Academia Shadowhunter escrita por Cat Valdez


Capítulo 24
Fadas são muito, muito traiçoeiras


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Entããão, tudo bem com vocês? To correndo aqui pra publicar esse capítulo.
Eeeeeeeeeeenfim, espero que gostem desse cap ;)
Enjoy it! :)



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Elena

— ... Então, durante a Guerra Maligna, Caçadores de Sombras tiveram a traição do Povo das Fadas, o que nos levou a nunca mais acreditar neles. 

Era a aula de história. Já havíamos aprendido sobre a Guerra Mortal e a Guerra Maligna, sobre a história da maioria dos lobisomens e de seus papéis nas guerras, assim como vampiros e feiticeiros. Agora era a vez das fadas. 

Ah, como eu estava com sono.

Professor Chan, pare que tá chato. 

Julie se remexia desconfortável na cadeira. Ela era metade fada, motivo pela qual sua mãe a odiava. Eu via alguns olhares muito indiscretos para Redrose, que respirava fundo e fechava os olhos para se acalmar. 

— Acho que as fadas – começou Crystal, em seu tom desprezível e fresco. – é tudo o que vem delas deveria ser eliminado ou banido. 

Nem devo acrescentar que ela deu uma olhadinha de desdém para Julie. 

Minha amiga se controlou para não pular nela. 

— Eu acho – do outro lado da sala, Cat imitou o jeito fresco de Crystal. – que você deveria calar a boca e ir pastar, sua vaca. 

Crystal ia abrir a boca para responder, quando Chan interrompeu-as. Eu não sabia se a Crystal era burra mesmo ou só fingia, mas podíamos perceber, só pela orelha de Chan, que ele tinha ascendência fada.

— Acho que já podemos parar, não é? E senhorita Lightscar, mais respeito com seus colegas. – ralhou ele. 

Crystal rolou os olhos enquanto emburrava. O sinal tocou e os estudantes recolheram seus materiais, prontos para sair. Porém, três figuras barraram a porta, entrando na sala e mandando os alunos se sentarem novamente. 

Eram J-Hope, Elo e Dan (nem preciso comentar que ele 'tava olhando feio pro Chan, né?). 

— Olá! – Elo acenou simpática.

Ninguém deu atenção para ela, já que J-Hope resolveu brilhar mais e empurrou-a para trás, assumindo a liderança. 

— Estudantes! – gritou ele, fazendo com que os murmúrios parassem. – Temos um importante comunicado a fazer. 

O silêncio prosseguiu, fazendo com que ele sorrisse. 

— Vocês vão para a floresta Brocelind. 

Os burburinhos voltaram. Dan levantou a mão e, novamente, calamos a boca. 

— E o que vamos fazer lá? – perguntei. 

— Vocês vão estudar seres do submundo. – disse Dan. – O comportamento deles... 

Dan, como professor de estudos dos seres do submundo, sorriu com aquilo de orelha a orelha. Ele devia estar adorando fazer com que a gente sentisse sono numa floresta. 

— E vocês verão como eles reagem a algumas notas músicas. – prosseguiu Elo.

— E também precisarão lutar se eles atacarem. – concluiu J-Hope. 

Isa levantou a mão.

— Quanto tempo vamos ficar lá? E vamos ficar sozinhos?

— Vocês vão ficar umas três horas lá. – explicou Elo. – E vão ficar com seus colegas de quarto.

Olhei para Cat e fizemos nosso toque, Um Hi-5 com um soquinho e agitação de mãos no final. Era estranho, mas legal.

— Peguem suas armas e nos encontrem daqui a meia hora no pátio. – falou J-Hope. – Classe dispensada.

Saímos todos da sala de aula, falando e nos animando cada vez mais com o fato de podermos ficar sozinhos na floresta.

— Podemos ficar no Solar Blackgold! – falei. – Meus avós estão lá, mas é só dizer que fomos liberados por um tempo da escola. Eles vão acreditar.

— Sério? – Cat torceu o nariz.

— Não. – suspirei.

Felizmente (ou infelizmente), os avós que já foram Caçadores de Sombras eram mais espertos e detectavam mais mentiras do que os avós mundanos.

— Eu sabia. – disse Cat. – Sorte que o Solar Nighthunter tá vazio e eu tenho a chave.

— Sério?

Eu também tinha a minha chave, mas eu havia deixado no fundo da minha mala, e ela ‘tava lá no alto do armário e eu         ‘tava com muita preguiça de ser alta e pegar. E, com gente lá, por que ficar andando com ela?

— Sim. Tá no meu chaveiro. – sorriu. – Eu sabia que ter a chave de lá ia valer a pena algum dia.

— Queria poder ir com vocês. – resmungou Evan. – Mas não, eu tenho que ir com o Tommy.

O citado fez uma cara de indignação e lhe deu uma cotovelada. Enquanto isso, Astrid revirava os olhos.

— Pelo menos nenhum de vocês tem que aturar a Crystal.

A triste realidade de Astrid era que ela dividia o quarto com sua prima. Por elas serem parentes e Crystal ter – quase – enlouquecido sua antiga colega de quarto, elas duas estavam juntas.

— Você podia empurrá-la para algum ser do submundo. A chatice dela vai fazer com que ele a mate e você promete não contar para ninguém. – todos demos um micro pulo quando Jaz apareceu ao nosso lado e, ainda por cima, falando aquelas palavras.

— Onde você aprendeu a ser maligna assim, Jaz?! – exclamou Evan, abraçando a irmã como se fosse protegê-la de algo. – Ou melhor, o que você tá fazendo aqui de novo?

— Eu esqueci uma coisa minha aqui, calma. – falou ela. – E com a Cat.

— O quê? – Cat indignou-se. – Quando eu... Ah, tá, esquece.

Evan olhou feio para ela, que deu de ombros.

— Eu tenho que ir, mamãe tá me esperando lá fora. – disse Jaz, saltitando para longe.

— O que você esqueceu, Jaz? – perguntei, sendo tomada por uma estranha curiosidade.

Jaz me olhou e sorriu inocentemente. Tão inocentemente que chegou a dar medo.

— Nada...

E continuou saltitando até a saída.

— Às vezes eu entendo a razão do Dan ter medo dela. – murmurou Isa.

Tivemos que concordar.

***

— Certo – começou Cat. –, é por ali.

Jogamos fora as gaitas que Elo havia nos dado (eu deixei a minha no bolso, na verdade, mas Cat jogou a dela fora porque a deixava depressiva. Vai entender) e começamos a andar na direção em que Cat havia apontado.

Pessoas iludidas se acharam que íamos realmente fazer a tarefa. Íamos inventar algo sobre algum ser do submundo e pronto! Tiramos dez.

E mais pessoas iludidas se acharam que iriamos chamar nossos amigos para ir conosco. Aqueles otários que se virem. (Amo vocês, tá?)

Estávamos caminhando para alcançar a saída da Floresta Brocelind. Claro, o portal que os professores haviam feito enviou cada um de nós a uma parte da floresta. Cat dizia que estávamos quase chegando perto do solar, já que ela reconhecia ali.

— Ok, Cat, eu não acredito em você e minha barriga tá roncando de fome.

Eu esperei alguma reclamação ou xingamento, mas nada veio.

— Cat?

Virando-me, não a vi. Onde estava Cat? Ela ‘tava atrás de mim há meio segundo!

— Catherine!

Silêncio.

— Cat! – gritei.

Ah, meu Raziel.

Será que tinha algum demônio por ali que pegou a minha amiga sem que eu percebesse?

— Cat! – berrei.

— Elena! – ouvi alguém falar.

O som estava distante, mais para trás, mas ainda sim dava pra ouvir.

Sem perder tempo, preparei meu arco com uma flecha e comecei a correr para o som.

— Cat!

Não houve resposta.

— Cat, cadê você?

De novo, silêncio. Porém, ouvi um farfalhar de folhas atrás de mim.

— Pelo Anjo, Catherine, você me matou de su...

A figura na minha frente na era Cat, e sim um homem. Pelas vestes dele, era um cavaleiro fada. Ergui meu arco, apontando para ele. Algo me dizia que o cara sabia onde a Cat estava.

— Cadê ela? – perguntei friamente.

Julie e Chan, adoro vocês, mas odeio os seus parentes.

O cavaleiro riu em resposta. Em seguida, assoprou um pó em meu rosto. Comecei a tossir descontroladamente. Meus olhos começaram a pesar e, antes de apagar, senti que eu estava caindo.

Assim que acordei, esfreguei meus olhos e respirei fundo. Abri meus olhos e olhei em volta. Eu estava em uma jaula.

— Finalmente você acordou.

Olhei para o lado, e lá estava Cat. Ela estava com uma aparência péssima.

— Você tá péssima. – comentei com a voz rouca.

É, aquele pó deve ter os efeitos colaterais “óbvio” e “lerdeza”.

Cat revirou os olhos.

— Você também.

Olhando para fora da jaula, vi uma mesinha distante em que estavam facas, um arco e uma aljava. Também percebi que estávamos acorrentadas.

— Sabe onde estamos?

— No mundo fada. – respondeu Cat. – Temos que sair logo daqui. O tempo funciona diferente do nosso mundo. Quem sabe quanto tempo já passou?

Assenti. Todos conheciam a história de Andrew Blackthorn e de seu irmão.

— Tem alguma ideia? – perguntei.

— Sim. Enquanto você ‘tava desacordada, um cavaleiro fada trouxe comida. Obviamente, eu não comi. Joguei no mato.

— E...? – incitei-a a prosseguir.

— Quando vierem nos trazer mais, pensando que comemos, ou vierem nos observar, vamos apagar a fada e pegar as roupas dela.

— Ótimo. – falei. – Quando eles vêm?

— Eu não sei. – Cat deu de ombros. – Vamos esperar.

Nos encostamos nas grades. Por um tempo, ficamos em silêncio.

Enquanto isso, cheguei a duas conclusões:

As fadas são traiçoeiras até quando você não mexe com elas.

E eu havia sido raptada.

De novo.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Espero que sim!
Deixem um comentário!
A Cat vai publicar o próximo... Então até o próximo!
Um abraço estilo Tyson e beijossssssssss! :*



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