Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 22
XXII


Notas iniciais do capítulo

Hey mores!
Eu queria muito ter feito um especial da Megan no dia 27, porque foi aniversário dela, e o meu, mas não deu.
Gente, vocês não fazem ideia do sufoco que foi terminar esse capítulo. Não fazem ideia da bagunça que tá acontecendo na minha vida: semana especial da escola técnica, fim de bimestre e começo de outro(como vai ter muuuuita coisa nesse bimestre, os professores estão adiantando todos os trabalhos). Além disso, quase morri de susto achando que tinha acontecido com meu amigo(ele tá bem gente, juro).
Era pro finalzinho do capítulo estar totalmente diferente. E como eu mudei, o próximo capítulo vai mudar tudo também.
GENTE VOCÊS VIRAM O TRAILER QUE A MARY FEZ? ESSA MENINA É MUITO PRECIOSA GENTE!
Tá aqui ó: https://youtu.be/eWyohuQUWrc
De qualquer forma, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646154/chapter/22

Connor abriu a porta do quarto devagar, parte porque não queria acordar a pequena, parte porque tinha medo da conversa que precisaria ter com ela. Ele tinha uma ideia louca na cabeça, que havia aparecido entre a sala de espera e o cômodo em que estava agora, e assim que a viu, dormindo tranquilamente, sem nem parecer que estava em um hospital, suas dúvidas se dissiparam.

Sentou-se num banquinho que havia ao lado dela e levou a mãozinha aos lábios, demorando um pouco o beijo que depositara ali. Ela, pequena e vulnerável, o lembrava de si mesmo, quando perdera a mãe. Nunca foram próximos, é verdade – a mulher, que conseguiu fisgar seu pai duas vezes, era bem próxima ao que se podia chamar de prostituta –, mas, mesmo assim, lhe doeu o coração vê-la morta.

Imaginava como seria para Brianna, cuja mãe era tudo o que tinha.

A pequena abriu os grandes olhinhos e piscou, encarando-o. Demorou menos de meio minuto para que ela percebesse quem estava ali, e para que o puxasse para mais perto com os bracinhos, num abraço desajeitado.

— Como você está? – Perguntou o homem, abraçando-a de volta.

— Eu ‘tô bem. – Ela sorriu, se afastando um pouco do abraço para olhá-lo nos olhos. – Eu ‘tava brava porque nem você nem a mamãe vieram me ver!

Connor suspirou, forçando um sorriso.

— Eu estou aqui agora! – Ele desfez o sorriso, tentando fazer a melhor expressão possível. – E eu preciso falar com você sobre uma coisa.

Brianna piscou o olho confusa, mas balançou a cabeça concordando.

— Sua mãe... Ela não vai poder vir te ver. – Ele a olhava nos olhos, e viu quando a compreensão passou por eles. Mesmo assim, ela ainda não chorou, precisava que ele lhe falasse. – Ela está no céu agora, Bri. E ela está te olhando, mas você não pode vê-la.

E a cachoeira começou ali.

~^~

Bianca recebeu uma mensagem enquanto estava na sala de espera. Ela sabia que não deveria estar ali – não era da família, era uma intrusa. Explicou a Travis que ia embora, e lhe disse para pedir a Connor que a ligasse quando pudesse, então desceu as escadas até a entrada do hospital, onde ele a esperava.

Jason soube que Bianca havia voltado, pela primeira vez, por Annabeth. Sutilmente, mas sendo direto o suficiente para que sua amiga entendesse, ele lhe perguntou onde ela estava e a loira disse que tinha ido viajar. Agora, sua irmã ligara para dizer que ela estava voltando mais cedo.

Ele não estava preparado, mas ao mesmo tempo estava. Quando mandou a mensagem, falando que estava na cidade também e que queria vê-la, não esperava receber a resposta tão rapidamente, muito menos que ela pedisse a ele para ir busca-la.

O loiro não sabia o que fazer quando a viu. Bianca parecia exatamente a mesma, mas ela andava confiante, e, de alguma forma, Jason sabia que ela tinha mudado. Mas ele não precisou de muito tempo para decidir o que fazer, já que assim que o viu ela saiu correndo em sua direção e pulou em seu pescoço, exatamente como fazia antes.

Ficaram abraçados por um tempo, e Jason soube que estava tudo bem quando percebeu que ela ainda usava o mesmo perfume. Abraçar Bianca, depois de tanto tempo, era como estar em casa.

— Eu estava com saudade! – Ele sussurrou e a abraçou mais forte ainda. Bianca disse alguma coisa em resposta, mas ele estava muito perdido para ouvir. Quando ela se afastou do abraço, ele a olhou nos olhos – os mesmos olhos negros de sempre.

— Como conseguiu meu número? Thalia ou Annabeth? – Perguntou. A voz dela continuava a mesma, mas ela agora não tinha medo de falar.

— Thalia. – Sorriu e Bianca o acompanhou. – Vamos para algum lugar, a gente tem cinco anos pra resumir em uma conversa.

Era estranhamente familiar estar ali, como se os cinco anos em que não se viram não existissem. Era de se esperar que durante o caminho houvesse um silêncio constrangedor, mas não foi isso o que aconteceu. A conversa fluía fácil, e em pouco tempo os dois já tinham lágrimas nos olhos por causa da risada.

Não precisaram de muito para escolher para onde iriam: em pouco tempo estavam na casa da família Grace. Era estranho, para ambos, estar ali de volta. Quando Jason voltava para a cidade, ele raramente ia para casa, mesmo para ver sua mãe.

Não havia ninguém na casa. Subiram até onde o segundo andar, onde o antigo quarto de Jason ficava. Quase nada tinha mudado em cinco anos no cômodo, o que foi reconfortante. Se sentaram nos puffs, como sempre fizeram, mas dessa vez, nessa única vez, não ligaram a televisão.

O silêncio se instalou por alguns minutos. Jason esticou sua mão até o rosto da mulher, acariciando-o, reconhecendo-o. Ela fechou os olhos e se deixou sentir aquele toque tão familiar para si. Não eram namorados há muito tempo, mas sempre seriam o primeiro amor um do outro.

— Você está tão linda! – Ele sorriu fraco, vendo seus lábios serem espelhados pelos dela. Lentamente, Bianca abriu os olhos, encarando os pequenos céus que eram os olhos dele.

— Eu tinha esquecido como era me sentir tão protegida perto de alguém! – Ela sorriu. Desde pequenos, Jason sempre cuidava dela, como se ela fosse uma pequena princesa. E ela era, na verdade. Ficar longe dele e de Percy, e ainda ter que cuidar do coração partido do irmão, a transformou radicalmente, mas ela ainda sentia falta de ser cuidada.

— Eu sempre estive aqui para você, Bia! – Ele tinha um olhar carinhoso, mas uma expressão preocupada. – Por que não me procurou? Por que parece que você passou por muita coisa sozinha?

— Eu tinha o Nico. – Nem ela mesma acreditava naquilo. No primeiro ano, o irmão podia ser comparado a um zumbi, ele não tinha condições de cuidar nem de si mesmo. Os olhos se encheram de lágrimas, e então ela sentiu braços em volta de si. O loiro a abraçava forte, como se nunca mais a fosse deixar ir de novo.

~^~

O choro de Brianna cortava o coração do homem. Ela era a coisa mais pura que ele conhecia, e ver algo assim se quebrando sem que pudesse fazer nada o fazia sentir-se péssimo.

— Hey, Bri! – Chamou, segurando seu rostinho nas mãos. – Eu vou te proteger, tá? Eu juro que eu nunca vou te deixar!

— Mesmo? – A palavra saiu entre um soluço e outro. – Eu ‘tô com medo Connor!

— Eu sei. – Ele sorriu. – Mas eu estou aqui pra você!

Ela sorriu fraco e o abraçou forte. Connor suspirou, puxando-a para si. Ele iria fazer o possível e o impossível para que pudesse ficar com a guarda da pequena, mesmo que isso significasse mudar totalmente seu estilo de vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Comentem para eu saber!
Eu sei que tenho demorado para aparecer, e eu sinto muito. Juro que vou tentar cumprir aquela promessa de um capítulo por mês, mas ás vezes não dá!
Anyways, nos vemos no próximo capítulo!
~Byezinhoney



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Moments" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.