Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 18
18 - Juro solenemente não fazer nada de bom...


Notas iniciais do capítulo

Oe! Espero que tenham gostado do capítulo anterior!

Boa leitura! c:



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Era de manhã e provavelmente o café da manhã já passou, se me perguntassem eu diria até que Filch queria que apodrecêssemos aqui nessa masmorra úmida, resmungando eu me levantei.

– Não estou nem ai, eu vou sair. Estou com fome. – Rabastan riu e se levantou me abraçando de lado, enfiei minha varinha no bolso traseiro de meu short e abri a porta tapando os olhos com a claridade repentina, gemi em desgosto e quando meus olhos se acostumaram, eu suspirei dando um selinho em Rabastan. – Vou tomar banho, depois vá para o campo de quadribol... – Rabastan franziu o cenho desentendido e eu ri pelo nariz. – Em campo aberto você consegue desviar das azarações...

– Ah, claro. – Riu nervoso e eu rolei os olhos sorrindo, quem diria que o sonserino grosso e rude estava com medo de enfrentar alguns grifinórios do segundo ano.

Ele sorriu e me abraçou uma última vez antes de seguir para o salão comunal da Sonserina.

Corri pelos corredores pouco me fodendo em quem eu trombava lembrando do mapa de Hogwarts em um dos meus bolsos, ofeguei a senha para a mulher gorda e a mesma franziu o cenho para mim dando passagem, entrei aliviada no salão e vi James sentado na poltrona com a perna batendo nervosa, Sirius andava de um lado para o outro, Remus e Pedro estavam inquietos no sofá enquanto Marlene, Lily e Alice estavam tensas no tapete.

– Onde será que ela está? Ela não voltou depois que saiu na comemoração. – Gemeu James enfiando a mão nos cabelos, pigarreei e eles viraram seus olhos para mim. Escondi minha mão direita nas costas discretamente dando graças a Deus por ninguém ter notado. – ONDE VOCÊ SE METEU?!

– SABE COMO FICAMOS PREOCUPADOS?! – Gritou Sirius e eu me encolhi levemente enquanto todo mundo se levantava revoltado e começava gritar comigo.

– Gente... Gente deixa eu explicar... Ei... CALEM A BOCA! – Berrei e eles se calaram me olhando com as sobrancelhas arqueadas. – Filch me pendurou pelos tornozelos ontem, fui pega indo para a biblioteca, seus idiotas. – Resmunguei e ele ofegaram, eu era a primeira a ser pendurada esse ano, ano passado ninguém foi pego.

– Oh, Deus. Você está bem? – Perguntou James correndo até mim, rolei os olhos e sorri de lado.

– Eu não fiquei pendurada o tempo todo, abri os cadeados com dois grampos. Mas as masmorras são bem assustadoras. – Ri e eles me encararam incrédulos, menos Sirius. Ele sabia que eu já devo ter ficado em lugares piores para temer a uma masmorrazinha de nada.

– E você ri?! Fábio disse que as masmorras são horríveis! – Exclamou Marlene tremendo.

– Gideão disse que a cabeça começa a doer depois de um tempo e também que uma vez seu nariz sangrou. – Remus tremeu e eu rolei os olhos, os gêmeos Prewett as vezes são bem exagerados.

– Vocês sabem como aqueles gêmeos são... Vou tomar banho. James, Sirius e Remus, quando eu voltar nós vamos para o campo. Oh, o resto de vocês podem ir para assistir, também. – Eles franziram o cenho e eu sorri de lado. – Nós... Só vamos, sim? – Eles deram de ombros e eu corri escada acima para o dormitório feminino, eu realmente queria tomar um banho, meu cabelo estava um desastre depois de ficar de cabeça para baixo e em um lugar úmido.

Assim que cheguei ao quarto que eu dividia com as meninas, eu tirei o mapa do bolso e coloquei embaixo do travesseiro pensando que aquilo seria uma boa desculpa para acalmá-los.

Peguei uma toalha e fui tomar banho, a única coisa que demorou para lavar foi o cabelo, quando eu já estava limpa e arrumada com uma calça jeans e um moletom da grifinória que eu afanei de Sirius, desci as escadas bocejando. Eu não havia dormido tanto quanto se deveria lá, ignorando o sono eu saí do salão comunal sendo seguida pelos meninos, as garotas não quiseram ir porque tinham que terminar os trabalhos.

Minhas mãos ainda estavam no bolso no moletom, estava um pouco frio hoje e provavelmente começaria a chover em breve.

Fomos até o campo de quadribol em passos despreocupados, conversando e rindo.

– Como conseguiu afanar meu moletom? – Perguntou Sirius notando apenas agora.

– Você que deixou ele lá no salão comunal, e estava frio. – Dei de ombros e os meninos riram, mas suas risadas foram cessando ao ver Rabastan no meio do campo andando para lá e para cá de modo ansioso. Eu ri e ele olhou para nós nervoso, fui até ele e lhe dei um selinho escutando os meninos resmungarem, ele pegou minha mão direita e respirou fundo me virando. Ele tirou a mão direita do bolso e os meninos ficaram olhando de uma mão para outra pasmos.

– Potter... Black... Lupin... Eu e Hermione estamos... – Eles nem o deixaram terminar e já puxaram as varinhas, eu ri e soltei sua mão lhe dando um beijo na bochecha murmurando.

– Não se preocupe que se ficar pesado eu os paro. – Rabastan negou com a cabeça e eu arqueei a sobrancelha.

– Não, deixe-os. Eu também faria isso se fosse eles. – Eu ri e me afastei indo ao lado de Pedro assistir, ele já havia se sentado e trazia consigo um pacote de salgadinhos orgânicos, franzi a cara para isso, mas era o que tinha... Começamos a comer e eu vi os três trêmulos de raiva, James estava vermelho como nunca e suas narinas dilataram, ele parecia um touro... Sirius rosnava entredentes e eu acho que eu nunca vi um olhar tão hostil assim em Remus.

– Como... Se atreve... A namorar... Nossa... Hermione? – Ofegou Sirius e eu fiquei com medo dele quebrar a própria varinha.

– Olha, eu realmente gosto dela e...

– ESTUPEFAÇA! – Gritou James e Rabastan foi estuporado caindo de costas a uns metros de distância na grama fofinha.

– Uh, essa deve ter doído. – Riu Pedro e eu lhe dei um beliscão o fazendo guinchar baixinho, Rabastan se levantou decidido e se deixou ficar em pé. Vi Régulo correndo até nós ofegante.

– Mas o que foi isso?! – Exclamou e eu e Pedro chiamos para ele o puxando para sentar ao nosso lado.

– Ele agora é namorado da Mione. – Murmurou Pedro e Réggie olhou minha mão direita de supetão e se levantou bufando indo para o lado do irmão.

– Como ousa a pedir em namoro e não nos pedir permissão antes? – Rosnou ele e os meninos bufaram em concordância, Rabastan suspirou e Régulo o lançou uma azaração do tropeço o fazendo tropeçar no próprio tornozelo ao dar um passo para trás e cair de bunda no chão.

– Minha irmãzinha... Namorando um... SONSERINO. – Rosnou James tremendo.

– Por favor, me escutem. Eu realmente gosto dela, gosto tanto que estou enfrentando vocês... – Rabastan tentou, ele se levantou novamente e Remus o lançou um feitiço da perna presa o fazendo trombar para frente.

Cala a boca. – Rosnou Remus e Sirius o lançou um feitiço da língua presa o fazendo engasgar.

– O deem a chance de falar! – Exclamei meio irritada, desfiz o feitiço e Rabastan engasgou novamente.

– Ele não merece. – Rosnaram ao mesmo tempo e eu até me arrepiei, ui.

O que estão fazendo com o meu Bast?! – Ouvi a voz esganiçada de Parkinson e me irritei a ouvindo correr até nós, me levantei e a olhei ir até ele.

– E-eu não s-sou seu! Quantas vezes vou ter que dizer?! Sua idiota. – Se engasgou e eu sorri de lado.

– Exato, ele não é seu. É meu. – Me fiz presente e ela me olhou com nojo, levantei a mão direita e ela abriu a boca indignada.

– Sua... Vadia. – Ofegou e se levantou de supetão, Régulo havia revertido os feitiços para que ele se levantassem e assim como disse, dessem uma chance de ele falar. Ele se levantou atento em Parkinson, ela era muito boa em duelos, devo admitir, mas não sabia tantos feitiços assim. Então imagine minha surpresa quando ela lançou um feitiço de corte em mim, mas antes que ele me atingisse, Rabastan entrou em minha frente, menino estúpido, eu iria bloquear.

Ofeguei ao ver um corte crescer em sua bochecha e o sangue escorrer para seu queixo, o virei examinando sua bochecha, olhei com a mão tremendo de raiva para Parkinson, que engoliu seco e olhou culpada para meu namorado.

Corre. – Rosnei e ela deu um passo para trás, peguei minha varinha e andei em passos duros em sua direção, mas Rabastan segurou meu cotovelo, tentei me desvencilhar e ele me trouxe para um abraço. – Me solta, Rabastan. – Rosnei ainda querendo acabar com a raça daquela cachorra. – Ela te machucou, me solta agora.

– Tá tudo bem, uma poção e eu fico bem. Você pode ser expulsa, se acalma. – Murmurou, mas tenho certeza que os meninos ouviram já que suspiraram derrotados. Respirei fundo e o abracei pela cintura beijando seu peito, ele fez cafuné em meus cabelos e eu me separei para ver seu rosto, cutuquei de leve o machucado e ele resmungou.

– Já estou calma. – Menti sorrindo e ele sorriu de lado me soltando, me mantive distante o suficiente e estuporei com força total a Parkinson, que caiu gritando a alguns bons metros. Todos ficaram em silêncio, e eu sorri larga. – Agora sim eu estou calma.

– Hermione! – Chiou Remus dando um tapa na própria testa, dei de ombros e ri contagiante.

– Ela mereceu. – Os meninos riram baixinho e eu fui até a frente deles. – Agora... Vão deixar de azarar meu namorado?

Eles ficaram com cara de pensativo e James riu.

– Sim, com papai vai ser pior de qualquer forma. – Ele deu de ombros mas antes de sair falou muito ameaçador e sombrio. – Se você a magoar, eu acabo com sua raça. – Rabastan engoliu seco e acenou com a cabeça, Sirius estralou os dedos ameaçador enquanto Régulo e Remus estralavam os pescoços e braços.

– Blá blá blá, tá bom, entendemos. – Resmunguei e eles riram, até que James ficou sério novamente.

– É bom manter o pintinho dentro da gaiola por muito tempo, Lestrange. Ou ele pode acabar desaparecendo misteriosamente. – Rosnou e todos assumiram poses sombrias novamente, Rabastan levantou as mãos em rendimento pálido. – Bom garoto. – Bufou e respirou fundo novamente tentando se acalmar, arqueei uma sobrancelha.

– Que dramático. – Ri e ele revirou os olhos saindo, Remus lançou um último olhar estranho para mim antes de sair, mas Sirius veio em minha direção.

– Sabe que se esse idiota fizer algo, eu vou acabar com a raça dele, não é? – Perguntou ignorando a presença de Rabastan, dei de ombros rindo e ele sorriu de lado me abraçando murmurando baixinho. – Cuidado com a família dele. – Acenei com a cabeça e ele me olhou preocupado antes de olhar para Rabastan e fazer um sinal de “Estou de olho”.

Rabastan veio até mim e me abraçou de lado, começamos a andar até a enfermaria e ele suspirou.

– Admito que estou com medo de sua família. – Eu ri baixinho e rolei os olhos.

– O engraçado é que sua família pode me matar e eu não estou com medo, porque será? – Ele rolou os olhos rindo.

– Não vão tentar te matar... Te amaldiçoar? Talvez. Mas sabe, você é sangue-puro, eles não se importam com mais nada do que isso. – Suspirei e ele deu de ombros beijando minha bochecha, chegamos na enfermaria e abrimos a porta, Madame Pomfrey nem o deixou falar e o levou a uma das macas o sentando, ela limpou o corte e lhe deu uma poção, assim que o ferimento fechou, ela nos expulsou de lá.

– Nossa, cura a relâmpago. – Ri e ele rolou os olhos cutucando a bochecha.

– Vem, esqueci de dizer, espero que seja boa em proteger azarações também. Blás e Nott vão ficar loucos por você me tirar do mundo dos solteiros. – Eu ri e o olhei debochada, ele deu de ombros e fomos procurar os meninos, os mesmos estavam no pátio tentando azarar um primeirista da lufa-lufa.

– Olha só, tão corajosos azarando quem ainda nem transfigurar um fósforo para uma agulha sabe. – Exclamei irritada, eles deixaram de lado o menino e o mesmo correu castelo a dentro. Peguei minha varinha ficando preparada e eles arquearam uma sobrancelha.

– Blás, Nott... Estamos namorando. – E saiu dando espaço para eles me azararem, primeiro eles ficaram em choque, depois ficaram irritados, então bravos, e então começaram a azarar. Eu estava entediada enquanto desviava ou protegia as azarações, Rabastan estava sentado no chafariz assistindo tudo divertido. Os meninos já estavam ofegantes quando eu rolei os olhos e lancei o feitiço da língua presa neles.

– Escutem aqui, vocês dois. – Rosnei e ele se calaram. – Eu estou namorando Rabastan e não me importo com a decisão de vocês, mas aparentemente, ele se importa. Então invés de ficarem tentando me azarar, porque não me ameaçam logo e acabam logo com esse tédio? Eu quero comer. – Resmunguei e desfiz o feitiço os fazendo engasgar e gaguejar.

– Se v-você o machucar, se considere morta. – Ofegou Nott e eu dei de ombros enquanto Blásio repetia a ameaça, eu soube que todos os Zabini homens se chamavam assim por causa de uma maldição. Coisinha interessante.

– O dela foi melhor que o meu, fui azarado por quatro. – Riu Rabastan e eu corei rolando os olhos.

– Ninguém mandou namorar logo a Potter. – Resmungou Zabini e eu ri baixinho, dei um beijo na bochecha de Rabastan e falei.

– Vou tomar café da manhã, até. – Sorri e ele me prendeu pela cintura ainda sentando.

– Quer que eu vá com você? – Os meninos fizeram sons engraçados e eu ri lhe dando um selinho.

– Não precisa, só porque estamos namorando não significa que você vai ter que andar grudado em mim. Pode ficar com esses idiotas, além de que não irá ter nada para você fazer a não ser me ver devorar metade da mesa. – Ri e ele rolou os olhos me puxando para um beijo antes de me deixar ir, sorri e lhe dei as costas saindo do pátio, mas antes de entrar no castelo, consegui ouvir.

– Cara, você está fodido. – Deixei para lá sem entender e corri ao salão principal, assim que cheguei suspirei aliviada ao ver que ainda havia comida nas mesas, fui até a da grifinória e me sentei ao lado de Dorcas, ela era legal, mesmo eu não falando com ela muitas vezes, mas as que eu falava nunca me arrependia. Ela simplesmente não tinha filtro na língua e aquilo era incrível.

– Oi, Dorcas. – Cumprimentei pegando uma tigela de cereal. – Tendo uma boa manhã? – Perguntei risonha ao vê-la quase se afogar em seu mingau.

– Oh, ótima. Porque é uma delícia acordar cedo na droga de um domingo, porque está de bom humor? O sádico do seu namorado por acaso te deu um anel? – Resmungou e eu ri bebendo suco. – Oh, ele deu. Que maravilha. – Eu me engasguei rindo com o suco e a mesma rolou os olhos. – Eu soube que o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas vai nos ensinar o patrono. Bem, a nós meros humanos e não a você sua feiticeira super dotada. – Caí na gargalhada e ela riu pelo nariz.

– Tem razão, eu já sei produzir um patrono.

– Oh, que surpresa! – Respondeu sarcasticamente animada, eu ri e ela me seguiu. – Será que algum dia desses você podia me dar aula de poções? Estou me ferrando nessa matéria com o Slughorn, sério, aquele velho me odeia! Só porque eu disse que sua barba o fazia parecer um pedófilo que ataca criancinhas no parque. – Não aguentei e explodi em gargalhadas novamente enquanto tentava comer, coisa não muito bem sucedida, sendo que eu sempre me engasgava.

– Como você pôde dizer isso para ele? – Ri e ela deu de ombros.

– Tio Dumby disse que concordava comigo, ele até riu. – Falou orgulhosa e eu me curvei sobre a mesa rindo. – Bem, eu vou indo praticar o patrono para não dar uma de Pettigrew na sala. – Falou o nome com desprezo e eu voltei a rir, Dorcas simplesmente odiava Pedro por nenhum motivo aparente, quando perguntei o porquê disso, ela me respondeu que a cara dele a irritava, e o mais engraçado, era que o sentimento era recíproco. Dorcas se levantou saindo saltitante pela porta, terminei de comer meu cereal ainda rindo e quando acabei, fui lentamente até a torre da grifinória. Sentindo os olhares em mim e no meu anel, rolei os olhos com isso, esse povo não sabe cuidar da própria vida.

– Coração dourado. – Resmunguei e a mulher gorda abriu a porta ainda conversando com a mulher do quadro ao lado, entrei e ao não ver os meninos espalhados no sofá deduzi que estavam no quarto. Subi para o meu e peguei o mapa logo depois indo para o dormitório dos meninos, entrei sem bater e me arrependi profundamente... Talvez não tão profundamente assim, Remus e Sirius haviam acabado de sair do banho e tinham as toalhas pendendo nas cinturas. – Ai meu Deus! – Exclamei e me virei corada como um tomate.

– Oh, pode entrar! – Exclamou Sirius irônico e Remus riu, fui ainda de costas até a cama de James e me joguei lá me cobrindo até a cabeça os dando privacidade. – Nada de espiar! – Brincou e eu ri.

– Que droga, lá se vai meu plano! – O imitei e os meninos caíram na gargalhada, James não estava presente, mas Pedro estava em sua cama já trocado de roupa. Me descobri e vi Remus de costas terminando de colocar a calça enquanto Sirius ainda procurava sua roupa apenas de cueca preta. – Bela cueca, Six. – Ri e ele olhou sobre o ombro para mim rindo.

– Tarada. – Ri mais e me coloquei a observar as costas arranhadas e um tanto musculosas de Remus, suas costas tinham algumas cicatrizes indicando que ele se machucava bastante quando estava em sua forma de lobisomem. Ele colocou a camisa e se virou me pegando no flagra, corei e desviei o olhar para Sirius que ainda procurava uma camisa.

– Anda logo, Six! Eu tenho algo para mostrar a vocês! – Ele resmungou e colocou uma camisa qualquer. – Cadê James?

– Estou aqui, querida irmã. – Riu ele entrando, rolei os olhos e bati na cama indicando para todo mundo vir.

– Bem, ontem quando Filch me levou para a sala nojenta dele...

– Eu soube que ele guarda olhos de peixe lá! – Sirius interrompeu e eu rolei os olhos.

Continuando... Quando ele me levou para lá, na mesa, tinha algo bem... Interessante.

– Olhos de peixe?! – James perguntou e Remus o deu um tapa na nuca.

– Deixe-a terminar. – Resmungou e eu sorri tirando o mapa do bolso do moletom e o abrindo na cama, James e Sirius sugaram o ar enquanto Remus abria a boca surpreso e Pedro olhava sem entender para o mapa.

– Porque estão tão animados com essa coisa velha? – Perguntou se sentando no malão, cada um estava em um extremo enquanto eu estava na cama deitada de bruços.

– Como assim, “coisa velha”?! Isso é uma mina de ouro! Aqui deve ter todas as passagens secretas de Hogwarts, todos os esconderijos e atalhos! – James falou realmente animado eu ri pelo nariz e Remus traçou o mapa com cuidado. – Mas deve estar desatualizado, algumas coisas devem ter mudado.

– Não, hogwarts não muda, apenas se acrescentam uma coisa ali e aqui. – Murmurei olhando para o mapa, eu podia dizer o que havia mudado, mas isso é uma coisa deles, vou deixá-los terem essa tarefa.

– Hoje de noite vamos com a capa visitar cada esconderijo, usar e abusar desse mapa e procurar mais passagens secretas. – Sirius riu entusiasmado e eu o segui.

– Mione, você realmente afanou isso? – Perguntou Remus, mas não tinha um tom de repreensão, era até admirado. Acenei com a cabeça e ele riu. – Nunca pensei que fosse dizer isso, mas... Fez bem em pegar isso. – Ri e os deixei cuidar de tudo.

***

Dois meses, nove dias, 12 horas e 43 minutos, esse foi o tempo que levamos para criar o mapa do maroto. Amanhã iriamos voltar para casa para o natal, Sirius não passaria as férias conosco, mas nós iriamos ficar três dias em sua casa. Eu sei, loucura, mas sua mãe nos convidou e eu tenho certeza que tem dedo de Riddle nisso. Falando no diabo, o mesmo não encheu meu saco depois da tentativa frustrada do imperius, não que eu estivesse reclamando.

Andrômeda não estava bem ultimamente, eu desconfiava de algo, mas não podia simplesmente falar do nada como se eu soubesse de tudo, e se meus cálculos estiverem certos, próximo ano, em 1973, Ninfadora iria nascer...

O.k, eu admito que eu talvez já tenha ameaçado Ted.

Flash back on

Andrômeda estava triste, ela havia brigado com Ted porque o mesmo achava que se ela realmente o amasse, iria contra sua família, eles tiveram uma briga feia e eu que estava ali animando Andy.

– Não fica assim, Andy. Ele é nascido-trouxa, ele não entende que se não seguirmos regras, podemos acabar sendo torturadas com simples acenos de varinhas. – Falei inutilmente e ela fungou dando de ombros, me irritei e me levantei da cadeira da biblioteca.

– Mione? Onde você vai? – Perguntou confusa, sorri para ela.

– Ter uma conversinha com seu namorado. – Ela arregalou os olhos e antes que pudesse contestar, corri para fora da biblioteca. Eu sabia que ele deve estar no corujal já que Andy vive falando que ele ama ficar cuidando das corujas.

Fui até o alto da torre oeste e entrei no corujal olhando ao redor a procura do futuro defunto, ele estava sentado todo agasalhado perto da janela sem vidro olhando para baixo. Limpei minha garganta com os braços cruzados e ele levantou o olhar me encarando curioso.

– Posso ajudar? – Perguntou tentando ser prestativo com os cabelos verdes berrantes, sorri de lado amarga e me aproximei.

– Sabe quem sou? – Perguntei inocente e ele franziu o cenho dando de ombros. – Eu sou Hermione Potter, Andrômeda Black é praticamente minha irmã, e eu estou aqui para ter uma conversinha amigável com você. – Falei sombria e ele fechou a cara.

– Que foi? Vai dizer que ela me ama, agora? Se ela me amasse ela ia contra a família. – Resmungou cruzando os braços e com os cabelos atingindo a cor vermelha, andei em passos pesados até ele e o puxei pelo cachecol.

– Você não sabe de nada. – Rosnei ameaçadora e ele engoliu seco. – Não sabe como é a sensação de um cruciatos, não sabe que ela recebeu vários apenas por estar namorando com você, não sabe o quanto ela o ama. – Ele arregalou os olhos, já estava no sétimo ano, então provavelmente já havia estudado sobre as maldições imperdoáveis. O soltei com brutalidade e andei na sua frente irritada. - Não foi você que teve que ser amaldiçoada pela própria família várias vezes! Ela continuou namorando com você sabendo as consequências, ela já está indo contra a própria família só por respirar o mesmo ar que você! Acha que a família dela é apenas “preconceituosa”?! Ah, é muito mais! Ela pode morrer só por continuar te amando, e ainda assim, eu sei que ela iria morrer feliz porque morreu por amar você. – Parei de supetão e me virei para Ted, que no momento tinha os cabelos brancos pálidos como a pele, marchei até ele e apontei o dedo para seu peito. – Você vai nesse momento procurar Andrômeda e se desculpar, dizer o quanto a ama e o quanto foi imbecil. Ou eu juro por Deus, eu acabo com a sua raça e não vou precisar de uma varinha para isso. – Ele se levantou de supetão e correu corujal a fora, suspirei e me sentei em seu lugar cansada. Era cansativo ser ameaçadora as vezes...

No final, Andrômeda me abraçou chorando e agradecendo enquanto que Ted toda vez que me via tremia assustado. E era para ficar mesmo.

Flash back off.

Estávamos todos reunidos ao redor do baú de Sirius, como sempre dando os toques finais para o mapa, foram árduas noites sem dormir e pendurados pelos tornozelos de tanto que fomos pegos antes de eu dar a leve pista que poderíamos adicionar ao mapa a localização de todos.

Passamos o mapa para um pergaminho novo, cheiroso e limpo, graças a Deus. Já tinham todos os feitiços, mas eles ainda decidiam os nomes que colocar para revelar o mapa, isso eu os deixava escolher sozinho, faz parte da história deles.

– Que tal, sou foda, pode se revelar. – Sugeriu Sirius e eu novamente ri, eles simplesmente davam os nomes mais idiotas.

– Não, e quando passarmos para os nossos filhos? Não quero eles falando isso, serão pegos na primeira tentativa. – Remus deu de ombros e eu acenei com a cabeça.

– Argh, diz você então Aluado. – Resmungou e ele pensou um pouco.

Eu juro solenemente fazer apenas o bem.

Eu juro solenemente não fazer nada de bom! Perfeito! – Saltitou James pelo quarto muito excitado, eu ri e Remus sorriu negando com a cabeça, ele levou a varinha ao papel e falou o feitiço e a frase.

– E para apagar? – Perguntou Pedro comendo um de seus salgadinhos orgânicos, ele estava emagrecendo bem, as meninas até estavam começando a se interessarem.

Malfeitores, feitos. – James exclamou e eu franzi a cara junto com Remus.

– Que tal... Malfeito, feito...? – Remus sugeriu e todos riram entusiasmados, a esse ponto todos nos chamavam de os marotos agora. Sim, por algum motivo estranho também me incluíram nesse meio.

– Épico! – Gritou James pulando em cima da cama, rolei os olhos rindo e me encostei na cama. - Certo, a introdução vai ser, Os senhores...

Os senhores, sério? – Ri e James deu de ombros convencido.

– Temos que ser importantes, maninha. Então... Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinha, Pontas e a senhora Neve...

– Neve?! Que apelido estúpido! – Grasnei me deitando no chão de tanto que eu ria, eles já haviam feito os apelidos de acordo com os patronos. Meu patrono era uma raposa da Antártida, Pedro que conseguiu diferenciar, ele que deu o apelido de Sirius e James.

– Mas o pelo da raposa é branco como a neve, e eles só vivem na Antártida! Neve! – Explicou e eu ri mais dando de ombros. – Continuando, de novo... Os senhores Aluado, Rabicho, Almofadinha, Pontas e a senhora Neve, estão orgulhosos de apresentar... Como vai se chamar o mapa?

– O mapa dos Marotos! – Exclamaram em uníssono e Sirius notando que eu não falava nada me cutucou.

– Porque você nunca diz nada? – Eu ri baixinho e murmurei.

– Porque eu já sei como tudo isso fica, isso é algo de vocês. – Ele me encarou surpreso e deu de ombros rindo.

– Deixa eu escrever! – James tomou a pena da mão de Remus e começou a escrever com sua letra muito bem desenhada.

– Seu estúpido! Você escreveu O Mapa do Maroto! – Sirius reclamou e James murchou resmungando.

– Eu conserto, então.

– Não! – Guinchou Remus cobrindo o mapa. – Deixe assim! Mostra que é para qualquer um com espirito maroto, não apenas para nós! – Os olhos de James brilharam e ele sorriu radiante.

– Então... Finalmente acabamos? – Perguntou emocionado, nós nos calamos e nos sentamos direito encarando o mapa que demoramos para completar. – Quem quer fazer as honras?

– Acho que devia ser a Neve... Ela que mais foi pendurada pelos tornozelos. – Pedro disse e eu sorri radiante pegando minha varinha e respirando fundo.

Juro solenemente não fazer nada de bom...

Messrs.

Moony, Wormtail,

Padfoot, Prongs

&

Mrs. Snow

Are proud to present…

The Marauders Map.


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Notas finais do capítulo

YAY! Espero que tenham gostado! c:

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