O aniversário de Harry escrita por magalud


Capítulo 8
Capítulo 8 – Equipes de busca




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Hagrid segurava a correia com força, porque o grande cão parecia enlouquecido e confuso.

– Fang, como você não consegue uma pista? Vamos lá, rapaz, você é melhor farejador da redondeza! Não me decepcione!

Severus estava adiante, a varinha nervosa lançando feitiços localizadores na direção da Floresta Proibida. Ele procurava não pensar nas coisas que sua mente trazia, nas imagens que apareciam diante de seus olhos. Remus estava adiante, fazendo a mesma coisa.

"Harry, onde você está, filho?"

Todos tentavam imaginar que fera poderia ter vindo da Floresta para pegar Harry tão próximo de Hogwarts. Ron Weasley e Neville tinham avisado o pessoal no castelo imediatamente e agora estavam sob cuidados de Madame Pomfrey. Eles estavam tão assustados que ela provavelmente daria algum tipo de poção suave para tentar tirá-los do choque.

Mas as coisas não pareciam nada boas. Hagrid veio com Fang até Severus, o enorme cão com olhos tristes.

– Lamento, Professor. Acho que a situação é pior do que pensávamos.

– O que está dizendo, Hagrid?

– Tenho certeza de que estamos lidando com uma criatura mágica. Caso contrário, Fang teria pegado o cheiro. Ele tem um faro que não se detém por nada, seja na terra ou até na água.

– Hagrid, por favor, chame o diretor. Ele pode nos dar alguma luz. Talvez ele possa falar com os centauros, pedir que nos ajudem.

O gigante saiu correndo, o cão latindo a segui-lo. Severus continuou com o feitiço, mais do que nunca tentando se concentrar para afastar os maus pensamentos. Ele podia ver imagens nítidas do corpinho mutilado no chão da floresta, em meio às árvores, ensangüentado, os óculos quebrados...

Severus chacoalhou a cabeça para afastar a imagem, e viu Remus se aproximando, uma expressão preocupada.

– Alguma sorte?

Remus fez sinal negativo com a cabeça:

– Nada. E por aqui?

– Não avançamos muito. – Severus evitou olhar para Remus. – Mas vamos achá-lo.

– Sim – concordou o lobisomem, com voz trêmula. – Ele está bem, Severus. Eu sei que está.

– Deveríamos ter renovado o feitiço localizador. Ou ter dado a ele outra chave de portal! Ele saberia o que fazer.

– Severus, não se culpe. Ninguém poderia ter imaginado uma coisa assim.

– Mas deveríamos, Remus! É nossa responsabilidade. Nós baixamos a guarda, e aí estão as consequências.

Remus ia responder, mas uma voz ao longe chamou:

– Severus! Remus!

A voz ao longe era do diretor, e Severus teve que presumir que o Prof. Dumbledore tinha se encontrado com Hagrid no meio do caminho. Os dois vinham correndo.

– Diretor, alguma novidade?

– Não, Severus. Mas acho que Remus pode nos ajudar.

– Eu? Como?

– Aqui foi o local onde Fang perdeu o rastro do cão, não? Você não acha muito perto da passagem secreta até o Shrieking Shack?

Remus ergueu uma sobrancelha, e Severus imediatamente olhou para o Salgueiro Lutador, que estava à direita. Será que o diretor estava sugerindo que a fera teria tomado o túnel até a cabana mais mal-afamada da Inglaterra? Como seria possível?

– Mas como a fera conheceria o túnel? – quis saber Severus.

– Não sei o que pensar – admitiu Dumbledore. – Mas talvez Remus saiba. Afinal, você sabe muito sobre o local.

– Mas... mas... Não entendo...

Dumbledore o encarou, os olhos azuis brilhando:

– Pense, Remus. Junte os fatos: um cão imenso agarra Harry. Foge, mas não para a Floresta, e sim para cá, para o castelo, bem perto do Salgueiro Lutador... Talvez rumo ao Shrieking Shack. Não sei o que pensar, mas você conhece o local, talvez possa saber de algo...

Foi quando Remus perdeu a cor no rosto. Ele sentiu a respiração falhar e por isso sussurrou, sem ar:

– Oh, Merlin... Um cão, claro! Mas… não pode ser…! Eu pensei que... que fosse algo da Floresta...

Severus o encarou, incrédulo:

– Remus? Você sabe algo sobre isso? Remus, fale comigo!

– Não pode ser…!

– Não pode ser o quê? – Severus estava com a mão coçando para tirá-lo do estado de choque. – Fale alguma coisa!

Mas Remus tremia todo e sacudiu a cabeça firmemente:

– Não! Não é verdade! Não é verdade, ele está em Azkaban, ele não pode estar aqui!

– Quem? – Severus estava exasperado, mas não a ponto de não ligar os fatos. – Sirius Black...?

Hagrid soltou uma exclamação:

– Sirius Black! Ele está em Azkaban!

De repente, Severus teve um flashback, uma imagem do passado que se juntou a várias passando diante de seus olhos. O Salgueiro, Sirius, uma noite horrível...

– É isso mesmo, Remus?– indagou Dumbledore, curioso. – É Sirius Black? Mas o que ele tem a ver com um cão gigante?

Remus sentiu a garganta seca, de repente, por isso ele precisou engolir antes de responder:

– Ele é um animago.

Choque indescritível se abateu sobre Severus. Ele olhou seu marido como se não pudesse reconhecê-lo. O choque era tamanho que ele não ouviu a exclamação horrorizada de Hagrid e o comentário de Dumbledore, surpreso.

Em um segundo, ele se recuperou e começou a correr para o Salgueiro. Remus gritou, indo atrás dele:

– Severus, não! Não pode ser ele, não pode!

Severus continuou correndo, e Remus alcançou-o, segurando-lhe o braço. Severus livrou-se com um safanão, apontando-lhe a varinha, os olhos negros brilhando de ódio.

– Severus, por favor...

– Eu não posso falar com você agora – rosnou o ex-Death Eater. – Agora eu preciso achar Harry. Quando for a hora, trataremos disso.

Remus sentiu seu coração se partir ao ver o tom agressivo de seu marido. O passado parecia tê-los apanhado de calças curtas.

Severus chegou até o Salgueiro e apontou a varinha:

– Immobulus!

Os galhos da árvore tão rebelde se imobilizaram e Severus apertou a base, pensando apenas que seu filho estava em poder de um assassino em massa. Sirius Black em pessoa tinha Harry. Era bem verdade que, se Black quisesse matar Harry, ele o teria estraçalhado em sua forma canina. Portanto, era razoável presumir que Harry ainda estava vivo.

Era só isso que Severus tinha para se manter são.

Com a traição de Remus, ele tinha que se agarrar em algo para não se entregar ao ódio e ao desespero.


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