Night Visions escrita por Isaque Arêas


Capítulo 8
Demons


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi baseado em "Demons - Imagine Dragons": https://www.youtube.com/watch?v=LqI78S14Wgg



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Por mais relutante que estivesse eu olhava para o rosto de Samantha e de alguma forma tudo que ela me houvera dito parecia fazer sentido. Eu devia estar louco. Eu prometi para mim mesmo que nunca mais pisaria naquele lugar novamente e agora me via na situação mais uma vez. Uma vez entre os livros de Samantha eu encontrei um livro chamado Bíblia, não sei descrever o que eu sinto pensando em voltar àquele lugar, mas é bem parecido com o inferno que o livro descrevia: meu coração chorava, meus dentes rangiam.

                Samantha apertava minha mão durante poucos segundos que pareciam uma eternidade enquanto eu ainda decidia se deveria descer a montanha em direção ao antigo laboratório que eu destruí ao sair do meu coma. Eu me senti muito confortável destruindo o lugar, mas voltar era tão estranho. Logo pensei no cheiro químico do laboratório e como num flash em minha mente eu revivi aqueles momentos de horror. Pensei nas mortes que causei e no quanto estava confuso, mas Samantha estava ali. Seus olhos de compaixão queriam me ajudar e eu decidi confiar nela. Ela era a única que se importava verdadeiramente comigo e não havia me desapontado ainda.

                A abracei e antes que ela pudesse falar me lancei no ar. Voamos em silêncio. Antes Samantha gritava e ria, agora estava totalmente muda. Eu também me calei. Não sabíamos o que dizer e na verdade não queríamos dizer nada. Acredito que Sam pensava no que encontraria lá. Eu só pensava em como me sentiria ali, minha mente estava bloqueada para quaisquer outras emoções.

                O cheiro. Eu não sei se ele ainda estava realmente ali ou se meu cérebro me fez recordar, mas ele ainda era forte. Me desequilibrei. Meu corpo inteiro estremecia. Samantha percebeu, pois ainda estávamos no ar. “David!”, ela começou a gritar, mas meu transe era muito mais intenso que a voz dela. Quando me dei conta estávamos voando cada vez mais baixo e com mais dificuldade. Sam continuava gritando e quando finalmente a ouvi havíamos caído em algumas folhas secas.

— O que houve? — ela disse preocupada.

— O... O cheiro...

— O que tem?

—Estamos perto.

                Me esgueirei , continuei no chão e desesperadamente passava a mão nos cabelos. Minha vontade era ficar sentado ali para sempre, com os olhos fechados e a cabeça entre as pernas. Sam havia se arranhado na queda, mas preferiu não me falar, eu percebi porque a vi esfregando os braços. Era culpa minha, eu a botei em perigo, a fiz cair. Ela gentilmente se aproximou e me disse que precisávamos continuar.

— Não. Samantha, não me faça voltar lá...

— David — ela ficou frente a frente comigo — eu confesso que eu quero justiça. Esse tempo inteiro que fiquei sem você foi horrível. Eu quero saber quem fez isso e quero que esse alguém pague pelo que fez, mas eu juro, prometo, o que quer que você prefira, eu não estou indo lá por justiça. Eu estou indo por você. Você acha que eu não ouço o que você fala dormindo? Ou que eu não vejo quando você tem pesadelos? Você ainda tem coisas guardadas aí dentro — ela fez uma pausa — coisas que só vão sair quando você as deixar ir embora.

                Eu pensei um pouco. Eu já estava ali, precisava ir mais longe. Samantha estava comigo. Me levantei, respirei fundo e de mãos dadas continuamos o trajeto a pé. Eu continuava com medo e Sam continuava sendo meu porto seguro em meio àquela crise.

Cada vez mais eu sentia o cheiro do lugar até que o momento chegou. Após alguns minutos de caminhada chegamos ao local, uma grande planície. Quando imaginamos uma situação acreditamos ter pensado em todas as possibilidades do que poderia acontecer, isso é parte da preparação para algo que foge ao nosso controle, mas por mais que eu viesse me preparando ao longo do caminho estar ali de pé frente a tudo o que aquele lugar representava, me causava uma sensação muito estranha. Estava tudo limpo, como se nada houvesse acontecido. Haviam limpado a cena do crime, tenho certeza.

Eu podia perceber que Samantha olhava o lugar e olhava meu rosto. Ela esperava alguma reação, mas eu não reagia. Minha mente havia se fechado. Eu só sentia raiva, incômodo, tristeza. Meus punhos se cerraram. A raiva se transformou em ira. Senti meus olhos ardendo e o fogo correndo pelos meus ossos mais uma vez. Samantha percebeu e se afastou, senti o medo na sua voz gritando, mas eu não a ouvia de fato.

Lancei meus raios por toda aquela imensidão. Só queria que aquele lugar queimasse mais uma vez. Eu precisava que queimasse mais uma vez. Uma nuvem de poeira se levantou e o barulho da energia se dissipou aos poucos. Caí de joelhos em meio aquele deserto e agora estava em prantos. Encolhido mais uma vez onde tudo havia começado... Ou deveria dizer acabado?

Ouvi os passos de Samantha em minha direção. Sua respiração ofegante e sua voz preocupada e chorosa. Ela somente se ajoelhou e me abraçou pelas costas. Eu continuei parado ali, mas precisava perguntar à Samantha:

— O que acha que aconteceu? — eu disse.

— Limparam o lugar... Não tem nada, eu acredito em você e...

— Não... O que acha que aconteceu aqui? O que acha que aconteceu aqui no dia que acordei?

Samantha se calou. Continuava ajoelhada, mas não me abraçava mais.

— Eu ainda sinto o cheiro. Eu ainda sinto o medo. Eu ouço os gritos! Ainda, depois de anos na floresta e depois de meses com você eu ainda ouço os gritos.

— David...

— O sangue seco aparece nos meus sonhos. Eu queria esconder isso de você, te proteger, mas é isso que eu sou! Eu sou um monstro! Eu matei pessoas aqui.

— Mas David, você não...

— Tive culpa?! Eu gostei! Eu quis matar cada um deles! O problema não são os gritos dos meus sonhos. É que sempre que eu ouço os gritos uma parte de mim se entristece com a morte, mas outra parte vibra e se sente viva. Essa outra parte se sente vingada.

Samantha estava com uma das mãos na boca e seus olhos lacrimejavam.

— Era... Era isso que eu queria esconder — Voltei meus olhos para o chão.

Ficamos em silêncio por algum tempo. Samantha chorava. Levantou, deu algumas voltas por ali. Na verdade acho que ficamos ali por bastante tempo, pois começava a anoitecer quando Samantha se aproximou e sentou-se ao meu lado.

— David... Sabe por que você nunca conheceu meus pais?

Balancei a cabeça.

— Eu fugi de casa. Pedi que não me procurassem. Isso foi um tempo depois de você ter desaparecido, depois que meu pai me forçou a fazer a faculdade de física mais precisamente. Eu fiquei na casa do senhor Martinez na primeira noite. Na segunda noite eu fui para a casa de uma amiga e outra e outra. A princípio meus pais me procuravam todos os dias pedindo pra que eu voltasse. Eles ligavam para os meus amigos e eu sempre respondia com um não. Até que um dia eles deixaram de me procurar. Eu aluguei o apartamento com o dinheiro de um trabalho de meio período da faculdade. Eu não os procurei desde então... Em três anos eu nunca os procurei... Por mais que no início eu dissesse que era por conta das brigas que eu tinha com meu pai, sei que não era o principal motivo, era meu orgulho. Eu me sentia bem longe dele. Ele cobrava muito de mim e por mais que fosse carinhoso, os dias mais frios sempre chegavam, meus sonhos eram enterrados e a admiração que eu tinha por ele era apagada... Mas eu sentia falta do carinho dele todos os dias. Eu ainda sinto falta, mas... Não consigo voltar e ver o rosto dele novamente.

Sam fez uma pausa. Eu continuava no mesmo lugar.

— O que eu estou tentando dizer é que eu não quero que você fique como eu. Você não pode deixar o passado te prender... Por isso eu te trouxe aqui, por que eu sou uma hipócrita. Você é mais corajoso que eu... Sempre foi.

Continuamos sentados. Samantha não olhava para mim já havia algum tempo. Me levantei e a puxei pelas mãos. Fomos embora no anoitecer, levou algum tempo até chegar ao carro caminhando, mas estávamos muito tensos para voar... Ou conversar... Apenas caminhamos. Dirigimos até em casa e nenhuma palavra se ouvia.

***

                Calor.

                O céu estava vermelho como sangue e as ruas cobertas pelo que parecia ser uma nuvem de poeira, apenas enxergava a cor vermelha. A cor dos raios que gritavam para escapar de minhas mãos. Nada mais. Estava sozinho em meio ao ambiente rubro. Eu gritava, mas minha voz parecia não ecoar em lugar algum.

De repente uma grande sombra saltou por trás das nuvens. Eu corri para trás na tentativa falha de fugir da figura. O que parecia ser uma pata enorme pressionava meu peito. O hálito da criatura cheirava a cinzas e eu podia sentir as suas garras rasgando meu peito aos poucos. O medo fez com que meus raios fossem lançados quase que automaticamente. A cabeça da criatura balançou, eu havia acertado o focinho do que parecia ser um grande lobo.

                Aproveitei o momento em que ela ainda estava retomando a consciência e fugi para um antigo prédio abandonado. Quando entrei no prédio não ouvi mais o barulho da criatura. Enquanto ainda estava ofegante coloquei a mão sobre meu peito, para limpar o sangue e então percebi que não havia sangue algum, tampouco corte. Olhei à minha volta e o prédio de repente me era familiar. O corredor com a pintura listrada, o verde sem graça, a escada de madeira... Era o loft de Samantha. Corri pelas escadas que rangeram e levantaram a poeira do local. A porta estava trancada. Com um movimento rápido consegui explodir a maçaneta e entrar.

                A figura estava sentada no sofá, de costas para mim. A sala estava escura, iluminada apenas por alguns feixes de luz quer passavam por buracos nas paredes, mas o loft ainda era o mesmo. “Quem é você?!”, eu gritei. O estranho não me respondeu, mas se levantou. Parecia ser forte o suficiente para me ferir. Me preparei para combatê-lo, mas ele, ainda de costas, apenas olhou para trás levemente. Pude ver seus olhos vermelhos. Ele começava a se contorcer e soltou uma gargalhada infernal. Meus ossos estremeceram.

                O monstro saltou e quebrou o teto do loft, tinha voado para longe. Me aproximei do sofá e vi Samantha no chão.

                Não podia acreditar naquilo.

                O sangue.

                Samantha?

                Sem resposta.

                Estava morta.

                Me ajoelhei e em prantos eu gritava por ela. “Por quê?! Quem fez isso com você?!”, eu perguntava. E então os olhos dela se arregalaram e se tornaram completamente negros, sua voz disse claramente “Foi você!”.

— David?! David?!

— O que?!

— Amor... Calma...

— Sam?!

— Se acalma, o que aconteceu?

                Sam me olhava fixamente e parecia cansada. Vestia sua camisola. Percebi que estávamos no nosso quarto, mas foi tudo o que consegui assimilar. Levantei da cama em um pulo.

— David, calma, foi só um pesadelo...

— Não — eu andava de um lado para o outro ainda sem olhar para Sam.

                Samantha se sentou à beira da cama e me observou parar próximo à cômoda. Ela me encarava e eu a encarava também. Não sabíamos o que dizer um ao outro. Eu continuava com a respiração ofegante, elas estava claramente abalada, o dia havia sido cheio. Escorreguei pela parede e me sentei ao chão.

— Você não quer me contar como foi?

— Que horas são?

Samantha pegou o relógio da mesa de cabeceira.

— três e vinte e seis.

Fez-se silêncio no quarto. Eu podia ouvir a chuva na janela.

— David — Samantha suspirou — se você não quiser me contar, tudo bem. — sua expressão não era de tristeza ou irritação, ela estava cansada e não cansada fisicamente, parecia pela primeira vez cansada de tentar me entender. Estava desistindo de me ajudar.

— Eu... Só preciso de um café...

***

                Samantha insistiu para que tomássemos chá, pois me acalmaria mais. Como sempre, eu dei ouvidos a ela. Assim que a água ferveu, Sam retirou os saquinhos de uma lata dentro do armário e serviu as canecas. Nos sentamos à mesa. Estávamos de frente um para o outro. Nos entreolhamos por um tempo.

                Eu não estava assustado com meu sonho, eu só não sabia o que dizer, parecera tão real. Samantha soprava o chá e me olhava como se dissesse para falar logo o que eu havia sonhado e por mais que eu desviasse o olhar, ela não parava de me fitar. Preferi contar de vez o sonho.

— Então você sonhou que me matava... — disse ela mordendo a unha do polegar, os braços apoiados à mesa.

—Sim...

— Você não faria isso — ela disse para si mesma, mas seu olhar parecia me perguntar se eu faria aquilo.

— Eu sei o que você está pensando.

— O que?

— Que eu vou fazer isso.

— Não estava pensando isso.

— É claro que estava — encostei na cadeira.

— Eu te conheço, sei que não...

— Droga — chutei o pé da mesa — Você não me conhece Samantha. Eu não me conheço!

— Quando eu achava que essa fase tinha passado — ela baixou a cabeça com as mãos na testa.

— Não é isso Samantha! Eu não sei até onde esses... Esses poderes chegam? E se eu for uma bomba? Você já parou pra pensar nisso?

— Pra mim chega, é isso.

— O que?

— Eu estou cansada David! Cansada! — Sam se levantou — Por que não importa o quanto eu tente me aproximar de você, você sempre vai inventar um milhão de desculpas pra me afastar. Eu cansei!

— Você não está entendendo, isso é maior do que eu ou do que você...

— É porque você quer assim, droga! Você não pode simplesmente aceitar que isso era um sonho como qualquer pessoa normal?! — gritou Sam.

— Eu não sou uma pessoa normal! — Soquei a mesa e ela se partiu.

                Sam deu um passo para trás quase que por reflexo. Eu olhava para o que tinha feito. Samantha caminhou até a janela da sala e lá se debruçou em silêncio. Eu me levantei e fui até a dispensa. Achei um pano para limpar o chá que havia se espalhado no assoalho.

— Deixa isso aí... Não precisa... — disse Sam quando eu voltei. Mesmo assim limpei o chão.

                Eu ia subindo as escadas quando Sam me pediu para voltar e sentar no sofá. Nos sentamos calados, um em cada lado. A noite estava muito mais silenciosa do que aparentava. Estávamos confusos sobre o que dizer, podia sentir que Sam queria estar perto de mim, mas procurava palavras que pudessem expressar o que ela sentia. Alguns minutos depois eu quebrei o silêncio.

— Não foi só um sonho.

— Você quer começar isso de novo? — retrucou Sam.

— Não, não é isso... Você perguntou por que eu não posso aceitar que é só um sonho... Não foi.

— E o que era então?

— Acho que uma visão.

— Você quer que eu acredite que um lobo...

— Não, bem, talvez tenha sido uma visão distorcida... Mas sei que foi real.

— David, não foi real por que eu ainda continuo viva! Eu continuo na sua frente! — Sam levantou a voz — Eu continuo aqui ouvindo todas as suas crises e você continua sem me deixar entrar na sua vida!

— EU GOSTEI! — Gritei e logo depois baixei a cabeça sobre o meu colo — É isso Sam — disse chorando — era isso que você queria ouvir? Que eu... Que eu não sou o santo que você imaginava, que eu senti vontade de matar até você nem que fosse por um momento?

                Eu podia ouvir a respiração de Sam acelerada. Olhei para seu rosto e sua expressão era de espanto, estava com as mãos sobre a boca; incrédula.

— Eu te matei no sonho por que eu queria! Eu me arrependi depois, mas no momento em que eu te matei eu gostei! Eu não sou a pessoa que você pensa, nem a pessoa que eu estou aqui há meses tentando ser! Eu sou um monstro! Você precisa aceitar isso! — me levantei furioso — Eu preciso aceitar isso! Eu sou um demônio!

                Sam começou a chorar e não parava de me olhar.

— Então quando você me abraçar de novo, sentir o calor que sai da minha mão, lembre de olhar no fundo dos meus olhos, porque lá dentro tem um demônio escondido que quer acabar com tudo que está em volta! É isso que eu sou! É isso que eu me tornei!

                Sam se levantou e me abraçou, ainda chorando. Eu tentei tirá-la de perto sem machucá-la, sabia minha força, mas ela continuava me abraçando forte, até o momento que eu desisti e nos ajoelhamos juntos no chão em prantos. Eu estava confuso e com medo e podia sentir que ela também estava, pois desde que me abraçara ainda não havia olhado para o meu rosto. Respirei fundo.

— Eu sei quem você é... — disse Sam, suspirando — Eu acordei hoje achando que eu estaria aos pedaços e realmente agradeci quando vi que estava viva... Mas eu não quero te perder David... Por que eu sei que você não era assim antes e é isso que você não consegue entender — Sam me soltou e continuamos a conversa sentados no chão da sala — Você não entende que eu vejo além do que você vê.

— Eles me transformaram em um animal...

— Eu sei, mas você precisa lutar contra isso! Se você se deixar dominar por isso é como se você anunciasse que esse é seu destino e que eles venceram!

— Eu... Eu não consigo.

— Não sozinho, David, mas eu estou aqui — Sam segurou minha mão.

— Não dá Sam... — tirei a mão dela de cima da minha — você pode me dizer que depende das coisas que eu faço, mas eu sei que eu estou destinado a isso...

                Os olhos de Sam me encaravam e as lágrimas o deixavam ainda mais brilhantes do que antes. Olhei seu rosto pálido mais uma vez, seus cabelos acobreados que até aquele momento já estavam bastante bagunçados, mas que continuavam tão charmosos e seus lábios... Eu a olhava e ela se tornava cada vez mais linda. Eu queria guardar essa imagem na minha mente e fugir, mas era tão difícil, eu não queria ter a oportunidade de feri-la, jamais me perdoaria, mas não podia arriscar.

— Eu não posso te fazer passar por isso.

                Me levantei e subi as escadas.

— David? O que você vai fazer? David?

                Samantha veio subindo atrás de mim. Peguei meus jeans que Sam havia me dado e também a camisa que ela tinha levado para mim no dia em que nos conhecemos. Consegui vestir a calça. Sam tentava me impedir de vestir a camisa, mas eu estava decidido, não podia continuar ali sem saber do que era capaz. Ambos estávamos chorando enquanto eu calçava as botas sentados na cama, até que Sam novamente me abraçou.

— Não vai... Por favor... Eu te perdi por muito tempo David...

— Eu não tenho escolha Sam.

                Ela olhou nos meus olhos. Passou os dedos pelos meus cabelos e por fim beijou meus lábios.

— Eu não posso te impedir de ir, David, mas antes de ir... Espere amanhecer, eu preciso te levar em um lugar...

 

— Sam, eu não estou brincando, preciso ir...

— Eu juro, não é coisa da minha cabeça pra você ficar. Eu só quero que a sua busca tenha sentido... É algo que envolve você.

— Tudo bem... Vou ao banheiro.

                Me levantei e quando cheguei na porta Sam me chamou.

— David, eu olhei no fundo dos seus olhos... Não vi demônio algum.


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Notas finais do capítulo

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