-a e a vi não muito longe dali. Coincidentemente, ela também estava olhando para mim, então a chamei com um gesto.

– Oi? – ela perguntou, assim que chegou perto o suficiente para que eu pudesse ouvir.

– Está a fim de dançar? Vou embora daqui a pouco.

Ela pareceu ponderar um pouco. Neste momento, a música que tocava acabou.

– Sim. Tomara que venha uma música bem legal agora! – comentou.

Sorri. A música nova começou um tanto lenta. Mas era um pop e eu a conhecia.

“Eu joguei um desejo no poço

Não me pergunte, eu nunca vou contar

Eu olhei para você quando fiz o pedido

E agora você está no meu caminho”

– O que acha dessa? – ela perguntou divertidamente.

– Acho que já devíamos ter começado a nos mexer... – falei.

– Uau! Disse o cara que não sabe dançar direito...

– O quê? Como você sabe?

– Te observei algumas vezes. É engraçado! – ela riu. Da minha cara.

“Eu troco minha alma por um desejo

Centavos e moedas por um beijo

Eu não estava procurando por isso

Mas agora você está no meu caminho”

– Estava me observando, moça? – perguntei, fazendo seu joguinho habitual.

Ela se aproximou do meu ouvido.

“Seu olhar estava parado

Jeans rasgados, mostrando a pele

Noite quente, o vento soprava

Onde você pensa que está indo, baby?”

– Talvez, moço. – falou, com as mãos apoiadas em meu peito.

Sorri. Como se o momento tivesse sido ensaiado, começamos a nos mexer no ritmo da música ao mesmo tempo.

“Ei, acabei de te conhecer,

E isto é loucura,

Mas aqui está meu número,

Então me ligue, talvez”

Ela dançava e mexia os lábios ao mesmo tempo, cantando em silêncio. Aquilo me fez rir, pois era de alguma forma, divertido. Achei estranho achar algo tão comum divertido daquela forma. Devia ser o efeito da caipirinha...

Quando a música estava no fim, ela simplesmente parou e me observou por um instante. Então tirou um pequeno papel de dentro de seu vestido, ficou na ponta dos pés e, aproximando-se, cantou uma das últimas estrofes no meu ouvido:

– “Ei, acabei de te conhecer. E isto é loucura, mas aqui está meu número. Então me ligue, talvez...”

Senti sua mão pressionar o papel na minha. Fechei a palma, envolvendo sua mão e o papel, dizendo:

– Eu já tenho o seu número. No dia em que entregou a minha carteira, você deixou um papel lá dentro.

Sua cabeça ainda estava ao lado da minha. Vi pela visão periférica que ela sorriu:

– Na verdade, aquele era o telefone de Gina. E ela até manteve expectativas de você ligar.

Desta vez quem sorriu fui eu.

– Ponto para você, de novo. – falei, rindo, e ela me acompanhou.

*

Era a primeira noite em que eu iria dormir tão tarde (23h32), considerando o horário habitual (20h50). Desde que voltei para o quarto, pensava na festa. Agora deitado, limpo do suor e pronto para dormir, acabei tendo que concordar que festas universitárias não eram tão ruins quanto eu pensava. Pelo menos, a minha primeira havia sido bem divertida. Apesar de a pequena tontura continuar ali, e eu realmente esperar não acordar com ressaca, por mais que a quantidade de álcool que eu houvesse ingerido pudesse ser considerada pequena.

Os últimos momentos com Anna preencheram meus pensamentos quando o sono chegou, e lembrei que quando ela falou sobre o número na minha carteira, indiretamente, havia me enganado três vezes.

Apesar do sorriso no meu rosto, eu tinha que começar a pensar uma forma de descontar.

*

“Antes de você entrar na minha vida,

Eu sentia tanto a sua falta, eu sentia tanto a sua falta...

E você deve saber que

Eu sentia tanto, tanto a sua falta...”

Carly Rae Jepsen - Call me Maybe


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Talvez os trechos da Carly Rae Jepsen tenham deixado o capítulo meio místico, com umas paradas de destino e tals escondidas de forma subliminar, mas não foi intencional hahaha. De qualquer forma, eu achei que ficou até legalzinho, porque acabou dando um ar romântico ao capítulo...
Não deu tempo de revisá-lo antes de postar, por isso peço desculpas a todos.
Espero que tenham gostado tanto quanto ou ou mais, nos vemos na próxima (que se Deus quiser não vai demorar)! Se acharem um erro, qualquer que seja, por favor apontem-no para mim. Obrigado :)
Beijos a todos do Sr Devaneio