Eu de Letras, ela de Irônicas escrita por Sr Devaneio


Capítulo 20
Capítulo 20 – Pequeno paradoxo


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho várias pessoas pra agradecer aqui.
Capricorniana Contemporânea, Isadora Machado e Engenho das Letras, que dentro de um mês me enviaram suas recomendações tão absurdamente perfeitas. Chorei em uma delas (ou talvez todas), mas não vou dizer qual pra vocês ficarem se perguntando.
Fiz um post explicando a situação da fic, minha maneira de produzir e afins, como pouca gente interagiu, imagino que a grande maioria não tenha lido. O link estará nas notas finais e, aos interessados em saber o que acontece e por que eu demoro tanto pra atualizar, peço que cliquem e leiam.
Por último, quero agradecer à uma grande amiga minha, Rebeca S. de Araújo, poetisa delicada e sentimental, irmã nas horas da dificuldade (e quando tudo está tranquilo também) autora dos dois primeiros e do quarto poema presentes nesse capítulo. Vi a oportunidade, pedi para ela e ela me autorizou o uso.
789, você é incrível! ♥
Obrigado MESMO, Leeh Diasis, Isa Machado e Elo. As recomendações de vocês foram um susto da melhor espécie e este capítulo é para vocês ♥
Espero que gostem, boa leitura!



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Ela se levantou e sentou-se sobre a cama, levando uma das mãos à cabeça. O quarto estava totalmente escuro visto que a luz da lua não podia ultrapassar a barreira de persianas fechadas na janela.

O sonho que a despertara também deixou sua garganta seca.

— Querida, o que foi? Está tudo bem? - o sr. Campbell acordou com o movimento.

— Está sim, Robert, só estou com sede... Volte a dormir, por favor.

Levantando-se, ela pegou o robe que estava na arara ao lado da cama e, vestindo-o, saiu do quarto. Se manteve pensativa durante todo o corredor até as escadas e enquanto caminhava até a cozinha.

Quando encheu e tomou o copo de água, já estava intrigada. Andrew parecia estar bastante feliz e se ele estava feliz, então ela também estava. Mas agora Margoth estava decidida: precisava conhecer aquela que trouxera o brilho encantado e especial de volta aos olhos de seu filho.

Olhou o relógio: 04h17. Naquele mesmo dia quando Andrew telefonasse, haveria um assunto ainda mais relevate em pauta.

*

— Obrigado, senhor Barney! - me levantei apertando a mão de meu patrão.

— Disponha, rapaz! Você é um dos meus melhores colaboradores, merece alguns dias de folga quando o movimento aqui é menor.

Apertei a mão do meu chefe e saí de sua sala satisfeito.

— E aí? - Ellie perguntou assim que me viu.

— Vou passar o Natal e Ano Novo com a família - respondi, com um sorriso vitorioso.

Ellie sorriu de volta.

— Eu disse que ele iria permitir. O sr Barney é demais!

— Ainda bem que eu acredito em você - briquei -. Bem, minha mãe vai adorar saber que poderei emendar Natal e Ano Novo em casa.

— Imagino. Divirta-se bastante e mande um abraço à sra. Margoth por mim!

— Pode deixar! E você, onde vai passar o fim de ano?

Ellie assumiu uma postura pensativa por um instante:

— Ah, eu tenho planos de ir ver a família em Chicago mas por enquanto não é nada definido.

— Entendi. Bem, eu espero que tudo dê certo e que seu fim de ano seja bastante proveitoso!

Ellie sorriu e pendeu levemente a cabeça, o que fez com que seu rabo de cavalo loiro dançasse brevemente, ondulando uma vez.

— Obrigada, Andrew! Desejo o mesmo a você. A gente merece, não? - ela me lançou uma piscadela - Opa, clientes! A comissão é minha! - acrescentou e saiu animada ao perceber a movimentação na entrada da loja.

Eu ainda ria discretamente do jeito animado de Ellie quando reparei em quem seriam os novos clientes.

All Star azul combinando perfeitamente com o shortinho jeans, que combinava com a blusa azul que combinava com a tonalidade jaqueta jeans, que adivinhem: também combinava com o short. Anabeth estava ao lado, igualmente bem-vestida para um passeio ao shopping.

Pensei em ir até onde estavam cumprimentá-las, mas elas já estavam em boas mãos. Ellie era uma das melhores vendedoras da Barney’s dessa região. Além do mais, a temperatura ambiente tinha, coincidentemente, aumentado bem na hora devido ao calor que fazia naquele dia - tudo conspirando contra eu ter que me mover até a entrada da loja só para cumprimentar Anna e Anabeth.

Dei meia-volta e fui procurar alguém que precisasse de ajuda com algum produto.

— Com licença, onde fica a cafeteria daqui, por favor?

Virando-me, me deparei com a moça de coque verde que quase caíra com a forma de cookies da aula de Serviços Domésticos. Como era mesmo o nome dela?

— Ei! Eu conheço você. - ela disse.

— Ora, olá! Legal te ver por aqui!

Ela estendeu a mão, educada:

— Você trabalha numa livraria? Que incrível! Deve ser o melhor trabalho de todos. Tudo bem?

— Olha, eu sou suspeito em falar. Gosto muito - sorri -. Estou ótimo, e você?

— Também. Sem mais cookies e tudo o mais - brincou.

— Ah! É, cookies podem ser bem chatos de vez em quando - brinquei também.

Ela riu.

— Você precisa de ajuda em algo?

— Bem, é a primeira vez que venho nesse shopping desde que cheguei, então estou meio perdida. Eu gostaria de um café, mas não quero subir até a praça de alimentação.

— Entendo perfeitamente - ri -. Bem, a nossa cafeteria fica logo aqui no andar de cima. E não é por nada não, mas eu particularmente gosto bastante do café de lá - cochichei o final como se fosse um segredo.

Ela pareceu se divertir com minha gracinha.

— Nossa, então preciso experimentar! Obrigado sr. Merchandising.

Foi impossível não rir.

— Bem, eu faço o que eu posso - falei.

— Continue assim, está fazendo de maneira excelente. Se todos os estabelecimentos tivesse um colaborador como você, o número de reclamações por aí seria bem menor - ela respondeu com sinceridade, uau! -.

— Lisonjeado!

— Nah, sou bem a favor da sinceridade e acredito que ela deve ser usada. Bem, vou lá tomar um café particularmente bem recomendado ali. Obrigada novamente, nos vemos! - ela respondeu e saiu sem pressa, acenando com uma mão.

— Disponha!

“Que mundo pequeno…”.

Bem, eu ia procurar algo de útil para fazer enquanto não tinha ninguém precisando de ajuda. Algum tempo depois, passei novamente por perto da escada que dava acesso ao andar superior quando ouvi:

“Cansei dos sentidos.

Momentos racionais já estão em excesso.

 

Meus pés já estão suados debaixo desse cobertor.

Meu corpo quer dançar.

Me leva.

Preciso sumir para algum lugar.

 

Não se esqueça de deixar tudo para trás.

Pegue a jaqueta e coloque aquele All Star.

Não precisa de calma.

Nessa noite, vou te libertar!”

 

A voz sobressaía às outras sem precisar estar em um tom alto. Eu podia ouvi-la com clareza Era suave e lia o que parecia ser um poema, em voz alta. A entonação e ritmo eram perfeitos, as palavras escritas eram transmitidas pelas faladas com maestria. A voz transparecia encantamento e admiração; era claro que  já havia lido aquilo muitas outras vezes e o prazer permanecia o mesmo. A voz era familiarizada e gostava daquelas palavras.

Virei-me em sua direção. Ela virou a página com leveza.

 

Seria tão errado

esperar para dizer?

Ter uma vontade imensa de

gritar e se calar?

Chegar

tão perto e fugir?

Sentir algo

tão sincero e ocultar?

 

Eu a via de costas, sua trança lateral que descia pelo ombro, muito bem-feita, conferia a si um ar delicado e seguro ao mesmo tempo. A luz artificial das lâmpadas conseguia chegar até ela de forma que iluminava com um brilho castanho-clarinho seus fios mais desgarrados do restante, incluindo o das mechas laterais que davam duas voltas em cacho até acabarem em uma ponta de fios quase dourada. Jesus, como estava linda! Isso eu precisava admitir.

— Por que nunca falou que gosta de poesia?

Ela deu um pequeno sobressalto e virou o rosto. E a luz artificial amarelada iluminou seu perfil. E também iluminou o sorriso que saiu de seus lábios.

— Ora, que mundo pequeno. Olá! - disse, surpresa como se estivéssemos nos esbarrado por acaso, não como se soubesse que eu trabalhava ali.

— Você gosta de poesia… - falei, ainda ouvindo as palavras sendo lidas por ela.

— Sim. E respondendo: porque você nunca perguntou.

Ela me observou por um instante depois baixou o olhar para o “Posso ajudar” escrito em meu uniforme antes de dizer:

— Você pode me ajudar sim. Está vendo essa poltrona na minha frente?

— Sim.

— Pode se sentar nela, por favor?

— Como?

— Sua camisa quem ofereceu. Vai me ajudar ou não?

— Bem, eu estou trabalhando…

— Sim, exatamente! Vem Andrew.

Relutei. Ela revirou os olhos.

— Andrew, querido, olhe ao redor. Tem sequer alguém que pareça precisar de ajuda, fora eu?

Olhei ao redor. Quem não estava sentado lendo estava sendo atendido ou ocupado o suficiente.

— Você não precisa necessariamente de ajuda - falei, ainda olhando o ambiente.

— Quer discutir sobre o que é precisar de ajuda? Deixa disso e vem logo, moço.

— Não posso demorar muito.

— Não vai. Vou ler apenas uma pra você poder dormir hoje à noite.

Ha. Ha.

Ela baixou o olhar para as páginas e passou algumas enquanto eu esperava.

Aquilo não era era errado, era? Tipo, corpo-mole? De certa forma, olhando por um lado meio absurdo, ela pediu ajuda mesmo…

“Se não puderes dar-te por inteiro

Favor avisar com antecedência

Assim poderei manter-me distante de ti

 

Metades não me são compatíveis”

 

— Obrigada pelo seu tempo! - ela disse, logo após ler da forma como fazia antes: sentindo e ao mesmo tempo expressando as palavras.

— Uau…

— Poesia brasileira é intensa. Basta saber onde procurar.

Ela dobrou uma pequena parte no canto superior da página e marcou com a orelha também. Em seguida fechou o livro.

— Preciso voltar para o Girls Night Out dessa noite. Depois te mando uma mensagem. A propósito, você está bem? Nada de dores nem coisas do tipo?

— Estou ótimo, obrigado. Só um pequeno desconforto em algumas áreas mas realmente não é nada demais. Não se preocupe.

— Beleza.

Levantando-se, ela deixou o livro com a orelha na página já marcada, marcando-a duas vezes e saiu.

Peguei o livro e tirei a orelha da marcação assim como a dobra que ela havia feito.

— Lindo!

— O quê? - levantei o olhar e a vi indo embora.

— Indo. Estou indo. Até amanhã! - ouvi ela dizer.

Mas eu já olhava para a página aberta em minhas mãos e reparava na parte que havia sido marcada:

Ela vai vir

Ela vai chegar com suas decepções e esperanças.

Você vai ter que ajudá-la a acreditar que o amor

nunca acaba

e que a vida se faz bela

justamente pelas circunstâncias

que nos fazem chorar - nos mostrando o real valor de sorrir

simplesmente porque alguém sorriu primeiro.

 

Rebeca S. de Araújo

 

Quando voltei o olhar para Anna, ela não estava mais lá. Tal qual,  repentinamente havia chegado, tinha ido embora.

Essa Anna…

— Está tudo bem? Você parece meio preocupado…

— Hm? Ah, não. Só estava pensando… - respondi Ellie, que me olhava ligeiramente intrigada.

— Então tá… A propósito, já li esse livro. Muito bom!

— Estou vendo… - Falei, observando a capa antes de olhar para Ellie - Também gosta de poesia?

Ela sacudiu a cabeça para cima e para baixo com um sorrisinho. Voltei a olhar para a obra em minhas mãos.

— Tem noção de quanto custa esse? - perguntei.

— Se não me engano, em torno de dez dólares… Vai querer levar? - Ellie colocou os cotovelos sob a cabeceira da poltrona grande à minha frente e apoiou o queixo nas mãos.

— Ainda estou decidindo…

— Paradoxal. O vendedor comprando o produto que vende… Mas é interessante.

Olhei para ela novamente, que estava com uma expressão pensativa.

— Você vive fazendo isso.

Seu olhar se voltou para o meu:

— Eu sou paradoxa. Bem-vindo ao clube! - respondeu sorrindo.

Sorri também, pensativo.

— De qualquer forma, é melhor eu me levantar e voltar ao trabalho - falei depois de uns instantes, fazendo exatamente aquilo que tinha sugerido a mim mesmo em voz alta.

 

*

Anna e eu tínhamos combinado de não ter aulas de dança naquela semana de provas finais, então eu havia seguido com a rotina de academia à noite.

Entretanto, tinha me dado conta de que ainda não havia ligado para casa naquele dia e o fiz assim que voltei do treino.

Chamou uma, duas, três vezes. Minha mãe havia atendido no quarto toque.

— Olá querido! Está tudo bem?

— Oi mãe! Está tudo bem sim, e por aí?

— Tudo ótimo querido. Esperei você ligar hoje, aconteceu algo mais cedo e eu gostaria de falar sobre isso com você.

— Hoje acabei ficando sem tempo, desculpe. Que tipo de acontecimento?

— Não foi nada de ruim ou qualquer coisa do tipo, mas essa noite eu tive um sonho e você aparecia… junto com outra pessoa. Uma moça, apesar de eu não ter visto o rosto dela com clareza.

— Hum…

— Vocês estavam  bem descontraídos e alegres e eu fiquei pensando se não era a moça, aquela sua amiga que Dorothy me mostrou por foto. Eu tive a impressão de que era sim.

Um sonho? Comigo e Anna?

Eu não sabia o que dizer exatamente. Era um assunto bastante incomum para não dizer peculiar. E novo, também.

— Bem… A senhora tem certeza? Poderia ser qualquer moça, até alguém que passou pela senhora na rua.

— Pela sua satisfação, ela era sim. Tenho certeza. A questão é: será que ela gostaria de vir aqui em casa na semana do Natal? Quero conhecê-la.

Como?!

— Espera, como é?

— Filho, ela te faz bem e isso é claro. Eu sinto isso mesmo distante e sem conhecê-la; sei que é uma moça diferente e que você gosta muito dela. Por isso, quero que você faça o convite por mim e seu pai.

— Mãe, você sabe que nós não namoramos nem nada do tipo, né?! Ela é só minha amiga.

— Sei sim, não se preocupe com isso. Vocês tem uma amizade bonita, o que é mais um motivo para eu querer conhecê-la. Tive a ideia de chamar o pessoal para passar Natal e Ano Novo aqui em casa e seu pai concordou. Podemos aproveitar que a casa estará cheia e acrescentar mais uma pessoa.

— Mãe, não tem muito a ver uma amiga num momento de família assim. Ficará parecendo que eu vou anunciar um tipo de relacionamento sério com ela.

— Andrew, você sabe que não tem nada a ver. Quantas famílias se juntam na noite de Natal? Nós mesmos fazíamos isso quando você era pequeno e você sabe disso. Não lembra dos McIntosh?

Ela percebera o deslize e suavizou bastante a voz:

— Desculpe, foi o primeiro exemplo que me veio à cabeça. Mas tem os Wrhight também. A questão é que não tem problema, se ela aceitar. Deixe de ser careta, filho.

Mas olha só..

— Mãe… - suspirei -. Ela tem família também. Vai passar o Natal em casa, com a família e talvez vá para o Brasil. E também a senhora não acha que está muito em cima da hora pra chamar alguém pra um evento de fim de ano?

— Brasil? Que diferente… De qualquer forma, convide-a. Mesmo estando em cima da hora. Só convide-a. Ok?

— … Vou falar com ela.

— Obrigada, querido. Preciso ir, pois seu pai e eu estamos pensando nos detalhes do evento. Precisamos arrumar algumas coisas até lá.

— Certo, mande um abraço para o pai por mim, por favor. E outro para Dothy.

— Claro, querido! Nós te amamos, fique bem e até amanhã! Boa noite, filho.

— Boa noite, mãe. Também amo vocês!

E desligou.

Convidar Anna para o fim de ano lá em casa, que coisa… De qualquer forma já estava em cima da hora, mesmo que faltassem duas semanas para isso... Ela já havia se resolvido nessa questão, sem dúvidas.

Mas eu perguntaria porque disse que o faria à mãe. E por educação também. Ela, mais que todo mundo, já sabia que a resposta seria não.

Deixei minha bolsa do treino aos pés da cama enquanto cumprimentava Chad, que estava enfiado nos livros. Antes de ir tomar banho, porém, meu celular tocou. Peguei e  levei-o comigo para o banheiro a fim de não atrapalhar Chad.

— Oi Piper! Quanto tempo!

— Olá Andrew! Como está?

— Tudo ótimo e com você?

— Estou imensamente animada e feliz! Lembra da nossa série de fotos para a exposição?

— Claro! Uau, dá pra sentir a animação pela sua voz!

— E você já vai entender o por quê: Não só ganhei nota máxima com as fotos, minha exposição foi mais que aprovada e reservaram o melhor lugar para o meu projeto!

— Nossa, sério?! Incrível Piper! Estou bastante feliz por você!

— Nossa, obrigada! E não só por isso, obrigada por ter aceito meu convite, vocês arrasaram demais! Também ganhei nota máxima na escolha dos modelos.

— Disponha! Sabe que estou aqui para o que precisar. Mas nossa, que incrível! Meus parabéns mesmo Piper!

— Obrigada Andrew, por tudo! Além disso, liguei também pra avisar da data da exposição: será a partir desse final de semana e vai até o outro. Você tem que vir! Anna e Anabeth também! Vou ligar para elas já, já.

— Ah, você pode contar com a minha presença sem dúvidas! Desse fim de semana até o outro?! Vou me organizar para ir, sim.

— Até segunda da semana que vem, pra ser mais específica. Mas eu quero convidá-los para a estreia, que acontecerá nesta sexta, daqui a dois dias. Ficou um pouco em cima, eu sei, mas espero que não tenha nada marcado ainda. Será um momento ímpar se vocês todos puderem ir na estreia.

— Sexta agora? Não tenho nada marcado, não. Será que horas?

— Às 20h. Não deve durar muito.

— Estou disponível, sim, Piper! Pode contar comigo lá.

— Ai Andrew, obrigada mesmo! Mais uma vez. Nossa, será incrível demais! - ela riu.

— Sem dúvidas, Piper, sem dúvidas…

— Bem,  não vou mais tomar seu tempo. Obrigada novamente, nos vemos na sexta! Só não ofereço uma carona porque tenho de estar lá às 15h para resolver as últimas questões.

— Sem problemas, Piper. Vou ver com a Anna se ela pode ir. Eu me viro - ri.

— Ah, melhor! Meus três modelos favoritos chegando juntos. Vai ser simplesmente épico - ela brincou. Nós rimos. - Bem, até sexta Andrew! Um abraço!

— Outro, Piper. Até sexta!

Eu tinha me esquecido das fotos, para ser sincero. Tanta coisa foi acontecendo desde então… Mas estava super feliz por Piper. Que bom que tinha dado tudo certo.

“Sexta-feira exposição da Piper”. Anotado na agenda do celular com um lembrete sonoro marcado pro dia anterior.

Agora não tinha como eu não ir.

 

Eu já estava deitado esperando o sono chegar, o quarto todo escuro e a coberta até meu peito. Uma vibração sonora vinda do meu celular indicou uma nova atividade, interrompendo meus devaneios pré-sono.

Goldson:

Sexta-feira passo aí às 19hs?

19h? Eu já estaria em casa a essa hora.

Você:

O que ficar melhor pra você. Já estarei por aqui nesse horário.

Goldson:

Fechou. Te pego às 19h de sexta.

Goldson:

(Sem gracinhas).

Você:

Sem gracinhas, prometo.

Você:

Estarei esperando. E… preciso falar uma coisa com você. Não é nada sério, pode ficar tranquila.

Goldson:

Ok *emoji dando uma piscadinha*

Goldson:

Nos falamos amanhã então. Bem, boa noite

Goldson:

Beijinhos *emoji mandando um beijo*

Você:

Até amanhã!

Você:

… Outro.

Goldson:

Primeiro beijo! Vou me lembrar desse momento por muito tempo… lol

Revirei os olhos, mas estava sorrindo.

Você:

Até amanhã Anna!

Goldson:

Hihihihih


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Notas finais do capítulo

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Quanto ao pedido em aberto no post: se tiverem qualquer sugestão, por favor, enviem uma MP. Mesmo que pareça boba pra você. Pode fazer toda a diferença na história, inclusive, e melhorá-la ainda mais. Obrigadão!
Gente, sério: vocês são incríveis demais. Obrigado, obrigado e obrigado!!!
Abraços em cada um,
O Conteúdo, curioso em saber as impressões de vocês sobre este capítulo.



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