How I Met Your Father escrita por ericatron


Capítulo 7
Capítulo 7 - Os Sermões do Aluado


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo vai ser curto por dois motivos:

1 - O próximo vai ser bem maior
2 - Err... não, é só por aquele motivo mesmo



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Você também está sentindo um cheiro estranho aqui?
Harry: da da da da
Eu sei, eu também. o que pode ser?
Harry: pô pô
Hahah que tal parar de fazer piadinhas e ir me ajudar?
Harry: pó pó pó pó
O que...?
Harry: popô
Popô? Você fez popô? Popô é nome de cocô?
Harry: pó pó pó pó (cara de choro)
HARRY, VOCÊ FALOU SUA PRIMEIRA PALAVRA! E a sua primeira palavra é... popô. Garoto, isso é decepcionante. Venha, vamos trocar essa fralda.
Você sabe como faz? Tem que puxar esse adesivo, é isso? Péssima ideia essa de não usar magia, sabia? Não sei onde sua mãe estava com a ca... ei! Você não fez cocô nenhum!
Harry: pó pó pó pó
Essas são só silabas aleatórias?
Harry: pó pó biii
Então sua primeira palavra na vida não foi popô?
Harry: da da di pó pó
Isso é um alívio. Contar pra Lílian que sua primeira palavra foi “popô” seria arriscado.
Harry: da da pó dááá
Ela ia dizer que fui eu que te ensinei, que era alguma brincadeira minha, que... ei, espera aí.
Harry: buffff
Se esse cheiro não vem de você, então de onde vem?
Harry: BA BA BA!
Harry, acho que deixei sua comida tempo demais no fogo.

...

Bem, depois de eu ter feito o inacreditável de preparar outra comidinha pra você, o mínimo que você pode fazer agora é comer, garoto.
Harry: na na ná
Vamos lá, aviãozinho? Trenzinho?
Harry: papapa!
O que eu faço pra você comer?
Harry: *silêncio*
Espera, você quer que eu continue contando a história?
Harry: dá!
Você gosta disso? Sério mesmo?
Harry: dá dá! *bate as mãozinhas na mesa*
Já que é assim...

– Eu não sou preconceituoso! – exclamou Pontas no dia seguinte, do nada, enquanto fazíamos alguns dos enormes deveres que quintanistas tem que fazer. Sério, garoto, quando você chegar ao quinto ano suas juntas nunca mais serão as mesmas.
– Eu acredito em você, Pontas – disse Remo, sem muito interesse. – Mas você acabou de escrever isso em seu dever, e creio que “eu não sou preconceituoso” não tem muito a ver com as propriedades de pedra da lua.
– Sério, quem ela pensa que é? Eu não tenho culpa se a menina tem um pomo de adão maior que o meu.
– Apoiado, apoiado! – exclamei.
Remo franziu a testa e permaneceu em silêncio, com os olhos grudados em seu dever.
– Espera – disse Tiago. – Aluado, você concorda com aquela garota?
Aluado suspirou fundo, tentando escolher bem as palavras.
– Eu não acho que você tenha intenção de ser preconceituoso. Acho que a partir do momento em que você está ciente disso, você faz de tudo pra deixar de ser. Por isso está tão irritado com o que Lia disse. Ainda mais por ser uma pessoa da Sonserina te repreendendo por algo assim.
– Então eu sou?
Remo descansou a pena, suspirando novamente e finalmente encarando Tiago.
– Pontas, você sabe o que é sofrer preconceito?
Tiago coçou a parte de trás da cabeça.
– Sei, ué...
– Eu cresci sendo expulso de escolas sem ter feito nada. Eu passei três anos escondendo dos meus melhores amigos o fato de eu ser um lobisomem. Eu sou o melhor aluno da turma de Poções, mas nunca vou entrar naquele clubinho do Slugue porque ele sabe o que eu sou e não vê futuro nenhum em pessoas como eu. Ninguém acredita que eu possa ter algum futuro, nenhuma carreira está disposta a me aceitar. Você sabe o que é passar por algo parecido com isso?
Pontas ficou sem reação por alguns segundos.
– Não.
Então de repente o Aluado se virou para mim.
– E você, Sirius?
– Ei, eu nem tava na conversa!
Ele suspirou.
– A questão é que agora eu imagino como Tricia deve se sentir quando as pessoas descriminam ela e não quero mais fazer parte disso. Vocês querem?
– Não... – disse Tiago.
– É, eu também não – falei.
– Então não façam. Se preocupem menos com as pessoas achando vocês preconceituosos e mais em não ser assim.
E o assunto acabou ali.
Acho que a questão naquele dia não foi a Tricia, Harry, mas foi a gente perceber a dimensão do que seu tio Aluado passava. Até aquele momento, a gente via tudo como uma grande aventura, uma brincadeira, e o problema dele era uma besteira com a qual a gente não precisava nem se importar. Mas não é besteira, no final das contas.
E esse é o dia que você conheceu os sermões do Aluado.


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