Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 24
24 - Chocolate sempre me deixa mais animado.


Notas iniciais do capítulo

AHAHAHHA TÔ QUERENDO APANHAR, DESCULPE SE TEM ALGUM ERRO, ESTOU SEM TEMPO E SIM EU LI OS COMENTÁRIOS DIVOSOS MAS NÃO PUDE RESPONDER!

Estou quase sem tempo e to engolindo a física no seco, então... :v
Nem sei como estou conseguindo postar! Amanhã se eu conseguir, eu entro no nyah! e respondo os comentários.

Ps: Já escrevi até o capítulo 27 no caderno! c:

Espero que gostem.



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James Potter

Mione saiu faz muito tempo, o jantar já estava acabando e ela ainda não tinha voltado... Eu sentia que ela estava mal, que algo havia acontecido. Como papai diria, coisa de gêmeos.

Sirius estava inquieto ao meu lado enquanto Remus olhava ao redor ainda esperando que ela aparecesse. Bufei alto e me levantei sendo seguido pelos outros marotos, Pedro parecia preocupado e assustado, toda vez que Mione sumia ele ficava daquele jeito. Como se tivesse medo de que ela fosse ser morta, ele era muito preocupado conosco, mesmo não sendo o mais corajoso.

Corremos ao salão comunal da grifinória e Sirius subiu para o nosso quarto para buscar o mapa do maroto, mas ele simplesmente abriu a porta e a fechou novamente descendo com calma.

– Ela está no nosso quarto. – Murmurou e nós subimos correndo, abrimos a porta e só vimos o feitiço vindo em nossa direção. Nós fizemos uma barreira de modo automático e Pedro se escondeu guinchando atrás de mim, Aluado e Almofadinhas. Outro feitiço veio a nós e começamos a recuar levemente, ela estava na cama de Sirius entre seus inúmeros lençóis deixando a mostra apenas sua mão pálida.

Fora. – Soluçou e nós estacamos no lugar, Pedro abriu a boca surpreso e nos encarou.

– Ela está... – Murmurou espantado.

Fora! – Rosnou e Sirius ignorando o fato de ela estar com a varinha empunhada em sua direção, correu em zigue-zague em sua direção. Ele pulou em cima da cama e tirou a varinha de sua mão a jogando na cama de Pedro, nós fomos lentamente em sua direção enquanto Sirius abraçava o monte de cobertores que tremeluziam de acordo com o choro da Mione. – E-eu não estou no meu q-quarto porque quero me livrar das meninas... Mas como me livro de vocês? – Soluçou abafada e Sirius começou a abrir um buraco nos cobertores, ele bufou frustrado e os arrancou mostrando Hermione de barriga para baixo com o rosto enfiado nos braços. Ela vestia uma calça moletom e uma blusa curta mostrando metade de suas costas.

– Você não vai. – Falou e a puxou ela o abraçou apertado enfiando o rosto em seu pescoço, fechei a mão em punho vendo seu dedo sem o anel Lestrange.

– O que ele fez? – Perguntei duro, ela soluçou e Sirius fechou a cara para mim acariciando seus cabelos. Remus fez uma cara de dor e se aproximou de sentando ao lado dos dois, ele tirou o cabelos colado de seu rosto por causa das lágrimas e ela deitou a bochecha no ombro de Sirius virando o rosto marcado de lágrimas para ele, ele sorriu calmo e acariciou sua bochecha.

– O que Rabastan fez, Mione? – Perguntou com a voz falsamente calma, eu via que ele estava muito puto, tão puto que a sua outra mão apertava a varinha atrás das costas. Ela voltou a soluçar e virou o rosto para o pescoço de Sirius, Pedro se levantou e tirou uma caixa debaixo da cama, eu e Sirius o encaramos sem entender e ele tirou vários doces de lá, arqueamos uma sobrancelha e ele sussurrou.

– Minha mãe me enviou, ela esquece que eu estou em dieta. – Ele se aproximou e cutucou levemente Hermione, ela virou o rosto para ele e o mesmo levantou os chocolates. Ela sorriu de modo quase imperceptível e se arrumou no colo de Sirius pegando a barra de chocolate a levando de modo preguiçoso a boca parando de chorar, olhamos pasmos para Pedro e ele sorriu de lado. – Chocolate sempre me deixava mais animado. – Rimos nervosos e eu me aproximei me sentando atrás dela, a mesma se encostou em mim e eu a abracei beijando seus cabelos.

– O que ele fez, Mione? – Ela respirou fundo limpando as lágrimas e murmurou.

– Ele me traiu com a Parkinson. – Todos da sala sugamos o ar raivosos, a porta foi aberta de supetão e Andy passou. – Andy? Como conseguiu entrar?

– Eu ameacei o monitor. – Grunhiu e empurrou Sirius tomando seu lugar e puxando Mione para um abraço. – O que ainda estão fazendo aqui? Fora! – Irritou-se e nós nos levantamos em um salto, Mione voltou a chorar e ela apenas mexeu os lábios – Deem uma lição nele. – A raiva voltou e nós bufamos em concordância, Sirius pegou o mapa do maroto embaixo de seu travesseiro e nós saímos tensos.

Marlene estava sentada no sofá.

– Alerta cachorro raivoso! – Zombou, mas ao notar as nossas caras parou de rir franzindo o cenho.

– A Mione está lá em cima. – Avisou Aluado e nós saímos vendo-a franzir o cenho e subir para o nosso quarto.

Olhamos o mapa do maroto e o vimos em seu quarto com Zabini e Nott, rosnamos e fomos para as masmorras, um primeirista apareceu e arregalou os olhos ao nos ver com as varinhas a riste.

– A senha. – Rosnei e ele empinou o nariz nos olhando com nojo, Remus irritou-se e levantou o garoto pela gola da camisa o fazendo engasgar.

– Olha aqui, a nossa melhor amiga está chorando por causa de um sonserino, então acho melhor falar a porra da senha antes que sobre para você. – Vociferou e o garoto ficou branco tremendo, ele acenou com a cabeça e murmurou para a parede de pedra.

– Puro como prata. – Entramos empurrando o garoto, não havia ninguém no salão comunal super chique, franzimos a cara ao vermos tudo verde. Pedro havia ficado, não que precisássemos dele, ele era melhor para consolar do que nós.

Olhamos para a janela e não nos assustamos ao ver algumas sombras passando por ela, os seres do lagos eram assustadores. Subimos as escadas elegantes e negras de modo duro e ao vermos a porta com uma plaquinha escrita em prata “Lestrange, Nott, Zabini...”, nós a arrombamos fazendo todos saltarem assustados, Nott e Zabini estavam em um canto da sala parecendo irritados e Rabastan estava em sua cama encostado na cabeceira nos encarando temeroso.

– Fora. – Rosnamos para os dois, eles arquearam as sobrancelhas irônicos.

– O quarto é nosso. – Sirius avançou neles e os jogou para fora do quarto trancando a porta, eles começaram a bater na porta de modo desesperado gritando.

Nós nos viramos para Lestrange, que quase se fundia com a cabeceira, e eu me aproximei lentamente girando a varinha entre os dedos.

– Olá, Lestrange... Lembra o que eu disse sobre magoar minha irmãzinha? – Sibilei e ele engoliu seco olhei para minha varinha, e a joguei para Sirius, o mesmo a pegou no ar e a enfiou no bolso cruzando os braços ameaçador se encostando na porta, que no momento tremia.

Remus foi para seu lado ficando na mesma posição e encarando frio e raivoso Rabastan.

– O-o que vão fazer? M-me azarar? – Perguntou de modo irônico e medroso, sorri de lado e avancei nele o puxando pela gola para ficar em pé. Ele ficou bambeando e eu vi seus olhos vermelhos, mas o de Hermione estavam mais. Senti a raiva voltar e lhe soquei na boca, ele engasgou se desvencilhando de mim e limpando o sangue que saiu de sua boca por ter tido o lábio cortado. Avancei novamente e lhe dei um gancho de direita.

Papai que me ensinara esses movimentos, ele diz que na época em que estamos, nem sempre a varinha pode ajudar. Ele rodou e caiu no chão arfando.

– Levante! – Rosnei e ele se levantou petulante, sorri de lado maldoso e pulei em cima dele o fazendo cair em cima dele. Fiquei lhe socando no rosto, não chegou a ficar do modo que Lúcio ficou, mas ele irá ter muitos hematomas. Me levantei arfante e ele gemeu de dor cuspindo o sangue e um dente. – Fique bem longe da nossa irmã, se você ousar em falar com ela, tocar ela ou então até mesmo pensar, na Hermione, eu acabo. Com. A. Sua. Raça. – Rosnei lhe dando chutes no estômago. Ele não devolveu uma vez sequer, e eu também não pedi ajuda a Sirius ou Remus, ele queria apanhar. Sabe que merecia, eu lhe dei uma chance de lutar, mas ele é tão podre, que sabe o erro que cometeu.

– Eu a amo. – Falou fraco e nós rimos irônicos.

– Quem ama não trai. – Sibilou cortante Remus. – Você não a merece, não tem o direito de pensar isso.

Rabastan ficou calado e nós saímos o deixando no chão, muitos sonserinos estavam no salão comunal, mas não nos notaram já que jogamos feitiços ilusórios em nós. Estava uma baderna, eles não prestaram atenção em nós no meio da gritaria, saímos e fomos lentamente até o salão comunal da grifinória.

O caminho foi silencioso, Remus tirou algo do bolso me entregando, arqueei uma sobrancelha.

– O que é isso? – Ele colocou a coisa fria em minha mão e murmurou.

– O anel Potter. Peguei enquanto você estava... Cuidando, de Lestrange. – Eu suspirei e o guardei em meu bolso das vestes, Sirius havia me devolvido minha varinha no corredor antes de sairmos. Quando chegamos no nosso quarto, Hermione estava sentada na cama de Remus com uma cara muito melhor, ela sorriu para nós e eu arqueei uma sobrancelha.

– Está melhor, Mione? – Perguntou Aluado correndo até ela, a mesma acenou com a cabeça risonha.

– A mistura de Andy, Pedro, Marlene e Dorcas deu muito certo. – Sorrimos aliviados, Pedro estava em sua cama com um sorrisinho, Hermione voltou a comer os doces e Marlene a seguiu.

– Cadê Dorcas e Andrômeda? – Perguntou Aluado lhe fazendo carinho nos cabelos.

– Saíram. – Falou embargada pelo doce com a mão na frente da boca, ela engoliu o doce e sorriu. – Andy estava cansada e Dorcas irritada porque Pedro estava aqui. – Riu e nós a seguimos querendo deixa-la ainda mais animada.

– Ei! Mione! Quer mais doce? – Perguntou Sirius vendo-a ficar um pouco mais abatida, ela sorriu contagiante e acenou com a cabeça. – Monstro! – Gritou e ouvimos o som de aparatação, o elfo doméstico irritadiço apareceu fazendo Marlene e Pedro guincharem de susto.

– Chamou, jovem Black? – Resmungou em sua reverencia. – Traidores de sangue e mestiços... Se a minha mestra souber... – Murmurou malicioso e Sirius o olhou torto falando seco.

– Cala a boca, idiota. Traga doces, o máximo que conseguir. – Falou e Hermione fechou a cara.

– Não fale assim com ele! – Guinchou irritada, ele arqueou uma sobrancelha. – E se um dia você precisar dele? Como por exemplo dizer para seu afilhado que você não foi capturado por você-sabe-quem?! – O olhou significativa e ele arqueou ambas as sobrancelhas surpreso respirando fundo.

– Por favor, Monstro. – Pediu com os dentes cerrados como se doesse fisicamente pedir educado para um elfo doméstico, o mesmo levantou o olhar assustado para o mestre.

– Sim, meu senhor. – E fez uma reverência ainda mais profunda e emocionada, ele desaparatou e Sirius tremeu levemente.

– Isso, foi estranho. – Tremeu novamente e se jogou em sua cama, não demorou muito tempo e monstro apareceu novamente com tantos doces que eu até me perguntei como ele conseguia carregar. Eu lhe ajudei e o mesmo ficou com os olhos rudes lacrimejando, colocamos tudo na frente da Mione e ela começou a atacar.

– Muito obrigada, Monstro! É um ótimo elfo doméstico! – O elogiou e Monstro fungou encostando o narizão no chão em uma reverencia muito profunda.

– Obrigada... Monstro. Por tudo. – Sirius murmurou relutante e foi a gota d’água para o elfo que caiu em prantos, um choro horrível, por sinal. – Pode voltar para casa e descansar. – Falou Sirius assustado com a reação do elfo, rimos baixinho e o mesmo desaparatou novamente.

Ficamos animando e mimando Mione por um tempo até ela desmaiar na cama de Remus mesmo, Marlene já havia se retirado para dormir deixando assim apenas os marotos.

– Porque ela sempre desmaia na cama do Aluado? – Perguntou Pedro para ninguém em especial se enroscando no cobertor para dormir. Aluado riu e se deitou ao lado de Mione se cobrindo e trazendo a mesma para um abraço, ele ainda estava constrangido, mas nada que não se esqueça depois de alguns minutos. Ela enfiou o rosto em seu peito e eu senti o ciúmes de sempre, eu tentava controlar já que Hermione sempre se irritava com minha forma possessiva de me referir a ela. Mas qual é! Ela era minha irmãzinha! A garota que eu vi cair e chorar mais do que qualquer um!

Hermione Potter

Eu tinha os melhores amigos do mundo.

Tão bons quanto os que eu tinha quando Granger, é injusto que Harry não tenha conhecido os pais enquanto eu estou vivendo com eles. Ele vai conhece-los, eu me nego a tirar essa chance de Harry.

– Neve... – Ouvi Sirius murmurar de modo macio e carinhoso me fazendo abrir de modo preguiçoso os olhos, Remus já estava colocando a gravata e os outros se arrumando, cocei os olhos e encarei o despertador de Remus. Me levantei num pulo ao ver que se eu não me arrumasse correndo eu iria me atrasar para as primeiras provas.

– Porque não me acordaram antes?! – Guinchei e sem esperar respostas, desci correndo os degraus, era tão normal me ver saindo do quarto dos marotos que as pessoas nem entortavam mais as caras. Subi para meu dormitório correndo e me arrumei mais apressada ainda pegando minha mochila, os marotos estavam me esperando na porta do salão comunal. Sorri para eles e os mesmos devolveram os sorrisos. Fiquei entre James e Sirius e os dois rodearam meus ombros enquanto eu os rodeava pelas cinturas.

– Eu estava pensando... – Remus começou andando apressado para conseguir comer algo antes de as provas começarem. – Se transfigurarmos algumas bombas de bosta em ingredientes para o Lestrange, o que será que acontece quando ele jogar nas poções dele? – Meu coração pesou um pouco ao lembrar dele, mas tratei de ignorar o Draco choramingando e o xingando.

– Remus... – Sirius começou espantado.

– Você é um gênio! – James exclamou e nós rimos, começamos a bolar um plano e eu admito que fiquei muito feliz em imaginar a sala em que ele iria fazer a prova explodindo em bomba de bosta. – Temos que fazer isso muito rápido. – James falou apressado quando chegamos no salão principal, muitos se calaram ao me ver ali. Tenho certeza que meu rosto estava inchado pelo choro da noite anterior, mas eu estava pouco me fodendo. Os olhares de pena me irritavam, me irritavam tanto que eu rosnei para umas corvinas.

– O que estão olhando? – Ela voltaram seus olhares para os livros novamente e eu bufei indo me sentar à frente de Lily, a mesma parecia querer matar alguém da mesa da sonserina com os olhos. Não me atrevi a olhar por saber que era Rabastan, por isso fiquei de costas para a mesa da casa das cobras.

– Você está bem, Mione? – Perguntou carinhosa e eu dei de ombros atacando as salsichas preocupando-me em manter minha boca ocupada para não dar espaço para conversas.

– O que eu te avisei?! – Rosnou James, eu o olhei sem entender.

– Hermione... – Ouvi a voz abatida de Rabastan atrás de mim ignorando James e fiquei tensa parando de mastigar subitamente, engoli a comida e vi os olhares raivosos dos grifinórios para ele. Wood se levantou de seu banco junto com o resto do time de quadribol e ficaram em pé ao meu lado de braços cruzados e expressões ameaçadoras.

– O que você quer? – Sibilei gelada ainda sem olhá-lo.

– Olha para mim. – Pediu desesperado e eu me virei o encarando com nojo, seu rosto tinha vários hematomas e eu olhei de canto de olho para James, que estava com um sorriso maligno estampado na cara.

– Ande, não tenho mais tempo para perder com você. – Ele ficou com o olhar magoado mas eu simplesmente o encarei com mais frieza ainda. Remus, que já havia transfigurado as bombas de bosta antes de sairmos, levitou com a varinha escondida os ingredientes e os fez entrar nas mochila de Rabastan.

– Poderíamos conversar? A sós? – Suplicou e eu sorri irônica.

– A sós? Peça isso para Parkinson, ah, espera. Vocês já o fizeram, não é? – Muitos tossiram tentando mascarar a risada por causa do meu fora. Os olhos de Dumbledore faiscaram um tanto decepcionados e irritados para Rabastan, Minerva e Slughorn mostravam claramente seu descontentamento o encarando com carrancas.

– Hermione... – Ele começou mas a sineta tocou indicando que as provas iriam começar em alguns minutos. Peguei minhas coisas o ignorando e sorri para o time, ele me lançaram piscadelas e foram para suas respectivas salas.

Nós do segundo ano, corremos para a sala de Defesa Contra As Artes das Trevas resmungando sobre a professora que iria aplicar a prova, teríamos as provas teóricas de transfiguração, Poções, feitiços, História da Magia, Herbologia e DCAAT hoje, mas amanhã e depois teríamos algumas práticas e então teremos acabado o ano letivo.

Nos sentamos nas cadeiras indicadas e pude ver a professora de DCAAT rabugenta nos encarar com irritação, Sirius adorava falar que ela vivia em uma eterna TPM.

Pegamos nossas penas e tinteiros novos e enfeitiçados com um feitiço anti-cola, Remus acenou confiante e eu sorri para ele lhe mandando uma piscadela, James e Sirius estavam mais a frente enquanto Marlene estava na cadeira atrás de mim e ao lado de Lílian. Ela disse que esperava pegar cola de alguém, mesmo tendo estudado bastante. Pedro estava nervoso ao meu lado, sorri para ele e o mesmo relaxou, talvez eu lhe passe alguma cola, não seria difícil já que a professora é muito desatenta.

– A prova começará em 3 minutos exatamente às nove em ponto, serão as provas teóricas de Defesa contra as Artes das Trevas, Feitiços, História da Magia, Herbologia, Poções e Transfiguração. – Sibilou a professora passando pelas cadeiras, pude até ouvir Sirius grunhir frustrado, ele finalmente havia decorado o nome e a ordem dos astros... – Se eu ver alguém com a varinha na mão, a pessoa será expulsa antes mesmo de poder chorar. Estamos entendidos? Ótimo. – E nem nos deixou fazer pergunta nenhuma, apenas se sentou em sua mesa levitando os pergaminhos até nossas carteiras, pegamos nossas penas e esperamos a ordem, ela fitou o relógio no final da sala e depois de alguns segundos falou. – Comecem.

Abri o pergaminho e sorri ao ver as questões, as mesmas que eu havia obrigado os meus amigos a se focarem, pude ouvir Dorcas comemorar a algumas cadeiras a frente, Amos coçou a nuca convencido, faríamos a prova com os lufanos.

Não me demorei para terminar a prova, em meia hora eu já havia acabado. Deixei a folha na ponta da carteira para Pedro ver e ele quase chorou, o mesmo começou a copiar as respostas e Marlene riu baixinho, ela estava conseguindo fazer sozinha, notei ao não senti-la me pedir cola.

Depois que Pedro sorriu choroso ao ver a prova completa, eu coloquei a minha no lugar e deitei a cabeça esperando o tempo passar. Muitos pareciam quebrar a cabeça enquanto outros, assim como eu, já haviam terminado e até tiravam uma soneca na mesa.

– Eu vou comprar um mundo de doces para você. – Sussurrou Pedro de modo quase inaudível, eu prendi o riso e acenei com a cabeça. Me botei a observar os outros, James já havia terminado a prova e estava encostado na cadeira de modo despojado sorrindo para Sirius, que também acabara e estava a duas cadeiras a sua direita.

Fiquei rabiscando minha mão, que depois de umas boas uma hora e meia, já não tinha mais espaço para rabiscar e tinha tinta escorrendo pelas linhas. Entortei a boca para isso e arrisquei olhar sobre o ombro para o relógio, ainda faltavam uma hora para podermos ser liberados, resmungando, eu encostei a cabeça no braço e cochilei.

***

Fechei o malão e sentei cansada na cama, enquanto todos iriam ficar em suas casas, eu iria passar as férias com minha tia na França. Não que eu queira, mamãe está me obrigando. Ela diz que a prima ou sei lá o que dela irá me transformar na dama que eu devo ser. Isso rendeu uma bela discussão, olhei para seu quarto de modo emburrado. Eu apenas aceitei ir depois do nascimento de Dora, e agora mais do que nunca eu desejava que Ninfadora permanecesse quietinha na barrigona de Andy.

Bem, as provas foram boas, papai surtou quando descobriu o que Rabastan fez, recebi cartas e mais cartas dos Lestrange em geral pedindo desculpas e para dar uma segunda chance a Rabastan, Severo e Dorcas ficaram em uma coisa estranha no trem quando estávamos voltando, Wood me fez prometer que faria os testes para batedora próximo ano, Dora estava a alguns dias de nascer e Ted estava aqui em casa conosco junto com sua família para o nascimento de Ninfadora, Sirius não pôde passar as férias conosco nem Régulo já que descobriram que abrigamos Andy, a bomba de bosta transfigurada causou uma nota horrível para Rabastan, Alice e Frank anunciaram o namoro no último dia de aula, Riddle não me incomodou uma vez, Remus estava estranho comigo, eu consegui ganhar a cauda e as orelhas de raposa no último dia de aula na minha primeira tentativa para me tornar animaga, James ganhou as galhas e é zoado até hoje por cartas, Pedro ganhou as orelhas de rato minúsculas e dentes grandes enquanto Sirius ganhou pulgas e um rabo de cachorro. Claro que Remus nos ajudou a voltar ao normal depois, mas foi engraçado no dia.

E esse é o resumo dos últimos dias de Hogwarts.

– Filha. – Me sobressaltei na cama ao ouvir a voz da minha mãe e fiz uma leve carranca, eu ainda não a havia perdoado.

– Senhora? – Resmunguei olhando para meus tênis surrados e pensando que não poderia mais usá-los quando estivesse na França já que vou ser obrigada a usar salto, a ouvi suspirar e a mesma se sentou ao meu lado da cama.

– Filha você tem que entender, não pode se comportar desse jeito masculino. É uma moça, deve se comportar como uma.

– É o meu jeito de ser, o jeito que a senhora e papai me criaram. Sempre me disse para ser eu mesma, mas sabe que quando eu voltar, não serei mais eu, não é? Eu serei quem você e a tia Mila quiser que eu seja. – Murmurei e ela ficou em silêncio paralisada por um tempo meio assustada, mas quando recobrou os sentidos respirou fundo e saiu me deixando com meus pensamentos. Seriam 3 meses na França tendo que aguentar uma mulher fútil com suas filhas ainda mais fúteis, mas é melhor do que ir estudar em Beauxbatons, isso eu me negava a fazer e papai me ajudou junto com James nessa.

Deixei de moleza e me levantei enfiando as mãos nos bolsos do short e entrando no quarto de Ninfadora, como sempre, Andy estava ali sentada na cadeira de balanço olhando pela janela enquanto cantarolava e alisava sua barriga. Estava de tarde, o sol estava se pondo da janela daquele quarto e eu vi lá de baixo, Ted conversando com papai. Ele pedia muitos conselhos sobre como criar um bebê mágico, e papai o ajudava com prazer.

– Não deveria ser tão dura com mamãe. – Murmurou e eu ri irônica.

– Diz isso porque não é você que está sendo forçada a se tornar alguém que não é. – Ela riu negando com a cabeça mas eu apenas franzi o nariz me sentando na outra cadeira. – Eu não queria ir, queria ficar aqui com você e aproveitar para mimar minha afilhada. – Fiz muxoxo e ela sorriu virando o olhar para mim, ela abriu a boca mas a fechou arregalando os olhos. Senti meu coração se apertar quando ela olhou para a barriga, algo escorreu por seu vestido e eu ofeguei.

– Mione... – Murmurou, mas eu já estava me levantando num pulo a ajudando a levantar.

– Mãe, James! – Berrei, ela era uma curandeira, mal pisquei e quando vi, Ted já estava do lado de Andy a pegando no colo para a levar para o quarto onde mamãe faria o parto. James apareceu com os óculos tortos, limpando a baba da boca, com o rosto amaçado e cabelos bagunçados.

– O que foi?! – Exclamou assustado, mamãe subiu correndo e passou direto por nós entrando no quarto, papai e os sogros de Andy já estavam ao nosso lado.

– Dora vai nascer. – Ofeguei e todos sorriram bobos, entrei para ajudar mamãe e já fui prendendo meus cabelos e indo lavar as mãos. Me coloquei do outro lado da cama de Andy enquanto mamãe prendia o cabelo, colocava luvas e uma máscara na boca.

– Amor, se acalma. – Ted guinchou segurando a mão de Andy, ele se contorceu quando Andrômeda apertou sua mão berrando por conta das contrações.

– ME ACALMAR?! – um berro – NÃO É VOCÊ QUE TEM UM SER HUMANO SAINDO DA...

– Andrômeda! Preciso que respire fundo. – Pediu mamãe e Andy respirou fundo, ela já estava com a roupa certa para o parto já que mamãe transfigurou suas roupas. Ted suava como nunca e estava pálido, seus cabelos normalmente verdes, estavam brancos e eu já estava a me preocupar. – A dilatação está quase lá, só mais um pouco. – Mamãe murmurou depois de um tempo, eu fiquei secando a testa de Andy e murmurando incentivos aos dois.

– Está tudo bem, Andy. – Murmurei e ela suspirou e respirou fundo novamente, mamãe sorriu por detrás da máscara e se ajeitou de modo que conseguisse segurar o bebê.

– Andrômeda, me escute bem, eu preciso que você prenda a respiração e faça força. – Andy começou a chorar e Ted lhe deu um beijo na testa segurando com firmeza sua mão.

– Você consegue, amor. – Incentivou e eu sorri secando sua testa, ela sorriu e respirou fundo, prendeu a respiração e num berro forçou chorando.

Esse processo foi continuo por muito tempo, toda vez que Andy queria desistir e chorar, Ted e eu a ajudávamos.

– Eu consigo ver a cabeça! – Mamãe exclamou emocionada, Ted sorriu com lágrima nos olhos e Andy respirou fundo fazendo força novamente. – Vem para a vovó, Dora... – Murmurou, Andy gritou e fez força uma última vez antes de ouvir um chorinho forte a agudo. Ela sorriu entre lágrimas e eu já chorava junto com mamãe e Ted. – Oh, bebê... – Murmurou mamãe, eu lhe passei a toalha depois de ela ter cortado o cordão umbilical e Dora parou de chorar quando eu a peguei no colo começando a rir brevemente, derramei algumas lágrimas e andei até Andy e Ted, que choravam sorrindo.

Dei Dora para Ted e ele sorriu largo se sentando ao lado de Andy, ela a pegou e Ted as embalou num abraço, Andrômeda sorriu emocionada contando se ela tinha todos os dedinhos.

– Ninfadora... – Chorou e Ted lhe beijou os cabelos enquanto Dora segurava seu dedo.

– Temos que banha-la para ela poder se alimentar, papais. – Mamãe emocionou-se, eles sorriram apertando mais Dora contra eles e eu ri.

– Não vamos roubá-la, acalmem-se. – Eles riram baixinho e me estenderam Dora, eu a embalei nos braços e mamãe e eu saímos os deixando a sós. Eu fui para o banheiro do quarto junto com mamãe, ficamos em silêncio enquanto banhávamos Dora, que agora chorava de fome. – Oh, bebezinha escandalosa. – Ri baixinho e coloquei meu dedo em sua boca para ela parar de chorar, ela agarrou minha mão e começou a sugar meu dedo. Mamãe riu e terminou de a deixa-la cheirosa.

– Muito esperto. – Admirou-se, sorri e secamos Dora colocando fraudas e a vestindo com uma das roupinhas que eu havia comprado. Colocamos as luvinhas que os avós paternos compraram e voltamos para o quarto, Ted correu até nós e eu ri de seu desespero. Dei uma cheirada no pescoço de Dora a fazendo rir e a entreguei a Ted, ele voltou a cama com Dora nos braços e mamãe perguntou. – Irá precisar de ajuda para amamenta-la? – Ela fez um aceno com a varinha e os lençóis estavam limpos e secos junto com a roupa de Andrômeda.

– Não, vovó. – Brincou um tanto cansada e mamãe sorriu radiante.

– Eu sou avó! – Exclamou e eu ri junto com Ted e Andy, saímos deixando os dois com seu bebê e todos estavam no corredor de um lado para o outro.

– Vinte dedinhos, duas orelhas, um nariz, dois olhos e uma boquinha. – Exclamei e eles comemoraram rindo, os pais de Ted estavam emocionados junto com papai. Que ficava murmurando que era avô agora. Ele abraçou mamãe e eu sorri para James, que estava radiante. – Olá, titio.

– Olá, titia. – Brincou junto e nós rimos, depois de um tempo Ted chamou-os para entrar e conhecer Dora, enquanto todos conheciam a bebê que amava a atenção que estava recebendo, eu ajudei Andy a tomar banho na banheira.

– Eu não acredito, eu sou mãe. – Murmurou baixinho, eu ri e ele voltou a chorar me puxando para um abraço consequentemente me molhando toda. – Obrigada por estar lá, Mione! – Chorou e eu ri lhe acariciando os cabelos molhados.

– Não deixaria minha irmã sozinha no trabalho de parto. – Ela voltou a chorar enterrando o rosto no meu ombro e eu sorri. – Agora vamos terminar o banho para que eu possa raptar Dora um pouquinho. – Ri e ela me acompanhou, terminei de banhá-la e a mesma me encarava com carinho.

– O que pretende fazer, Mione? – Perguntou interessada e eu dei de ombros.

– Não sei, Andy. Talvez eu me torne uma Auror... Ou uma medi-bruxa como mamãe, não sei. – Ela acenou com a cabeça lentamente em concordância e eu comecei e lavar seus cabelos longos com cuidado.

– Acho que se daria bem nas duas profissões. – Eu ri baixinho e terminei de lavar seu cabelo e tirei a rolha do ralo da banheira fazendo a água começar a descer, peguei duas toalhas, uma eu sequei os cabelos de Andy enquanto ainda estava sentada e ela continuou. – Falo sério! Você é boa em duelos, pensa rápido, é uma boa estrategista, perfeita para Auror. Além de que é carinhosa, tem pulso firme, sua presença deixa as pessoas calmas, se importa com os outros e tenho certeza que é boa em feitiços curandeiros e em poções, daria uma ótima Medi-bruxa. – Corei e ela riu, a ajudei a levantar e lhe entreguei a toalha para enxugar o corpo enquanto eu a segurava, pensei que ficaria mais confortável para ela desse jeito. Ela me devolveu a toalha e eu a ajudei a sair da banheira e a coloquei sentada num banquinho lhe calçando pantufas, a ajudei a vestir as roupas intimas, um short folgado e uma blusa larga de Rock. Voltamos ao quarto e vi que estávamos sozinhas além de Ted, provavelmente levaram Dora para o próprio quarto.

– Limpinha e cheirosa, a mulher é toda sua. – Sorri carinhosa e deixei Andy na cama para descansar um pouco, passei por Ted e ele segurou meu cotovelo delicadamente.

– Obrigada, Mione. Não sei o que faríamos sem você. – Falou choroso e eu ri baixinho, ele me puxou para um abraço e eu retribui acariciando de modo calmo suas costas ao ver que ele chorava.

– Não tem que agradecer, você é da família agora, Ted. – Sorri e me afastei lhes dando uma piscadela, saí os deixando para conversarem e entrei no quarto de Dora. Ela já estava em seu berço segurando os pezinhos e se balançando com todos ao redor dela.

– Nossa neta é linda! – Papai exclamou e os mais velhos concordaram enquanto James ria baixinho parecendo se divertir em ver os poucos fiozinhos de cabelos de Dora mudarem de cor a cada minuto.

– Que bebê mais indecisa! – James a mimou e eu abri a boca ao vê-lo fazer caretas para Dora a fazendo rir.

– Temos que mandar uma foto para Sirius e Régulos! – Exclamei e corri para meu quarto para pegar minha câmera bruxa, voltei correndo e James já a tinha no colo. Papai pegou a câmera e eu caminhei para o lado de James e ele mostrou Dora, papai bateu foto e ela agarrou nossos cabelos os levantando nos fazendo rir junto com ela, ao mudar o cabelo para roxo novamente. Papai riu e batemos fotos da família toda junto com Dora, Andy e Ted apareceram e ai mesmo que a sessão fotos ficou intensa. Todos nós rimos e mamãe foi fazer o jantar junto com a senhora Tonks enquanto James, papai e o senhor Tonks iam assistir quadribol.

O senhor Tonks ficou interessado em saber como funcionava o esporte, deixei Andy e Ted com Dora enquanto eu ia revelar as fotos na poção e logo enviar todas as cópias para Sirius e Régulos.


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Notas finais do capítulo

Espero realmente que tenham gostado!
Agora vou-me embora antes que me peguem! :'D