Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 15
XV


Notas iniciais do capítulo

~> respondi todos os comentários ontem porque o capítulo está programado para hoje. <~
Oi amores ♥
Olhe só, eu não demorei milhares de anos para postar dessa vez u.u
Fiquei bem triste por só ter três comentários, embora eu entenda que eu não esteja sendo uma boa autora ultimamente. Só que me deixa magoada sabe? Porque eu sempre postei regularmente e eu pensei que entenderiam se eu estivesse, como estou agora, passando por uma turbulência.
De qualquer forma, parece que todos são assim não é? Dê o que eles querem e será recompensada, precise deles e encontre poucos.
Só estou pensando. Minha vida não tem sido exatamente fácil ultimamente.
Enfim, muito obrigada às pipocas que comentaram! Eu amo vocês!
Espero que gostem!



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Seria eufemismo dizer que Nico estava feliz quando passou pela porta do quarto de hotel. Sentia-se leve, quase flutuando, e o sorriso não saia de seu rosto. Não se importava com o horário – acabaram passando tempo demais deitados na grama relembrando o passado.

O beijo fez com que sensações e sentimentos que não sentia há muito voltassem com toda a intensidade que podiam. Nico estava certo de seus sentimentos, de tudo o que haviam passado e de tudo o que estava acontecendo. Sabia, também, que havia Luke.

No entanto, tudo foi tão real.

Bianca já estava de volta e, apesar de já ser tarde, estava na pequena cozinha esquentando algo no micro-ondas. Sua expressão de sono denunciava que ela já havia dormido, e possivelmente tivesse sido acordada pela fome.

— Parece que a noite foi boa. – Ela olhava para o reflexo dele no aparelho de micro-ondas ao mesmo tempo em que observava sua comida girando lá dentro. – Já faz um tempo que não vejo esse sorriso.

— Tudo foi tão perfeito Bia! – Seu sorriso aumentou a cada palavra, o que fez a mulher se virar para encará-lo pessoalmente. – Nós estávamos andando e então encontramos aquela casa que construímos só para nós dois. E tudo estava tão perfeito, sabe? Era como só nós existíssemos e... Meu Deus!

Bianca riu encostando-se à bancada e olhando para o irmão. Nico olhou para ela também.

— Nós nos beijamos! – Saiu quase como um sussurro, mas falar aquilo fazia com que parecesse menos um sonho. – E foi só um beijo, nada demais. Nem ao menos falamos dele. Mas... eu não sei, Bia, parece que absolutamente tudo mudou, entende?

Bianca olhou para o irmão, sentindo-se dividida entre parabeniza-lo ou trazê-lo de volta à realidade. Havia Luke, e havia todos aqueles anos acumulados. Coisas assim não sumiam com apenas um beijo. E ela tinha certeza que Thalia amava o namorado.

Então apenas se virou e pegou sua comida no micro-ondas, voltando a se encostar no balcão e sorrindo levemente para o irmão, que também sorria, um sorriso bobo de quem estava perdidamente apaixonado.

E isso a preocupava.

~^~

Luke acordou se sentindo levemente desconfortável. Impulsionou seu corpo para o lado, seu lado sonolento o convencendo de que ainda era muito cedo para se levantar, mas ao invés do travesseiro quentinho e o lençol, viu-se mais próximo do que desejava do chão.

Acordou totalmente dessa vez, entrando em estado de alerta para saber quem – ou o quê – havia lhe feito cair da cama, até que o susto inicial foi se dissipando e ele percebeu que estava muito na beira da cama. Massageando a cabeça, ele se sentou, olhando para sua cama e entendendo o real motivo de ter caído.

Megan.

A mulher estava ocupando todo o espaço da cama de casal, com suas pernas no lado direito da cama e a cabeça do lado esquerdo, atravessada na diagonal. O cabelo vermelho se espalhava pelo lençol branco e seu rosto não podia ser visto por estar escondido tanto pelas madeixas ruivas quanto pelos travesseiros.

Travesseiros de Luke.

Observou aquela confusão de vermelho e branco que era sua amiga naquele momento por um instante, rindo internamente (não quanto ele estava rindo de si mesmo por ter sido – mais uma vez – expulso sem querer de sua própria cama).

Lembrava-se de ter chego à casa de sua mãe bem tarde – eram quase quaro horas da manhã quando se abaixou para pegar a chave reserva embaixo do tapete (completamente clichê, mas nunca haviam sido assaltados). Ele e Megan estavam bem longe da casa de Hermes e não queriam esperar muito tempo no escuro por um táxi, então simplesmente andaram até a casa onde Luke morava na maior parte de seu tempo – exceto quando Megan vinha visitar, ou quando estava mais perto da casa de seu pai.

Se levantou, saindo do quarto e andando até a sala. Sua mãe não estava, ela saia bem cedo para ir abrir a floricultura. Ligou a televisão para ter um som de fundo e foi à cozinha preparar algo para si e para Megan.

~^~

— Como ela está? – Luke tinha os olhos inchados pelas horas de choro, mas agia como se não percebesse. Hermes e Travis decidiram não tocar no assunto também.

— O médico disse que chegamos a tempo de salvá-la. – O pai respondeu. – Ela pode acordar a qualquer momento.

Luke vestiu o casaco que tinha em mãos e saiu de casa, um pouco tonto e com dor de cabeça, rumo ao hospital. Pegou um táxi duas quadras depois de sua casa e não demorou muito para chegar a seu destino.

Connor estava sentado em uma poltrona ao lado da cama onde Megan repousava. O cabelo vermelho e comprido estava espalhado ao seu redor e sua pele estava mais pálida do que ele jamais havia visto. Pensou, sem humor, que até mesmo quase morta ela era a pessoa mais linda que já tinha passado por seus olhos.

Entrou no quarto, o irmão levantando a cabeça ao sentir sua presença, e sentou-se ao lado dele.

— Como você está? – O mais novo perguntou. Era verdade que a aparência do garoto não era muito melhor do que a de Megan.

— Psicologicamente? Nada bem. – Respondeu e virou seu olhar para a ruiva. – Nem ela, pelo jeito. Eu deveria saber que tinha alguma coisa errado, eu devia ter tentado mais... É culpa minha, Connor.

— É culpa do homem que ela é obrigada a chamar de pai, não sua. – Connor olhou para o irmão. – Você fez tudo o que podia, nós fizemos, Luke. Só que ela estava mais cansada e machucada do que nós pensamos.

~^~

— Bom dia. – Megan usava uma blusa de Luke e tinha os olhos sonolentos. Luke sorriu minimamente, lembrando-se da época em que a visão da mulher daquela forma era praticamente diária, antes de ela ter cicatrizes nos pulsos e começar a viajar pelo mundo sem rumo.

O homem sorriu. Se a mulher estava bem, ele também estava.

~^~

Thalia tinha combinado de se encontrar com Nico na S&C para o café da manhã, mas ela não tinha certeza se queria ir. Estava confusa. O beijo do dia anterior, que significado ele tinha? Era apenas mais uma parte do passado que eles reviveram naquelas poucas horas, ou fazia parte do presente? E Luke?

Ah! Ela se sentia tão culpada! Luke era a pessoa mais bondosa que ela conhecia e apenas pensar que pudera fazer uma coisa dessas com ele. Ela o amava. E amava Nico. E isso a destruía, ter de escolher entre duas pessoas maravilhosas.

Mas, mesmo que amasse Nico, ele parecia tão distante. Havia pouco tempo que ele voltara e tanto tempo que ficara fora. Mesmo que passasse bastante tempo com ele, Nico era uma nova pessoa, e ela precisava de um empo para conhecê-lo.

E Luke estava logo ali, amando-a. Seria tão injusto trocá-lo por um talvez, por um passado que, agora, já não era mais o mesmo.

Tomou sua decisão, ainda hesitante. Não valia a pena lutar por Nico. Ela nem ao menos sabia se ele ainda a amava. Poderia ser apenas uma lembrança do passado, uma nostalgia. Ou ele estava apenas brincando com ela.

Ela não o conhecia mais, tudo era possível.

Saiu pela porta, decidida. Iria desistir de Nico, pelo menos até ter certeza de que ele ainda era o mesmo de anos antes.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Sei que não está exatamente bom, mas qualquer coisa que eu modificasse ia sair forçado, entende?
Eu tenho andando nessa vibe meio LGBT ultimamente, lendo livros e vendo filmes sobre, porque eu acho tão maravilhosamente complexos os relacionamentos gays. Criam histórias tão maravilhosas. E praticamente todas as minhas ideias tem saido para caisais gays.
Mas eu não consigo escrever nada novo com minhas fanfics pendentes, só que não tenho vontade de escrevê-las, e lá vamos nós no ciclo vicioso.
Estou vendo o que consigo fazer, juro.
Enfim, espero que tenham gostado! Eu não sei quando o próximo vai sair, pelas razões acima, mas vou tentar.
E mês que vem são minhas férias, talvez eu tenha um tempinho a mais para escrever.
~Kisses!