Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 27
27 - Quem realmente é você?


Notas iniciais do capítulo

SE EU ESTOU CHORANDO?! ESTOU, E MUITO! MAS NÃO É DE TRISTEZA!
Eu estou com seis recomendações, SEIS! EU CHOREI MUITO QUANDO ENTREI HOJE E VI QUE HAVIA GANHO MAIS DUAS. SÉRIO MESMO, MUITO OBRIGADA A SRTA. ALUADA QUE EXCLUIU SUA CONTA SÓ PARA PODER RECOMENDAR, E A SAKURA HARUNO.
EU LITERALMENTE CHOREI, ESTOU MUITO ORGULHOSA DE MIM PORQUE SE VOCÊS ESTÃO GOSTANDO A PONTO DE RECOMENDAR, ENTÃO QUER DIZER QUE A FANFIC É BOA!

E eu também estou chorando porque... EU FINALMENTE TERMINEI O PRIMEIRO TRAILER DE FANFIC, E FOI PARA ESSA! ESTOU TRABALHANDO NELA A UM BOOOOM TEMPO E FIQUEI ORGULHOSA COM O RESULTADO. ESPERO QUE GOSTEM! O LINK: https://youtu.be/NsqfNaE30cE

Muito obrigada pelo suporte, eu amo escrever, mas aqui em casa todos acham uma piada e isso me deixa MUITO para baixo, então receber apoio de vocês é a melhor coisa do mundo. Muito obrigada mesmo!
Bem, vamos ao capítulo!



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Segunda semana de aula e eu acho que nunca senti tanta vontade de bater em um professor assim, o Senhor Whitemore é um babaca de marca maior, desdenhoso e galinha!

Não há uma garota solteira do sétimo ou sexto ano que ele já não tenham cantado! Até mesmo Lílian fica suspirando por ele! Acho que eu, Marlene e Dorcas – além de Minerva –, somos os únicos seres femininos do castelo que simplesmente o odeiam. O cara é um idiota machista, preconceituoso e egocêntrico. Além de que ele se acha, aposto que eu conseguiria acabar com ele de olhos fechados!

Resmunguei algo sem sentido enquanto caminhava em direção a sala de DCAAT junto aos Marotos, Dorcas, Lílian e Lene. Lils estava radiante e entusiasmada para ter mais uma aula com o Whitemore, enquanto o resto de nós praticamente se arrastava.

– Lílian, eu juro por Morgana que se você não tirar esse sorriso da cara agora eu irei tirá-lo a força. – Lene ameaçou já irritada com a animação de Lils, Dorcas bateu o punho na mão e rosnou.

– Eu ajudo. – Rimos enquanto Lily bufou e saiu correndo em direção a Severo, logo sorrindo para o mesmo. Jay fechou a cara na mesma hora, mas logo respirou fundo apertando os olhos, então ele simplesmente olhou ao redor parecendo desesperado e mirou uma lufana do quinto ano. Pontas marchou até ela e a puxou pela cintura a beijando, derrubamos nossos materiais boquiabertos ao ver a garota devolver com fervor.

– Mas... Que porra? – Balbuciei desorientada e vi de relance Lily bufar vermelha de raiva assistindo a cena enquanto Severo encarava Dorcas parecendo confuso. Sorri de lado e peguei meus materiais cutucando Marlene e Remus, os mesmos acordaram do transe e eu ri. – Vamos nos atrasar para a aula.

Eles se sobressaltaram e se apressaram em bater nos outros e os arrastarem junto comigo para a sala.

Acho que nosso querido irmão está ficando confuso em relação a ruiva... – Cantarolou Potter e eu quase ri concordando com a cabeça.

Entramos na sala e automaticamente eu fiz uma carranca lembrando-me de quem era a aula. As meninas da Grifinória e da Sonserina já estavam na sala praticamente batalhando para ficar mais na frente. Mas hoje, as cadeiras estavam empilhadas e encostadas nas paredes enquanto apenas uma escrivaninha velha jazia, tremendo, na frente do quadro.

Comecei a suar frio ao notar que havia um bicho papão dentro de uma das gavetas. Lily e Sevs entraram junto a mais alguns alunos olhando confusos ao redor enquanto eu tremia encarando de modo fixo o móvel velho.

– Mi? Hermione, o que foi? – Sirius sussurrou se pondo a minha frente e me segurando pelos ombros, levantei lentamente os olhos para seu rosto e murmurei trêmula.

– Tem um bicho papão ali... – Six franziu o cenho ainda sem entender e eu sussurrei de modo estrangulado. – A guerra... As visões... – Ele arregalou os olhos e eu respirei fundo girando nos calcanhares e andando até a porta, mas assim que eu iria abri-la para gazear, a mesma foi aberta entrando assim James e o professor, esse último sorria malicioso para meu irmão. Provavelmente viu o showzinho e o trouxe para cá, ele levantou os olhos para mim e vi reconhecimento passar por suas orbes verdes.

– Vai a algum lugar, senhorita Potter? – Perguntou desdenhoso e eu controlei-me para não lhe mandar a puta que pariu, sorri amarela e sibilei entredentes.

Não, professor Whitemore. – Girei novamente nos calcanhares e voltei ao lado de Sirius, ele riu e foi para frente da turma sorrindo largo mostrando seus dentes brancos e alinhados conseguindo assim, arrancar suspiros de algumas meninas. Fechei a cara cruzando os braços sobre o peito de modo defensivo.

– Boa tarde, turma. – Grunhi em resposta junto com Dorcas e Marlene enquanto as outras meninas praticamente berraram, os meninos nem se dignaram a abrirem a boca. – Bem, pensei em fazer uma aula prática hoje, mas para isso, preciso que alguém me diga o que tem dentro de uma das gavetas. – Alguns levantaram os braços, mas eu simplesmente cutuquei minhas unhas querendo dar um tapa bem dado na cara do professor. – Senhorita Potter? – Escolheu debochado e levantei preguiçosamente os olhos vendo todos me encarando, suspirei e sorri cínica antes de responder.

– Um bicho papão. – Antes que ele ousasse abrir a boca para me perguntar o que ele eram, falei logo. – São transformistas, se transformam no que a pessoa a sua frente mais teme, eles se alimentam do medo mas risadas os assustam, então o feitiço para o afastar é o Riddikulus. – Ele abriu a boca surpreso mas logo se recompôs sorrindo amarelo e murmurando a contragosto.

– 15 pontos para a Grifinória. – Sorri larga e Sirius comemorou passando o braço sobre meu ombro rindo enquanto os grifinórios sorriam orgulhosos estufando os peitos. – Como a... Senhorita Potter bem disse, eles se alimentam do medo e temem o riso. Vamos primeiro praticar o feitiço, rodem a mão como se estivessem com as varinhas e gritem, “riddikulus”. Em alto e bom som. – Exclamamos fazendo o giro de pulso e praticamos mais algumas vezes até ele sorrir meio satisfeito. – Façam uma fila. – Enquanto muitos corriam para frente, Remus e eu recuamos indo para trás pálidos. O professor me olhou desdenhoso e de cima, mas eu engoli meu orgulho e sorri debochada. Então Remus tirou a ideia da aula desse idiota? Hm...

James era um dos primeiros, até mesmo Pedro estava lá! Deixei meu orgulho de lado e sorri para Remus, ele devolveu o sorriso de modo nervoso e eu suspirei passando a sua frente e lhe mandando uma piscadela. Ele suspirou aliviado e o professor abriu a gaveta com um feitiço.

A turma era só risadas, depois de aranhas, cobras, palhaços, lugares apertados e até mesmo o escuro, Sirius estava em sua vez. O bicho papão se transformou em Tom e eu prendi a respiração com medo da reação dos outros, mas eles apenas franziram os cenhos sem entenderem, mas o professor, ah, o filha da puta sorriu de lado discretamente e apertou o antebraço. Suguei o ar indignada, um comensal?! Em hogwarts e ainda mais como professor?! Bem que eu desconfiava!

Sirius respirou fundo e exclamou o feitiço logo fazendo Riddle usar um tutu rosa pink cheio de babados e ficar com purpurina no cabelo, me engasguei de tanto que eu ria, eu era a que mais ria e o professor me mirou ofendido e irritado.

– Neve, respira. – Remus disse e eu me curvei para ganhar ar e rir mais.

Senhorita Potter, para frente. – Rosnou o professor e eu me calei na hora sentindo meu estômago pesar, mirei o professor, que agora já estava vermelho de raiva.

– N-não acho que seja uma boa ideia, a visão dos meus medos não serão as mais bonitas. – Falei e ele chiou.

Para. Frente. – Respirei fundo e andei trêmula até a frente, todos haviam se calado para prestarem atenção nos meus medos, empunhei a varinha tremendo e o bicho papão começou a se transformar.

Caí sentada enquanto muitos berravam e arfavam com a visão de James brutalmente morto no chão, as lágrimas queimaram meus olhos e o bicho papão começou a se transformar em Sirius, logo em Remus, então em Pedro, Lene, Dorcas, Severo, Régulo, Lils, Andy, Ted, Dora, meus pais... Se transformava tão rápido, mas deixava tempo o suficiente para me deixar reconhecer, era horrivelmente grotesco e brutal, as lágrimas escorriam enquanto eu arfava.

Alguém vomitou lá atrás e outros já choravam histericamente.

Mas tudo desabou quando vi Harry deitado olhando para mim com os olhos verdes vagos e leitosos, berrei começando a chorar e então eu vi Ron. Seus cortes abertos e o olhar sofrido vidrado em mim.

Não! Sai! Tira daqui! – Berrei de modo agudo soluçando e enfiando o rosto nas mãos.

Riddikulus! – Ouvi o berro trêmulo de Remus, mas continuei da mesma maneira. A sala estaria em completo silêncio se não fosse pelos meus soluços e de outros que não conseguiram ficar paralisados com a cena grotesca, me senti ser levantada e agarrei-me ao pescoço de James.

– Isso é culpa sua, boa sorte em tentar tirar seus alunos do trauma. – Sirius rosnou fraco para o professor. Saímos e eu ainda chorava agarrada a Pontas sendo bombardeada pelas lembranças da guerra e da visão na sala.

Shhii, tá tudo bem, Mione. Estamos bem. – Tranquilizou-me Jay mas eu apenas o abracei mais forte para ter certeza de que ele estava ali.

– Desculpa... – Sussurrei, eu não consegui salvar seu filho, ele está morto porque eu demorei, desculpa James... – Desculpa, desculpa... – Repeti mesmo sabendo que ele não entenderia. – Desculpa, foi tudo minha culpa. – Ele me apertou mais e enquanto eu soluçava, Pedro falava trêmulo a senha para a mulher gorda, eles, como sempre, subiram para seu dormitório.

James me deixou na cama de Remus, que por algum motivo desconhecido, era a minha favorita. Eu ouvia Granger se lamentando e aquilo estava me enlouquecendo, já basta eu estar me culpando, amor!

Rolei me envolvendo no cobertor e senti a cama afundar dos quatro lados, Sirius e James me abraçaram enquanto Remus alisava meus cabelos e Pedro tirava cuidadosamente minhas sapatilhas.

– Hermione, quem eram aqueles últimos? – Perguntou James de modo manso e eu funguei pensando numa desculpa. – O moreno se parecia muito comigo, exceto os olhos, pareciam os olhos da...

– Deve ser alguém que ela conheceu na França. – Interrompeu Sirius e eu acenei com a cabeça ainda fungando, mas não chorando.

– Posso falar com a Neve, por favor? – Remus pediu e eles assentiram.

– Vou contrabandear Whisky de Fogo. – Murmurou Almofadinhas.

– Vou falar com o diretor para ela ser liberada por hoje. – Pedro suspirou e James apenas saiu ainda pensativo e desconfiado, mas antes me lançou um olhar carinhoso e preocupado. Me sentei secando os resquícios de lágrimas e ele sorriu fraco.

– Mione... Quem realmente é você?

O ar fugiu dos meus pulmões com sua pergunta repentina, encarei seu rosto sério e engoli seco sorrindo sem entender.

– P-perdão? – Gaguejei nervosa, ele estudou meu rosto e repetiu decidido.

– Quem. Realmente. É. Você? – Engoli suas palavras e respirei fundo.

– Eu sou eu. Hermione Potter, irmã de Sirius, James e de Andrômeda, eu sou sua amiga. – Remus suspirou frustrado passando a mão pelos cabelos de modo nervoso. Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro murmurando algo para si mesmo. – Aluado?

– Não acredito em você, Hermione. Nenhuma bruxa de onze anos sem nem ter entrado no castelo ainda, conseguiria produzir um feitiço para secar e ainda mais não verbal, nenhuma bruxa de doze anos conseguiria fazer feitiços conjuratórios ou então sem varinha, ninguém que já ouviu sobre Você-sabe-quem falaria seu nome com tanta vitória ou raiva, então irei perguntar mais uma vez. Quem realmente é você? – Então parou de supetão para me encarar, respirei fundo e coloquei meu melhor sorriso.

– Obrigada pelos elogios, mas eu ainda não sei sobre o que está falando. – Ele se sentou na cama de Sirius, que ficava ao lado da sua, e passou novamente a mãos pelos cabelos em um ato nervoso.

– Eu ouvi sua conversa com Sirius, Hermione. – Engasguei com o nada e ele suspirou. – Eu ouvi você dizendo que seu objetivo para ter voltado nessa época ainda está longe de acontecer. – Me levantei e comecei a andar de um lado para o outro, exatamente como ele havia feito anteriormente e apertando o lábio inferior entre os dedos tentando achar uma saída ou uma desculpa. O mirei e vi que não iria conseguir mentir e nem ele iria acreditar, simplesmente não conseguiria.

Passei frustrada a mão pelo rosto e me sentei novamente a sua frente olhando diretamente para seus olhos castanhos amendoados.

– Remus, o que eu disser aqui, fica aqui. Entendeu? Ninguém pode saber disso, nem mesmo James ou Pedro, isso irá causar consequências horríveis se mais alguém descobrir. – Perguntei séria como nunca, ele arqueou as sobrancelhas com minha pose e acenou com a cabeça. – Prometa, Remus.

– Eu juro solenemente que tudo o que eu ouvir aqui, não contarei a ninguém. – Tentou brincar mas eu continuei inexpressiva, respirei fundo e lancei um feitiço abaffiato logo apertando as têmporas. O olhei novamente e suspirei antes de lhe contar minha história, foi diferente do que com Sirius, com ele eu queria contar e não tinha medo de que ele se afastasse já que eu sabia que conseguiria recuperar sua amizade, mas com Remus... Eu tinha medo que minha história o afastasse de mim.

– ...Então quando eu acordei, acordei como Hermione Dorea Potter, e não como Hermione Jean Granger, a nascida-trouxa humilhada por tudo e todos. – Dei de ombros e o fitei temorosa, ele estava pálido e com a boca arreganhada. – Eu já lhe disse meu objetivo, eu vou matar Voldemort para que vocês tenham uma chance de viver, e não me importa se eu não sou realmente uma Potter, James é meu irmão e eu o amo como um, assim como eu amei Harry. – Ele passou as costas da mão pela testa e respirou fundo. – Se... Não quiser mais falar comigo... E-eu vou entender sabe... Quer dizer, no final, eu não sou... eu. – Ele me fitou por alguns minutos antes de sorrir e se sentar ao meu lado, ele me abraçou pelos ombros e eu já estava boquiaberta.

– Você é sim uma Potter, é a minh... nossa Potter. Eu realmente estou orgulhoso de ter conhecido e me tornado amigo da pessoa que irá acabar com essa guerra. – Solucei sem realmente chorar e me virei pulando em cima dele em um abraço. – Ei, calma Neve. Você continuou minha amiga quando descobriu que eu era um monstro, porque eu não continuaria seu amigo quando descobri que veio do futuro? – Brincou e eu beijei sua bochecha com força, ele corou e eu o abracei novamente.

– Você não é um monstro. – Falei abafada em seu pescoço e dei um beijo ali o fazendo sugar o ar levemente se arrepiando, prendi o sorriso e me desvencilhei novamente lhe dando um beijo na bochecha. – A garota que ganhar seu coração vai ser uma sortuda. – Ri, mas o pensamento de ele com outra me deu certo receio.

Nananinanão, Coração! Caí fora! Vaza! Potter! Me ajuda aqui sua inútil! – Granger resmungou e eu vi que ela tentava conter Draco de fazer alguma coisa.

Mas porquê? Deixa ele brincar um pouquinho! – Ouvi Potter falar maliciosa, eu franzi o cenho para o nada e Granger berrou de raiva, então eu senti. Um ciúmes descomunal me atingiu e eu fechei a cara sem entender, mordi o lábio para não falar nada e Remus tocou meu rosto.

– Mione? Tá tudo bem? – Perguntou carinhoso e eu ia, por conta de Draco, dar-lhe uma resposta acida, mas Granger o interrompeu a tempo e o ciúmes passou, sorri para ele e acenei com a cabeça.

– Está. Agora, que tal um pouco de whisky de fogo? – Ri e ele negou com a cabeça rindo, peguei minha varinha e abri a porta vendo James e Sirius caírem junto com a mesma. Gargalhei com Remus, e Pedro negou com a cabeça rindo e pulando seus corpos.

– Eu disse que não conseguiriam escutar. – Eles rolaram os olhos e se levantaram batendo nas roupas com sorrisos marotos nos rostos, James fechou a porta enquanto Sirius levantava as garrafas em comemoração.

– Almofadinhas, como você conseguiu isso? – Remus perguntou desconfiado e ele sorriu de lado antes de responder.

– Tenho meus contatos... – Rimos e ele se jogou em sua cama enquanto eu me encostava na cabeceira junto com Remus.

– E porque eu tenho a sensação que não deveria confiar nesses seus contatos? – Pensou Remus em voz alta e eu ri me encostando nele enquanto o mesmo rodeava meus ombros.

– E não devia mesmo. – Sirius deu de ombros e todos rimos pegando nossos copos e brindando.

***

Montei na vassoura acenando para Remus e Pedro da arquibancada. Sirius devia estar se atracando com alguém e por isso não pôde comparecer aos testes do time da grifinória, com o canto do olho eu via Rabastan na arquibancada me observando pensativo, o fato de ele ainda tentar algo comigo me irritava ao extremo. Minerva me deu uma detenção quando me viu o azarando, mas quem mandou tentar me beijar com aquela boca imunda e cheia de germes Parkinson?

Ri quando Marlene montou em sua vassoura sorrindo maliciosa para os outros jogadores, ela e James trocaram sorrisos cumplices e eu imaginei como ficaria o time com esses dois como artilheiros. Nunca havia visto Lene em ação, mas James já viu e disse que ela é muito boa.

Wood apitou e nós fomos para nossas formações enquanto ele sorria para nós, todos estávamos na última fase. Marcus sorriu para mim e eu lhe dei uma piscadela prestando atenção no capitão.

– Esse é meu último ano como capitão. – Falou e nós choramingamos, ele era um ótimo capitão, assim como o filho. – Eu sei, ano passado ganhamos a taça e eu quero trazer por mais um ano a taça de quadribol para a nossa casa. Muitos jogadores se formaram e com certeza irão fazer falta, alguns de vocês com certeza nos levarão para o primeiro lugar – ele mirou em mim, James e Lene nos fazendo sorrir convencidos –, acredito que o próximo capitão conseguirá os levar a vitória, mas se não conseguir, vamos lembrar as outras casas quem ganhou por dois anos consecutivos, quem está comigo?! – Urramos em resposta e ele sorriu largo. – Ótimo, agora, artilheiros! Saindo do chão! – Nós, os jogadores de outras posições, saímos indo nos sentarmos nos cantos do campo. Marcus, eu e mais dois passamos pela fase final, os outros dois eram bons, mas não tinham tanta sincronia quanto eu e Marcus.

Passei a observar James e Lene, e, uau! Eles dois juntos eram muitos bons! Abri a boca em surpresa ao vê-los fazerem movimentos sincronizados, Wood sorriu largo com os olhos brilhando e eu ri pensando como o time não irá decepcionar esse ano.

[...]

Eu sorria largo junto com James e Lene, o time não mudou muito, os jogadores antigos que sobraram e mais alguns novos, os batedores e goleiro continuava o mesmo, mas Lene, um cara do quinto e um menino do sexto ano assumiram as posições que faltavam.

– O time vai detonar esse ano! – James comemorou e eu ri jogando a vassoura sobre meu ombro direito, Remus e Pedro desceram da arquibancada para o banco sorrindo para nós.

– Parabéns! – Exclamaram em uníssono e James os olhou debochado.

– Como se fosse uma surpresa eu continuar como artilheiro. – Rolei os olhos junto com Marlene e tirei o uniforme ficando apenas com o top preto e a calça colada para voo, amarrei a blusa em minha cintura prendendo os cabelos com calor e colocando o bastão no suporte que eu tinha feito em minha calça, Marlene logo mirou raivosa algo atrás de mim. Suspirei frustrada e nem precisei me virar para saber que era Rabastan, seu perfume continuava o mesmo.

– O que você quer, Lestrange? – Perguntei e girei sobre os calcanhares vendo-o com a barba para fazer e o olhar eletrizante.

– Você, eu quero você de volta. – Murmurou cansado e eu sorri amarga.

– Você nunca teria me perdido se fosse fiel, e que eu me lembre, o único que deveria ter galhas aqui é James. – Ri sendo seguida por Pedro e Remus, mas James bufou rolando os olhos enquanto Marlene não entendia a piada. Ela passou por mim me empurrando para trás dela e ficando entre nós.

Lene sim era alta, tinha apenas alguns centímetros a menos que Rabastan enquanto eu batia em seu ombro.

– Quem você pensa que é para continuar falando com ela? – Rosnou irritada, eu amo Marlene. Ela é muito protetora, como uma mãe loba.

– Alguém que ama a Mione. – Falou convicto a encarando com nojo e Marlene rosnou olhando para ele nos olhos e de modo furioso, minha amiga estava pronta para bater com a vassoura em Rabastan.
– Ama a Mione o caralho, você vai amar é quando minha mão voar nessa sua cara escrota, isso sim. – Remus colocou a mão na boca para segurar a risada, mas eu ri sem me importar junto com James.

– Quem você acha que é? – Vociferou e Marlene sorriu de lado soltando a vassoura e lhe dando um gancho de direita o fazendo morder a língua e cair no chão gemendo.

– Eu acho que sou a garota que vai te encher de porrada se aumentar o tom de voz comigo novamente. – Falou sorrindo calmamente, Pedro e James bateram palmas rindo e eu sorri de lado. – Se falar com ela novamente, eu acabo com sua raça, eu juro por Deus. E acredite, eu não sou alguém sem palavra, o que eu falo, eu cumpro. Entendeu, vadia? – Eu caí sentada rindo junto com James, Remus estava curvado de tanto que ria e eu já tinha lágrimas nos olhos e a barriga doendo.

Rabastan rosnou e se levantou limpando o sangue que escorreu do lábio de modo bruto, ele deu as costas e eu limpei as lágrimas enquanto Marlene bufava em satisfação virando para nós.

– Lene... Eu te amo, cara. – Ri e ela sorriu de lado.

– Desculpa, gata. Você é gostosa, mas não jogo para esse time. – Ri ainda mais junto com os marotos e lhe lancei uma piscadela brincalhona.

– Tem certeza? Eu posso mudar isso se quiser. – Ela gargalhou e eu fui junto com os outros marotos.

– Mas o que? Desde quando a Mione gosta de garotas? – Ouvi a voz de Sirius e virei o pescoço rindo o encontrando com uma cara confusa. – O que eu perdi?

– Ah, nada demais. Só a Lene batendo em Lestrange e o chamando de vadia. – Sirius arqueou as sobrancelha surpreso, me levantei limpando o uniforme e pegando minha vassoura.

– Uma caixinha de surpresas. – Sirius falou com um sorriso mortal de lado, Marlene devolveu o sorriso e eu senti o clima ficar pesado, nós, os outros marotos, apenas abrimos as bocas de modo surpreso ao vê-los claramente flertando um com o outro.

– Tudo bem... Eu... Nós... Remus! Vamos tomar banho! – Exclamei ainda atordoada e ele deu um salto me olhando corado.

– Hermione! – James guinchou e eu franzi o cenho finalmente entendendo o que eu disse, corei horrivelmente enquanto Pedro gargalhava.

– Esquece. – E dei as costas caminhando de volta para o castelo perdida nos pensamentos, passei por um armário e não estranhei ouvir barulhos de sucção. Dei de ombros e continuei meu caminho sem me importar com quem estava lá dentro.

Ouvi a porta ser aberta e curiosa do jeito que sou, olhei sobre o ombro estacando no lugar com a boca arreganhada e derrubando a vassoura atraindo atenção de Dorcas e Severo.

Eles se entreolharam corando fortemente e Severo se apressou a falar.

– Não é o que está pensando! – Eu peguei minha vassoura e levantei o dedão com um sorriso malicioso no rosto.

– Eu não vi nem ouvi nada. – Fui andando de costas ainda com o dedão levantado vendo-os ficarem roxos de vergonha, me virei rindo e continuei meu caminho sorridente. Isso significa que se Severo está gostando de Dorcas, ele não vai ter uma rixa com James por causa do amor, ele vai ser feliz e não vai ter que aguentar um amor platônico!

Sorri com meus pensamentos, mas meu sorriso desapareceu quando precisei me apoiar na parede ao sentir Riddle forçando as barreiras da minha mente depois de mais de um ano. Nem consegui me defender, eu não estava preparada, não esperava que isso acontecesse.

Caí no chão e quando abri os olhos eu estava deitada num tapete negro, olhei ao redor reconhecendo o quarto de Riddle na mansão Lestrange. Me levantei atenta e olhei ao redor o procurando, meu olhar parou na janela, vendo-o com um copo de whisky de fogo e olhando para fora da casa.

– Hermione, quanto tempo. – Falou calmamente, continuei estática sem entender o motivo daquilo, respirei fundo e sibilei.

– Tom, pode me dizer o motivo disso? – O senti sorrir e ele virou, então ele me olhou espantado de cima a baixo. Desde os cabelos aos pés, me senti exposta sobre seu olhar, mas tratei de ignorar olhando ao redor. – Então? Ainda estou esperando sua resposta, não é muito educado deixar alguém no vácuo. – Ele sorriu de lado vendo uma gota de suor descer pelo meu pescoço.

– Eu a chamei, - o olhei irônica murmurando um “como se eu tivesse tido escolha” e recebendo um olhar faminto dele, coisa que me fez arregalar os olhos – porque eu soube por algumas fontes que não conseguiu enfrentar seu bicho papão. – Eu ri lembrando do bicho papão de Sirius, coloquei a mão na boca tentando tapar o riso, ele arqueou uma sobrancelha e eu limpei a garganta ainda rindo um pouco.

– Perdão, só me lembrei do bicho papão do meu amigo... Já pensou em usa um tutu? – Gargalhei novamente e ele rolou os olhos.

– Ah, sim. O bicho papão do menino Black, o fato é, minhas fontes disseram que não aguentou.

– Pode falar que é o professor. – Ele sorriu orgulhoso. – Como se não soubesse que eu não iria descobrir... Bem, não é muito legal ver seus amigos e família morrendo, eu sobrecarreguei. – Dei de ombros e cheguei perto dele. – Mas não pense que isso me torna mais fraca, isso me deixa mais alerta. – Ele cruzou os braços me olhando de modo intenso, apertei os olhos e murmurei ameaçadora. – Aliás, você tem até final do ano para tirar seu comensal idiota de lá, ou eu terei o prazer de fazer isso sozinha. – Me virei novamente e ele riu debochado.

– E porque eu faria isso? – Olhei sobre o ombro e sorri.

– Pensei que já tivesse aprendido a não me subestimar, você pode tirá-lo, ou eu posso arrancar informações dele, passar a Dumbledore e então expulsá-lo a força. Você escolhe. – Mandei uma piscadela e ele fechou a cara me deixando ver aquela cor vermelha intensa por alguns segundos, mas não fiquei com medo e apenas arqueei a sobrancelha. Ele respirou fundo e eu sorri de lado completando. – Ah, e será que pode fazer um favor para mim? – Ele me olhou debochado e eu ri baixinho voltando a andar pelo quarto e vendo os livros que ali tinham. – Será que podia pedir para Lestrange parar de tentar algo comigo? Não tenho tempo para sempre lhe dar um fora.

– E porque você acha que ele me ouviria? – Sorri de lado.

– Porque você é Voldemort, e a esse ponto ele já deve ter percebido, e também diga aos meus ex-sogros que sinto mundo pelo filho paspalho, não, não diga isso. Diga que eu sinto muito por não ter dado certo. – Me virei para ele e o mesmo me olhava com uma sobrancelha arqueada de modo debochado.

– Mais alguma coisa, majestade? – Perguntou debochado e sarcástico, sorri de lado e completei.

– Ah, e mande Bellatrix ir para o inferno por mim, por favor.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Peço desculpa se não respondi seu comentário, mas estou tentando arrumar um tempo para isso! :D