O aniversário de Harry escrita por magalud


Capítulo 10
Capítulo 10 – Pequeno grande herói




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– Harry!!

O grito foi de Ron, ao ver Harry entrando na enfermaria nos braços do pai. Incrível como em pouco tempo Ron tinha se apegado ao garoto. Neville também correu até a porta. Os dois garotos estavam com os olhos arregalados.

Madame Pomfrey também foi até eles.

– Severus! Graças a Deus vocês o encontraram! Traga-o para cá.

– Ele está bem, Poppy.

– Deixe que eu veja isso por mim mesma.

Remus falou aos garotos, enquanto Poppy e Severus levavam Harry a outro cubículo:

– Harry está bem, meninos. Ele só está assustado. Depois ele fala com vocês.

– Como o cachorro não comeu ele? – indagou Ron.

– É uma longa história. Agora acho que vamos chamar seus pais e a avó de Neville. Nós encontramos Harry, mas o cachorrão ainda está solto.

– Ah, Sr. Lupin, nós temos mesmo que ir embora? – indagou Neville. – A gente queria ver o Harry...

– Não, não precisam. Mas eu vou falar com Molly e sua avó. Harry deve estar com fome, e ele precisa de um banho. Mais tarde vocês podem falar com ele, tá bom?

Depois que Harry estava alimentado e limpo, ele não quis se separar de seu papai Severus, mas a poção calmante no almoço começou a fazer efeito no meio da reunião no escritório de Dumbledore. Ele dormiu no colo de Severus.

– Não há dúvida que Sirius Black foi o autor disso tudo – anunciou Dumbledore. – Mas ainda há muito que precisamos esclarecer.

– Como ele escapou? Ninguém escapa de Azkaban!

– Os guardas não sabiam que ele era um animago.

– Como não sabiam? – indagou Remus, incrédulo. – Eles o prenderam por quase seis anos! Como deixaram escapar agora?

– Por que você não mencionou isso antes? – quis saber Severus. – Se você sabia que Black tinha essa capacidade, por que não avisou?

O lobisomem confessou:

– Não pensei que isso fosse ajudá-lo a escapar de Azkaban.

Dumbledore suavemente interferiu:

– Remus me explicou o motivo por ter mantido segredo desse fato. Falei com Cornelius, e ele manteve contato com Azkaban. A prisão não sabia que Sirius Black tinha escapado. Ou que ele fosse um animago.

– Como isso pode ser possível?

– É possível, se os guardas forem Dementadores. Eles calculam que Sirius tenha passado muito tempo como cão. Como vocês sabem, os Dementadores são, na realidade, cegos. Acharam que Sirius, enquanto cão, estava enlouquecendo. Quando ele sumiu, imaginaram que ele tivesse morrido, mas foram incapazes de localizar o corpo. Por isso não comunicaram ao Ministério, imaginando que tivessem perdido um morto, não um vivo. Cornelius assegurou que um inquérito será aberto.

Severus ajeitou Harry, que estava adormecido no seu colo, e disse:

– Só não entendo por que ele resolveu fugir só agora. Se ele vem enganando os Dementadores há tantos anos, poderia ter saído há muito tempo. Por que só agora resolveu fugir?

– Quanto a isso, só se pode especular – suspirou o diretor. – Mas na cela dele foi encontrado um velho exemplar do *Profeta Diário*, um do ano passado, que estampava na capa a matéria sobre Harry Potter em Hogwarts, com seus dois pais.

– Então ele veio mesmo atrás de Harry...

– Mas não para machucá-lo, obviamente – ressaltou Remus. – Teve muitas chances de fazer isso, se quisesse.

Severus informou:

– Quando eu dei banho em Harry, ele se lembrou de algo que Black disse. Ele tinha um recado para mim.

– Um recado?

– Black disse a Harry que estaria vigiando. Vigiaria Harry por toda a sua vida.

Os três se olharam. Remus confessou:

– Eu não entendi. O que ele quis dizer com isso?

– Pode ser uma ameaça – disse Severus, com cuidado para não acordar Harry. – Black pode estar trabalhando para a volta do Lord das Trevas.

– Não tenho tanta certeza de que seja esse o caso, Severus – disse Dumbledore, pensativo. – Acho que há mais nessa história de Sirius Black do que estamos vendo. Gostaria de ouvir essa história inteira algum dia.

Severus se ergueu, dizendo:

– Há muita coisa ainda a ser descoberta, certamente, diretor. – Ele lançou um olhar reprovador para Remus. – Se me der licença, vou cuidar de Harry. Temo que ele possa acordar assustado.

– Acompanho você – ofereceu-se Remus. – Assim podemos conversar.

– Conversaremos mais tarde. Poderia recolher os outros meninos na enfermaria?

Dumbledore notou o clima de tensão entre os dois, mas dessa vez preferiu não interferir, e apenas disse:

– Tenho certeza de que vocês saberão lidar com a situação como dois adultos, pelo bem de Harry.

Severus ajeitou Harry no colo e saiu. Remus o seguiu de perto. Quando o lobisomem ia chamá-lo, Harry ergueu a cabeça.

– Papai?

– Tudo bem, Harry?

– Aham – disse o menino, sonolento. – Acho que eu estava cansado.

– Normal, depois de tudo que aconteceu. Vamos descansar no quarto?

– Não… – choramingou Harry. – Não estou mais cansado.

– Está bem – disse Severus, suavemente. – Quer ver seus amigos? Eles estão na enfermaria.

– Ron e o Neville ainda estão aqui?

– Sim. Vocês querem brincar um pouco até o jantar?

– Oba! Posso brincar, papai?

– Está bom, então. Vamos até lá.


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