Academia Shadowhunter escrita por Cat Valdez


Capítulo 26
Solar Nighthunter


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Tá tarde? Tá. Mas eu to aqui? To.
Enfim, não tenho nada de especial para dizer, então até logo.
Enjoy it! :)



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Elena

— A próxima geração de Caçadores de Sombras está no solar Nighthunter, mas será que esta noite vai dar certo? Será que eles não estão correndo perigo? Descubra hoje na novela das sete, Entre Caçadas e Sombras. 

Estávamos todos reunidos na sala de estar. Como o clima havia esfriado, Cat tinha distribuído cobertores para a gente, embora todos estivéssemos em volta da lareira acesa. 

— Cala a boca, Joey. – revirei os olhos e taquei uma almofada nele. – E, sério, Entre Caçadas e Sombras? 

Ele deu de ombros. 

— Só quis um bom nome de novela, ok? Não me julgue. 

— Não vamos te julgar, apenas vamos mandar o Noberto de atacar. – Cat sorriu docilmente (o que deu medo) e Joey se encolheu. 

Cat me lançou um olhar feio. Ela só estava com ciúmes porque o Noberto estava comigo e não com ela. [N/Cat: Cala a boca!] Eu acariciava as asas de Noberto e ele parecia gostar mais do meu carinho do que o de qualquer outra pessoa. [N/Cat: Sério, continua assim que eu te mando lá fora com a Crystal.] Epa, foi mal. 

— Vocês têm alguma coisa de mundano aqui? – perguntou Julie, esticando o pescoço para ver a sala melhor. 

— Sim, a gente tem um aparelho de DVD aqui e alguns filmes de mundanos. – disse Cat, levantando-se.

Ela se encaminhou até uma cômoda. Levantou um vaso de plantas de cima dela e pressionou alguma coisa. Percebi, então, que de baixo do vaso, havia um botão vermelho. Um segundo depois de Cat apertá-lo, o painel sem nada que havia em cima da cômoda se abriu, revelando uma TV. 

— Uou. – disse Isa, assobiando em seguida. 

— Eu sei. – Nighthunter jogou os cabelos para trás. – É à prova de roubos. 

Batemos palmilhas quando um trovão soou, anunciando um pequeno barulho de chuva. 

— Gente – começou Astrid. –, não é por nada não, mas a gente vai deixar mesmo a Crystal lá fora? 

A encaramos, fazendo-a suspirar. 

— Posso até não gostar dela, mas ela ainda é minha prima. Acho que é maldade deixá-la lá fora sozinha na noite escura e chuvosa. 

Não respondemos. Eu até concordaria com ela se Astrid soubesse o que Lightscar já fez comigo lá no Instituto de Miami. Era uma noite fria e escura, as estrelas... 

— Não. – respondeu Tommy, tirando-me dos meus devaneios. 

Uau, foi ele mesmo? 

— Nossa, moço, quanta rebeldia. – brincou Erick. 

Tommy apenas revirou os olhos.

— Ela merece ser deixada lá. Lembra das coisas horríveis que ela já fez pra gente? 

Não dando chance para ninguém continuar, Cat anunciou:

— Tenho aqui três filmes: Titanic, O Exorcista e Gente Grande. Qual vocês querem? 

— Não tem mais? – perguntou Astrid, aparentemente esquecendo de sua prima no escuro da noite. 

— Sim, mas foram esses que me chamaram atenção. – Cat deu de ombros. 

— Não deveríamos fazer uma votação para ver qual a gente quer...? – sugeriu Joey. 

— De quem é o solar? – disse Cat, irritada. 

— Da sua família. – disse ele. 

— Mas eu que to abrigando vocês aqui, então eu escolho. Qual desses três? 

Sorri de canto. 

— Por que não todos? 

***

Aqui vai uma análise de todos os filmes que assistimos:

O Exorcista... Era para aquilo dar medo? Já vi e lutei com coisas piores que aquilo. Como a imaginação dos mundanos é pequena. 

Gente Grande nos rendeu risadas. É, só isso mesmo que eu tenho a falar. 

Titanic... Puxa, não imaginava que aquilo fosse tão triste. Meus olhos ficaram marejados, assim como o de todos. 

— Evan? – chamou Cat, fungando. – Você tá... Chorando mesmo? 

Sim, Evan chorava deliberada e silenciosamente. As lágrimas escorriam por seu rosto e ele fungava um pouco. Passou a mão bruscamente a mão na face, enxugando as lágrimas. 

— Não. – falou ele. 

— Tá bom que a gente acredita. – debochei, sorrindo.

— Me deixa, tá?! Sou um cara, mas não sou de ferro.

— Sabemos disso, sabemos. – dei tapinhas de consolo em suas costas. – Tem namorada, mas também não é totalmente hétero...

Tanto ele quanto Cat me fitaram mortalmente enquanto eu sorria largamente. Eles iam falar alguma coisa quando um barulho do lado de fora soou.

— O que foi isso? – perguntou Julie, se encolhendo. (É, parece que o filme de terror deu medo em alguém...)

— Deve ter sido a Crystal. – falei, tentando tranquilizá-la.

De repente, batidas desesperadas soaram na porta. Cat e Isa foram até a entrada e, quando voltaram, tinha uma Lightscat descabelada junta delas.

— Socorro! – gemeu ela. – Eu não sei o que t...

Fizemos um sinal de silêncio e ela se calou. O barulho de aproximava, embora ainda estivesse oculto pela chuva. Chamei Cat, que foi comigo até a cozinha.

— Certo – Cat pegou uma faca e me deu uma. –, consegue atirar com alguma outra coisa que não seja com suas adagas especiais ou com uma flecha?

Encarei a faca de cortar carne.

— Acho que sim. – dei de ombros.

Voltamos para a sala. Todos estavam encolhidos (nossa, belos Caçadores de Sombras que eles eram) e três figuras se tornavam mais nítidas na escuridão.

Cat me cutucou e indicou com a cabeça uma das figuras. Quase imediatamente, preparei em uma fração de segundos a faca e a lancei. Ela acertou o chão ao lado da figura da esquerda. Eu queria acertar o pé, mas ok, né? Eu não estava acostumada com facas (há uma diferença muito notável entre facas e adagas, licença).

Na vez de Cat, ela errou de propósito, deu para ver. Assim que lançou, a faca atingiu a parede ao lado da cabeça da figura da direita.

— Não se aproximem! – gritei, caçando a minha arma com os olhos.

Onde eu tinha deixado mesmo?

— NOBERTO, ATACAR! – gritou Cat.

Um barulho de ataque de pato foi ouvido e o pato mais durão do mundo avançou contra a figura do meio.

— Noberto, fica! – disse a silhueta.

Comprimimos uma exclamação.

— Espera... Poucas pessoas conseguem fazer o Noberto parar. – começou Cat, se aproximando dos três. – Dan? O que você tá fazendo aqui?

 Dan, Elo e Rosana [N/Rosana J-Hope: É J-Hope!] saíram das sombras, completamente encharcados. Elo correu até mim e me abraçou, assim como Dan abraçou Cat. (J-Hope tentou abraçar Noberto, mas este mordeu a mão dele.)

— Estávamos tão preocupados! – falou Elo, me largando. (Eu estava ficando quase sem ar.) – Vocês não voltaram para a academia, então a gente veio procurar vocês... Estão bem?

— É. – concordou J-Hope, acariciando o dedo mordido por Noberto. – O que aconteceu?

— Longa história... – disse Cat. - Sentem-se que a gente vai explicar tudo.

***

Após termos contado tudo o que acontecera, Evan e Erick tinham sido encarregados de fazer chocolate quente para nós. Agora, todos estavam reunidos enquanto tomávamos aquela delícia.

— Temos uma boa notícia! – anunciou Dan, já seco e perto da lareira.

— E qual seria essa? – perguntou Cat, acariciando Noberto.

— Aparentemente, os Caçadores de Sombras estão descobrindo o que é a tecnologia mundana e resolveram sair do tédio. – continuou ele. – Então eles resolveram fazer uma mini novela...

— Eu vou cuidar da trilha sonora e o J-Hope vai coreografar as lutas! – interrompeu Elo, batendo palmas.

— E o Magnus quem vai dirigir. – completou J-Hope.

Eu fiz careta, assim como todos na sala. Magnus dirigindo não ia ser uma boa coisa.

— E... – Dan fez suspense. – Magnus exigiu vocês para o elenco!

De novo, mais caretas. Menos Crystal, que bateu palminhas como Elo.

— Menos você. Magnus não gosta de você. – J-Hope disse, fazendo com que Lightscar parasse.

— Enfim – Elo continuou. –, vocês e mais um povo da academia vão formar o elenco. Fiquem calmos, vão ser só dez episódios.

— Que podem arruinar a nossa vida. – resmungou Cat.

Tivemos que concordar com ela. Se a gente fizesse uma novela a) todos iriam assistir para saber como iria ser e nós iriamos nos passar de ridículos e b) poderia acabar com a nossa futura vida profissional.

— Vai ser filmado na academia, e se vocês disserem não, Magnus vai transformar todos em ratos. – disse Dan, dando de ombros como se aquilo fosse normal.

Ah, certo, suuuuuper normal.

— E qual vai ser o nome? – perguntou Julie.

— Ah, vocês vão adorar... – Rosana sorriu. – “Entre Caçadas e Sombras”!

Olhamos todos para Joey de forma acusadora. Eles tinha os olhos arregalados e se afastou quando Evan chegou perto dele.

— Qual é! Não foi culpa minha! – ele bateu as mãos no sofá de modo birrento.

— Não mesmo? – Evan o encarou, colocando a mão no ombro dele.

— Bem, talvez sim...

E um monte de almofadas atingiu Joey ao mesmo tempo (e um Noberto também).


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se sim, deixem um comentário!
A Cat postará o próximo capítulo, ok? :)
Bjinhin pra vocês!
Um abraço estilo Tyson e beijossssssssss! :*



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