Os enteados escrita por Evil Queen 42


Capítulo 7
Baratas


Notas iniciais do capítulo

Gente, me respondam uma coisa... Como um personagem (que sequer existe na história original) consegue conquistar o coração de tantas leitoras em apenas seis capítulos ? Kkkkkk Gente, tô quase mudando o nome da fanfic pra "Todo mundo ama o Saito" kkkkkkkkk
Sim, realmente ele era um fofo, mas, mesmo indo para o lado negro da força, a fofura dele ainda vai se fazer presente na história ;)
Ah, quero expressar minha felicidade, já que tenho 142 (o número 42 me persegue) acompanhamentos em tão pouco tempo. Sabem, quando tive a idéia pra essa fanfic, sinceramente pensei que muitos não iriam ler pelo simples fato de que o Sasuke teve dois filhos com a Karin. Ainda bem que eu estava enganada heheh :3
Enfim, boa leitura.



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No dia seguinte o clima ficou um pouco tenso na casa dos Uchiha. Saito ficou quieto o tempo todo durante o café da manhã, não falou nem com sua irmãzinha. Sasuke estranhou o comportamento do filho, mas imaginou que ele pudesse estar aborrecido com alguma coisa que aconteceu na escola ou algo do tipo. O moreno se lembrava de que, quando tinha a idade do filho, também ficava emburrado à toa.

O garoto se perguntava se devia ou não contar à irmã sobre sua "descoberta". Talvez não fosse a melhor decisão, pelo menos não por enquanto, pois ele estava de cabeça quente e Saya com certeza faria um chilique.

Só que Saito não ia deixar essa história passar em branco, pois se Sasuke tivesse que escolher entre os filhos a esposa, obviamente teria que escolher os filhos, certo ?! Mas e se a bruxa tivesse conseguido manipulá-lo ? Saito não podia deixar que seu pai o mandasse para um colégio interno, portanto, o melhor a fazer seria se livrar de Sakura.

- Saito, aconteceu alguma coisa ? - Sakura indagou enquanto a família tomava café da manhã - Você parece tão aéreo.

- Não é nada - O garoto respondeu indiferente enquanto fitava sua xícara de leite, uma vez que não conseguia olhar para a madrasta depois do que aconteceu.

- Você parece triste - Saya comentou enquanto olhava para o irmão. Ela tinha certeza de que alguma coisa tinha acontecido, só não sabia o quê.

- Eu não tô triste, é só impressão de vocês - Embora dissesse isso, Saito não conseguia esconder que estava triste com alguma coisa, mas ninguém o pressionou a falar.

[...]

Saito passou a tarde sentado perto da piscina, o garoto não queria entrar em casa e não queria que Sarada ficasse insistindo para eles brincarem, afinal, Sakura não o quer perto de sua filha, não é mesmo ?! Mesmo que Sarada não tivesse culpa de nada, ela é filha de Sakura.

O garoto perdeu a noção do tempo e só subiu quando percebeu que estava anoitecendo. Não queria voltar, mas estava morrendo de fome e não tinha como ficar morando perto da piscina.

Assim que colocou os pés para dentro de casa, Saito foi repreendido pelo pai que estava de pé no meio da sala enquanto mexia no celular.

- Saito, que história é essa de sair sem dizer pra onde vai ? - O Uchiha mais velho indagou com um tom de voz severo - Se você era acostumado a fazer isso antes, pode perder esse hábito.

- Eu nem saí do prédio, pai - Ele respondeu - Só estava lá perto da piscina. Não gosto de ficar em apartamento, me sinto preso.

Realmente ele sentia falta da casa onde morava com a mãe. Na infância, Saito e Saya moraram com os avós no período em que Sasuke e Karin estavam juntos -eles nunca chegaram a se casar de verdade, Karin foi morar com Sasuke na casa de Fugaku e Mikoto quando engravidou de sua primogênita. Quando seus pais se separaram, os irmãos ficavam uns dias com o pai na mansão dos avós, e uns dias com a mãe numa casa pequena, mas muito aconchegante e com um jardim gostoso. Quando saíram do país, foram morar com Karin e Suiguetsu numa casa bem grande e também com jardim. Ou seja, ir morar num apartamento, por maior que fosse, estava sendo uma mudança bem radical.

- Tudo bem, mas avisa - Sasuke suspirou e se sentou no sofá - Nem a Saya e nem a Guren sabiam pra onde você tinha ido. Eu estava ligando pro seu celular, mas você simplesmente o largou lá no quarto. Você sempre está com o celular, mas quando realmente é pra estar, o deixa no quarto.

- Desculpa, pai.

- Não faça mais isso, nós ficamos preocupados.

Nesse momento Sakura apareceu penteando os cabelos. Usava uma calça jeans escura com uma blusa vermelha um pouco decotada e calçava saltos altos de oncinha. Era óbvio que estava arrumada para ir em algum lugar.

- Saito, finalmente você apareceu - Ela falou aliviada - Aonde estava, garoto ? Quer nos matar de preocupação ?

- Estava por aí - Deu de ombros.

- Saito, vá tomar banho e se arrumar - Sasuke mandou - Nós vamos jantar fora hoje.

Como saiu mais cedo da empresa, Sasuke acatou a sugestão da esposa de irem jantar todos juntos em algum lugar bem gostoso.

- Eu não vou - O garoto respondeu - Não quero sair.

- Por que ? - Sasuke arqueou a sobrancelha, estava estranhando o comportamento do filho.

- Minha cabeça tá doendo - Mentiu.

- Será que tá com febre ? - Sakura se aproximou de Saito para verificar sua temperatura, mas o garoto se afastou antes que a rosada tocasse em sua testa - O que você tem ?

- Não tenho nada ! - Saito foi um pouco grosseiro, o que deixou Sasuke bastante irritado.

- Ei ! - Brigou após se levantar do sofá - Você está louco, Saito ? Peça desculpa agora ! - Mesmo que o tom de voz que Sasuke usava deixasse o garoto morrendo de medo de levar uma surra, ele permaneceu calado e com a face séria - Saito, eu não estou pedindo, eu estou mandando.

- Desculpa por ter falado daquele jeito com você, Sakura - Saito se desculpou a contragosto, pois sabia que provavelmente apanharia como quando era criança caso não se desculpasse com a madrasta.

- Tudo bem, Saito - Sakura sorriu docemente, afinal, Saito sempre foi tão bonzinho e por isso ela imaginou que o enteado poderia estar irritado ou sua cabeça poderia estar doendo muito para ele estar tão sem paciência - Você tem certeza de que não quer jantar conosco ?

Sakura até pensou em dizer para o marido que ele foi muito duro com o garoto e que não precisava daquilo, mas ela não queria tirar a autoridade de Sasuke, afinal, ele é o pai e se ela quisesse dar sua opinião sobre a forma com que ele repreendeu o filho, então que não fizesse isso na frente do garoto.

- Tenho sim, minha cabeça tá doendo muito - Mentiu novamente.

- Sasuke, acho melhor ficarmos em casa - A rosada falou preocupada para o marido - Vai que o Saito dê febre.

- É, melhor deixar pra sair outro dia mesmo - O Uchiha concordou e colocou a mão sobre a testa do filho - Ele não tá quente.

- Podem ir, eu vou ficar bem - Disse o garoto - Eu não dormi nada na noite passada, acho que se eu tomar um banho e deitar vai melhorar. E se eu sentir alguma coisa, prometo que ligo.

- Tem certeza ? - Perguntou o moreno mais velho.

- Tenho sim, pai - Assentiu.

- Então vá tomar um banho e depois eu vou te dar um remédio que vai aliviar a sua dor de cabeça e te ajudar a dormir melhor - Sakura falou docemente e Saito não podia crer que, no fundo, ela fosse um verdadeiro lobo na pele de cordeiro.

Saito apenas assentiu, quando estava indo para o banheiro, passou na frente do quarto das meninas e viu sua irmã mais velha de frente para o espelho. A ruiva usava um vestido azul tomara que caia e sapatilhas pretas, ela estava distraída enquanto passava lápis nos olhos.

- Você vai com eles ? - O garoto, que estava parado na porta, perguntou para Saya.

- Saito ! - A pequena Sarada que estava sentada em sua cama enquanto jogava no seu tablet cor de rosa, deu um pulo de alegria quando viu o garoto na porta, largou o tablet na cama, foi correndo até ele e o abraçou forte - Você sumiu, irmãozão... Senti sua falta, você nem brincou comigo hoje.

Ele deu um sorriso mínimo e passou a mão pelos cabelos negros da menina. Lembrou-sa das palavras de Sakura, dizendo que não queria que ele e Saya chegassem perto de Sarada.

- Estava ocupado, Sarada - Saito se desprendeu daquele abraço gostoso e Sarada uniu as sobrancelhas enquanto o encarava.

- Você tá triste, Saito ? - A pequena inocente perguntou, mas foi completamente ignorada.

- Saya, você não me respondeu - O moreno se dirigiu à garota vaidosa que ainda estava de frente para o espelho, deixando uma menininha furiosa.

- Ninguém dá bola pra criança... Ninguém liga... - A pequena foi resmungando até sua cama e voltou para o seu jogo.

- Não é óbvio ? - A ruiva se virou para o irmão parado na porta após colocar os óculos que tinha tirado para se maquiar - Você não vai ? - Cruzou os braços e arqueou a sobrancelha - Jura, logo você ?

- É, logo eu - Respondeu irritado com o deboche da irmã. Pensou em contar seus motivos, mas achou que o melhor a fazer seria esperar um pouco.

Respirou fundo para manter a calma e foi tomar seu banho, depois vestiu um pijama e se deitou em sua cama.

Sakura tinha acabado de fazer maria chiquinhas nos cabelos da filha, já estavam todos prontos para ir, mas primeiro a rosada foi até o quarto de Saito para ver como o garoto estava. Tocou em sua testa e sorriu contente ao verificar que o mesmo não tinha febre e, como ele dormia, Sakura deixou o remédio sobre o criado mudo para ele tomar no caso de acordar sentindo dor.

Só que o moreno não estava dormindo, na verdade ele estava apenas fingindo enquanto esperava todos saírem de casa.

[...]

Por insistência de Sarada, eles foram numa pizzaria que tinha um pequeno parque de diversões dentro.

Enquanto a pizza não chegava, Sarada quis ir brincar e sobrou para Saya ir cuidar dela. A ruiva não reclamou, até porque seu irmão não estava ali e era melhor ir ver a Sarada brincar do que ficar na mesa com Sakura.

- O Saito estava estranho hoje - Sakura comentou enquanto observava as duas meninas que iam caminhando de mãos dadas até o pula pula - O que você acha que aconteceu com ele ?

- Não sei, mas não gostei do jeito que ele falou com você.

- Achei que você foi muito duro com ele, Sasuke.

- É melhor fazer ele abaixar a crista logo, ou então ele vai achar que pode tratar você daquela forma.

- Sei lá, talvez ele esteja com algum problema na escola ou simplesmente estava mau humorado por não ter dormido direito.

- Sakura, ninguém precisa sair descontando as coisas em cima dos outros. O Saito e a Saya precisam entender de uma vez por todas que você é minha esposa e eu exijo que eles te respeitem.

Mesmo que às vezes Sakura achasse Sasuke muito severo com os filhos, ela tinha que admitir que o moreno estava certo.

Sarada voltou para a mesa assim que a pizza chegou. Todos jogavam conversa fora e Sakura tentava puxar papo com Saya, mas a ruiva sempre dava respostas curtas e não se mostrava interessada. Pois é, pelo menos a rosada tentava.

- Conheceu algum garoto interessante na escola, Saya ? - Sakura perguntou com uma risada divertida e Sasuke encarou a esposa com uma sobrancelha arqueada e expressão de confusão estampada em seu rosto, o que fez a rosada achar graça.

- São uns idiotas - Saya deu de ombros e Sasuke suspirou aliviado.

- Eu também era assim quando tinha a sua idade - A rosada riu nostálgica - Não gostava dos garotos da minha turma.

Saya permaneceu em silêncio e Sakura viu que estava praticamente escrito na testa da garota que ela não queria papo com a madrasta.

- Está gostando da escola, Saya ? - Sasuke, percebendo o clima tenso, resolveu tentar quebrá-lo.

- É legal - A ruiva sorriu minimamente, realmente gostou da escola nova - Os professores são muito bons.

- Você já foi no parquinho da escola ? - A pequena Uchiha perguntou toda animada, com a boca cheia de pizza e a bochecha direita suja de ketchup.

- Filha, a Saya não tem mais idade pra isso - Sakura respondeu - E engula a comida antes de falar, Sarada.

Sarada sorriu sem graça e Saya revirou os olhos, mas tinha que admitir que sua irmãzinha é a personificação da fofura.

- Já vi o parquinho da escola, Sarada. Só não brinquei nele - Disse a ruiva.

- Ah... Eu gosto de descer no escorrega, mas acho que você é muito grande pra ele - Comentou.

Não conversaram muita coisa depois disso, Saya parecia não querer interagir e, mesmo que a incentivassem, não podiam obrigá-la.

[...]

Chegando em casa, Sasuke foi direto para o quarto do filho que estava adormecido. O remédio ainda sobre o criado mudo denunciava que o garoto não o tinha tomado, mas o pacote de pão de forma sobre a mesa da cozinha e a sanduicheira aberta sobre o balcão da mesma denunciavam que Saito tinha levantado para comer.

Tocou na testa do pequeno Uchiha e percebeu que o mesmo não estava com febre. Sakura entrou no quarto e parou ao lado do marido.

- Ele não tomou o remédio - A rosada pegou o comprimido que estava sobre o criado mudo - Deve ter melhorado.

- Pelo menos não está com febre - Disse Sasuke - Vamos.

Após colocar Sarada na cama, o casal foi para seu quarto.

Sakura já estava com sua camisola e Sasuke ainda estava no banho, a rosada pegou seu hidratante de cereja para passar no corpo antes de dormir. Tirou a colcha bege que estava sobre a cama e deixou o vidro de hidratante cair por causa do susto que levou.

- Sasuke ! - Berrou em pânico, deu um passo para trás e escorregou no hidratante que se espalhou pelo chão - Amor, socorro !

Desesperado, Sasuke se enrolou na toalha e saiu do banheiro. Viu sua esposa caída no chão e fez uma expressão confusa.

- Que diabos é isso, Sakura ?

- A cama tá cheia de baratas !

Sasuke olhou para a cama do casal e realmente sua esposa dizia a verdade, cinco baratas enormes andavam pela cama. Lógico que isso tinha cheiro de armação, uma vez que, desde que o casal se mudou para o apartamento, nunca apareceram baratas por lá.

A rosada foi correndo para a sala enquanto seu marido passava Baygon no quarto para matar aqueles insetos nojentos e asquerosos.

- Sakura, já tirei todas - Sasuke apareceu na sala, onde Sakura estava de pé no sofá - Pode vir.

- Não - Falou em pânico - Traz cobertores e travesseiros limpos, eu vou dormir no sofá. Amanhã mesmo eu vou mandar detetizar o apartamento de novo, não posso conviver com baratas.

- Sakura - O moreno suspirou pesadamente - Tenho certeza de que aquelas baratas não foram parar lá à toa, justo em baixo das cobertas.

- Não acredito que a Saya armou pra mim de novo - Ela fez uma cara de nojo - Barata foi demais... Eu detesto esses bichos.

- Eu conheço a minha filha e posso afirmar com toda a certeza do mundo que ela jamais chegaria perto de uma barata - O Uchiha olhou na direção da porta do quarto do filho - Isso é coisa do Saito.


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Notas finais do capítulo

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