O aniversário de Harry escrita por magalud


Capítulo 5
Capítulo 5 – Justo o que eu queria




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A corrida de três pernas fechou a festa de aniversário de Harry com chave de ouro. Ao menos, para o garoto, que venceu a corrida com seu Papai Severus, apesar de Bill e Neville terem ficado bem perto o tempo todo! Harry se divertiu a valer com as brincadeiras.

Depois Harry abriu os presentes e agradeceu a todos, como seu Papai Severus o tinha ensinado. Ele ganhou um ioiô berrante (que ele prometeu só usar fora de casa), um jogo de tintas mágicas para desenhar, um livro para colorir, um jogo de bolas de Quidditch (modelo infantil), jogo de memória, uma caixa para guardar as figurinhas dos sapos de chocolate, dragões de brinquedo e um segundo kit de poções. E então seu Papai Severus chegou perto dele e disse:

– Antes de cantarmos parabéns, tem mais um presente, Harry. Esse é meu e de seu pai.

– Mas eu já ganhei o jogo de tintas mágicas.

– Sim, eu sei. Mas quisemos lhe dar mais um presente, Harry. Se você não quiser, pode devolver.

– Não! Obrigado, Papai.

Ele pegou o pacote longo e fino e franziu o rostinho. Não podia ser!... Desembrulhou rapidamente, rasgando papel e então confirmou, os olhos arregalados atrás dos óculos:

– Uma vassoura...

– É uma Shooting Star para crianças. Você não vai voar tão alto quanto Charlie nem Bill, mas espero que se divirta no ar.

Harry não sabia o que dizer. As demais crianças imediatamente o cercaram, maravilhadas. Uma vassoura era caro, Harry sabia disso. O que ele não sabia era que seus papais estavam economizando o ano todo para lhe dar a vassoura de aniversário.

Os amiguinhos estavam abismados:

– Puxa, Harry! Uma vassoura...!

– Os alunos de Hogwarts só podem ter vassouras próprias no segundo ano!

– É uma vassoura parecida com a do meu primo...! Meu tio também teve uma parecida!

– Depois posso andar nela, Harry?

De repente, Harry largou a vassoura e se agarrou a seu Papai Severus, abraçando-o bem forte:

– Muito obrigado, Papai! Eu gostei muito, muito mesmo! Era justamente o que eu queria de aniversário! E eu nunca tinha ganhado presente de aniversário! Meu primeiro presente foi justamente o que eu queria! Obrigado, papai!

Molly Weasley discretamente enxugou os olhos, e Severus sugeriu:

– Por que não vai dizer obrigado a seu pai Remus? O presente é dele também, afinal.

– Tá!

E correu para fazer isso mesmo. Agarrou Remus com força e indagou:

– Posso andar nela, papai?

Severus cortou o barato:

– Ninguém vai andar em vassoura nenhuma antes de cantar parabéns e comer bolo com sorvete. Nós já vamos servir.

– Posso ir com a minha vassoura cantar parabéns?

– Pode, sim. Mas vamos agora. Vamos todos, por favor. Está na hora de cantar parabéns.

Os convidados se dirigiram para a mesa que os elfos haviam arrumado durante as corridas, e viram o bolo decorado na forma de um grande Snitch, cujas asas batiam suavemente, e sete velas mágicas. O bolo dominava a mesa, mas havia pratinhos e copinhos coloridos para todos, bem como chapéus de papelão. O primeiro a pegar o chapéu e colocar na cabeça, claro, foi Albus Dumbledore.

Remus colocou uma cadeirinha para Harry subir e acendeu as velas com a varinha. Todos cantaram “Parabéns a Você” para Harry, que esperou o sinal de Severus para fazer um desejo e soprar as velinhas. Ele desejou que esse dia não acabasse, mas não falou para ninguém, porque se não, o desejo não seria atendido.

O bolo foi partido e era de chocolate, o favorito de Harry. Também foi servido sorvete junto com o bolo. As crianças adoraram as guloseimas, mas Harry logo chamou todas para brincarem com a vassoura. Remus foi supervisionar a diversão, especialmente porque Harry nunca andara sozinho de vassoura. Mas ele era um natural: assim que montou, já saiu zunindo, o danadinho. Então, Remus estabeleceu os limites: não podiam voar na Floresta nem sobre o lago. Hagrid se ofereceu para vigiar os menores.

A Shooting Star Younger Series era uma vassoura que não era tão veloz quanto as profissionais e tinha um teto de vôo de apenas 2 metros acima do solo. Severus observou o filho cortando o céu e desconfiou que muito em breve Harry estaria exigindo uma vassoura mais rápida e de maior altitude.

Finalmente, ainda que tarde, por ser verão, o dia começou a morrer, e os convidados começaram a ir embora. Remus tinha preparado prendas como lembrancinhas da festa: um saquinho com brinquedinhos Muggle e doces bruxos, além de um cartãozinho lembrando que Harry fazia aniversário dia 31 de julho. O saquinho de Neville era especial, porque tinha o presente de aniversário que Harry escolhera.

Mas na hora que os Weasleys iam embora, Severus disse a Harry:

– Harry, eu falei com a mãe do Ron e a avó de Neville e convidei os dois para dormirem hoje aqui em Hogwarts. Assim vocês podem brincar amanhã. Você gostaria disso?

– Dormir aqui? No meu quarto?

– Isso mesmo. Vocês podem brincar de casinha.

– É barraca, papai! – Harry revirou os olhos.

– Que seja. Vamos ver o que a mãe do Ron diz?

Remus estava com Molly, que sorriu:

– É claro que Ron pode ficar, se ele quiser. O que diz, Ronnie?

– Oba! – fez o ruivinho. – Quero, sim!

– Mas ele não trouxe nada para o pernoite – disse Molly. – Nem roupas, nem nada.

– Não se preocupe com isso – disse Remus. – Podemos transfigurar alguma roupa de Harry.

– Então está bem. Ron, quero que se comporte e obedeça aos pais de Harry.

Molly ainda teve que explicar para Ginny por que ela não podia ficar com Ron e dormir no quarto de Harry.

A conversa com Augusta Longbottom foi diferente. Ela encheu Neville de recomendações e disse que iria levá-lo de volta se ele incomodasse qualquer um em Hogwarts. Harry sabia que a avó de seu melhor amigo era severa, mas não tanto. Neville prometeu seguir todas as recomendações. Ele estava ansioso pela noitada.

Severus suspirou, intimamente perguntando a si mesmo se aquela tinha sido uma grande ideia.

Tudo indicava que o dia seguinte seria bem movimentado. Mas Severus não tinha ideia do quanto.

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Depois que o último dos convidados se dirigiu ao ponto de Aparatação, Remus recolheu os três garotos, dizendo:

– O sol está se pondo e está na hora de entrarmos no castelo. Harry, explique por que eles não devem andar sozinhos pelo castelo.

– Tem fantasmas! – explicou Harry, fazendo Neville arregalar os olhos. – E Peeves! Ele é um poltergeist. E se o Sr. Filch pegar vocês, estarão em encrencas!

– Isso mesmo – reforçou Remus. – Agora que não é época de aulas, o castelo está mais vazio, e os fantasmas podem se sentir solitários, querendo alguém para conversar.

Albus Dumbledore chegou nesse momento:

– Remus, meu rapaz! Preciso dar meus parabéns a você e a Severus. Festa maravilhosa! Há décadas eu não me divertia tanto.

– Obrigado, Albus. Acho que as pessoas se divertiram também.

– Harry, o que me diz? – perguntou o diretor. – Foi uma festa divertida, não? Vocês também concordam, meninos?

– Foi a melhor festa! – disse Ron. – Muito boa!

– É! – concordou Neville. – Eu nunca tinha ido a uma festa tão legal.

– Eu adorei minha festa, papai.

– Agradeça também ao Prof. Dumbledore. Ele concordou em ceder Hogwarts para a festa, emprestou os doceiros e ainda falou com o povo que mora no lago para deixar a gente brincar na água.

– Obrigado, diretor.

– Ah, Harry, não tem do que agradecer. Eu adorei! Já estou ansioso pela próxima.

Severus chegou, anunciando:

– As lonas já foram guardadas, bem como as mesas e cadeiras. Gostaria de agradecer sua ajuda, diretor. Os elfos foram impecáveis. Merecem elogios.

– Farei questão de transmitir seus cumprimentos, Severus. Eles apreciarão.

– Excelente! – disse Remus, dirigindo-se aos três. – Então, vamos às masmorras?

Neville arregalou os olhos, tremendo de medo. Harry riu alto:

– É onde eu moro! Vamos!

Ele já queria correr, e Severus lembrou:

– Harry, nada de correr pelos corredores!

Ainda assim, os três já estavam adiante, tagarelando todos ao mesmo tempo. Severus revirou os olhos. Ia ser uma longa noite.


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