Os enteados escrita por Evil Queen 42


Capítulo 12
Cinderela


Notas iniciais do capítulo

Gente, sei que demorei, mas eu estava sem tempo, sério mesmo. Espero que me perdoem..
Ah, uma leitora apelidou o Saito de Sasuke-Chibi e eu adorei kkkkkk que amor ♡
Não odeiem a Naomi, coitada kkkkkk a bichinha mal entrou na história e já está sendo ameaçada de morte ahuahuah
Sem mais delongas, vamos ao capítulo.



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– Essa louca tá procurando sarna pra se coçar - Saito comentou enquanto olhava de longe sua irmã mais velha conversar com três garotos do terceiro ano, provavelmente os que a convidaram para a tal festa.

- O que foi, Saito ? - Naomi questionou. A menina ficava grudada com Saito o tempo todo, principalmente na hora do intervalo.

- Nada não - Balançou a cabeça em sinal negativo - Eu só pensei alto. Não é nada.

Ele estava preocupado com Saya, sabia que ela podia quebrar a cara, mas também sabia que não adiantava de nada tentar abrir os olhos dela.

Deveria abrir o jogo com Sakura para que ela não deixasse a garota ir para a tal festa ?

- Saito, o que você tem ? - A loira perguntou assim que o rapazinho, que estava meio estranho desde a primeira aula, escorou a cabeça em seu ombro.

- Minha cabeça tá doendo muito - Resmungou.

Naomi levou a mão até a testa do garoto e se espantou ao perceber que sua temperatura estava muito alta.

- Saito, você tá com febre ! - Falou - Vem comigo - Ela se levantou do banco onde os dois estavam sentados e puxou o garoto pela mão - Vamos lá na coordenação pedir pra ligarem para a sua mãe.

- Madrasta - Corrigiu.

- Tá, vamos pedir pra ligarem para a sua madrasta do cabelo rosa.

Ambos foram juntos até a coordenação, onde ligaram para Sakura ir buscar o enteado, uma vez que o garoto estava ardendo em febre e não tinha condições de ficar na sala de aula.

[...]

- O Saito tá com febre - Sakura falou assim que desligou o celular - Putz, hoje de manhã ele estava tão bem.

- Mais essa agora - Ino comentou enquanto colocava uma colher com açúcar em seu café. Sakura e Ino estavam aproveitando o intervalo entre as consultas para tomarem um café juntas e baterem um papo - Você, definitivamente, ganhou dois filhos de brinde.

- O que eu posso fazer ? - Deu de ombros - Mas, sabe, às vezes eu preferia que os dois fossem pequenos.

De fato seria mais fácil, pois é melhor passar a criar duas crianças pequenas e educá-las do que passar a criar dois adolescentes cheios de manias e costumes.

- Tanto faz - Ino tomou um pouco do seu café - Eu não teria coragem de casar com um homem que já tem filhos justamente por isso.

- Ino, o que o Sasuke viveu com a Karin antes de me conhecer não me interessa.

- É, mas agora você está aguentando o resultado disso, afinal, os filhotinhos de cruz credo estão morando de baixo do mesmo teto que você.

- Eles não têm culpa de nada - Disse a rosada - E eu não vou me separar do Sasuke por causa deles !

- Amiga, não estou mandando você se separar do Sasuke por causa dos bebês de Rosimary - Explicou - Só estou expondo o meu ponto de vista. Euzinha, Ino Yamanaka, jamais me casaria com um homem que já tem filhos.

- Eu não me importo com isso, pois amo o Sasuke.

- Pois é, quis o galo, então queira os pintos - A loira começou a rir - Ah, Sakura, eu nem sei o que faria se estivesse no seu lugar tendo que lidar com esses dois monstrinhos.

- Eu vou conseguir domar eles, você vai ver só - Sakura pegou sua bolsa e se levantou - Agora eu preciso me ausentar por uns minutinhos, tenho um enteado doente pra buscar.

- Amiga, traz o monstrinho pra cá. Qualquer coisa a gente leva ele pra psiquiatria e manda colocar uma camisa de força ou dar um sossega leão pra ele dormir por uns três dias - Brincou, fazendo Sakura rir.

Sakura ainda tinha alguns minutos antes da próxima consulta, dava pra ir tranquilamente até a escola das crianças, buscar o garoto, levar em casa e voltar para o trabalho. Por sorte a escola ficava bem perto do hospital.

Chegando lá, a rosada foi até a coordenação, onde Saito estava deitado no sofá e com a cabeça no colo de Naomi enquanto a loira fazia carinho nos cabelos negros dele.

A rosada já ficou com uma pulga atrás da orelha. Primeiro ela vê os dois saindo juntinhos da sala de aula e agora os vê na maior intimidade, Saito deitado no colo da Naomi e ela fazendo carinho nele... Aí tem coisa...

- Saito - Sakura chamou e o garoto se sentou assim que a viu - Meu bem, o que você está sentindo ?

- Eu tô quente e minha cabeça tá doendo.

Ela tocou na testa do pequeno Uchiha e percebeu que a febre estava bem alta. Se bem que só de ver o garoto com as bochechas avermelhadas já dava pra perceber que ele estava com febre.

- Ele tá estranho desde a primeira aula, tia - Disse Naomi.

- Saito, você está passando mal desde que horas ? - Indagou a rosada.

- Eu já amanheci com dor de cabeça - Admitiu já com medo de levar uma bronca, pois o garoto sabia que deveria ter contado para Sakura logo de manhã que não estava se sentindo bem.

- Por que você não me disse isso ?

- Porque eu pensei que fosse passar - Ele abaixou a cabeça - Desculpa.

- Tudo bem - Passou a mão pelos cabelos do rapazinho - Pega a sua mochila, vamos embora.

- Não, Sakura ! - Protestou - Eu tenho duas aulas de ciências depois do intervalo e não posso faltar. Tá difícil pra acompanhar o conteúdo.

- Saito, você tá com muita febre, é melhor você melhorar, depois você corre atrás da matéria - Disse Naomi, visivelmente preocupada com o amigo.

- Sua amiga tem razão - Sakura pegou a mochila do garoto e a segurou pelas alças num braço só - Vamos esperar você melhorar pra poder voltar pra escola. Depois você pode pedir ajuda pra Saya, pro seu pai ou pra mim.

- Tá bom - Rendido, Saito concordou em ir embora, mesmo que estivesse com medo de ficar de recuperação.

Naomi acompanhou o garoto até o portão da escola, só voltou para dentro quando ele foi embora com Sakura. Estava óbvio que a amizade dos dois era bem forte.

Saito entrou no carro com a madrasta e ela deu partida para levá-lo em casa.

- Vou ter que voltar pro trabalho - Disse a rosada - Tudo bem se você ficar sozinho com a Guren ?

- Tudo bem - Respondeu após afivelar o cinto de segurança e escorou a cabeça no vidro.

Sakura subiu com Saito até a cobertura para lhe dar um remédio para febre e dor no corpo, o garoto ligaria para a madrasta caso piorasse.

Com o pequeno Uchiha devidamente medicado, Sakura voltou para o hospital mais tranquila. Claro que ela pediu para que Guren verificasse a febre dele, pois Sakura tinha certeza de que, se acontecesse alguma coisa, ele não ligaria como disse que faria, uma vez que estava passando mal na escola e não queria ir embora.

Saito tomou um banho, vestiu um pijama bem confortável e foi assistir um filme na sala; se jogou de bruços no sofá e não demorou para pegar no sono.

[...]

Sakura foi buscar as meninas na escola quando foi liberada para o almoço, Saya já estava pensando em como pediria para ir à festa que já seria no outro dia.

Chegaram no apartamento e almoçaram todos juntos após a rosada verificar a temperatura de Saito, ficando feliz ao ver que estava mais baixa, mas o garoto continuava febril.

- Sakura, preciso conversar com você - A ruiva entrou no quarto do casal assim que sua madrasta entrou para descansar após o almoço.

- Nossa, o que é ? - Questionou preocupada enquanto se sentava na beirada da cama, pois Saya parecia bem séria e não conversaria com Sakura à toa.

- Meus amigos vão numa festa amanhã, eu posso ir também ?

- Saya...

- Por favor - Uniu as mãos - Por favor, eu nunca te pedi nada.

- Vamos fazer o seguinte, liga para o seu pai, se ele deixar eu te levo - Sugeriu.

- Sakura... - Falou com desânimo - O papai não vai deixar.

- Ora, quem tem que deixar é ele - Falou como se fosse óbvio, pois ela não queria criar confusão com seu marido e nem ser responsável por alguma besteira que pudesse vir a acontecer.

- Você é esposa dele, não é ? - Arqueou a sobrancelha - Sakura, você já teve a minha idade e deve saber como os pais são.

- Sim, e é justamente por já ter tido a sua idade que eu sei muito bem o que rola nessas festas - Piscou um olho para Saya, o que a irritou mais ainda - Você só vai se o Sasuke deixar.

- Você já teve a minha idade, sabe o que rola nas festas e está viva até hoje - Bufou - Qual é, o pessoal vai e só eu vou ficar de fora... - O semblante da mocinha ficou triste, ela estava realmente chateada de não poder ia à festa - Agora que eu tô começando a me enturmar com eles...

Sakura tinha quase cem por cento de certeza de que aquilo não passava de um teatro, mas também podia não ser.

A rosada sabia como era mudar de escola e querer se enturmar com as pessoas; talvez ela devesse ajudar sua enteada, uma vez que Sasuke com certeza não a deixaria ir para a tal festa, mas que mal tem ? Saya é adolescente e tem que aproveitar essa fase gostosa, ir numa festa não iria matá-la.

- Você vai ser responsável, nada de gracinha, não vai voltar pra casa com o dia amanhecendo e seu pai não pode saber - Sakura falou seriamente, olhando nos olhos negros da menina - Essas são as condições, se você discordar não tem acordo.

- Obrigada - Empolgada, Saya abraçou a rosada, mas fez uma expressão de confusão quando afastou-se dela - Espera aí, até que horas eu posso ficar na festa ?

- Até meia noite, Cinderela, nada mais

que isso - Decretou - Depois da meia noite a magia cessará, e tudo que era antes voltará; ou seja, para todos os efeitos, você não foi para a festa.

- Que ótimo, fada madrinha - Ironizou cruzando os braços em frente ao corpo - Pelo menos é melhor do que nada.

- E outra, você não vai com nenhuma amiga, eu te levo e te busco.

- Sério que não rola transformar uma abóbora em carruagem ? - Bufou. Sakura não conseguiu conter a risada, de madrasta cruel ela virou fada madrinha.

- Claro, e o pó mágico vai ser o talco que você colocou no meu secador - A voz doce e ao mesmo tempo irônica de Sakura só fez com que Saya se irritasse mais ainda. Não há dúvidas de que a rosada estava com a vantagem nessa guerra, então era melhor concordar com tudo calada ao invés de contestar.

Quase mordendo a língua para não dar uma resposta grosseira, Saya se retirou do quarto e Sakura sorriu vitoriosa assim que a ruiva virou as costas. Pelos menos, até o dia da festa, Saya seria um doce de menina.

- Eu realmente me sinto a gata borralheira depois dessa humilhação - A mocinha murmurava enquanto ia andando a passos firmes para o quarto - Calma, é só até a festa... Só até a festa...

- Falando sozinha, Saya ? - Saito perguntou assim que sua irmã mais velha entrou no quarto. O garoto estava ajudando a pequena Sarada a montar um quebra cabeça.

- É, às vezes eu sinto a necessidade de conversar com uma pessoa inteligente - Respondeu de forma grosseira e só não bateu a porta com força porque Sakura estava em casa.

- Ué, então por que estava conversando consigo mesma ? - Saito questionou com a cara mais sonsa do mundo e Saya só ficou mais irritada ainda.

- Idiota ! - A ruiva jogou um urso de pelúcia em seu irmão após deitar-se na cama e pegar o celular.

- Saya, não faça isso com o Frederico - Sarada fez beicinho e, profundamente chateada com Saya, abraçou seu ursinho com todas as suas forças - Ele não fez nada pra você...

- E você, Saito, qual foi a desculpa pra fugir da aula ? - Perguntou, ignorando sua irmãzinha que só ficou mais furiosa. Depois dessa, Sarada nunca mais deixaria seu ursinho a mercê de Saya.

- Não foi desculpa - O moreno respondeu enquanto procurava uma peça específica no meio de quase trinta pecinhas daquele quebra cabeça - Eu passei mal e a Sakura precisou ir me buscar. Na verdade eu ainda estou meio febril, mas pelo menos a dor de cabeça passou.

- Nossa, como você é sensível... - Respondeu, sem sequer tirar os olhos da tela do celular.

- O que tem de tão interessante nesse celular ? - Ele ficou curioso após ver a ruiva rir feito uma boba apaixonada.

- Saito, vai chupar prego pra ver se vira parafuso - Respondeu enquanto digitava alguma coisa no seu iPhone - Não é da sua conta.

- Eu heim... - Falou desconfiado - Sei não, parece que está falando com um príncipe encantado ou alguma frescura do tipo.

- A Saya conhece um príncipe encantado ? - Os olhinhos de Sarada brilharam - Ele tem um cavalo branco ?

- Quem me dera se um príncipe encantado me tirasse desse lugar horrível como no filme da Cinderela... - Bloqueou a tela do celular antes de colocá-lo sobre o criado mudo e suspirou enquanto fitava o teto.

- Saya, do jeito que você é delicada, é bem capaz de quebrar o sapatinho na cabeça dele - Saito levou uma travesseirada após dizer isso - Qual é, eu tô doente ! Tenha mais consideração.

- Tanto faz - Deu de ombros - Pelo menos eu vou na festa ! - A ruiva não escondia sua empolgação e Saito balançou a cabeça negativamente, deixando clara sua desaprovação - Vou ficar só até meia noite, mas pelo menos eu vou.

- Quem deixou ? - Saito arqueou uma sobrancelha.

- Minha querida madrasta - Saya respondeu com um sorriso debochado nos lábios.

- Ou você é uma excelente atriz ou a Sakura não está com o juízo perfeito - Falou baixinho para que Sarada não ouvisse, pois ela não entenderia, faria milhões de perguntas e poderia ferrar com tudo como fez quando Saya fez aquela ameaça para Saito. Se bem que a pequenina estava tão concentrada no quebra cabeça que, mesmo se ele tivesse berrado para o mundo inteiro ouvir, ainda assim poderia ser que Sarada nem ouvisse.

- Não me importo, o importante é que eu vou, mas já vou avisando que o papai não pode saber - Alertou a ruiva.

- O que o papai não pode saber ? - Sarada entrou na conversa e Saya gelou.

- Explica pra ela agora - Saito sorriu de canto, o que só deixou sua irmã mais velha ainda mais furiosa.

- Não é nada, Sarada - Pela primeira vez na vida, Saya falava com a pequena Sarada de forma doce. A menina até estranhou - Esquece o que eu disse, tá ?!

- Você tá aprontando - A pequena Uchiha acusou e Saito não conteve o riso.

- Ora essa, nossa irmãzinha é esperta - Disse ele.

- O que você quer pra fechar o bico ? - Saya indagou com raiva.

- Muitos doces - Sarada sorriu vitoriosa - Me dá doces e eu não digo nada pro papai.

- Você nem sabe do que se trata, pirralha !

Saya estava incrivelmente furiosa, sem falar que não se conformava em ter que ceder às chantagens de uma pirralha de cinco anos que mal saiu das fraldas.

- Ouvi você falando de uma tal festa - Ela falou na maior inocência do mundo - É isso ?

- Parece que alguém te passou a perna, Saya - Saito estava amando assistir a discussão de camarote. Saya ser passada pra trás por Sarada, isso realmente não tem preço.

- Eu te dou os malditos doces, Sarada, mas você vai ficar quietinha !

- Fechado ! - Ela estendeu a mãozinha para Saya.

- Fechado.

Com um aperto de mãos, as irmãs fecharam um acordo com Saito como testemunha.


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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar ;)
Beijocas ♡♡♡