Academia Shadowhunter escrita por Cat Valdez


Capítulo 2
Academia de Caçadores de Sombras


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Ok, eu não tenho muito o que falar além de desejar uma boa leitura e esperar que gostem desse capítulo que eu escrevi com tanto carinho para vocês.
(E também me desculpar por algum erro; meu teclado tá beeeem bugado nesses últimos dias.)
Enjoy it! :)



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Elena

Era uma linda manhã em Miami. O sol estava claro e o vento quente, mas eu estava muito irritada. Meus pais estavam praticamente me enviando para o outro lado do mundo, e as minhas irmãs rindo de mim e dizendo que era um milagre eu estar indo embora não ajudava a melhorar meu humor.

O tal feiticeiro de primeira que meu pai havia chamado era ninguém mais e ninguém menos do que Magnus Bane. Eu estaria vibrando e pedindo um autógrafo ou uma foto com, se não fosse o fato de eu estar zangada demais (e também com o celular escondido no meio da bagagem [não gostaria que meus pais vissem, e vai que em Idris acontece um milagre?]) atrapalhar tudo.

Mas, pense comigo: quem não estaria irritado?

Por outro lado, Elo parecia prestes a vomitar arco-íris. Ela tagarelava sem parar com ele e o seguia para todo o lado. Não sabia como ela não tinha transformando-a em um esquilo. Eu teria.

— Bem – O Alto Feiticeiro do Brooklyn conseguiu se livrar de minha irmã. –, já estou pronto para começar. E, a sua filha do meio, acho que deviam manter ela longe de... Sabe, de mim.

Minha mãe fez uma careta e meu pai sorriu de leve. Já eu ri que nem uma pata morrendo. Mamãe me olhou reprovando o meu comportamento e Magnus sorriu para a minha risada idiota.

Eu, percebendo que ele já ia começar, olhei em volta. Meus pais já haviam informado Idris da minha chegada, então eles já estariam me esperando no Gard. Ficarei em Idris por um bom tempo, pensei. Olhei para o instituto e para a paisagem de Miami, tentando memorizar cada parte daquilo. Caramba, que melancólica eu estava.

Quando eu menos esperava, minhas irmãs me abraçavam.

— Vamos sentir sua falta, projeto de Lilith.

— Também amo vocês. – sorri.

Vi que o portal já estava aberto que tinha que atravessar. Abracei meus pais e joguei as bagagens pelo portal, sempre pensando em Idris.

— Quer que eu a acompanhe? – perguntou minha mãe.

— Não, não precisa...

— Ok, eu vou com você, já que insiste.

— Mas eu não...

— Vamos logo ou vai fechar.

Então ela praticamente me empurrou pelo portal à dentro, só me dando tempo para dar um tchauzinho apressado para meus familiares (e Magnus) e pensar no Gard.

Quando abri meus olhos, depois daquela sensação de estar entrando na água e depois voltando para a superfície, estava no Gard. Minha mãe já estava lá, conversando com a Consulesa. Eu não passei despercebida pela outra mulher, então ela logo abriu um largo sorriso e eu a cumprimentei com um aceno de cabeça.

— Por aqui. – ela indicou o caminho.

Andamos um pouco (detalhe: eu com a maioria das malas e minha mãe me ajudando apenas com duas malinhas [depois eu ficava com problema na coluna e ninguém saberia o motivo]) até uma grande construção. Era realmente muito grande, parecia um instituto, até, e o pátio era maior ainda. Supus que era para treinarmos ao ar livre. Entramos e demos de cara com uma saleta com algumas cadeiras e uma cômoda.

— Bem, é aqui. – disse a Consulesa. – Os documentos estão já prontos e assinados, então você só tem que achar seu quarto. As portas se destrancam com o símbolo de abertura, depois é só girar a maçaneta. Ela abre por dentro sem precisar de um símbolo. Agora é só pegar o número do quarto... Aqui. – ela me entregou um papelzinho que estava pegando na cômoda. – Quarto 53.

— Obrigada. – disse mamãe. – Vamos, querida, eu vou te levar até lá.

Ela me guiou pelas portas e imensidões dos corredores, parecendo conhecer aquele lugar de trás para frente.

— Eu fiquei no quarto 32 no meu tempo. – ela comentou, e quando a olhei incrédula, ela sorriu. – Nunca contei nem para você ou suas irmãs que estudei aqui, não é? E conheci seu pai aqui.

— Maneiro, mãe. – era legal ela estar relembrando, mas ela ia começar a contar os tempos de "quando ela era mocinha", e eu já tinha ouvido muito daquilo para uma vida só.

— Pronto. – ela disse.

Paramos em frente à porta número 53. Vasculhei no meu bolso da calça minha estela e, quando achei, desenhei um símbolo de abertura na porta. Ela abriu e eu e minha mãe adentramos o quarto.

Ele não era nem tão grande nem tão pequeno. Tinha duas camas de solteiro, um criado-mudo com um abajur entre delas, que eram encostadas na parede. Dois guarda-roupas e um banheiro, e duas escrivaninhas. Tinham mais algumas coisinhas que não dei muita importância, já que me ocupei em pegar a cama perto da janela. Joguei as malas em cima da cama escolhida por mim e me virei para minha mãe.

— Ah, querida. – ela me abraçou. – Queria ficar perto de você, mas agora que você está em Idris, e nós em Miami... Mas você precisa treinar mais.

— Entendo. – falei.

Na verdade, não entendia. Mas não custava deixá-la feliz (na verdade custava algumas coisinhas [tipo meu celular e os gostosos salgadinhos], e eu era uma boa filha, ok?).

Ela falou mais algumas coisas sentimentais e foi embora logo em seguida. Suspirei e fui ao banheiro, olhando meu reflexo no espelho. Tive que abaixar um pouco para o espelho mostrar meu rosto inteiro. Meus cabelos estavam um pouco bagunçados e meus olhos, meio cansados. (Talvez de tanto pensar naquela semana sobre ir para Idris.) Eu ainda estava magra, mas não estava com muitos músculos como uma nata Caçadora de Sombras, embora permanecesse forte – minhas irmãs que o digam na noite da lasanha. Bufei e ajeitei meus cabelos. Saí do banheiro e fui direto para a maleta em que meu arco e a minha aljava cheia de flechas estavam. Abri e vi que tinham sobrevivido ao passeio de portal. Enfiei a mão um pouco mais afundo no pano e tirei de lá meu celular. Ele estava quente. Bem quente.

— É, eu estou mesmo aqui. Na Academia de Caçadores de Sombras. – suspirei e olhei para o meu celular. – Se isso explodir...

Bem, ele não explodiu. Mas esquentou mais ainda. Então deixei-o no local em que o achara e depois fecheis mala. Passei a mão pelo rosto e depois saí do quarto. Eu ia ter uma conversa com o Magnus para ver se ele lançava magia no meu celular para fazê-lo funcionar mesmo aqui, sério. Quando fechei a porta, ainda pensando nisso, me virei e esbarrei direto com alguém.

— Ah, desculpa! – a menina pediu.

Olhei para ela. Tinha os cabelos de cor caramelo e os olhos castanhos azulados. Ela provavelmente batia no meu nariz.

— Não, desculpa eu. – falei e ela me examinou.

— É nova, não é? – ela perguntou.

Assenti lentamente. Ela parecia ter a mesma idade do que eu

— Sou Isadora Foxheart, 16 anos.

Não disse?

— Elena Blackgold, 16 também.

— Bem, Elena, suponho que não te mostraram a academia inteira ainda, não é?

— É. – dei de ombros.

— Bem, você descobre aos poucos. Não posso te mostrar o lugar porque também não estou acostumada com a imensidão dele, e olha que estou aqui desde os meus treze anos. – ela sorriu fraco.

Eu ri com ela.

— Vem comigo.

Não contestei e comecei a segui-la. Ela passou por algumas portas até chegar à uma porta dupla.

— Esse é o único lugar que eu consegui gravar. – ela sorriu. – O refeitório.

Ela abriu a porta. Estava praticamente deserto, tirando duas pessoas em uma mesa. Isadora caminhou até elas e eu a segui.

— Elena, essa aqui é a minha Parabatai Julie Redrose e esse é o nosso amigo, Erick Stormblood. Gente, essa aqui é a Elena Blackgold, tem a nossa idade. Menos a sua, Erick. – ela se virou para mim. – Ele tem 17.

Assenti levemente e os cumprimentei.

Julie era uma menina magrinha e mais baixa do que sua Parabatai. Tinha os olhos azuis, bem puxados ao lilás, e os cabelos super claros, quase branco, e era bem pálida.

Erick era bem mais alto do que eu (o cara era realmente alto, já que eu era bem alta) e tinha os cabelos ruivos meio castanho. Os olhos eram escuros e ele era forte.

— Então, por que está aqui? – perguntou Erick.

— Fui obrigada pelos meus pais, já que eu não estava treinando tanto quanto antes. – revirei os olhos. – E vocês?

— Sou órfã. – anunciou Isadora, dando de ombros. Ela não parecia muito abalada com aquele fato. – Meus pais morreram quando eu tinha treze anos.

— Minha mãe me odeia. – Julie disse. – Acha que sou um erro com um cavaleiro fada. – ela sorriu e eu percebi a sua semelhança com a de uma fada.

— E eu estou aqui porque quero. – Erick relatou e sorriu, depois fingindo sussurrar para mim um segredo. – Elas me acham louco por isso.

— Eu também estou começando a achar. – sorri abertamente.

Nunca fui de ficar com vergonha, então logo comecei a me soltar mais com eles. E descobri que eram incrivelmente legais.

Talvez aquela academia não fosse tão ruim.

***

Eu, depois de passar praticamente a tarde inteira no refeitório com Isadora, Julie e Erick, voltei para o meu quarto. Eu ia desenhar o símbolo de abertura quando reparei que a porta estava entreaberta. Estranhei e empurrei-a, dando de cara com meu quarto. Até aí, ok. Mas havia um pequeno detalhe. Havia outras malas na outra cama. E, ah, uma menina no meio do quarto.

Ela era alta, magra e com os cabelos negros. Assim que se virou, vi que os olhos eram quase da mesma cor dos cabelos.

— Oi? – falei enquanto ela me olhava. – Quem é você e o que faz no meu quarto?

— Sou Cat Nighthunter e, pelo o que parece, sou sua colega de quarto.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo! Gostaram? Não likaram? Bem, não cai um dedo se você comentar, não é? Então comente!
Até o próximo (que a Cat vai escrever)!
Um abraço estilo Tyson e beijossssssssss! :*



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