Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 29
29 - Não imaginaria nem em um milhão de anos.


Notas iniciais do capítulo

VOCÊS QUEREM ME MATAR, ISSO SIM! MAIS DUAS RECOMENDAÇÕES! MUITO MUITO MUITO OBRIGADA! AMO VOCÊS SUAS LINDAS! - e lindos se eu tiver algum leitor-

Agradeço a Lua, que me deixou lisonjeada por ter minha fanfic como sua recomendação, e A quinta Marota de Hogwarts pela recomendação maravilhosa, muito obrigada a ambas!

Desculpe por não responder os comentários, mas é que hoje minha mãe liberou o netbook porque eu gabaritei o simulado de física, e decidi fazer um capítulo para vocês, mas assim que eu tiver a chance, irei responder! Está quase acabando meu povo, logo logo eu vou estar de férias e não tirarei a cara do netbook.

Falo sério quando digo que amo cada uma de vocês, ganhei um carinho e amor por vocês, até mesmo pelas fantasminhas!
Esse capítulo vai ser a realização de uma certa leitora que me implorava para que certa coisa acontecesse.

Espero que gostem!
♥ ♥ ♥ ♥



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Suspirei frustrada enfiando minha cara no livro tentando ignorar os passos e murmúrios em minha direção, era sexta feira, dois dias depois de Whitewood “misteriosamente” se demitir e fugir de madrugada. E não sei porque, não me senti culpada quando eu vi em um dos ataques de fúria de Riddle, Whitewood morrer. Talvez a guerra realmente tenha me mudado seriamente, mesmo eu tendo sentimentos ótimos com relação as pessoas que eu amo e em geral, não consigo ter sentimentos quando estou em um duelo sério e isso me torna tão perigosa que me assusta, realmente, me assusta.

– Hm... H-Hermione? – Ouvi uma voz tímida falar e segurei o grunhido para não ser mal educada, ouvi Sirius segurar a risada comendo seu frango. Respirei fundo e virei a cabeça para o garoto, ele era do quarto ano, se não me engano. Observei sua gravata da lufa-lufa e sorri forçada tentando lembrar o nome dele.

– Sim...? – Perguntei e James se engasgou por segurar o riso, o mandei um olhar repreendedor e voltei meus olhos para o menino novamente.

– E-eu sei q-que você já d-deve ter recebido milhares de convites... – Gaguejou corado e eu sorri de lado achando aquilo fofo, todos haviam se calado para ouvir o décimo sétimo de um garoto diferente desde ontem. – Mas... Você Hogsmeade ir gostaria comigo? – Sirius e James explodiram em risada com o modo embolado que ele falou, o garoto corou ainda mais abaixando a cabeça e eu chutei as pernas dos meninos, Remus olhava por cima de seu livro de modo curioso.

Me levantei ficando a sua frente e levantei seu rosto o deixando ainda mais vermelho, muitos sugaram o ar surpresos, e alguns de raiva por ele conseguir algum contato comigo.

– Qual é seu nome? – Perguntei sorrindo levemente e ele arfou.

– Nicholas.

– Então, Nicholas, seria uma honra ir com você, mas... Desculpe, eu não... – Respirei fundo e falei. – Você parece um cara legal, então não vou mentir. Eu não consigo sair com alguém que acabei de conhecer, chame alguém com quem se sinta confortável em falar, tenho certeza que qualquer garota a quem convidar será uma sortuda. – Ele acenou com a cabeça meio cabisbaixo e saiu me fazendo suspirar e me sentar novamente enfiando o rosto nas mãos, a única maldita pessoa que eu esperava que me convidasse, estava ocupado demais tentando arrumar coragem para chamar a Vance para Hogsmeade.

Quer dizer! Eu só esperava que depois de quase me beijar, Remus reagiria de alguma forma! Me chamaria para a merda do passeio em Hogsmeade, ou sei lá!

Remexi o purê tentando a todo custo não virá-lo na cabeça de Aluado.

– Que isso em, Neve! Está famosa. – Zombou Sirius e eu lhe lancei um olhar gelado, eu estava puta com eles, Sirius vai com Marlene, Alice com Frank, James com uma garota do quarto ano, claro que ele insistiu tanto em chamar Lily que ela o azarou, Lily vai com Amus e Dorcas chamou Severo, ele aceitou. Pedro? Ele vai com Katherine, isso mesmo, Katherine.

Todos me deixaram sozinha, a não ser que Remus me chame para ir com ele.

Resmunguei emburrada, hoje teríamos apenas aulas de adivinhação e feitiços, já que era hora do almoço e a maioria das aulas já havíamos tido.

– Porque ela está assim? – Perguntou Régulo se sentando ao lado de Sirius, Severo se sentou corado ao lado de uma Dorcas sorridente.

– Porque todos me deixaram sozinha no passeio. – Resmunguei e ele sussurrou.

– Se eu pudesse ir, te levava. – Sirius riu e eu sorri de lado ao vê-lo corar.

– Não exatamente sozinha já que você pode ir com o Aluado. – Cutucou Almofadinhas me lançando uma piscadela discreta, o olhei repreendedora e Remus engasgou com seu suco, virei meus olhos na expectativa para ele e o mesmo corou olhando para todos nós.

– B-bem... E-eu i-ia...

– Tudo bem. – Suspirei apoiando a bochecha na mão enquanto que com a outra eu remexia a comida.

– Desculpe... – Murmurou e eu dei de ombros desanimada fazendo um gesto para que ele deixasse para lá. – Não, e-eu vou com você então.

– Não quero que vá comigo por pena. – Resmunguei e olhei sobre o ombro voltando meu olhar para ele, sorri forçada e me levantei respirando fundo, andei até Vance e tentei ser simpática. – Oi, Emelina... – Ela tirou os olhos do livro e sorriu simpática.

– Oh, olá Hermione... Posso ajuda-la em algo?

– Sim, você vai com alguém para Hogsmeade? – Ela arregalou os olhos assustada e eu tratei de completar. – É que Remus estava tentando arrumar coragem para te chamar. – Ela suspirou aliviada e olhou para Remus, que devia estar mais corado que nunca agora. – Então, gostaria de ir com ele?

– Hm... Claro, por que não? – Falou corando um pouco, sorri amarela e voltei para a mesa para pegar a bolsa aproveitando para simplesmente falar.

– Consegui a Vance para você. – E saí recebendo um olhar preocupado de Sirius, ignorei e fui andando lentamente até a sala de adivinhação.

***

Acordei desanimada, as meninas corriam pelo quarto buscando ficarem perfeitas para seus pares, menos Marlene e eu. Ela por ir com Sirius como amigos e eu por não ter ninguém com quem sair, eu até pensei em chamar Adam, mas ele está ficando com uma grifinória do quinto ano e eu não queria causar problemas. Me arrastei para o banheiro, onde demorei um pouco, e voltei para o quarto envolta apenas em uma toalha, meus cabelos estavam ondulados pois dormi de trança. Comecei a me vestir e automaticamente coloquei um vestido, acho que acostumei, seria a primeira vez que o pessoal daqui me veria de vestido, já que estou sempre ou de uniforme, ou então com calças e shorts.

Dei de ombros o vestindo e me olhei no espelho, o vestido azul ia à um palmo acima do joelho e caia bem em meu corpo.

Resumindo, eu estava gostosa. Não tem essa de “modéstia à parte”, não, eu estava bonita.

Convencida. – Granger resmungou e eu ri baixinho me sentando na cama para vestir a sapatilha, nem pagando eu usaria salto para passear por Hogsmeade. Vesti uma jaqueta jeans já que o clima estava esfriando e eu não queria pegar um resfriado, prendi meu cabelo e catei uma bolsinha para colocar os galeões, minha varinha ia nela, peguei um livro e quando olhei para as meninas, elas estavam paralisadas me encarando boquiabertas.

– Que foi? – Perguntei olhando se tinha alguma coisa de errada com minha roupa.

– Você está usando vestido? – Dorcas perguntou, ela havia aparecido para se arrumar conosco.

– Sim, tem algo de errado com ele?

– Você está perfeita. – Marlene falou sorridente. – Só falta a maquiagem!

– E podemos fazer um penteado!

– Remus vai se arrepender de não ter te chamado! – Todas começaram a falar ao mesmo tempo e eu fiquei atordoada por um instante.

– Nada de penteados ou maquiagens! – Berrei e ela fizeram carinhas de cachorrinho que caiu do caminhão de mudança, grunhi e suspirei. – Sem penteados, mas deixo fazerem uma maquiagem leve. – Elas comemoraram e eu me sentei na minha cama enquanto elas corriam até mim com maquiagens na mão, suspirei e fechei os olhos.

Elas não demoraram muito, em cinco minutos, Lily já me mandava abrir os olhos. Quando o fiz, as meninas sorriram orgulhosas, fui até a penteadeira de Alice e vi que elas apenas colocaram brilho, destacaram um pouco meus olhos com lápis de olho, delineador e máscara. Minhas bochechas estavam fofamente coradas com blush e eu sorri para elas agradecendo.

– Não por isso. – Lily corou e eu ri baixinho, fui em direção a porta e exclamei.

– Estou esperando vocês no salão comunal. – Elas concordaram e eu me arrastei até lá, os meninos ao ouvirem alguém descendo as escadas correram até lá, mas era apenas eu. Mesmo assim eles ficaram boquiabertos, rolei os olhos corando e desci de vez indo me sentar no sofá e verificando se minha autorização estava comigo.

– V-você vai com quem? – Gaguejou Remus atordoado, olhei para ele e arqueei uma sobrancelha.

– Ninguém. – Fiz muxoxo dando de ombros e as meninas começaram a descer, fomos até os portões e todos ficaram com seus pares enquanto eu ia atrás praticamente me arrastando, Filch olhou nossas autorizações e nós saímos indo até as carruagens. Mas como tinha muita gente, eu tive que ir em outra porque eles não queriam se separar de seus pares, tive que aguentar um casal se agarrando no outro banco, fiz uma nota mental para puni-los e não os ajudar nos testes.

Chegamos e eu vi alguns indo para o café, ou simplesmente andando por ai, suspirei me sentindo para baixo e fui ver a casa dos gritos, mas Remus e Emeline estavam lá.

– Dizem que pode se escutar os gritos algumas noites, ecoam por toda Hogsmeade. – Emeline falou e eu sorri de lado debochada, imagino como deve estar a cara de Remus, provavelmente está tentando segurar o riso.

Dei minhas costas e me sentei em um dos bancos afastados me perguntando o porquê de ter vindo se ninguém iria aproveitar comigo.

Me encostei cruzando os braços e olhando para uma arvore bonita a alguns metros, Remus e Emeline passaram por mim e eu observei Remus olhar sobre o ombro para mim enquanto Vance enroscava o braço no seu. Ele sorriu e mexeu os lábios formando um “obrigado”, sorri amarga e ela falou algo que o fez rir e prender sua atenção, meu peito se apertou e eu engoli seco estralando os dedos tentando me distrair.

Suspirei e me levantei caminhando em direção ao dedos de mel para me empanturrar de doces, cheguei na porta da loja e entrei vendo meus amigos em casais escolhendo doces. Eles mal me perceberam já que além de eu estar sendo discreta, eles estavam envoltos demais em suas conversas. Comprei algumas delicias gasosas para Dumbledore e mais alguns doces para pessoas alheias, como Régulos e alguns professores.

Saí da loja entrando no três vassouras para apenas tomar uma cerveja amanteigada e se não tiver nada para fazer, voltar para o castelo.

– Uma cerveja amanteigada, por favor. – Murmurei para Madame Rosmerta e ela me olhou atenta.

– Cadê aqueles seus amigos? – Perguntou confusa me empurrando uma caneca de cerveja amanteigada enquanto eu me sentava em um dos bancos, dei de ombros e tomei um gole da bebida sentindo-a me aquecer.

– Provavelmente por ai com suas companheiras. – Ela sorriu de lado e eu continuei minha bebida conversando com ela assuntos alheios, um homem se sentou ao meu lado deixando o jornal em cima da bancada e pedindo uma bebida. O título me chamou a atenção e eu perguntei. – Com licença, será que eu poderia dar uma olhada? – Ele me encarou com o canto do olho e deu de ombro deslizando o jornal para mais perto de mim. Agradeci e prendi a respiração ao ver o ministro acenando na capa e então o título.

Ministro da magia morto?!

Saiba mais na página 15

Essa quinta, o ministro da magia foi encontrado morto em seu gabinete. Não é surpresa que ele era um nascido trouxa, e como qualquer um deles, não estava a salvo de você-sabe-quem, mas o ataque dessa vez foi brutal.

Uma camareira o encontrou morto sentado em sua cadeira, amordaçado, preso e com indícios de tortura, tanto física quanto por uma das maldições imperdoáveis, além disso, seu corpo estava coberto com a palavra “sangue ruim” repetidas várias vezes entalhada em sua carne, a adaga coberta de sangue fora encontrada em sua mão, o que faz os Aurores pensarem que ele foi impelido a se próprio mutilar. Agora, sabemos que essa é uma palavra altamente ofensiva designada para nascido trouxas, no mundo bruxo.

A camareira, que pedira para ficar em anonimato, parecia traumatizada quando lhe entrevistamos, suas palavras foram, “Em todos meus anos trabalhando no ministério, nunca vi algo tão repulsivo, brutal e imperdoável. Finnick era um bom homem, e o que acontecera abalou muitos, ele não merecia. Me pergunto no que o mundo irá se tornar, se isso aconteceu com um ministro, o que poderá acontecer com outros nascidos trouxas? Uma nuvem sombria está se aproximando, e teremos que estar preparados para quando ela chegar.”

Fiquei boquiaberta tentando assimilar a informação de que Riddle já estava atingindo o ministério, meu coração batia contra as costelas de modo violento, havia mais algumas coisas sobre o caso, mas eu não conseguia pensar em nada e tenho certeza que ler sobre a família não acalmaria o café da manhã prestes a sair da minha boca. Respirei fundo sentindo o peso de matar Voldemort em meus ombros, respirei fundo e terminei a caneca de uma vez irritada ao não sentir a letargia da álcool.

– Ei, garota. Está bem? – Perguntou o cara e eu acenei com a cabeça devolvendo seu jornal, paguei a Madame Rosmerta, peguei as sacolas me virando e vendo que os outros marotos haviam entrado com seus pares e se sentado em uma mesa só. James acenou para mim me chamando para sentar com eles, mas eu olhei significativa para Remus e Emeline e ele entendeu o recado abaixando o braço sorrindo de lado triste. Devolvi o sorriso e acenei saindo da taverna, olhei para o céu, que se acinzentou e logo senti a primeira gota de chuva sobre meu rosto, a chuva começou e as meninas e alguns meninos entraram gritando na taverna, fiquei sozinha na chuva meio sorridente, girei sentindo as gotas baterem em meu rosto.

E foi naquele momento que me permiti não me preocupar com nada, não me preocupei se ficaria resfriada, não me preocupei que talvez Remus e Emeline tivessem um relacionamento, não me preocupei com Riddle ou com o fato de que o mundo bruxo e trouxa poderia ser completamente destruído se eu não matasse Voldemort.

Respirei fundo sorrindo e soltando o cabelo, deixando que escorresse por minhas jaqueta, ele estava muito longo batendo em meu quadril, e aquilo estava começando a me irritar, sem me importar, tirei a jaqueta a amarrando em minha cintura e tirando a sapatilha para que não se enchesse de lama. Joguei as compras sobre o ombro despreocupadamente as mantendo ali enquanto levava a sapatilha na outra mão.

Caminhei calmamente por entre as outras pessoas que corriam para se abrigas em alguma loja, me sentei em um banco me sentindo encharcar. Fechei os olhos e usei a manga da jaqueta para limpar a maquiagem, não queria ficar parecendo um panda. Fiquei um bom tempo tomando um banho sem coragem para me levantar, além de que se eu fosse para o castelo iria me sentir abandonada, se eu fosse para o três vassouras, ficaria de vela e de quebra ainda veria como Emeline e Remus se davam bem.

E você me pergunta, porque eu não fiquei apenas com Sirius e Marlene se eles vieram apenas como amigos? Simples, eles tem uma química inegável, então, não seria eu a atrapalhar.

Espirrei e tremi de frio, talvez essa não foi a ideia mais inteligente do mundo. Mas não me arrependia, foi um dos melhores momentos que tive sozinha e mesmo que eu fique alguns dias de cama, não trocaria por nada.

Parece besta, mas para quem sempre tem responsabilidades e a cabeça cheia, um momento desses em que você não se preocupa com nada é perfeito e relaxante.

Pena que esse momento não durou muito, ouvi gritos histéricos mais à frente na parte das lojas e me sobressaltei buscando afobada minha varinha na bolsa. Deixei as coisas lá e corri descalça mesmo pela chuva, vultos negros começaram a aparatar e eu ofeguei ao ver os estudantes sendo atacados por comensais da morte. Estuporei um que iria atacar Nicholas, o menino de mais cedo e ele me olhou assustado. Peguei seu braço e gritei para alguns que ainda não sabiam o que fazer.

– Entrem na taverna! – Eles correram para lá e eu arrastei Nicholas para a mesma, entrei encharcada e trombei com James, ele parecia desesperado, ele me olhou e me abraçou apertado ofegando.

– Eu estava tão preocupado! – O abracei de volta suspirando aliviada por vê-lo em segurança. O soltei e eu olhei ao redor vendo a baderna e desespero. Voltei meu olhar para James e gritei para que escutasse.

– Todos entraram? – Ele negou com a cabeça e eu suspirei frustrada, subi numa mesa e coloquei minha varinha no pescoço fazendo minha voz aumentar. – Silêncio! – Eles se calaram e voltaram seus olhares para mim. – Se acalmem, se ficarem aqui estarão protegidos, quem não sabe se duelar, fiquem longe das portas e janelas. – Saltei da mesa e eles se afastaram da entrada, troquei um olhar com Sirius e procurei os outros marotos, Pedro estava junto a Remus acalmando suas companhias, rolei os olhos para choro desnecessário e corri até Sirius. – Proteja as portas junto a James, não deixe um certo grupo sonserino entrar, mas não negue entrada para os que eu conseguir salvar.

– Como assim?! – Perguntou alerta e eu rosnei.

– Não tenho tempo! Cala a boca e proteja a porta. – Saí correndo e vi que James me seguira irritado, lhe estuporei o jogando dentro do três vassouras e lancei um olhar de aviso para ele. O mesmo fez cara de choro, mas eu ignorei lhe mandando um sorriso.

Haviam alguns alunos no chão, mas eles apenas estavam desmaiados, graças a Merlin. Notando agora, eles estão aqui apenas para assustar e não para realmente machucar, o vidro de algumas lojas estavam quebradas. Estuporei Avery ao vê-lo duelar com Adam, o mesmo sorriu ofegante e agradecido.

Não sei quanto tempo se passou, mas desacordei muitos, até que eu senti a pressão perigosa. Prendi a respiração e berrei para os alunos que ainda estavam ali saíssem, eles sentindo que deveriam, seguiram meu conselho. Olhei para o céu sentindo as gotas escorrerem por meu rosto, quando um comensal explodiu uma loja, os cacos haviam voado em mim, meu braço, pernas estavam cortados em algumas partes, assim como meu rosto, ele tinha alguns cortas deixando o sangue escorrer. Os alunos que eu havia mandado sair tinham sido espertos e levado os que estavam desacordados junto.

Fechei os olhos por alguns segundos e senti uma mão alisar meu rosto delicadamente, os abri e Riddle me olhava com os olhos vermelhos sangue.

– Quem fez isso? – Me afastei com a varinha à riste e rosnei.

– Você. Mandando seus comensais nojentos para atacar o vilarejo. – Ele sorriu de lado e olhou orgulhoso ao redor.

– Sim, eles fizeram um bom trabalho, não? – Gabou-se e um comensal ameaçou se levantar para se curvar, apontei minha varinha para ele o desacordei novamente. Ele riu ao me ver fazer aquilo e eu apontei novamente minha varinha para ele, meu sangue borbulhava de raiva, ele colocou meu irmão e meus amigos em perigo. Isso não tem desculpa.

– Pegue sua varinha Riddle, se eu não lhe matar agora, ficarei feliz em fazê-lo sangrar. – Vociferei e seu sorriso morreu ao me ver falando sério. Seu olhar ficou sombrio, mas eu não me importei e empinei o nariz em desafio. Ele puxou lentamente sua varinha e quando me preparei, ele sorriu.

– Sabe, você tem os mesmos olhos.

– De quem? – Debochei e ele andou em volta de mim, fui rodando junto nunca tirando minha varinha da sua direção.

– De mim. – Fechei a cara e o tempo que ele ria, o peguei despreparado e o estuporei, ele protegeu assustado e rosnou com os olhos cintilando.

Ele me lançou um feitiço antigo que eu logo reconheci como ser das trevas, sua cor era de um roxo forte e eu bloqueei vendo que se aquilo me acertasse, causaria muita dor. Ele me olhou surpreso quando consegui bloquear e começamos um duelo, eu ouvia os gritos dos alunos, talvez por saberem que ele era Voldemort, ou por me verem em um duelo tão perigoso e sério.

Mas ambos erámos bons demais, simplesmente empatava, fui me aproximando discretamente e quando estava a uma distância segura, saltei sobre ele o derrubando sua varinha voou para alguns metros e eu soltei minha varinha levando meu punho em direção ao seu rosto, mas ele protegeu, fui com meu cotovelo dessa vez e quase gemi de prazer quando acertei seu queixo. Ele girou e me prendeu no chão, tentei levar meu joelho até seu abdômen, mas ele prendeu minhas pernas também, ele mexeu o maxilar irritado e eu rosnei.

– Me solte. – Tentei me desvencilhar, mas ele apenas apertou mais as mãos. Ele me olhou de perto ofegante e então fez algo que eu não pensaria nem em um milhão de anos, me beijou. Não me entenda mal, ele é gostoso e muito bonito, e gostoso, e tem um cabelo perfeito e é gostoso, mas ele tem tanto sangue nas mãos que me dá nojo.

Ele deslizou sua língua pela minha boca e eu ofeguei com sua audácia, uma de suas mãos soltara meu pulso e foi de encontro a meu queixo, usei essa chance e o empurrei me arrastando para longe, ele arregalou os olhos com sua atitude e se levantou pegando sua varinha e me olhando com raiva. Aurores começaram a aparatar e Tom desfez os meus feitiços em seus comensais e os mesmos começaram a desaparatar, Dumbledore apareceu e eles se entreolharam por alguns segundos antes de Tom voltar seu olhar para mim uma última vez e me lançar um sorriso malicioso e uma piscadela, senti a bile subir por minha garganta.

Ele desaparatou e eu suspirei aliviada caindo para trás cansada, Aurores e amigos correram até mim. James e Sirius cortaram a multidão e me ajoelharam a meu lado.

– Hermione! – James guinchou colocando minha cabeça em seu colo.

– Está machucada? – Sirius perguntou assustado.

– ...Era Você-sabe-quem.

– ...Hermione acabou com a maioria...

– ...Ela duelou com ele...

– ...Como a Potter sobreviveu? – A chuva embaçava minha visão e logo a mesma escureceu de cansaço e esgotamento, a última coisa que vi foram os olhos azuis de Dumbledore cintilando para mim orgulhosos.


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Notas finais do capítulo

Eu leio todos os comentários e acreditem, me dói o coração não conseguir respondê-los.

Irei tentar pelo celular, mas acho que irá demorar bastante, então me perdoe se eu não conseguir lhe responder.
Se for alguma pergunta ou confusão, mande-me no MP que eu talvez consiga responder! :D