Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 3
III


Notas iniciais do capítulo

Hey loves!
Então, era para eu postar esse capítulo só na semana que vem, como uma pequena forma de protesto quanto ao número de comentários que tivemos no capítulo anterior, mas a linda Marisa(Apaixonada por Livros)(eu fui te stalkear pra saber seu nome ahsuahsuh) recomendou a história, e eu pensei nas pessoinhas que gostam da história e não seria justo com elas.
MUITO OBRIGADA MARISA, PELA RECOMENDAÇÃO LINDA! (JÁ NO SEGUNDO CAPÍTULO, FOI UMA SURPRESA)!!!
Eu vi que você recomendou TB também, e vi que, quando te agradeci, não o fiz por ter sido sua primeira recomendação! Então, assim, eu te agradeço duplamente por me fazer ser suas duas primeiras recomendações, é uma honra tao grande que não tenho o que falar ♥
Esse capítulo(que é o que mais gosto até agora) é inteiramente dedicado a você e às pessoinhas que comentaram no capítulo anterior, que me fizeram postar esse.
E, sendo bem séria agora, eu não faço ideia de quando vou postar o próximo, porque eu perdi o começo dele, assim como o capítulo inteiro de TB, e preciso reescrever tudo, mas está bem puxado lá na escola e tals. Não digo nem que vou demorar, nem que não vou. Eu, sinceramente, não faço ideia.
Fiquem com o capítulo :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646154/chapter/3

Bianca suspirou. Francamente, por que mesmo seu pai os forçara a voltar para aquele inferno mesmo? Quer dizer, ela e Nico já eram maiores de idade, tinham o próprio dinheiro e tudo o que conseguiram na Inglaterra havia sido com seu próprio esforço. Mas ainda eram filhos de seu pai e, por alguma razão, ele os queria de volta. Dissera que estava com saudades dos filhos, e os queria por perto por um tempo. Caso não o fizessem, ele iria até eles buscá-los pessoalmente, e, com certeza, não seria uma experiência boa.

De qualquer forma, ali estava ela, deitada em seu antigo quarto, procurando algo para fazer. Se estivesse na Inglaterra, de manhã teria ido à faculdade, agora estaria tendo suas aulas de dança, depois iria até a escola onde Nico trabalhava para ajudar os alunos na peça de teatro, então os dois irmãos voltariam para casa e ela poderia checar seus e-mails. Mas ali, na sua antiga casa, ela não tinha nada para fazer.

Levantou-se, resolvendo que iria caminhar um pouco, se continuasse parada, quando voltasse para a Inglaterra provavelmente não conseguiria completar um passo de dança sequer. Vestiu um casaco quente, colocou sua boina vermelha preferida, e um cachecol da mesma cor, pegou seu celular e os fones de ouvido, saindo de casa e ignorando o pedido da mãe para falar com a visita, que, aliás, estava na casa há tempo demais.

Sentiu o vento bater em seu rosto e estremeceu. Estava realmente frio. Olhou para os lados, mesmo que tudo estivesse diferente, aquele lugar lhe trazia uma nostalgia gostosa. Quando teve que deixar todos seus amigos para trás foi realmente difícil, mas o simples pensamento de sair da casa dos pais já lhe alegrava muito, principalmente por seu irmão, que chorava quase todas as noites por causa dos gritos.

E, agora que ela viu que nada mudara, começava a se perguntar quem eram os verdadeiros adultos. Ela e Nico viviam juntos há cinco anos, tendo suas brigas de irmãos, é claro, mas eles conseguiram criar um ambiente de paz, um lugar de segurança para ambos, onde eles sabiam que, no fim do dia, teriam alguém que os amava para conversar. Isso que os pais deveriam passar para os filhos, não um lugar que eles se sentem desconfortáveis e assustados.

Entrou em um parque que havia ali perto, cujo nome ela não se importava, e começou a andar, apreciando o lugar calmo e tingido com as cores do outono. Apesar de tudo, ela gostava do frio.

Ela se sentia um peixe fora d'agua ali. Não tinha amigos, seu irmão vivia em qualquer lugar que não fosse a casa deles, e ela nem queria comentar sobre seus pais. Em seus fones de ouvido, uma música começou a tocar e ela sorriu, se lembrando das suas amigas da Inglaterra. Quando estudava ali, em Nova Iorque, Bianca era a sombra de seu irmão, aquela que sempre está ali, mas nunca é notada. Já no colégio inglês, conseguira se enturmar facilmente. Por causa de uma garota inglesa, a garota entrou em uma academia de ballet e descobriu sua paixão pela dança. Aos dezesseis anos, Bianca virara líder de torcida junto com essa amiga, e, no ano seguinte, virara capitã. Ao contrário do que todos diziam, as líderes de torcida eram amigas realmente fiéis e não eram nem um pouco frescas, elas apenas amavam a dança. Assim como o irmão, sua vida melhorara muito depois que se mudaram.

"- Hit the lights, let the music move you... - Bianca e Reyna cantaram juntas, a bebida fazendo com que elas estivessem totalmente fora do tom.

Era a festa de aniversário de Phoebe. Como os pais dela tinham dinheiro, a festa estava enorme, com muitas pessoas, tinta neon caindo dos tetos, um palco para karaokê que ficava no meio da pista de dança, luz negra e tudo o que uma boa festa pede. Bianca e Reyna tinham prometido se soltar naquela noite, assim, se passassem vergonha, passariam juntas.

Nico também estava na festa. Ele já havia bebido mais copos de bebida do que poderia contar, já havia participado do karaokê, e agora beijava uma garota ruiva que Bianca não se esforçara para reconhecer. Reyna havia puxado Bianca para o palco e agora elas estavam fazendo um dueto da primeira música que começara a tocar. Ambas estavam totalmente cobertas de tinta e pulavam o quanto podiam, sem se importar que no dia seguinte tivesse aula.

Phoebe se juntou a elas, e juntas começaram a cantar a próxima música."

Bianca sorriu. Era praticamente só até ai que ela se lembrava da noite, e já estava bom o suficiente. O wallpaper de seu celular era a foto das três cantando, naquele dia. As três com sorrisos enormes no rosto, coloridas com as tintas, os vestidos colados no corpo, um copo de bebida na mão de Bianca, que estava no lado esquerdo, o microfone na mão de Phoebe, que estava no meio, e outro copo de bebida na mão de Reyna.

As três acabaram indo para a mesma faculdade, e Bianca ficara extremamente feliz por isso. As duas amigas eram extremamente importantes para ela.

Sentou-se em um banco e pegou um caderno dentro de sua bolsa. Abrindo em uma página que não havia sido usada, começou a desenhar a paisagem marrom-alaranjada. Nem percebeu que alguém tinha se sentado ao seu lado até ele falar, em uma voz bonita:

– É um belo desenho! - Sorriu envergonhado ao ver que Bianca se assustou. - Me desculpe, eu não queria te assustar.

A garota levantou os olhos para ele. Era um garoto bonito, tinha o cabelo castanho, os olhos da mesma cor, um sorriso travesso no rosto. Usava um gorro negro, um cachecol cinza escuro e uma blusa de frio preta.

– Ah, o dia está bem frio hoje, não está? - Perguntou, olhando para o céu. Bianca concordou. - Sou Connor Stoll.

– Bianca di Ângelo. - Ela sorriu tímida. Apesar de tudo, nunca fora muito boa com pessoas.

– Você é uma ótima desenhista. - Ele elogiou. A garota corou.

– Obrigada. - Respondeu um pouco envergonhada. Ele riu, uma risada gostosa.

E assim continuaram conversando sobre banalidades, ele sempre puxando assunto, e, vez ou outra, elogiando-a. Quando perceberam, o sol já estava se pondo. Bianca se levantou, se lembrando que havia combinado com o irmão de irem em algum lugar juntos de noite. Se despedindo do garoto, começou a andar novamente para a casa de seus pais.

~^~

Thalia tinha um caderno de desenhos no colo e olhava para a parede, os pensamentos longe dali.

"Foi difícil ter que voltar", fora o que ele disse. Então, realmente, ele a deixou porque quis. Pensar nisso fazia o coração da garota doer, sempre fizera. E, apesar de aquilo doer, ela estava feliz por ele ter voltado e estar bem, embora estivesse esgotada quanto aos sentimentos direcionados a ele.

Sim, havia passado cinco longos anos com sentimentos variados em relação ao garoto. Primeiramente, estava preocupada, depois o ódio a consumiu. Na época, ela desejava com todas as forças que ele voltasse apenas para que pudesse espancá-lo.

E, enfim, sentiu-se cansada. Sabia que ele, muito provavelmente, não se lembrava dela com frequência. Desistiu de todos os seus sonhos sobre a volta do garoto, e, finalmente, a realidade caiu sobre si. Ele não voltaria e, mesmo que voltasse, não seria por ela.

Estava certa, afinal. Embora usasse o mesmo tom distante de Nico, queria abraça-lo e dizer que sentia sua falta, mas, ao vê-lo mudado, ou mesmo perceber seu sotaque inglês adquirido nos anos morando longe, viu que, na realidade, não conhecia mais Nico di Ângelo.

No dia que o reencontrou, acabou voltando para casa antes mesmo que Luke chegasse para o encontro.

Luke. Pensar nele também fazia o coração dela doer. Ele sempre fora um livro aberto para Thalia, mas ela nunca tivera coragem de contar-lhe sobre Nico. E, embora o amasse, sabia que o sentimento não chegava a um terço do que sentia por Nico.

Olhou para seu colo, um antigo desenho de Nico estava ali. Nico e sua irmã tinham um talento nato para desenhos, e aquele ali era um esboço do rosto de Thalia feito anos antes. Olhando-o, percebeu que ela crescera muito desde o dia. Deveria ter mudado também, mas se sentia a mesma adolescente apaixonada de anos antes.

Suspirando, deixou o desenho de lado, se levantando. Precisava sair daquele apartamento demasiado pequeno. Colocando um casaco, saiu para o fim de dia frio que estava fazendo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Um capítulo só com o ponto de vista das mulheres :3
E, ME DESCULPA SOCIEDADE, mas eu shippo e sempre vou shippar ConnorxBianca mesmo que eles nunca tenham se conhecido!
Por favor, comentem! Não me decepcionem de novo, please!
Muito obrigada à Marisa novamente!
Vou indo :3
Tiau