Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 4
4 - Eu? Louca?


Notas iniciais do capítulo

Olá! Minha gente, depois de três dias de manutenção finalmente o Nyah! voltou! Mas pelo lado bom, eu adiantei mais alguns capítulos tendo escrito até o 23 :D

Hoje irei postar mais um capítulo, o de quarta e o de sexta (?).
Bem, é que a manutenção me deixou disposta e eu já estou a alguns bons capítulos a frente. Então... :v
Além de que os reviews me derreteram o coração, por isso vou postar mais de um, hoje! :D

Aproveitem!



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Acordei com os gritos de James, pulei da cama e procurei minha varinha mas ao lembrar que não tinha uma ainda corri sem me importar para o quarto ao lado, escancarei a porta e quase me bati – ou melhor, quase bati em James – ao ver que James havia gritado porque uma coruja lhe acordou bicando sua orelha, fiz carranca para ele e o mesmo sorriu envergonhado. Ele tirou a carta da pata da ave e o virou entre as mãos vendo a coruja pousar da cabeceira da cama, ele tateou a cômoda em busca de seus óculos e quando os achou os colocou de modo torto ainda meio sonolento, mas se sobressaltou ao ver que era um bilhete com um brasão Black.

Corri até a sua cama me sentando ao seu lado e ele abriu a carta, de dentro dois papéis caíram, um estava para mim e o outro para ele.

Oi, James.

Estou escrevendo como você pediu, hoje eu vou comprar meus materiais, espero encontrar você e sua irmã por ai!

Como ficou depois que fomos embora?

Bem, eu, Régulo e Andrômeda fomos praticamente interrogados e acusados de estarmos sendo seus amigos, nossa, acho que foi a primeira vez que vi Régulo responder minha mãe.

Ele defendeu sua irmã, acredita?! E ainda ficou falando como ela era bonita, inteligente, simpática e blá, blá, blá...

Mas não é que eu concordo com ele?

Não foi muita surpresa ver Drômeda respondendo aos meus tios, mas foi engraçado, devo admitir.

Bem, não tenho mais nada para falar.

PS: A coruja só vai sair se vocês me responderem!”

Eu ri do ciúmes que James ficou quando Régulo e Sirius me elogiaram, aposto que Sirius só fez para provocar meu irmão. Peguei a carta que era para mim e comecei a ler.

“Hey, Mione!

Aqui é a Andrômeda, E o Régulo. ­– As letras ficavam se alternando, mas ambas eram muito elegantes.

Queríamos saber se causamos algum problema, e não precisa se preocupar que não houveram punições!

Apenas um longo e chato interrogatório, sabe, acho que Régulo está caídinho por você.

Mentira! Eu apenas te achei legal!

Agora ele está ralhando comigo e vermelho igual a um tomate, esperamos que esteja bem.

Nos encontramos no beco diagonal!”

Fiquei rindo da cara vermelha de raiva de James quando Andrômeda falou que Régulo estava a fim de mim, eu sabia que não era verdade, foi mais para deixar o primo constrangido.

Presumindo que eles estavam na mesma casa, fizemos apenas uma carta.

“Oi, Drômeda, Régulo Réggie e Sirius!

Foi bem, nossos pais só ficaram com cara de bunda a cara emburrada.

Digamos que eles não gostaram tanto dos pais de vocês, mas como nossa mãe disse, vocês são bem vindos aqui!

Eu sei que minha irmã é perfeita, Black’s. Mas não é para o bico de vocês!

Ignorem, ele está com ciúmes. Obrigada pelos elogios! Juro que fiquei vermelha como um tomate, ou melhor, como o “Réggie”.

Também esperamos encontrar vocês no beco diagonal, se a coruja for interceptada pela prima louca de vocês, a irmã de Andrômeda, Bellatrix, avisem! Ou não... Vocês quem sabem!

Espero que esteja gostando do livro, Drômeda.

Beijos, Mione e James gostosão Potter.

Demos a carta para a coruja, que já estava começando a nos bicar impaciente e ela saiu voando pela janela piando um tanto irritada.

– Eu eim, que coruja irritadiça. – Reclamou James me fazendo rir, então eu me calei olhando preocupada para ele.

– James... Você acha que Voldemor-

Shhhhhii! – Exclamou me cortando assustado. – Não fala esse nome! Dá azar! – Rolei os olhos para ele mas decidi me calar, vai que é um tabu.

– Você acha que você-sabe-quem vai conseguir nos atingir? – Perguntei um tanto temorosa, ele sorriu meio nervoso.

– Não se preocupe! Eu vou estar aqui para proteger você. – Ele inflou o peito e eu ri, coitado, mal sabe que eu poderia duelar contra um auror e ganhar de olhos fechados.

– Claro... Claro. – Falei e sorri de lado dando um beijo nos cabelos de James, me levantei e saí voltando ao meu quarto para trocar de roupa.

Coloquei uma calça, uma camisa simples e um sobretudo junto com uma botinha marrom. Fui ao banheiro e fiz minhas necessidades e minha higiene, não demorei a descer a escada em direção a cozinha. Mamãe ainda deve estar dormindo, mas papai deve estar trabalhando, não que realmente precisemos, mas ele gosta de se sentir útil. Já mamãe só não trabalha porque diz que não confia em nós sozinhos e juntos na casa, mesmo com Pops como “babá”, talvez ela saiba que James não iria obedecer de qualquer jeito.

Mesmo eu já tendo sido muito quieta e sempre ter impedido – ou tentado – Harry e Ron, Hermione Potter na maiorias das vezes acompanhava o irmão nas brincadeiras. Me sentei na mesa da cozinha e olhei para os armários, eles eram altos, mas se eu subir em uma das cadeiras eu consigo pegar o cereal trouxa que eu sempre peço para comprarem... Fiz cara de concentrada e a antiga parte da minha cabeça estava gritando: “Você é estúpida?! Hermione Granger Potter, você sabe muito bem que pode cair! Pense sua desmiolada!” enquanto a nova parte e ingênua exclamava “Não ligue para essa velha, pode pegar, não é como se você cair só por subir numa cadeira!”.

Dei de ombros e empurrei a cadeira até perto do armário, subi de modo cuidadoso e peguei o cereal descendo calmamente e colocando a cadeira de volta no lugar. “Viu?! Sua velhota! Ela só subiu numa cadeira! Só porque você era sem-graça, ela não precisa ser também!” “Fica quieta Pirralha, ela tem que ser responsável também!”

Calem a boca as duas! – Exclamei pegando o leite e as vozinhas se calaram, me virei e corei ao ver James me olhando como se eu fosse louca, sorri para ele e peguei uma tigela colocando o cereal e o leite logo enfiando a colher no mesmo. Voltei a me sentar e comecei a enfiar o cereal na boca, ainda fitando James, ele continuou parado no lugar com uma sobrancelha arqueada e eu falei depois de engolir o cereal. – Que foi?

– Nada... É só que eu estou me perguntando se você ficou louca. – Rolei os olhos e sorri cínica.

– Me pergunte isso daqui a 20 anos quando você estiver casado e com um filho chamado Harry. – Ele engasgou e eu arqueei a sobrancelha. – Que foi?

– Como você sabe que quero que meu filho se chame Harry?! – Rolei os olhos novamente e arqueei uma sobrancelha para ele.

– Você já me disse. Além de que eu te conheço, James. – Ele riu aliviado e eu sorri de lado divertida. Ah, como quero falar para ele toda sua história... Suspirei sorrindo e ele estreitou os olhos para mim.

– E você? Qual vai ser o nome do seu filho ou filha? – Dei de ombros e o mesmo arqueou uma sobrancelha descrente.

– O que? Eu não sou igual aquelas meninas que preparam os próximos 40 anos da vida! – Ele fez cara de ofendido e levou uma mão ao peito.

– Está me chamando de menina? – Perguntou com um falso tom de indignado.

– Ué, você não é? – Ele riu estrondosamente jogando a cabeça para trás e pegou uma tigela e uma colher, se sentando a minha frente.

– Machona.

– Mais que você. – Ele riu novamente e ouvimos um leve pigarro enquanto riamos e James colocava seu cereal. Olhei sobre o ombro de James e vi minha mãe parada lá já pronta e com uma sobrancelha arqueada. – Bom dia, Mãe.

– Bom dia, Mione. – Ela andou até nós e nos beijou nos cabelos. – Bom dia, Jamie.

– É James, mãe! – Resmungou James corando e ela riu baixinho colocando as mãos na cintura.

– E porque a Mione pode te chamar de Jamie?

– Porque eu sou eu, mãe. – Falei depois de engolir a comida, os dois riram e quando eu terminei, deixei as coisas sujas na pia, não demorou muito e Pops apareceu limpando as coisas que eu e James havíamos sujado. O café de mamãe já estava pronto, Pops já sabia que não era para fazer nosso café, eu que pedi dizendo que se ela fizesse nosso café eu e James ficaríamos mais preguiçosos do que já erámos.

Subimos para escovar os dentes correndo e descemos ainda nas pressas, só para encontrar nossa mãe tomando café calmamente enquanto lia o profeta diário.

– Vamos, mamãe! – Apressou James enquanto eu andava em círculos para o tempo passar mais rápido.

– Calma, meu filho. O beco diagonal não vai a lugar nenhum. – Falou calmamente e nós grunhimos e bufamos rolando os olhos em movimentos sincronizados, mamãe soltou uma risada nasalada e enquanto eu colocava a mão na cintura batendo o pé de modo ritmado, James cruzava os braços olhando para o relógio de modo impaciente. Tudo que se ouvia era o farfalhar do jornal e os tic tacs do relógio, que para mim parecia que nunca saía do lugar. – Está bem, vamos logo. – Resmungou nossa mãe bebendo de uma vez o café, ela subiu rapidamente para escovar os dentes e quando desceu, trazia sua varinha a enfiando no bolso das vestes. Ela pegou uma bolsinha cheia de Sicles e galeões de ouro, tenho certeza que tem o feitiço de extensão, fomos para frente da lareira e ela mandou James primeiro pela rede de flú.

– Beco Diagonal! – Exclamou em alto e bom som, as chamas verdes o envolveram e entrei logo em seguida.

– Beco Diagonal! – As chamas me envolveram e eu senti o mundo girar, mas antes que eu pudesse ao menos ficar enjoada, tudo parou e eu me vi perto da loja da Madame Malkin, James me puxou para seu lado e eu olhei ao redor tentando parecer impressionada. Quer dizer, eu vim aqui tantas vezes já... Mamãe apareceu e logo nos puxou para primeiro fazer nossas vestes.

Merlin, a Madame Malkin não envelhece nunca?! Ela nos atendeu com um sorriso mais jovial que o normal e pude ver James corar, quase rolei os olhos com isso. Não quero nem saber quando ele conhecer a Madame Rosmerta. Ela tirou nossas medidas e blá, blá, blá... Quando acabamos e quando mamãe pagou, fomos para a Floreios e Borrões, compramos nossos livros e claro, alguns extras para completar a biblioteca de casa e para mim e mamãe. E então, finalmente fomos no senhor Olivaras, e James e eu sempre olhávamos para o lado a procura de algum Black e mesmo assim, não achamos.

Paramos em frente à frente da loja, que mesmo sendo do passado continuava velha, e entramos animados. O senhor Olivaras apareceu ao ouvir barulhos e seus olhos brilharam para mim, algo como reconhecimento e eu sorri para ele.

– Olá, senhor Olivaras. – Falou minha mãe e ele sorriu para ela desviando o olhar para a mesma. – Viemos comprar varinhas para os dois. – Sorrimos animados e ele sorriu de lado.

– Claro, vamos começar com o rapaz? – James engoliu seco e eu ri rolando os olhos. – Estenda o braço que usa a varinha, sim? – James estendeu o braço direito e o senhor Olivaras mediu do seu cotovelo até sua mão e do seu cotovelo ao ombro e então voltou ao fundo da loja logo voltando com várias varinhas. Ele começou a dar as varinhas para James usar e na quarta varinha, James sorriu e a varinha soltou fagulhas vermelhas pela ponta eu pude sentir a eletricidade que a junção dos dois causou. - Mogno, 28 centímetros, flexível. Excelente para Transformações. Escolha interessante... Agora vamos a senhorita...

– Hermione. – Estendi minha mão para ele apertar sorrindo marota e o mesmo sorriu de lado apertando minha mão. Enquanto minha mãe tentava impedir James de usar a varinha ele murmurou.

– Está diferente desde a última vez que a vi, senhorita Granger... – Entrei em choque e ele deu uma piscadela, ele sorriu e mediu meu braço enquanto eu ainda estava paralisada. Saí do estupor quando ele voltou com várias caixas, ele começou a me dar as varinhas e quando estava na nona que não me escolhia, James debochou.

– Talvez nenhuma queira você. – Eu fiz carranca para ele e quando mamãe virou lhe dei um tapa na nuca.

O senhor Olivaras então trouxe uma que me fez saltitar, era a minha varinha!

– Videira, corda cardíaca de dragão. – Ele a estendeu para mim e quando eu a peguei... Nada. Murchei com isso e franzi o cenho a virando entre os dedos, ela parecia tão fria... Tão... Incompleta. – Acho que talvez essa sirva. – Ele pegou a varinha da minha mão e eu olhei para a que ele estava estendendo e quase engasguei, era a varinha do Harry! Rezei a Merlin, Deus ou qualquer outro que aquela varinha me rejeitasse. - Azevinho, 28cm, núcleo de pena de fênix, boa e maleável.

Peguei temerosa a varinha e não consegui controlar o sorriso quando senti a mesma se encaixar perfeitamente na minha mão e faíscas douradas saírem da ponta da mesma esquentando minha mão, mas então eu levantei meus olhos e entendi o que aquilo significava... Eu iria ter que lutar contra Voldemort e as palavras de Harry ecoaram na minha cabeça.

“Já tens a minha magia e a de muitos outros, Hermione. Mas se quiseres, pegas o pouco que ainda me restou.”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Mais tarde eu posto outro capítulo, muito obrigada a quem está me mandando review, significa muito para mim!



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