Academia Shadowhunter escrita por Cat Valdez


Capítulo 16
Ano novo mundanizado


Notas iniciais do capítulo

Ayo, ladies and gentlemen! Aqui é a Lady Elena!
Estou aqui com o primeiro capítulo do ano de 2016, espero que vocês gostem!
Que esse ano seja ótimo para vocês!
Enjoy it! :)



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Elena

— HELLO, IT’S ME!

Eu estava no quarto de Cat, e eu tinha acabado de acordá-la.

— Qual é, me deixa dormir!

— Nop. – falei e puxei a coberta dela. – Hoje é véspera de ano novo. Vamos fazer uma coisa diferente, então vem comigo para que eu possa explicar.

— Tenho que trocar de roupa? – perguntou ela, olhando para seu pijama de Felisberto (nós tínhamos mandado confeccionar dois pijamas com o Felisberto, mas eu não estava com o meu, e, sim, com o meu cheio de renas).

— Não. – respondi e a puxei.

Descemos a escada e fomos diretamente para a sala, lugar em que todos estavam. Minha mãe e meu pai conversavam com os outros pais do Instituto enquanto travessas de comidas chegavam e eram postas numa mesinha ao lado da árvore de Natal – que era enorme e que ainda não tínhamos desmontado –, Isa e Julie comiam panquecas, assim como Evan, Tommy e Erick. Dan até tentava conversar com J-Hope, que contava piadas péssimas, mas ele prestava atenção em Elo, que brincava com Elissa com panquecas.

Encarei aquilo e quase aplaudi ironicamente.

Senhoras e senhores, minhas duas irmãs mais velhas.

— Então, Cat, sente-se, coma panquecas e deixe-nos te explicar.

Cat fez isso enquanto eu pegava uma panqueca.

— Então, nesse ano novo, a gente resolveu... Mundanizar um pouco. Então, pra começar com o dia, fizemos panquecas.

Cat assentiu enquanto mordia sua panqueca.

— Então, vamos fazer uma festa aqui no Instituto. – completei.

— A gente vai ter que usar roupas brancas? – indagou ela com sua testa franzida.

— Sim.

— Mas somos Caçadores de Sombras! – protestou ela. – Usamos preto! E, além disso, branco é usado para luto.

— Vamos MUNDANIZAR, ok? É por isso que só algumas das peças vão ser brancas. Duh, até parece que vamos usar tudo branco.

— Humm... Ok. – ela deu de ombros, pegando outra panqueca. – Mas agora eu tenho a pergunta de um milhão de libras.

— Dólares. – corrigiu Isa. – Estamos em Miami.

— Tá, que seja. – Cat revirou os olhos. – As vacas vão na festa?

— Nem tão aqui, se você quer saber. – respondeu Julie, intrometendo-se. – Elas e a família tão em Idris.

— Graças a Raziel. – falou uma vozinha.

Olhamos para o lado e lá estava Jaz.

— Jaz? O que faz aqui? – perguntou Evan.

— Eu quis passar um tempo com o meu irmão! – ela sorriu fofamente.

Nós, Caçadores de Sombras altamente treinados, encaramos aquela fofura de um modo bobo – a fofura de Jaz fazia isso com todos. Claro, todos menos Dan, que evitava olhar pra ela.

— Jaz. – falou minha mãe. – Quer uma panqueca?

— Quero!

Enquanto Jaz devorava umas mil panquecas de uma vez, cheguei perto dos maiores de idade.

— Sério, como você tem medo dela?

Dan me olhou feio.

— A Cat falou, né?

— Você tem medo dela? – Elissa riu pelo nariz.

— Vocês não acham que ela ser fofa de mais é estranho?

Encaramos Jaz e, todos ao mesmo tempo, inclinamos a cabeça pra esquerda.

— Não. – respondeu Elo.

— Olha como ela come as panquecas! São, tipo, nove a cada segundo!

— E isso é fofo. – respondeu J-Hope.

— Oi, gente!

Olhamos para o lado novamente e lá estava Jaz, sorrindo como um anjinho.

— Viu?! É disso que eu to falando! – protestou Dan, apontando manhosamente para Jaz.

De certo modo, ele até que tinha razão...

A manhã se passou rapidamente e quando eu menos esperava, já era dez e meia. (Minha mãe nos acordara às sete. Triste, pois é.) Eu estava no quarto de Cat, tentando achar alguma coisa branca no armário dela.

— ACHEI! – falei, tirando uma blusa de lá.

— Legal. – resmungou Cat, encarando a tela bloqueada do celular.

— Só por causa dessa sua empolgação, eu vou te emprestar um sapato branco.

— O quê? – indignou-se. – Você não pode fazer isso!

— Eu posso e vou, porque aqui é meu Instituto.

— Eu não te obriguei a usar nada que você não queria lá em casa! – reclamou ela.

— Obrigou, sim. – lembrei-a. – Você me obrigou a usar uma blusa da Jaz um dia antes da gente voltar. Lembra das piadinhas?

— Qual é, não foi tão ruim assim.

— É, eu fiquei uma gata. Mas quando eu não fico? – sorri convencida e joguei o cabelo para trás.

— Nem um pouco metida, não é? Até parecia a Crystal.

— Ok, agora me magoou.

Nós começamos a ter uma mini discussão, a qual foi interrompida pela porta sendo aberta e uma figura entrando.

— Elo? O que você faz aqui? E soada? E de top? E de... – comecei.

— Tá, tá, saquei. – ela arfou. – É que eu tenho um encontro com o professor Chan, a gente vai almoçar... Enfim, eu fui malhar pra ficar mais gostosa...

Olhei para aquela magreza em pessoa como se dissesse “Por quê? Você queria sumir?”.

— Mas eu não consigo tirar meu top.

Eu e Cat nos olhamos e rimos.

— Não é engraçado!

— É, sim! – ri mais.

— Me ajudem, por favor! – ela levantou os braços. – Daqui uma hora e meia, vai ser meio-dia. E eu vou sair com ele ao meio-dia. Então me ajudem ou vocês não vão ver o próximo ano!

Paramos de rir e começamos a ajudá-la. Puxamos o top pra cima, mas estava realmente duro. Uau, com o que aquele top era feito? Com Vibranium ou Adamantium?

Quando, finalmente, conseguimos tirar, a porta se abriu.

— Hey, Cat... AAAAAAAAAAAAH! MEU RAZIEL! – Dan tapou os olhos.

— Para de manha. Até parece que nunca viu mulher pelada. – falou Elo, colocando uma camiseta que ela parecia ter tirado do nada.

Ele deu de ombros e tirou as mãos dos olhos.

— Cat, me empresta seu lápis de olho?

— Por quê? Finalmente resolveu virar uma drag queen?

— Haha. – Dan fingiu rir. – Não, eu só quero fazer uma pegadinha antes do ano novo.

— Ah, tá. Pega. – ela lançou o lápis para ele, que pegou e começou a abrir a porta para sair.

— Eu também já vou indo. Tenho que ficar bonita para o meu encontro.

Dan parou e olhou para trás.

— Encontro?

— É.

— Com quem?

— Com o Chan. – ela deu de ombros. – Enfim, obrigada, meninas. E, Dan, se você andar com um lápis de olho, vão duvidar da sua masculinidade.

Elo saiu do quarto. Já Dan estava petrificado. Mas então ele nos olhou pidão.

— Já sabemos o que você quer. – falou Cat. – Temos uma festa para organizar aqui, não vamos segui-la com você.

— Por favor...

— Isso é errado! E ela é minha irmã, não posso estragar a única chance de felicidade dela.

— O quê? E eu sou o quê? Uma batata? – Dan indignou-se. – Posso ser uma chance pra ela.

— Mas o Chan é mais bonito que você. – disse Cat.

— Affs, vocês são chatas! Por favor!! Me ajudem! – ele juntou as mãos, fazendo uma carinha fofa aterrorizante.

— Não. Não e não. – falou Cat.

***

— Eu não acredito que estamos aqui seguindo os dois. – resmunguei.

— Nem eu. – falou Dan. – E a festa que vocês iam organizar?

— Subornamos a Jaz pra ela fazer o pessoal arrumar sem a gente. – Cat deu de ombros.

— Muito sábio... – disse Dan. – Mas eu ainda tenho medo dela.

— É porque você é idiota. – respondeu Cat.

Me intrometi antes que aquela briga entre irmãos nos denunciasse.

— Eles tão ali. – indiquei com a cabeça os dois, que entravam no restaurante marcado.

Os seguimos, entrando no restaurante e sentando numa mesa qualquer – duas atrás das deles e com visão da cara de Chan.

— É um restaurante italiano. – observou Cat.

— Até eu sairia com o Chan se ele me levasse pra cá...

— Dan, primeiro – começou Cat. –, estamos falando do cara que tá saindo com a menina que você gosta. Segundo, para de ser gay.

Os encaramos, decidindo o que fazer. Até que Cat chamou um garçom. Além de pedirmos uma pizza de calabresa pra gente, nós o subornamos para que ele derramasse água em Elo ou Chan. O garçom fez o que pedimos e derramou água em Elo.

— Você tá bem? – perguntou Chan.

— Aham. – resmungou Elo.

Ela ameaçou olhar para trás, e nós nos abaixamos. Sorte que a pizza chegou.

Peguei duas calabresas e enrolei-as. Depois, mirei em Chan e taquei na camisa dele.

— Chan! – exclamou Elo. – Mas o que tá acontecendo?

Enfim, resumindo:

~ Pedimos uma pizza;

~ Acabamos com o encontro deles enquanto comíamos pizza (fizemos várias coisas estranhas, nem pergunte);

~ E, por último, eu e Cat obrigamos Dan a pagar pela pizza, já que estávamos ajudando-o.

***

Já eram 23:40 da noite.

A festa no Instituto tinha começado às oito, e só estavam os moradores e amigos de caçadores que moravam lá (claro, menos a família Lightscar). Eu, Cat, Isa e Julie estávamos curtindo ao invés de fazer a nossa ronda.

Sim, mesmo que demônios não pudessem entrar no Instituto, fomos obrigadas a pegar nossas armas e ficar de olho. Quando algum figurante assumiu nosso turno, largamos nossas armas perto da escada (já que o “salão” decorado era, na verdade, a sala), sentamos no chão para brincar de adoleta, já que o tédio nos dominava.

Parecia que os mais velhos se davam bem. Elissa dançava de uma maneira estranha com J-Hope, Dan consolava Elo por causa do encontro fail (espertinho). E, bem, a Jaz também estava bem, comendo muitos doces.

Até que, para a minha infelicidade, eu fiquei sozinha. Tommy chamou a Julie para dançar, e ela foi. O Parabatai de Erick, que descobrimos que o nome é Joey Whitehallows, chamou Isa para dançar. E o Evan levou a Cat. E eu estava sozinha.

— Oi.

Olhei para o lado.

— Oi. – falei para Erick. – Solitário?

— Sim. – ele sorriu. – Meus amigos estão dançando e eu to mofando.

— Entendo, até porque eles estão dançando com as minhas amigas. – di um leve sorriso.

— Bem, a gente tá sozinho. Que tal dançarmos também? – sugeriu ele.

— Humm... – fingi pensar um pouco. Eu estava solitária, ia ser bom dançar com um amigo. – Tá.

Nos levantamos e fomos onde o pessoal estava dançando. Era quase meia-noite, e a música que tocava era lenta. Eu me senti um pouco constrangida – principalmente porque ele colocou a mão na minha cintura –, mas ainda bem que estávamos no canto, assim ninguém veria a minha falta de coordenação motora além dele.

— Bem legal o seu Instituto. – comentou ele. – Que árvore grande.

— Eu sei. – ri, jogando a cabeça para o lado.

— Sabe o que eu lembrei agora? – perguntou ele.

— Que você comeu umas nove panquecas no café? É, eu não esqueci disso.

— Não. Eu lembrei de você no Instituto de Londres com as roupas da Jaz. – ele riu. – Me observando, Blackgold?

Revirei os olhos.

— Aquilo foi sacanagem. – o olhei debochada. – Me observando, Stormblood?

Foi a vez dele de revirar os olhos.

— Além disso, eu fiquei linda. – falei convencida.

Erick ia falar alguma coisa, mas eu o interrompi.

— Ah, meu Raziel! Olha aquilo! – indiquei com a cabeça.

Não era nada demais, mas eu poderia usar para zoá-los.

Evan e Cat dançavam beeeem juntos. E até que era fofo.

— Awwwwt, que fofos! – falei.

Erick concordou. Antes que retomássemos a nossa conversa nada interessante, minha mãe gritou:

— Feliz ano novo!

Todos na sala gritaram a mesma coisa. Mas também ouvi gritos de comemoração. Quando olhei, mal acreditei.

— Meus anjos, a Elo e o Dan!

Resumindo, os dois estavam se beijando.

Eu sempre shippei!

Comecei a comemorar com Erick. Mas, de algum modo, aquilo foi pro lado errado. Acho que aquele pequeno copo de champanhe não me fez bem. Nem pra ninguém.

Porque eu dei um pequeno beijo nele.

Ah, cara. Por que eu fui fazer aquilo?

Eu me afastei rapidamente dele, procurando desculpar-me. Olhei em volta, e percebi que ninguém havia visto.

— Desculpe, eu... – comecei. – Não conte para ninguém, pode ser?

Ele, meio desnorteado, assenti. E então, eu ouvi um risinho. Olhei para trás e vi uma pessoinha saindo pela multidão.

Ah, meu Deus. Jaz havia visto!

Saí de lá e fui em busca de Jaz. A achei perto dos doces, os quais ela comia enquanto me olhava travessa.

— Jaz... Podemos conversar sobre o que você viu?

Ela sorriu e assentiu.

— Que tal você não contar pra ninguém, hein? Eu te faço panquecas amanhã.

Jaz pareceu pensar um pouco.

— Tudo bem. – ela deu de ombros e sorriu. – Já foram dois, faltam seis.

E saiu, me deixando sozinha.

Hein?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Deixe um comentário, pode ser?
Cat publicará o próximo.
Um feliz ano novo!
Um abraço estilo Tyson e beijossssssssss! :*



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