Academia Shadowhunter escrita por Cat Valdez


Capítulo 30
Mãe


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Tudo bem com vocêsssss?
Enfim, espero que gostem!
Enjoy it! :)



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Elena

A ventilação não era tão estreita quanto eu havia imaginado. Também não era assim tão suja, mas me fez espirrar muito. 

Ela, de vez em quando, nos dava visão para alguns cômodos. Principalmente os corredores. Eles estavam lotados de gente com cartazes de “Entre Caçadas e Sombras”. 

— Por que essas pessoas gostaram tanto da novela? – resmungou Cat. – Eu achava que elas iriam ficar doentes com tanta purpurina! 

— Talvez seja porque somos ótimos atores. – disse, conseguindo jogar, naquele espaço limitado, meu cabelo para trás. 

Cat, que estava engatinhando na minha frente, parou e virou para trás. 

— Você é bem humilde, né? 

— Só digo verdades. Somos perfeitos atuando. Eu toparia fazer outra novela com o Magnus. 

Cat apenas me encarou. 

— Você é louca. 

— Você não? – disse, enquanto voltávamos a caminhar. – O cachê é bom, e ele nos dá chocolate. 

— Bem... Talvez sim. Posso fazer isso virar meu passatempo. Aí, além de ficar rica, eu ganho chocolate.

— Idem.

— E também ganhamos uma legião de fãs para dominar o mundo.

— É verd... Peraí, o quê?

Se eu conhecia Cat bem, eu poderia dizer que ela estava revirando os olhos agora.

— Calma, você tá incluída nos meus planos.

— Se é pra conquistar o mundo, todos estão.

— É, mas você não faz parte daqueles que vão virar escravos e vão ser jogados em um calabouço gigante.

— Bom saber. – disse, tentando não falar tããão sarcasticamente.

— Você vai ter o próprio calabouço, fica calma.

Dei um tapa na perna de Cat, que resmungou.

— Outch. – murmurou ela. – Eu só ‘tava brincando! Affs, essas pessoas que têm falta de panqueca no sangue me irritam!

Dessa vez, fui eu quem revirei os olhos.

— E não revire os olhos para mim, mocinha!

Fiz careta enquanto Cat continuava a falar sobre sua dominação mundial. De vez em quando, eu dava sugestões e essas coisas, que ela ignorava e dizia que Noberto era melhor para ser o conselheiro da Imperatriz (que seria ela) do que eu. Continuamos nos arrastar pela tubulação até que eu parei, ouvindo uma conversa interessante do lado de fora.

— Mas, Magnus!

Observei pela janelinha da ventilação e vi uma das salas que Magnus usava para filmar “Entre Caçadas e Sombras”. Nela, estava Elo e, claro, Magnus. Ele tinha remodelado a sala, e agora ela se parecia com a do diretor Blueblood. Magnus estava sentado atrás de uma mesa e Elo estava na frente dele, baixinha e miando com sua voz fina como sempre.

— Eu já disse que não! Você não vai ser a personagem principal da minha próxima novela! 

— Mas eu sou uma artista!

— Você já vai estar compondo a trilha sonora, não precisa disso! 

— Por que a minha irmã vai brilhar em outra novela e eu não?! 

— Porque... Não! 

— E o roteiro que eu te dei semana passada, você leu? – disse Elo, com a voz na defensiva.

— Não, eu não vou fazer uma história em que uma menina como você faz coreanos e asiáticos caírem aos seus pés!

— Mas coreanos são vida!

— Você não tem um namorado? – questionou Magnus. 

— Até ele tem uma quedinha pelos coreanos. 

— É verdade. – percebi que era voz de Dan, que, pelo barulho, tinha acabado de entrar na sala. 

Cat, que havia parado também, começou a rir. 

— Gay! – gritou, e então me puxou para frente. 

— O quê? Quem falou isso? – ouvi a voz de Dan.

Ficamos em silêncio para poder escutar a conversa deles.

— Tá, e que tal essa: uma novela sobre um lindo casal... – começa Dan.

— E tudo começa a desmoronar quando o cara trai a mulher! – acrescentou Elo, com animação. – E a mulher mata o cara e se torna uma fugitiva!

— NÃO! – gritou Magnus, fazendo com que eu e Cat ríssemos igual a retardadas.

— De onde tá vindo isso? – indagou Dan.

O vi olhando para todos os lados, fazendo-me rir mais ainda.

— Espera... Essa risada de hiena nasalada... Eu conheço. – falou Elo. – ELENA!

Arregalamos os olhos e rimos mais uma vez antes de sair correndo (ou melhor, engatinhando rapidamente).

Continuamos andando pela ventilação por mais um tempo. Por que o nosso quarto tinha que ser tão longe do refeitório? Oh, vida cruel, por quê?!

Estávamos em um túnel que se dividia em três: um para direita, outro para a esquerda e um seguia para frente. Deveríamos ir para frente, mas, do nada, Cat parou, fazendo-me cair sobre ela.

— Por que parou? – resmunguei, levantando-me. – E vira essa bunda pra lá! Não quero ficar olhando para ela.

— Ouviu isso?

De repente, três cabeças ficaram aparentes: duas loiras e uma morena. As loiras vinham do mesmo lado, da direita, e a morena vinha da esquerda. Elas se chocaram e acabaram bloqueando a passagem.

— Astrid? Isa? Julie? – falei, surpresa. – O que vocês fazem aqui?

— Provavelmente a mesma coisa que você. – começou Astrid, coçando a cabeça. – Indo para o refeitório. O meu quarto estava bloqueado. Deixei Crystal para trás e vim sozinha.

— O nosso também. – disse Julie, e Isa assentiu ao lado.

— Ah... – assentiu Cat.

Comecei a ouvir coisas atrás de mim, então virei minha cabeça. Na curva que fizemos há alguns minutos, algumas figuras surgiram. Evan, Erick, Joey e Tommy se aproximaram de nós enquanto eu apenas olhava.

— Parece que todo mundo resolveu vir pela tubulação. – resmunguei.

— Era isso ou ir pela janela. – falou Erick.

— Deveria ir por lá e se autodefenestrar. – falei “amavelmente”.

Começamos uma pequena discussão, mas então Cat gritou:

— CALEM A BOCA!

Automaticamente, paramos, assim como nossa “plateia”.  

— O que foi? – falou Tommy.

— Estão ouvindo? – murmurou ela.

— Ouvindo o quê? – disse Evan.

Antes que Catherine falasse algo, o chão (ou melhor, tubulação) começou a tremer e PUF! Desabou. Caímos com tudo no chão, e acho que foi milagre não termos quebrado nada.

— Sério, Cat – comecei. –, você tem o ouvido biônico?

— Não, mas você pensa muita coisa ao mesmo tempo, ou fala muito. – disse ela.

— Nos...

— Catherine.

Olhamos todos para cima. Estávamos na frente do refeitório, mas alguém o bloqueava. Encarando Cat, a vi de olhos arregalados.

— Mãe?


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram? Se sim, deixe um comentário.
A Cat postará o próximo capítulo, então aguardem, pequenos gafanhotos.
Um abraço estilo Tyson e beijossssssssss! :*



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