Academia Shadowhunter escrita por Cat Valdez


Capítulo 34
Ser Parabatai ou não ser, eis a questão


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Tudo bem com vocês?
Bem, esse título é meio zoado, mas vocês não precisam ligar para ele.
Nos vemos nas notas finais!
Enjoy it! :)



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Elena

Eu e Cat ficamos por um tempo encarando Isa como se ela fosse alguém tipo de mosquito mutante.

— Nos tornar... – comecei.

Parabatai? – completou Cat. – Tipo, de verdade?

— Sim. – Isa deu de ombros e caminhou até Julie. – Vai me dizer que vocês nunca quiseram ter um Parabatai?

Eu fiquei parada, apenas pensando. Bem, sim, eu sempre sonhei em ter um Parabatai, alguém que lutasse em sincronia comigo e me conhecesse bem. Cat era tudo aquilo. Lutávamos muito bem juntas, com passos quase que combinados, e ela era minha colega de quarto, então me conhecia tão bem quanto minha própria família. E, além disso, eu tinha dezessete anos. Quando completasse dezoito, não poderia mais achar um Parabatai, o que seria bem triste.

Mas, ainda sim, nunca tinha pensado em Cat. Nos conhecíamos fazia um tempo. E faltavam apenas quatro meses para os dois anos de aprendizado na academia acabar. E eu não sabia se iria encontrar alguém para ser Parabatai. Só tinha a minha família, a família de J-Hope – que era composta por ele, seus pais e sua irmã mais velha – e a família Lightscar (que talvez fosse se mudar para o instituto de Milão) no Instituto.

— Bem – Erick começou, me tirando de meus devaneios. –, esse é um assunto delicado. Vamos deixar que vocês decidam sozinhas.

Todos concordaram com um aceno de cabeça.

— É, sem pressão. – falou Evan. – Mas, caso escolham não se tornar Parabatai, acho que vão descobrir tudo e Cat e Dan vão para o Canadá. Mas sem pressão!

Talvez Evan não conhecesse o significado de “Sem pressão”, mas eu não iria julgar ninguém. Ele estava mesmo falando a verdade.

Olhei para a sala e percebi que todos estavam nos encarando. Me aproximei um pouco de Cat, que parecia ter notado o mesmo.

— Vocês não vão sair? – indagou ela.

— Não. – Tommy franziu o cenho. – Por quê? Deveríamos?

— É que você disseram que iam nos deixar decidir sozinhas. – expliquei. – Então... A gente não deveria ficar sozinha?

— E vocês tem o quarto de vocês pra quê? Dormir, conversar, comer e tomar importantes decisões. Regra de qualquer colega de quarto. – Astrid revirou os olhos, como se fosse óbvio.

Bem, talvez fosse.

Eu e Cat demos de ombros e saímos da sala. Passamos pelos corredores e estávamos andando calma e silenciosamente até nosso quarto quando duas figuras nos abordaram: o diretor Blueblood e a mãe de Cat.

— Se não estão aí as minhas duas quase-Parabatai prediletas! – exclamou a mãe de Cat, abraçando-nos bem forte.

Desde que passamos a contar aquela mentira, a mãe de Cat estava me abraçando muito e bem forte. Eu me sentia bem por fazê-la assim tão feliz, mas me sentia culpada ao me lembrar de que era mentira.

— Feliz aniversário, querida! – a mãe de Cat a abraçou mais uma vez e foi visível os olhos de Cat quererem saltar do rosto.

Eu ri.

Ah, qual é? A cara dela estava muito engraçada!

— Mãe, você tá me esmagando. – Cat falou com a voz fraca.

Acho que ela não tinha ar o suficiente para falar de maneira mais forte. Ri de novo, dessa vez mais alto. Cat me olhou com um olhar assassino enquanto sua mãe a largava.

— E você só fica aí rindo da desgraça alheia, né, sua inútil? – Cat falou fuzilando-me com o olhar. 

Eu, novamente, ri.

— Enfim – a Sra. Nighthunter começou, nos fazendo olhar para ela. –, eu estava conversando com o diretor Blueblood e nós decidimos que a cerimônia Parabatai de vocês será logo após se formarem.

Eu e Cat nos olhamos rapidamente, porém não pudemos falar nada. 

— E vocês duas – continuou o diretor. – vão ficar responsáveis pelo baile! 

— Baile? – questionei quase que imediatamente. – Que baile? 

— O baile de formatura, oras. – o diretor deu de ombros. 

— Mas ainda faltam quatro meses pra gente se formar. – Cat observou. 

— Sabemos. – o diretor disse. – Mas nós vamos fazer o baile de formatura antes. 

— Por quê? – perguntei. 

— Porque a gente quer. – o diretor novamente deu de ombros. – Eu sou o diretor dessa budega, posso fazer o que eu quiser aqui e quero fazer o baile antes. 

Franzi a testa. Ok, Blueblood era, oficial e definitivamente, uma pessoa esquisita. Bem esquisita. 

— E a gente vai ficar responsável pelo baile? – Cat disse. 

O diretor apenas assentiu e nos entregou um papel. 

— Vocês e seus amigos são os melhores alunos do segundo ano e blá-blá-blá. Vão se responsabilizar pelo baile. Começam hoje ou amanhã, vocês decidem. Até logo. 

E foi assim que o diretor e a mãe de Cat nos deixaram plantadas e confusas no chão. 

— Ok, isso foi estranho. 

— Tudo por aqui é estranho, Lena. 

— Eu sei, já devia estar acostumada. – suspirei. 

Voltamos a andar até o nosso quarto e quando chegamos lá, eu me taquei em minha cama. 

Fiquei deitada lá, com os pés na parede e de cabeça para baixo.

— Você parece um morcego. – Cat brincou, sentando-se no chão, ficando de frente para mim. 

— Morcegos são legais. – devolvi e sorri. – Ok, agora vamos analisar os bagulhos de Parabatai e tals.

— Certo... Ponto positivo: a gente se daria bem assim. Já lutamos bem juntas e essas coisas. 

— Sim. Outro ponto... Nos conhecemos bem. Já somos bem próximas e não seria problema saber o que cada uma pensa. 

Não que Parabatai pudessem ler mentes [N/Cat: Até que seria legal saber ler mentes...], mas o elo entre os dois se fortalecia, possibilitando que eles pudessem se entender mais, certo? (Se eu estiver errada, alguém aí me avisa, porque então eu não manjo das artes Parabatai. Não me culpem, eu ainda não tenho um Parabatai.)

Ficamos por um tempo listando os prós e os contras de nos tornarmos Parabatai. Eu tinha que admitir, tínhamos mais prós do que contras. Eu mudava constantemente devido ao meu nervosismo (e também porque dar uma de morcego estava me deixando dolorida).

— A gente teria que ficar no mesmo Instituto. – falei.

— Verdade... – Cat apertou os olhos, pensando. – Você vai para o Instituto de Londres.

— O quê?! E abandonar as lindas praias de Miami? Nem pensar! Você que vai para o Instituto de Miami.

Começamos uma mini discussão e tratávamos do assunto, sem perceber, como se já soubéssemos que se iriamos ser ou não Parabatai.

— Ah, me deu fome. – reclamei.

— Idem. – Cat coçou a nuca. – Vamos comer alguma coi...

— Gente! Gente! Gen... – um ser, vulgo Joey, invadiu nosso quarto e recebeu dois travesseiros na cara. – Outch, pra que isso?

— Pra que invadir nosso quarto assim? – retruquei.

— Touché, Blackgold, touché... – ele sorriu, voltando rapidamente ao assunto. – Magnus está chamando vocês.

— Pra quê? – Cat quis saber.

— Ele tem uma nova ideia pra uma nova novela! – Joey sorriu.

— Ah, não! – eu e Cat resmungamos.

— O que foi? – Joey indagou. – Uma nova novela, gente! Não é demais?!

— Desde que a gente não tenha que usar mais tanta purpurina. – Cat resmungou.

— Ah, sei lá, eu gostava da purpurina...

Nós duas o encaramos debochadas.

— Quer dizer, vamos logo.

Estávamos saindo do quarto quando me lembrei de uma coisa.

— Ah, Joey!

— Oi?

— Você curte bailes?


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Deixem um comentário!
Será que elas vão mesmo se tornar Parabatai...?
A Cat publicará o próximo capítulo, pequenos gafanhotos...
Um abraço estilo Tyson e beijosssssssss! :*



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