Another Hermione escrita por Mrs Rainbow


Capítulo 17
17 - Sim!


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá!
Eu ia postar ontem, mas não queria fazer isso sem responder os comentários, mas eram MUITOS! Só consegui respondê-los hoje! E se eu não respondi, pode ficar calmo que eu vou ver depois se eu deixei algum passar.
Bem, além de que eu só tive esse tempo livre para dormir, mas decidi postar esses e mais dois!
MUITO OBRIGADA A Kia Araujo PELA RECOMENDAÇÃO! MINHA PRIMEIRA MEU POVO! EU SURTEI QUANDO LI! SÉRIO! AI MEU PAI! EU FIQUEI SALTITANDO PELA CASA RINDO!

Ui, bem... Vamos aos capítulo e a realização do sonho de algumas!



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Finalmente o jogo da Grifinória contra Sonserina, Régulo não sabia se torcia para mim ou para a própria casa, eu disse que torcesse para sua casa para não arranjar problemas com as cobras.

Era o café da manhã e acho que nunca vi o professor Slughorn e a professora Minerva se fuzilando e se alfinetando tanto quanto agora, eu até havia perguntado o porquê, os alunos disseram que era porque eu era uma das alunas favoritas de Slughorn mas estava jogando contra sua casa. A lufa-lufa e a Corvinal torciam para a Grifinória com os rostos pintados de vermelho e amarelo. E pela primeira vez, eu notei Xenofílio Lovegood. Com o rosto pintado de leão e olhos levemente arregalados, seus cabelos brancos estavam com partes douradas berrantes. É... Ele realmente é o pai da Luna. A mesa da Corvinal o encarava como se estivesse com um rabanete pendurado no pescoço... E ele estava.

Tentei me concentrar em comer e não em encarar o senhor Lovegood, James mal tocara na comida e tinha uma cara que eu até me preocupava.

– James, se não começar a comer, eu vou enfiar em você por um lugar não muito possível de se mastigar. – Ameacei e ele deu um salto no banco me encarando assustado, James atacou a comida e eu sorri satisfeita. Todos os membros do time estava ansiosos, eu nem tanto, estava feliz por ter a chance de derrubar Lúcio da vassoura. Sim, ele fazia parte do time como apanhador e ficava por ai se exibindo no uniforme com o peito estufado. Parecia um pavão.

– Você também tem que comer, Hermione. – Disse Sirius escorregando para o meu lado. – Não comeu nem menos da metade que normalmente comeria, e precisamos de você forte para derrubar aquelas cobras das vassouras. – Eu ri tomando mais uma colherada do mingau, Merlin, eu amo mingau! Era da consistência perfeita para se mastigar, mas também era mole o suficiente para virar na cabeça de alguém quando se está irritado.

Tomei apenas mais algumas colheradas para não ficar com fome depois e afastei a tigela estralando os dedos em um gesto ansioso, pela primeira vez, acho que estava caindo a ficha que eu iria jogar contra Sonserina e contra meu... Droga, o que Rabastan era meu?

– Que foi? – Perguntou Remus me tirando do transe, eu devo ter feito uma cara engraçada porque ele riu e respondeu. – É que você estava com a cara franzida olhando para o nada.

– Ah, não é nada. Só estou pensando no jogo. – Menti dando de ombros e ele estreitou os olhos logo depois dando de ombros e voltando a ler e a comer ao mesmo tempo.

– Certo time, vamos logo, daqui a pouco o jogo começa. – Wood disse meio nervoso e nós assentimos com a cabeça nos levantando, franzi a cara quando olhei para a mesa da sonserina e vi Parkinson beijando o pescoço de Rabastan em seu colo enquanto o mesmo murmurava algo baixinho e apertava sua cintura. Marcus, o outro batedor, seguiu meu olhar e abriu a boca surpreso.

– Pensei que vocês estavam namorando. – Eu virei a cara quando Rabastan me olhou assustado e estralei os dedos irritada.

– Pensou errado. – Respondi dura e voltei a marchar balançando o bastão na mão de modo ansioso e tentando não jogá-lo na cabeça do primeiro Sonserino a me irritar.

Uhoh, Mione, eu vou lá bater no coração para você se acalmar um pouco. – Granger falou e eu ri pelo nariz baixinho.

– Mione! – Olhei sobre o ombro e vi Régulo correndo pelos corredores, alguns do meu time pararam junto comigo e eu sorri para eles.

– Podem ir, eu alcanço vocês. – Eles assentiram e continuaram a marchar, me virei para Régulo, que estava ofegante, e sorri de lado. – Oi, Reggie.

– Oi... Eu... Só vim... Dar boa sorte! – Eu sorri de lado e o abracei, ele era apenas alguns centímetros mais baixo que eu, lhe dei um beijo na bochecha e sorri larga.

– Obrigada, Reggie! – Ele corou e eu lhe dei outro beijo estralado na bochecha, sorri uma última vez e ao ver que o time da sonserina já estava no final do corredor vindo eu nossa direção eu lhe dei uma piscadela correndo para alcançar meu time.

Quando cheguei perto deles, antes de virar o corredor, Marcus e Wood passaram os braços sobre meus ombros enquanto James andava com o peito todo estufado no meio dos meninos me fazendo rolar os olhos.

Chegamos no vestiário rindo das piadas horríveis de James e começamos a nos arrumar, e não, eu não ficava nua na frente deles. Eu apenas colocava os protetores e a blusa do uniforme.

Nos sentamos nos bancos para escutar as instruções do capitão, ele estava mais confortável e relaxado depois das piadas estupidas do meu irmão, assim como o resto do time, mas eu ainda estava um pouco irritada e querendo muito derrubar alguns sonserinos das vassouras.

– Certo, nossas armas secretas são os Potter. O que eles viram nos treinos abertos não era nada. – Falou decidido e eu corei quando todos do time nos encararam, mas James sorriu de lado convencido. – Então, vamos esmagar aquelas cobras! – Gritou e nós fomos junto levantando os punhos. Todos se levantaram e começaram a sair, eu arrumei meu bastão no coldre e peguei minha vassoura me levantando estralando o pescoço. – Hermione, posso falar com você por um instante? – Eu arqueei as sobrancelhas surpresa, ele sempre me chamava de garota Potter...

– Claro, Wood. – Me sentei novamente e ele ficou a minha frente.

– Eu sei que você é a melhor batedora que já tivemos, e sei que não vai hesitar em derrubar Lestrange da vassoura.

– Ah, eu não vou mesmo. – Falei sombria apertando a vassoura com uma das mãos, ele sorriu de lado e me ofereceu a mão. Aceitei sorrindo e ele me puxou ficando ao meu lado.

– Quem sabe se nós não ganharmos, eu te ajude a bater em Malfoy. – Eu ri e ele me seguiu enquanto íamos para perto do time, todos respiramos fundo e saímos do vestiário ouvindo o estardalhaço nas arquibancadas, isso me deixou atordoada por um segundo, mas logo me recompus e continuei a marchar ao lado de Marcus, James sorriu para mim em sua posição e eu devolvi o sorriso entusiasmada.

– Certo, todos em suas posições! – Gritou a Madame Hooch e nós montamos em nossas vassouras indo para nossos lugares. – Quero um jogo limpo! – Exclamou olhando diretamente para o capitão da sonserina, que sorriu de lado olhando desdenhoso para Wood. – Certo, apertem as mãos. – Eles apertaram e eu tive a impressão que eles estavam tentando quebrar os dedos uns dos outros. Eles finalmente se soltaram e eu ri baixinho junto com Marcus, evitei olhar para Rabastan, mas sentia seu olhar me queimando. Madame Hooch soltou o pomo de ouro, eu não consegui acompanhar o mesmo.

Mas pelo visto, o nosso apanhador, Stevie, conseguiu.

Madame Hooch apitou e jogou o goles para cima dando início a partida, eu e Marcus corremos cada um para um lado e eu joguei um balaço no artilheiro da sonserina que estava com a bola, ele desviou pateticamente deixando a goles cair e dando chance James pegar, o mesmo atravessou o campo evitando os outros artilheiros da sonserina e comigo em sua cola o livrando dos balaços e os jogando nos outros jogadores.

No meio da partida conosco ganhando por 140 pontos, a maioria feita por James e muitos pontos evitados por mim, eu sempre acertava os jogadores que iam fazer ponto, Rabastan pegou a goles chutando a vassoura de Fábio, o irmão de Molly, e enquanto Marcus ia ajudar o garoto eu ouvi Parkinson gritando da arquibancada, com o sangue fervendo, eu joguei o balaço nele. O mesmo olhou para trás assustado e soltou a goles desviando por um fio do balaço, ele me olhou surpreso e eu fiz uma carranca virando a vassoura para o outro lado. A sonserina me vaiava enquanto a grifinória, lufa-lufa e corvinal faziam um estardalhaço por eu quase ter lhe acertado.

De longe, vi Lúcio mirar em um lugar e voar para lá, ninguém mais viu, sorri de lado maldosa e fui em direção a um balaço mirando onde Lúcio iria no tempo de três segundo e joguei com toda minha força.

Stevie prestou atenção em minha jogada e sorriu agradecido seguindo Malfoy, o balaço acertou a vassoura de Lúcio o fazendo desviar do caminho assustado rodando no ar e dando tempo de Stevie lhe ultrapassar e pegar o pomo de ouro. Todos fizeram silêncio por um segundo até Stevie levantar o braço mostrando algo dourado brilhando em sua mão e nós urramos em vitória.

A ansiedade queimava em mim e eu voei até James berrando junto com ele, sorrimos um para o outro e nos juntamos ao pessoal do time lá embaixo, quando descemos, os nossos companheiros de equipe nos colocaram sobre os ombros pulando enquanto eu urrava com o bastão no alto e James sorria bagunçando os cabelos.

***

– A Hermione, a garota que tirou Malfoy do curso! Literalmente! – Completou Wood no salão comunal rindo e gritando junto com os outros, eu ri corando e levantei meu suco de abobora para o alto sentada na poltrona. Estávamos tendo uma festa de comemoração, mas o barulho muito alto estava me deixando com dor de cabeça, me levantei sorrindo e acenei com a cabeça para Sirius e James, que bebiam cerveja amanteigada, e saí do salão comunal deixando o barulho para trás.

Andei até a escada da torre de astronomia e a subi lentamente bebericando meu suco de abobora, eu estava mais calma depois de ter jogado o balaço em vários sonserinos e ter ganho o jogo. Entrei na torre indo calmamente até a grade deixando a taça em cima da mesma, me escorei sobre ela vendo de longe a cabana de Hagrid e sorri fraquinho pensando em lhe visitar algum dia.

– Foi um bom jogo. – Alguém falou de repente e eu tomei um susto esbarrando na taça e a fazendo cair, olhei a mesma cair lá embaixo em um som irritante e suspirando olhei sobre o ombro para Rabastan.

– É, foi mesmo. – Murmurei voltando o olhar para os campos de Hogwarts, ele chegou perto lentamente e se pôs ao meu lado enquanto eu ficava cada vez mais tensa.

– Não sabia que era tão boa assim como batedora. – Acenei com a cabeça ainda sem falar nada escutando Draco o xingar de tudo que é nome me deixando levemente irritada. Ele me olhou com o canto de olho e suspirou se virando totalmente para mim com os braços cruzados. – Que foi?

– Nada. – Respondi curta e ríspida, ele arqueou uma sobrancelha e me cutucou, continuei sem encará-lo mas ele é bem insistente quando quer. Virei meu rosto irritada e sibilei. – Que foi?

– É sobre o que aconteceu hoje no café da manhã com a Parkinson? – Perguntou hesitante e eu senti a raiva queimar dentro de mim o olhando hostil, ele recuou um passo levemente e eu voltei meu olhar ao campo de Hogwarts. – Eu posso explicar-

– Não tem que me explicar nada, não somos namorados. – Falei e me virei saindo da torre o escutando balbuciar algo, ignorei isso e desci rápido as escadas quase tropeçando. Passei por um armário de vassoura e escutei barulhos de sucção, franzindo a cara em nojo bati na porta com força. Ouvi um grito conhecido e prendi a respiração me escondendo atrás da armadura que tinha ali, Kath saiu correndo do armário enquanto Remus saia de fininho limpando a boca, sorrindo triste para mim mesma, esperei ele ir atento em direção a torre da grifinória. Saí detrás da armadura e andei lentamente em direção ao sétimo andar olhando para os meus pés e com as mãos nos bolsos do short. É, hoje tinha começado tão bem...

Suspirei e passei três vezes pelo corredor pensando em um lugar onde eu poderia descontar minhas frustrações, mas a porta não apareceu. Bufei irritada, ótimo, nesse momento pessoas transando e eu aqui querendo apenas quebrar algo.

Bufando, eu saí marchando em direção a biblioteca, quando eu ia abrir a porta gigante ouvi um miado rouco e agudo. Olhei ao redor desesperada, mas Madame Nor-r-a miava como nunca na vida, e logo o barulho da corrida manca de Filch me despertou, corri para um lado mas vi a luz da varinha de alguém, então estanquei no lugar e corri para o outro lado e vi a luz do candelabro de Filch, suspirando, eu me sentei no corredor vendo quem me alcançava primeiro.

Filch já estava na metade do caminho quando uma monitora da lufa-lufa apareceu, ela parou ao ver que o zelador já estava indo me pegar e foi patrulhar outro lugar, me levantei e fui em direção ao Filch.

– Fora da cama a essa hora! – Ofegou e eu franzi a cara para ele pensando em zombar, mas a última vez que fiz isso eu tive que limpar um corredor inteiro de tarde, só que as pessoas passavam e eu tinha que limpar de novo.

– Qual vai ser minha detenção? – Perguntei olhando acusatória a gata, a mesma miou alto e se enroscou nas pernas do dono, Merlin, eu quero chutar essa gata.

– Não é a primeira vez que passeia pelos corredores a essa hora da noite. – Falou sorrindo maldoso, como sempre. – Minha sala, agora. – Suspirando, eu segui o homem manco, ele ria para o nada por finalmente ter me pego, admito que eu era arisca. Ele sempre me via passeando por ai e por um triz não me pegava, mas hoje ele finalmente realizou seu sonho.

Uh oh, a Potterzinha ganhou o jogo mas vai passar a noite pendurada pelos tornozelos! – Zombou pirraça e eu o olhei de modo feio lhe dando dedo. – Que sinal feio, Potterzinha! Sabia que eu vi Parkinson e seu namoradinho aos amassos em uma das salas? – Filch o ignorou imerso demais em sua bolha de felicidade.

– Ele não é meu namorado, Pirraça. – Rosnei entredentes e o mesmo riu me rodando, saquei minha varinha e lhe lancei um impedimenta, ele bateu contra um muro invisível e ficou para trás me xingando.

Finalmente chegamos na sua sala fedida e pequena, Madame nor-r-a veio fazer dengo para mim mas eu tirei meu pé irritada, a mesma miou manhosa batendo a cabeça em minha outra perna e eu levantei a outra na cadeira também. Ele se sentou à minha frente todo sorridente e entrelaçou os dedos tremendo os colocando sobre a boca.

– Você não sabe, o quanto eu queria te pendurar pelos tornozelos, Potter. – Riu e eu engoli seco. Só iriam deixar de nos pendurar pelos tornozelos próximo ano, é a primeira vez que Filch consegue me apanhar, as outras vezes são sempre monitores ou professores. Ele riu novamente e se levantou virando de costas procurando as correntes, olhei sua mesa e vi o mapa de hogwarts. Arregalei os olhos e o pesquei o enfiando embaixo da perna fazendo cara de inocente quando Filch olhou sobre o ombro desconfiado, mas sorri larga quando ele virou novamente e eu consegui tirar o pergaminho velho de lá e o dobrar cuidadosamente o colocando em um dos bolsos. Ele virou com as correntes nas mãos e saiu rindo em direção as masmorras e ao salão comunal da sonserina, estávamos passando pela porta do salão comunal da sonserina quando a porta foi aberta e nós demos de cara com Rabastan, Filch o olhou sorridente. – Parece que você vai ter companhia essa noite, Potter. – Fechei a cara e continuei o caminho enquanto Filch arrastava Rabastan.

Ele nos jogou na masmorra fria e escura, pendurou as correntes novas e as prendeu em nossos tornozelos. Eu até estava torcendo para que ele não me tirasse minha varinha, assim eu sairia no meio da madrugada e voltaria de manhã.

– Eu queria falar com você, na torre... – Murmurou Rabastan para mim, mas eu lhe ignorei mexendo os pés e fazendo as correntes tilintarem.

– As varinhas. – Falou sorridente Filch e eu bufei tirando a minha varinha do bolso traseiro dos shorts, Rabastan tirou a dele das vestes e a entregou para Filch junto comigo. O zelador foi sorridente a uma alavanca. – Sentem-se, assim não quebram nada. – Engolindo seco, eu me sentei ao lado de Rabastan, Filch abaixou a alavanca e eu dei um gritinho ao ser arrastada e ficar de cabeça para baixo olhando para a porta. – Até de manhã, assim vocês aprendem a não passearem de noite pelo castelo. – Falou sorridente e deixou as varinhas em uma mesa no outro extremo da masmorra, e saiu com a gata em seus tornozelos, ele fechou a porta e eu suspirei tentando me concentrar em outra coisa que não fosse a dor incomoda nos meus tornozelos. Senti o sangue descer todo para minha cabeça e me preocupei, levantei minhas mãos e fiz impulso me segurando nas correntes. Suspirei aliviada e tentei me levantar mais, fiquei equilibrada no ar pelas correntes sentindo Rabastan me encarar espantado. O sangue foi circulando normalmente mas eu perdi o equilíbrio ficando de cabeça para baixo novamente.

– Porque você não voltou quando eu te chamei, lá na torre? – Perguntou, mas eu o ignorei tentando abrir os cadeados da coisa que prendia meu tornozelo com magia, mas talvez fosse impossível de se abrir com varinha. Choraminguei e ele bradou. – Me responda!

– Eu não voltei, porque você me daria desculpas idiotas, Lestrange. E esse não é momento para ficar irritadinho. – Rosnei tentando pensar, talvez eu conseguisse abrir com grampos, eu tinhas alguns em meus cabelos. Mas seria difícil fazer isso de cabeça para baixo e eu precisaria de silêncio, coisa que eu não sei se Lestrange iria fazer.

– Agora eu sou Lestrange? – Perguntou medroso e eu ri sem humor negando com a cabeça. Bem, eu iria tentar, se não funcionasse, paciência. Tirei um grampo do meu cabelos e o olhei suspirando aliviada sabendo que ainda tinha três daqueles enfurnados em meus cabelos rebeldes. Tirei a bolinha de silicone com os dentes da parte lisa e o abri, usando o chão, eu entortei um lado da ponta lisa e dobrei a outra parte para ter apoio. O deixei no chão mesmo para não perder e procurei outro grampo, ao acha-lo sorri contagiante. O abri até a metade deixando em um ângulo de noventa graus e dei um impulso para cima novamente pegando o cadeado e o colocando nele, me deixei ficar pendurada novamente e peguei o outro grampo. – O que está fazendo?

– Tentando sair daqui, não quero passar a noite aqui com você. – Murmurei concentrada tentando ouvir algum clique, mas era difícil com Rabastan se lamuriando. – Você quer calar essa boca? Estou tentando abrir essa droga. – Rosnei e ele choramingou antes de se calar, suspirei e fiquei pendurada um instante antes de voltar a me curvar, ouvi o primeiro clique e sorri aliviada abaixando os outros pinos e procurando o último, ouvi o seguinte e abaixei todos os pinos abrindo o cadeado e tirando aquela coisa apertada do meu tornozelo. Avery arquejou surpreso e eu sorri dobrando minha perna e ficando apoiada pelos braços, respirei fundo sabendo que esse seria mais difícil e doloroso, e dei impulso tentando trabalhar rápido. Ouvi o primeiro barulhinho e afobada fui abaixar os outros pinos, mas acabei errando e tendo que começar tudo novamente, choraminguei e fiquei pendurada novamente me apoiando pelas mãos.

Respirei fundo e fui novamente, depois de algumas boas meia hora, eu caí de costas do chão frio e úmido arfando aliviada. Parecia que eu estava fazendo abdominais, isso sim. Me levantei cambaleante e me firmei no chão, finalmente.

– Ótimo, agora me tira daqui. – Pediu e eu arqueei uma sobrancelha e fui pegar minha varinha.

– Porque não pede à Parkinson? – Perguntei sorrindo amarela de lado, o mesmo choramingou e eu me sentei à alguns metros dele. – Eu soube que tem dado uns amassos por salas alheias. - Falei e ele franziu as sobrancelhas pensativo e logo abriu a boca em entendimento.

– Quem te disse isso?

– Um fantasma. – Dei de ombros girando a varinha entre os dedos e ele seguiu meu movimento.

– Pirraça, ele apenas chegou numa má hora! Ela que me atacou. – Falou convicto e eu o olhei debochada.

– Eu disse, desculpas idiotas. – Ele estralou a língua passando a mão pela testa.

– Eu estou falando a verdade! E aquele incidente no café da manhã, ela simplesmente se sentou no meu colo e tentou me beijar, eu a ameacei e quando você virou o rosto a joguei de cima de mim! – Exclamou exasperado e eu rosnei.

– Eu já disse, não tem que me explicar nada, não sou sua namorada. – Ele choramingou e eu ignorei me deitando encarando o teto de pedra pensativa.

– Mione... Mione... Olha para mim. – Resmungando eu o olhei com o canto do olho, o mesmo enfiou a mão no bolso da calça e tentou tirar algo de lá. – Bem, não eu era assim que eu queria te pedir, mas... – Ele tirou uma caixinha de veludo de lá e eu me sentei de supetão e com a boca aberta o dando toda minha atenção. – Hermione Potter. Quer ser minha namorada? – Perguntou hesitante, mas eu estava em choque para conseguir falar alguma coisa, Rabastan então gaguejou com os cabelos em pé. – Bem.. E-eu sei que pode parecer cedo, mas eu meio que gosto de você desde o ano passado e estamos ficando a dois meses e... então... Quer? – Perguntou quase tremendo. Merlin, eu podia até sentir Draco pulando em um pula-pula junto com a Potter e gritando ao mesmo tempo.

Sim! Sim! Aceita! Não é, Granger?

– Hm? Ah, sim. Eu aceitaria, é uma boa chance para muda-lo e cá entre nós, para esquecer de Lupin e sabemos que você também está gostando dele ou não sentiria ciúmes.

M-Mione? – Gaguejou engolindo seco e eu fiquem em pé num salto abrindo seus cadeados com os grampos em menos de dois minutos, ele caiu deitado no chão segurando a caixinha e eu pulei nele o abraçando. – Isso é um...

– Sim! – Gritei e ele suspirou aliviado audivelmente, rindo eu lhe beijei afobada, ele riu contra meus lábios e me abraçou pela cintura acabando o beijos com selinhos. Ele tinha um sorriso de rasgar o rosto, igual ao meu. Ele pegou minha mão direita e abriu a caixinha mostrando um anel delicado de prata e com uma singela esmeralda com o brasão Lestrange entalhado, ele passou a mão pelos cabelos meio nervoso.

– Sei que não é o mais bonito e você deve estar achando-o simples mas...

– Rabastan, cala boca e coloca logo esse anel perfeito em meu dedo, por favor. – Falei afobada e emocionada, ele me olhou surpreso e riu pelo nariz deslizando o anel por meu dedo anelar, contemplei o anel em meu dedo e ele olhou junto sorrindo carinhoso, pulei em seu colo o abraçando pelo pescoço e o mesmo rodou minha cintura enfiando o rosto em meu cabelo.

– Se algum dia, você nunca mais quiser algo comigo, nem mesmo que eu olhe ou fale com você, se eu algum dia lhe machucar... Jogue esse anel em mim e me chame de bastardo idiota. – Riu e eu o segui o apertando mais em meus braços. – Mal começamos namorar e já quer me matar? – Perguntou estrangulado e eu o soltei num susto rindo, ele me seguiu e me encarou de perto olhando todos os traços do meu rosto. Com a ponta dos dedos, ele traçou meu rosto com cuidado até chegar nos lábios, ele os desenhou com o dedão e segurou meu queixo chegando perto lentamente enquanto murmurava. – Você é linda.

E me beijou devagar, levei minha mão a sua nuca e fiz carinho ali o fazendo suspirar, mordi seu lábio inferior e o mesmo ofegou se separando por um segundo para olhar em meus olhos e para meu sorriso malicioso. Ele rosnou e prensou seus lábios contra os meus com força me fazendo perder o fôlego por alguns segundos até conseguir devolver com a mesma intensidade.

– Sabe... Que... Vai... Enfrentar a fúria... Potter... Não é? – Perguntei entre beijos e ele riu acenando com a cabeça e me dando um último beijo. – E Sirius... E Andrômeda... E Remus. – Ele franziu a cara para o último nome mas deu de ombros sorrindo de lado logo em seguida. – Espero que seja bom em desviar de azarações, porque todos que acabei de falar são ótimos em feitiços. – Ele engoliu seco e riu nervoso me fazendo rir pelo nariz e lhe dar um selinho ainda sorrindo.

– Espero que esteja pronta para enfrentar minha família preconceituosa e louca. – Riu ele e eu dei de ombros sorrindo de lado.

– Eu sou boa em desviar de maldições. – Falei e ele riu alto, me virei e fiquei entre suas pernas enquanto ele me abraçava pela cintura. Olhei para seu dedo vazio e murmurei um “hm” com a boca torta.

– O que lhe perturba? – Perguntou beijando meus cabelos e eu ri pelo nariz.

– Só estava pensando se devia te dar um anel também, você já está mostrando que eu sou sua, mas eu quero manter a Parkinson longe, então você também vai usar anel. – Senti ele sorrir e eu virei o pescoço rindo baixinho. – Que foi?

– Você é minha. – Falou todo sorridente e eu rolei os olhos beijando seu queixo.

– E você é meu, querido. É bom se acostumar em andar de anel, porque você agora tem dona. – Ri e ele me seguiu me abraçando apertado, mamãe deve ser vidente... Pensei em um estralo, rindo, eu murmurei. – Accio anel Potter. – Depois de uns dois minutos, algo dourado passou pela grande fresta da porta e voou até minha mão, Rabastian se engasgou e eu ri me virando novamente e ficando sentada sobre minhas pernas. Olhei para o anel e sorri, era grosso e dourado com uma pedra vermelha e com o brasão Potter em relevo. Era um pouco pequeno para o dedo dele então puxei minha varinha e aumentei o tamanho o fazendo rir, ele estendeu a mão e eu coloquei o anel em sua palma para que ele visse direito. O mesmo, sorrindo, olhou cada pequeno detalhe do anel admirado. Desde o rubi, aos desenhos feitos.

Peguei de sua mão delicadamente e segurei sua mão direita colocando o anel no dedo anelar, entrelaçamos nossos dedos e rimos ao notar a ironia. O anel que ele usava era muito grifinório enquanto o que eu usava era muito sonserino.

– Irônico não? Eu estou namorando a garota mais grifinória, carinhosa e simpática que conheço, usando um dos anéis mais grifinórios que já vi e estou feliz com isso. Estranho. – Riu e eu o segui.

– E eu estou namorando um dos sonserinos mais grosso e rude que já conheci, estou usando um anel que faria a vista de grifinórios doerem e estou adorando isso. – Ele sorriu e me puxou para um abraço novamente beijando minhas pálpebras de leve. – Droga, porque você tem que ser tão fofo? – Murmurei enfiando meu rosto em seu pescoço e o mesmo riu negando com a cabeça. – Rabs... Você realmente quer isso? – Perguntei insegura e o olhei novamente. – Quer dizer, eu não sou a mais bonita, nem a mais legal...

– É claro que eu quero. – Falou sorrindo carinhoso, eu sorri de lado e o dei um selinho dando por encerrado o assunto.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e espero que tenham gostado! :D

Hoje não vai ter uma lição do dia porque eu quero postar os capítulos e ir dormir! ashuhasuahs



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