Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 8
8 - Porque ela pode e eu não?!


Notas iniciais do capítulo

OE!
Eu estou ultra hiper mega feliz com os comentários! Sério! Muito obrigada mesmo, fiquei emocionada com as novas leitoras e com quem sempre comenta.

Muito obrigada por me incentivarem, não sabem o quanto me anima!
Bem, eu escrevi mais um capítulo, por isso decidi postar esse.
MAS, contudo, todavia, no entanto... Eu só irei postar os capítulos agora as terças, quintas e sábados. Três vezes por semana está bom, não é? :v

Bem, vamos ao capítulo!



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Eu estava no que parecia uma biblioteca.

Mas era muito escura, o carpete era prata e as paredes eram verdes musgo, era simplesmente tão... Sonserino.

Olhei para minhas mãos e suspirei aliviada por ver que era eu, me levantei da poltrona e olhei as prateleiras, cheguei perto de uma e passei minha mão nos livros velhos e empoeirados. Tentei tirar um de lá, mas minha mão simplesmente atravessou o livro. Mas tenho certeza que era um livro de magia negra, todos pareciam ser.

Fiquei estática ao sentir uma presença atrás de mim, hostil era pouco para descrever. Me virei rápida e o homem gritou.

– Quem é você?! – Os olhos vermelhos ficaram intensos e eu fechei minha mente, droga!

Acordei ofegante, tremendo e suada. Meu cabelo colava na testa e no pescoço, tirei a coberta de cima de mim e respirei fundo tentando acalmar as batidas do meu coração, minha cabeça doía como nunca, então era isso que Harry sentia? Que droga...

Respirei fundo novamente e prendi meu cabelo suspirando em alívio quando o vento frio bateu em minha nuca e em meu rosto febril, olhei ao redor no quarto escuro e vi as meninas ainda dormindo, deviam ser umas quatro da manhã. Estávamos em novembro, então estava começando a esfriar, primeiro vinha a chuva e depois a neve. Merlin, como eu odeio a chuva, tudo fica lamacento e molhado, argh.

Coloquei os pés para fora da cama e me levantei pegando o hobbie na cabeceira e o vestindo, fui a janela em passos leves e me sentei no parapeito olhando para o salgueiro lutador. Fitei a lua cheia e depois de um tempo, não me espantei ao ver Remus saindo de modo cansado e machucado de lá, hoje é o último dia de lua cheia, eu calculei. Pomona Pomfrey já estava a sua espera, o ajudando a entrar e provavelmente o levando a enfermaria, desde aquele dia no salão comunal mês passado em que eu notei os olhares dele com Kath, eu tenho me distanciado um pouco do mesmo. Está bem, era um atitude infantil, mas droga! Eu me sentia estranha perto dos dois quando estavam juntos!

Desisti de ficar encarando o nada e decidi tomar um banho para acordar de vez, hoje teríamos aula com Slughorn, Minerva e Flitwick, então seria um dia puxado já que os testes já estavam batendo na porta. Entrei no banho não me importando em demorar já que não havia ninguém me apressando e quando meus dedos começaram a enrugar eu saí me secando, me troquei no banheiro mesmo e sequei meu cabelo com um feitiço para que eu não ficasse resfriada quando saísse.

Saí do banheiro e corri ao meu malão pegar um casaco, luvas, cachecol, etc, etc. Os vesti e como meu cabelo estava incomodando o pescoço eu o amarrei em um coque frouxo já que nunca conseguia mantê-lo no lugar com simples penteados, mesmo sendo bem menos cheio que o antigo, ele era grande demais para meu corpo e parecia que tinha vida própria. Por Merlin, eu nunca cortei o cabelo não?! Malditos cabelos Potter!

Saí do dormitório resmungando baixo e desci até o salão comunal, acendi a lareira com um feitiço e me joguei em uma das poltronas pegando minha mochila e tirando de lá as anotações que eu havia feito para Remus. Eu sei que não ia conseguir entregar pessoalmente, e também sabia que iria ser constrangedor depois quando eu pedisse para outra pessoa entregasse. Com a boca torta, subi para o dormitório dos meninos, bati na porta do quarto do meu irmão e quando ninguém me atendeu, voltei a bater de modo mais forte. Ouvi passos rastejantes e os meninos resmungando.

– Que foi? – Sibilou Frank coçando o olho, ele viu que era eu e corou quando eu examinei seu corpo já que ele estava sem camisa. Corei com ele e desviei o olhar. – Oh... O-Oi H-Hermione...

– Oi Frank, será que eu posso entrar? – Nem o deixei me responder e passei por debaixo de seu braço, Pedro roncava alto em uma das camas, Sirius ainda resmungava todo coberto e James estava esparramado no meio de vários lençóis e roupas, o quarto era uma bagunça em si. Menos a área de que eu achei ser a parte da cama de Remus, já que os lençóis estavam arrumados e não havia sequer um papel no chão perto da cama, os vários livros quase caíam em pilhas ao lado da cabeceira. Ignorei isso e fui até a cama de James, desviando dos lixos e roupas sujas. Parei em frente a cama dele e o cutuquei. – Jay?

– Me deixa, mãe. – Resmungou e eu ri baixinho o cutucando novamente com mais força, mas ele voltou a dormir. Tentei de tudo, gritar no ouvido, bater com o travesseiro, cócegas e nada funcionava.

Até Sirius e Pedro acordaram e se sentaram comendo doces para verem minhas tentativas falhas.

– James Charlus Potter! – Berrei em seu ouvido e ele só resmungou e se virou, me irritei e puxei minha varinha. – Aquamentis!

Joguei a água em sua cara e o mesmo se sentou gritando e engasgando.

– Parabéns, você finalmente conseguiu! – Exclamaram os meninos em uníssono batendo palmas, eles haviam combinado isso, James ainda engasgando, pegou seu óculos e me olhou com uma carranca e vermelho de raiva.

– O que foi?! – Rosnou balançando a cabeça para tirar água da testa, sorri para ele e pedi.

– Me empresta a capa? – Ele respirou fundo apertando a ponte do nariz e se levantou abrindo o malão e cavando fundo, Merlin, ele usava o feitiço de extensão? Quando ele finalmente o tirou de dentro, jogou em minha cara, o tirei do rosto rolando os olhos e ele voltou a se deitar na cama molhada mesmo. Ri com isso e fiz um feitiço para secá-lo, já que não me perdoaria se ele pegasse um resfriado, me despedi dos meninos, que voltaram a dormir já que ainda eram cinco e vinte, e fui até a enfermaria debaixo da capa. Tomei um susto ao ver ali Katherine batendo na porta de modo incansável, Madame Pomfrey abriu a porta com uma carranca e mirou nela bufando logo em seguida.

– Eu já lhe disse que não irá vê-lo, menina! – Falou tapando totalmente a porta, segurei o riso ao ver que Kath realmente pensava que a Madame Pomfrey iria deixa-la entrar, ela nunca me deixou entrar então imagina a Kath que deve ser a primeira vez que aparece. – Ele tem uma lista de pessoas que não devem incomodá-lo e nem entrarem, em primeiro lugar a senhorita Potter e em último você. – Mordi a parte interna da minha bochecha magoada.

– Por favor, Madame Pomfrey! Se me deixar entrar hoje, só para vê-lo, eu não apareço até o final desse ano letivo! – Choramingou e a Madame Pomfrey entortou a boca pensativa, ela suspirou e eu quase engasguei indignada ao ver que ela abriu espaço, Kath entrou saltitante e eu aproveitei a deixa para entrar antes que a medi-bruxa fechasse a porta. Remus acordou com o barulho e mirou Kath vesgo, mas quando enxergou direito engasgou olhando assustado para Madame Pomfrey. Kath correu até ele e se sentou ao seu lado sorridente. – Oi, Remmy. – Falou e eu fiz carranca ao ver que ele deixava que ela o apelidasse, quando eu quis colocar um apelido nele, o mesmo me ignorou por uma semana dizendo que o apelido era ridículo.

– Oi, Kath. – Falou hesitante e fraco, ela sorriu e ele perguntou. – O que está fazendo aqui?

– Eu vim te ver, bobinho. – Ela acariciou os cabelos dele e continuou. – Eu estava preocupada.

– Ah, certo. Estou feliz que tenha vindo. – Os dois coraram e eu coloquei o dedo na boca fingindo vômito.

– Pronto, já o viu. Fora, senhorita Miller. – Reclamou a medi-bruxa lhe expulsando, Katherine deu um beijo na bochecha de Remus e se levantou o deixando com cara de bobo, ela saiu e Madame Pomfrey depois de lhe receitar algumas poções também saiu. Ainda com uma carranca e com uma sensação estranha no estômago e no peito, tirei minha mão de modo sorrateiro debaixo da capa e deixei as anotações ali do lado da mão direita dele, ele estava com o rosto para o outro lado então por isso o deixei ali. Remus virou o rosto para as anotações de modo assustado e eu quase suspirei ao ter puxado a minha mão de modo rápido.

– Mas o que? – Murmurou e pegou as anotações de todos os dias que ele faltou traçando as letras, o meu bilhete caiu em seu colo e ele leu em voz alta. – Espero que melhore, Remus. – Ele levantou o rosto e olhou ao redor do quarto. – Hermione? – Continuei calada e imóvel com os olhos arregalados. – Vamos, eu sei que você está ai. James me contou sobre a capa. – Eu resmunguei e ele olhou na direção que eu estava, tirei a capa hesitante e o mesmo arqueou a sobrancelha para mim. – Entrando na enfermaria sem permissão? Tsc tsc, que feio. – Fiz careta e resmunguei.

– Não é a primeira vez. – Ele me olhou surpreso e eu limpei a garganta. – Nem todo mundo tem a sorte de Katherine, Remus. Mesmo eu já tendo sido bem mais irritante com a Madame Pomfrey e até ter me ajoelhado. Mas ela realmente leva a lista a sério... – Murmurei de modo estrangulado e magoado abaixando os olhos para minha sapatilha, e o senti me encarar pasmo. – Bem, eu acho que já vou... Tchau, Remus. Espero realmente que melhore... Vou tentar não te incomodar mais. – Murmurei e recoloquei a capa o ouvindo balbuciar meu nome, ignorei e abri a porta olhando ao redor para ver se estava limpo, quando vi que estava, saí fechando a porta, mas não sem antes ouvi-lo realmente me chamar quase gritando.

Andei em passos largos até a torre da grifinória e passei pelo quarto da mulher gorda tirando a capa e me jogando no sofá. Kath, que estava na poltrona, me olhou com uma sobrancelha arqueada.

– Está tudo bem, Mione? – Perguntou e eu lhe encarei, tirando a mão do rosto. Sorri de leve para ela e murmurei.

– Está, Kath... – Ela me olhou desconfiada e deu de ombros se levantando e me dando um beijo na testa ao sair. Fiquei encarando a porta tentando decifrar o que eu estava sentindo e dei de ombros ao chegar à conclusão que não iria descobrir tão cedo, quer dizer, a única vez que eu senti isso foi quando Ron estava com Lilá, mas eu não posso estar sentindo ciúmes do Remus, não vamos tirar decisões precipitadas, sim?

“Uh oh, está se apaixonando novamente, Mione?” A voz da minha antiga eu debochou, na verdade, depois de falar com o professor Dumbledore, eu descobri que eram reais. Era a minha antiga eu junto com a nova eu na minha cabeça, acontece depois do ritual já que o excesso de magia cria duas essências, a que você está deixando, e a que você está vivendo. Se eu quisesse, eu podia me desligar do mundo por um tempo para falar com elas, e não me assustei que quando eu tentei, no final elas estavam numa biblioteca. Encostei minha cabeça no encosto do sofá e fechei os olhos me concentrando, quando abri os olhos eu estava na biblioteca conhecida, a Granger estava sentada em uma das cadeiras com um livro branco na mão.

– Cadê a Potter? – Perguntei e ela levantou os olhos para mim dando de ombros, não se passou nem um segundo e uma menina baixinha com todas as características Potter apareceu correndo saindo das estantes.

– Estou aqui! – Falou arfante e a Granger estreitou os olhos para ela.

– Você estava acessando aquela ala, não é? – Perguntou e a Potter corou enquanto eu franzia o cenho.

– Eu tenho alas na minha cabeça?

– Claro que tem! – Falou Granger fechando o livro em um baque seco, ela se levantou guardou o livro brilhante. – Alas, setores, quartos, blá blá blá. Fica mais fácil para controlar, em outras pessoas tudo é bagunçado e em um quarto só, por isso que enlouquecem. Aqui ficam suas memórias, poderes e afins. – Ela deu de ombros e se sentou do sofá vermelho e dourado que havia ali.

– E em que ala a Potter estava? – Ela sorriu de lado enquanto a Potter se jogava de modo despojado no sofá.

– Das emoções, ela ama te deixar bipolar. – Falou dando de ombros e eu olhei acusadora para a menina de cabelos totalmente negros e lisos, ela sorriu arteira e eu suspirei.

– É engraçado ver a reação dos outros, eu até consigo ver o original deles saltitando pela cabeça deles tentando descobrir o que aconteceu.

– Original? – Perguntei e elas rolaram os olhos.

– É, Hermione. O original, todos temos uma ou duas vozinhas na cabeças, ele é o original. É quem orienta e tenta decidir pela pessoa, a segunda vozinha sempre esteve lá, é o coração. Ele só aparece quando a pessoa está começando a se apaixonar, ou quando a própria pessoa quer. – A Granger deu de ombros e completou. – Somos originais, o coração só apareceu aqui umas duas vezes. Ele é irritante, anda todo de vermelho por ai e querendo espalhar o amor, quando você cora, é porque ele está dançando de alegria porque viu algo constrangedor ou fofo, ele ama coisas constrangedoras... – Ela tremeu e eu ri.

– Será que eu posso conhece-lo? – Elas deram de ombro e eu gritei. – Coração?!

A porta foi aberta de supetão e por lá passou ninguém mais, ninguém menos, que o Draco. Só que ele tinha os olhos e cabelos vermelhos e usava um pijama de coração.

– Chamou, Mi? – Perguntou se espreguiçando e eu ri, ri como nunca na vida. Tive que me sentar para não cair.

– É, também tomei um susto ao ver Malfoy. – Murmurou Granger e eu ri mais.

– Por que ele? – Perguntei entre risos e elas deram de ombro.

– Porque eu sou uma das pessoas mais lindas que você já viu... – Falou Draco convencido e eu ri mais. – E porque vai ser constrangedor você receber conselhos amorosos do Malfoy. – Me calei ao notar que isso seria mais que constrangedor e ele começou a dançar ratatanga enquanto eu corava.

– Alguém segura ele! – Gritou Potter subindo no sofá e apontando para Draco, ela pulou em cima dele o derrubando e o mesmo parou de dançar.

– Isso sempre acontece quando você implora para não corar. – Falou Granger rindo e eu sorri para eles.

– Aqui é bem interessante.

– Mas não venha aqui tão frequentemente! – Exclamaram os três em uníssono e eu arqueei uma sobrancelha.

– Você pode se desligar do mundo para sempre, já que você vai se sentir tão em casa que não vai querer sair, e isso é muito perigoso, seu corpo começa a definhar e é doloroso, muito doloroso. – Explicou Granger e eu assenti.

– Acho que já vou, então. Potter, Granger... Malfoy. – Falei franzindo a cara e eles riram enquanto eu em um estalo abria os olhos para a realidade.

***

Marquei a última questão e deixei minha pena descansando na mesa, eu terminei meus testes em apenas quinze minutos, e isso era muito pouco, olhei sutilmente ao redor vendo que as pessoas nem da primeira parte haviam passado ainda, me debrucei sobre a mesa colocando o rosto nos braços. Minerva falou que não poderíamos entregar até o tempo acabar, e ainda faltavam uma hora e quinze para acabar, então uma soneca não seria nada mal.

Enquanto o sono não batia, fiquei olhando meus amigos fazerem as provas, Sirius, James, Lílian, Remus e Snape já haviam acabado. Kath e Alice também, mas Marlene parecia ter dificuldade em uma, alguns só acabaram rápido pois eu, junto com Lily e Remus, os obrigamos a estudarem. Depois eles nos agradecem.

Quando o sono começou a chegar, eu fechei meus olhos tentando ignorar o barulho de várias penas arranhando o pergaminho e das leves tossidas e espirros, estava nevando então era de se esperar que as pessoas começassem a ficarem gripados. Mas o que estava me irritando, era o menino ao lado, ele não parava de fungar por cinco míseros segundos, eu contei.

Respirei fundo e mergulhei no mundo dos sonhos.

Eu estava sentada na biblioteca escura novamente, quando eu ia fechar minha mente a voz soou.

– Não vá! – Pediu Tom Riddle atrás de mim, nos encontrávamos algumas vezes, nunca falei nada nem deixei que visse meu rosto por muito tempo. Quando suspirei me ajeitando na poltrona ele foi para frente de mim, abaixei minha cabeça fazendo uma cortina com os cabelos e o ouvi grunhir frustrado. – Você já viu meu rosto e já ouviu minha voz, porque não posso ver o seu também? – Dei de ombros e ele bufou. – Não sabe com quem está brincando, garotinha. – Me irritei levemente ao ouvi-lo me chamar de garotinha e levantei o rosto com uma carranca, ele arqueou as sobrancelhas surpreso e eu falei pela primeira vez.

– Nem você, Tom. – E fechei minha mente, ah, eu amo deixa-lo confuso e levemente irritado. Uma vez ele ficou me perseguindo pela biblioteca, mas eu subi numa estante e ele ficou me procurando pelo resto do sonho enquanto eu fiquei deitada rindo dele, que ouvia minha risada e voltava a procurar com a varinha a riste e muito irritado.

Acordei com um cutucão e levantei os olhos para ver o menino ao meu lado murmurando envergonhado.

– A professora pediu para que saísse de cima da prova. – Eu me encostei na cadeira e assisti a prova ser levitada e ir em uma das pilhas que estavam ali, a professora Minerva nos liberou e eu levantei lentamente ainda zonza por conta do sonho.

– Mione? – Ouvi e me virei encontrando Jamie e Sirius.

– Como foi sua prova, Gnoma? – Perguntou Six passando o braço pelo meu ombro junto com James.

– Acabei em quinze minutos, e vocês? – Perguntei bocejando e eles começaram a falar das questões enquanto eu dizia se eles haviam acertado ou não, James acertou todas enquanto Sirius errou apenas uma, e isso o deixou irritado, quer dizer, por uma questão ele não vai tirar nota máxima. – Tá, Sirius. Já entendemos, você errou uma e por isso não vai ganhar nota máxima, agora para chorar no meu ouvido por favor. – Resmunguei e ele estralou a língua enquanto James ria de modo nasalado. Entramos no salão comunal da grifinória rindo, mas paramos ao ver a cena.

Remus e Katherine estava com o rosto muito perto um do outro e de mãos dadas, quando eles nos ouviram, se soltaram. Senti lágrimas encherem meus olhos, mas eu as engoli sorrindo de lado forçadamente.

– Que isso, Remus. Que garanhão. – Riu James enquanto Six também o zoava, eu evitei os olhar mas continuei sorrindo de lado.

– Calado, Potter. – Murmurou Remus e Kath começou a gaguejar e saiu correndo para o nosso dormitório. Ainda calada me joguei na poltrona e trouxe o joelho ao peito, deixando uma perna esticada. Fiquei encarando a lareira apreensiva e senti uma dor de cabeça começar, quando eu ia fechar minha mente, Tom Riddle apareceu no salão comunal, os meninos não pareciam notar ele, e o mesmo olhava surpreso para os lados. Quer dizer, até agora só eu que entrava em sua mente por sonhos ou pensamentos mesmo sem querer, não o contrário. Ele olhou para os meninos parando o olhar no Sirius.

– Menino Black... – Murmurou parando a sua frente e acenando na frente de seu rosto, mas Sirius simplesmente olhava através dele rindo, quando ele virou para me olhar eu desviei o olhar para minha frente. – Oh, olha o que temos aqui... – Fingi que não ouvi e comecei a cutucar minhas unhas, tentando não parecer tão tensa o quanto eu estava.

– Mi? – Chamou Remus e eu levantei os olhos para ele.

– Oi, Lupin. – Respondi tentando não parecer tão fria, os meninos não notaram a mudança de temperatura, mas ele notou. Remus franziu o cenho e passou através de Riddle se sentando a minha frente enquanto Tom observava tudo.

– O que aconteceu? Porque me chamou de Lupin? – Sussurrou e eu arqueei as sobrancelhas dando de ombros e puxando minhas pernas para cruzá-las.

– Oh, alguém deve estar com problemas no paraíso... – Murmurou Tom ao meu lado e eu rosnei baixo para ele.

– Mi... O que aconteceu, foi algo que eu fiz? – Perguntou Remus desesperado. – Você descobriu algo sobre mim? – Perguntou ainda mais desesperado e ficando pálido, olhei para ele e arqueei uma sobrancelha.

– Você não fez nada, Remmy. – Ele franziu o nariz.

– Não me apelide. – Sorri de lado e murmurei magoada.

– Só a Kath pode, não é? – Ele escutou e me olhou surpreso, me levantei o driblando e saí do salão comunal correndo até a biblioteca. Senti Tom me seguir, não é como se ele tivesse escolha já que ele estava ligado a mim e não poderia fuxicar o castelo se quisesse, me enfiei entre as várias prateleiras e no final em um extremo da gigante biblioteca me sentei no chão trazendo o joelho ao peito e enfiando o rosto no braço.

– Oh, que peninha. – Falou debochado, acho que ele não sabe que eu posso ouvi-lo. – Pelo menos sei um apelido, “Mi”.

– Calado, Riddle. – Rosnei e levantei o rosto a tempo para vê-lo dar um salto de susto. – Realmente acha que eu não iria notar você?

Ele deu de ombros indiferente e se encostou na prateleira.

– Ainda quero saber quem é você, e como consegue entrar na minha cabeça mesmo eu não querendo.

– Você não vai saber quem eu sou, Riddle. E eu nem tento entrar na sua cabeça, no dia que eu tentar, você não vai conseguir me tirar. – Falei e estiquei as pernas as cruzando ele arqueou uma sobrancelha.

– Mas parece que trocamos de papéis hoje, não? – Murmurou.

– Sim. Por sinal, como conseguiu? – Perguntei e ele deu de ombros me medindo com o olhar.

– Não sei.

– Oh, está bem. Fique longe da minha mente, Riddle. – E fechei minha mente vendo-o sumir junto com a poeira.


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Notas finais do capítulo

Gente, eu sei que algumas de vocês vão lixar tanto o coitado do Remus... Mas ele merece! Vai lá! Desce a lenha!
Heheheh

Outra lição de vida! Nunca remova um ovo de galinha do choco de um sapo se não quiser o Departamento para Regulamentação e Controles de Criaturas Mágicas arrombando sua porta! E se também não quiser acabar com um puta Basilisco chocando no meio da sua sala.