O aniversário de Harry escrita por magalud


Capítulo 4
Capítulo 4 – A hora da diversão




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O grande dia começou calmo. Mas logo a diversão começou. Remus sentiu-se na obrigação de externar sua gratidão.

– Albus, gostaria de agradecer muito sua ajuda. Essa festa não teria saído sem sua contribuição.

– Ah, nem pense nisso, meu rapaz – disse o diretor, dentro d’água, sentado na boia em forma de poltrona de plástico, aproveitando o doce remanso das ondas do lago. – Estou adorando isso. Podíamos fazer disso um evento anual!

– Se Harry quiser outra festa no ano que vem, podemos repetir a dose – garantiu Remus, na beira do lago, olhando os convivas divertindo-se na água.

Felizmente o dia estava quente e ensolarado, perfeito para um banho. Foi isso que Remus tinha planejado para a primeira parte da festa de Harry: uma festa no lago, literalmente. O convite especificava que crianças e adultos que quisessem se banhar poderiam trazer calções e maiôs para aproveitar o dia quente de verão.

A ideia foi bem recebida. Albus Dumbledore estava enfiado num traje de banho de uma peça só, listrado de branco e vermelho, divertindo-se às pampas na água. Protegida do sol por um grande chapéu, Minerva McGonagall estava com um conjunto de bermuda florido, com uma cadeirinha na beira do lago, molhando apenas os pés. Hagrid, com água pelos joelhos, deixava as crianças subirem nele para mergulhar. Fora da água, Remus, que tinha planejado toda a parte recreativa da festa, estava de bermuda e camisa florida havaiana, dando uma de anfitrião e de olho na garotada na água. Longe dali, Severus recebia os convidados e supervisionava os preparativos para o almoço.

Albus era responsável pelo sucesso daquela festa de piscina dentro do lago. Ele falara pessoalmente com o Chefe Murkus, líder dos sereianos, explicando a comemoração. Também instruíra Hagrid a afastar a lula gigante para não assustar nenhuma das crianças menores ou convidados.

Não que fosse muita gente: apenas os coleguinhas de escola de Harry com seus pais; a professora de Harry, a Srta. Taylor; alguns dos professores de Hogwarts e a família Weasley, que compareceu completa. No momento, a maior parte dessa turma estava na água, divertindo-se a valer. Os mais velhos, Bill e Charlie Weasley, tinham organizado um jogo aquático com uma bola colorida, e as demais crianças estavam envolvidas no jogo, mesmo com a diferença de idade. Alguns dos adultos também estavam na farra, uns brincando, outros tomando conta dos pequenos. A pequena Ginny Weasley estava chateadíssima, porque sua mãe Molly não parava de lembrá-la para não ir ao fundo, mas Julia, a coleguinha de Harry, ficou feliz de ver outra menina ali. As duas compararam seus maiôs de florzinha e imediatamente viraram grandes amigas.

Madame Pomfrey optou por se sentar à sombra, com um drink alto de vodka com limão, e tinha a companhia da mãe de Julia e avó de Neville, Augusta Longbottom. Elas pareciam muito interessadas no jogo de bola, especialmente porque, encorajado por seus filhos Fred e George, Arthur Weasley tentava participar da brincadeira, o que irritava incrivelmente Percy. Harry, Neville e Ron pareciam três amigos inseparáveis.

Depois das brincadeiras aquáticas, era hora do almoço. Supervisionados por Severus, os elfos domésticos fizeram um trabalho impecável em servir as mesinhas espalhadas debaixo de uma grande tenda. A comida, leve, consistia basicamente em uma salada colorida e hambúrgueres com batata frita.

Com todo mundo de barriguinha cheia, não era possível fazer atividades físicas. Então, Remus tinha arranjado para montar um teatro de fantoches. A maior parte das crianças bruxas nunca tinha visto um teatro desse tipo (e os adultos também). O sucesso foi grande, com Remus e Severus juntos a encenar a historinha de um filhote de dragão que se perdeu dos pais e foi parar numa fazenda Muggle. Ainda mais com Severus fazendo as vozes, como Harry tanto gostava.

Os aplausos foram estrondosos, e Remus saiu de trás do teatrinho improvisado, anunciando:

– Antes de cantarmos parabéns e servirmos um delicioso bolo com sorvete, vamos fazer algumas brincadeiras Muggles. Estão todos convidados, gente de qualquer idade. A nossa primeira brincadeira será ali perto do lago. Logo estaremos prontos, mas quem quiser participar pode ir para lá. Quem quiser só olhar também pode se dirigir para lá.

Praticamente todos os convidados se mudaram para a região perto do lago. Remus, mestre de cerimônias, chamou todos os interessados.

– Quem quer brincar?

– Eu!!!

As crianças gritavam e pulavam. Alguns dos adultos também estavam dispostos a participar, mesmo sem saber o que era. Remus usou a varinha para riscar uma linha e disse:

– Essa é uma corrida diferente. Aqui começa, e aqui... – Ele deu uns poucos passos adiante e fez outro risco no chão – ... é a linha de chegada. Todos estão convidados a participar da corrida de saco! É assim: o corredor tem que se enfiar nesse saco, que vai até a cintura. Ele vai pulando até a linha de chegada. Quem chegar primeiro é o vencedor! Se cair, estará fora! Quem vai querer o saco para correr?

Os primeiros a levantar a mão foram Harry, Ron e os gêmeos Fred e George. Na linha de saída também se alinhavam Arthur Weasley, a Srta. Taylor, Albus Dumbledore, Bill, Charlie e Ginny, que tentava convencer Julia a entrar. Neville e Timmy também estavam desconfiados.

Remus explicava que eles tinham que entrar dentro do saco e ajudou Arthur e Albus a fazerem isso. Ao ver os demais, Hagrid se animou a entrar na brincadeira, e o saco teve que ser alargado magicamente para ele entrar nele. No final, Neville e Timmy também entraram, mas Julia ficou de lado, temerosa. Ao ver que os competidores estavam todos prontos, Remus chamou:

– Vai ser dada a largada! Preparar! Prontos? Largar!

A largada foi bem barulhenta. Crianças e adultos que não entraram na corrida começaram a torcer por seus colegas ou parentes. Madame Pomfrey estava a postos, esperando que ninguém quebrasse um braço ou uma perna Os espertos gêmeos largaram na frente, pulando bem alto e segurando o saco. Bill também. Hagrid tropeçou no primeiro pulo e foi ao chão. Charlie, que era mais baixo, atrapalhou-se e caiu no chão. Sua queda derrubou a Srta. Taylor, que já estava atrapalhada o suficiente sem a ajuda do rapaz de 14 anos. Os dois foram para as laterais e se juntaram à torcida animada. Entre as meninas, Ginny estava indo bem, pois era pequenina e ágil. Molly não sabia para quem gritava, com quase todos os filhos na corrida e o marido.

Aliás, Arthur estava dando um espetáculo. Aparentemente, ele não tinha grande coordenação, e quando ia pular, largava o saco e quase caía no chão. Mas Albus era uma atração à parte. Ele usara a varinha para amarrar a barba e o cabelo, e, com grande agilidade, dava pulos segurando o saco. Os garotos Harry, Timmy, Ron e Neville pareciam se divertir às pampas, pulando no saco de batatas providenciado pelos elfos domésticos.

A corrida durou menos de cinco minutos, e o vencedor foi Bill Weasley. Em segundo lugar, veio o aniversariante Harry, e Ron logo atrás dos gêmeos. Ginny veio em seguida, com Timmy e Neville empatados. A gritaria era grande tanto entre os participantes quanto na torcida. Com dificuldade, Arthur conseguiu terminar o percurso atrás de Albus, que confessou ter flutuado nos últimos centímetros antes da reta de chegada.

Ao final, Bill foi saudado como vencedor, Arthur ganhou um beijo de Molly e as crianças riram muito dos adultos. Remus juntou todos e anunciou:

– Espero que todos tenham se divertido. Agora vamos fazer uma corrida diferente, uma para pais e filhos. Cada pai pega um de seus filhos para uma corrida de três pernas. A gente faz três pernas amarrando a perna de um corredor à do outro. Eles têm que correr juntos.

A ideia foi bem recebida, mas os Weasleys tiveram que se adaptar. Ron e Ginny começaram a brigar:

– Eu vou com papai! – disse a menininha.

– Não, eu é que vou. Você é muito pequena! Só tem cinco anos!

– Vou fazer seis na semana que vem!

– Daqui a duas semanas, cabeça de abóbora!

– Mamãe, o Ron me chamou de cabeça de abóbora!

– Ron, não chame sua irmã de nomes! – gritou Molly, que olhou para o lado, alarmada. – Fred! George! O que estão fazendo com o menino?

– Não é para amarrar? – perguntou um dos gêmeos, olhando para Timmy Scanlon, que já estava amarrado feito uma salsicha. – Nós estamos dando uma mãozinha...

– Vocês são terríveis! Soltem o garoto!

Harry correu para seu Papai Remus:

– Você vai correr comigo, papai?

– Desculpe, Lobinho, mas eu tenho que ajudar os outros a formarem pares. Espere aqui.

Até agora, Harry estava tão feliz. Mas, na corrida de pais e filhos, ele não tinha ninguém para correr com ele. Seus papais estavam ocupados na festa. Ele ficou decepcionado. Corrida era a sua brincadeira favorita, qualquer corrida. E ele queria tanto correr com seu papai! Bom, ele podia torcer por Ron. Ele gostava muito de Ron.

Remus logo voltou:

– Harry, vamos lá. Severus está esperando.

– Papai Severus?

– Sim, é ele que vai correr com você. Vá lá. Os outros já estão ficando em posição!

– Oba!!

Charlie se virou para Bill, espantado:

– Snape vai correr?

– Sebosão participando de uma corrida? A gente devia tirar uma foto e distribuir no salão comunal!

Percy ralhou:

– Falem baixo! Eu vou entrar em Hogwarts daqui a poucas semanas e não quero que o Prof. Snape me persiga por sua causa!

– Percy – tentou explicar Bill –, o Prof. Snape persegue todo mundo. Se não quiser ser perseguido, é melhor entrar para Slytherin!

Então, com a ajuda de Remus na organização, cada criança que queria concorrer ficou com um adulto ou alguém mais velho. Harry com Severus, Arthur com Ron, Neville com Bill, Timmy (depois de desamarrado) com seu papai, Ginny com Molly e Julia aceitou correr com Charlie. Hagrid tinha se oferecido para correr com Julia, mas a menina tinha morrido de medo de cair e ser esmagada pelo grandalhão. Fred e George optaram por correr juntos.

Harry estava todo orgulhoso. Ele ia concorrer ao lado de seu Papai Severus. Aliás, seu papai estava distribuindo olhares inamistosos para os Weasleys em geral e para os gêmeos em particular. Aparentemente, eles já tinham fama antes mesmo de entrar em Hogwarts.

Remus soou um apito.

– Preparar! Prontos? Largar!


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