Moments escrita por Marih Yoshida


Capítulo 11
XI


Notas iniciais do capítulo

Hey loves!
Eu sei que disse que ia postar esse capítulo sábado passado, mas eu ainda não o tinha terminado, então não deu.
Fiquei realmente desapontada com o número de comentários no capítulo passado, apenas cinco pessoas comentaram! O que aconteceu? Vocês não gostaram?
Enfim, mais um capítulo gigante, que na verdade é a segunda parte do anterior.
Espero que gostem!



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— Então foi por causa de Luke que você apareceu na minha casa três anos atrás chorando? – Percy perguntou. Finalmente conseguira ficar a sós com a amiga, realmente queria conversar com ela. – Ele é o cara do sorrisinho no espelho?

Megan riu pelo nariz, o homem não sabia o que significava eufemismo, ele era direto com coisas importantes.

— Sim, ele é o cara dos sorrisinhos no espelho! – Tinha um pequeno sorriso no rosto. Conversar com qualquer um sobre aquele assunto seria, no mínimo, deprimente. Mas quando era com Percy, ela conseguia ver o quão engraçado era. – E sim, foi dele que eu ‘fugi’ para que as coisas não ficassem mais sérias.

— Ele realmente não parece o tipo de pessoa que gostaria de ter uma vida instável como a sua. – Concordou. – Mas eu acho que se você pedisse na época, ele iria. Porque se ele já gostou de você como gosta de Thalia, ele faria de tudo para te ter por perto.

Megan olhou para o homem e ele a encarou de volta.

— Ele está suportando Nico por ela. – Argumentou. – Nem mesmo Annabeth faz isso. Fiquei sabendo que ela o odeia por ter voltado, ou por ter ido. Eu não sei, ela é confusa.

— Ela me odeia também! – Megan sorriu. – Porque sabe que eu amo Luke. Ela acha que sou uma ameaça para a felicidade de Thalia.

— Então está explicado. – Ele sorriu também. – Eu acho que ela vai me odiar também, mas vai ser o melhor para ela.

— O que quer dizer? – Franziu as sobrancelhas.

— Ela me ama. – Respondeu. – Eu tinha percebido há algum tempo, mas só confirmei essa semana. Às vezes é bom que Thalia fale demais.

— Você não vai dar nenhuma chance para ela? – A ruiva perguntou. – Apesar de não gostar de mim, ela é uma garota legal, Pers.

— Eu não conseguiria Meg. – Seu sorriso desapareceu. – Seria pior ainda exatamente porque ela é uma garota legal.

Megan olhou para Percy, pensando em algo para falar para que pudessem mudar de assunto. Sabia que o amigo não gostava de falar sobre aquilo, mas sabia que teria que fazer algo a respeito. Se continuasse assim, ele nunca poderia se relacionar sério com uma mulher novamente.

— Por falar em Annabeth! – Percy, que tinha se virado para a festa novamente, exclamou. A loira andava até onde eles estavam com um sorriso grande.

— Que bom que eu te encontrei! – Ignorou totalmente a presença de Megan. – Eu não vi mais ninguém. Todos já estão aqui?

— Nós nos separamos porque um amigo de Nico que mora na Inglaterra sofreu um acidente de moto. – Explicou. – As duas amigas dele vão voltar para lá, e Luke acompanhou elas até lá fora.

— Eu vou deixar vocês dois conversarem. – Megan sorriu para Percy, o encorajando e saiu de onde eles estavam. Percy olhou para a loira à sua frente.

— Vocês parecem bem íntimos. – Ela comentou.

— Ela é uma das minhas melhores amigas. – Percy deu de ombros. – Nós nos conhecemos há anos na Austrália. Mas não é isso que eu quero falar com você!

— O que aconteceu? – Perguntou preocupada.

— Eu sei que você sente alguma coisa por mim. – Ela arregalou os olhos. – E eu não posso fazer isso. Não sou o mesmo de anos atrás, eu mudei muito Annie, e você provavelmente não percebeu isso. Mas eu mudei. Além de esconder de vocês que eu, todo esse tempo, sabia onde Nico e Bianca estavam, aconteceram muitas coisas e eu mudei.

— Você sabia onde estavam? – Perguntou, os olhos arregalados. – Mesmo vendo todo o sofrimento de Thalia?

— Nico sofreu também, acredite! – Seu tom de voz aumentou, então ele suspirou para se acalmar. –Eu queria te pedir para parar de tentar deixar Luke e Thalia juntos. Se eles quiserem se separar, deixe que façam isso. Não adiantaria, para nenhum dos dois, viver com uma pessoa que não amam o suficiente.

— Está falando de Thalia e Luke ou de nós dois? – Perguntou, a raiva e dor transparecendo, assim como em seus olhos. – Porque eu ainda não entendi se você está tentando mudar de assunto ou não!

— Um pouco de ambos. –Suspirou. – Só deixe-os, está bem? E pare de me ver como aquele garotinho de antes. Infelizmente, eu não sou mais ele. Eu não consigo me ver em um relacionamento sério agora.

— Você tem razão, não é mais o mesmo de antes!- Exclamou. – Agora você é um babaca!

E saiu pisando duro. Ele tinha quase certeza que ela iria embora da festa, mas não foi atrás. Qual seria o motivo de tudo o que falou, então? Seria realmente melhor para os dois se ela o odiasse.

Megan andou de volta até onde ele estava. Percy sabia que ela ouvira tudo, vira ela por perto durante a conversa inteira. Apesar de a expressão estar julgando-o pelo que acabara de fazer, ela já estava acostumada com aquilo, e apenas o abraçou sem dizer nenhuma palavra.

— O problema é que eu me importo com ela, Meg! – Disse e a amiga o puxou mais para perto. Alguns minutos se passaram assim, com os dois abraçados, ele se reconfortando nos braços de alguém que o entendia muito bem.  Por fim, suspirou. – Vamos procurar os outros!

Voltaram para a mesa onde estavam antes e encontraram Nico e Bianca rindo novamente, junto aos outros. Brianna foi a primeira a vê-los.

— Vocês viram Annabeth? – Thalia perguntou olhando para o celular. – Ela me mandou uma mensagem há algum tempo dizendo que estava chegando.

— Ela foi embora. – Percy suspirou. – E provavelmente está morrendo de raiva de mim.

— O que aconteceu? – A morena perguntou enquanto o homem se sentava em uma cadeira livre.

— Depois você conversa com ela. – Sorriu.

Nico olhou para Megan, em uma pergunta silenciosa sobre ser o que ele pensava que era. Pelo olhar da mulher, realmente era. Eles poderiam nunca ter se conhecido antes, mas conheciam Percy muito bem.

— Bem, já que estávamos esperando apenas Annabeth para nos apresentarmos, que tal irmos agora? – Luke perguntou com um sorriso. – Aproveitamos para descontrair um pouco das notícias ruins dessa festa!

Nico ainda estava apreensivo quanto a subir no palco. No entanto, não poderia fugir, Percy estava certo, afinal: um professor de música com medo de palco é realmente ridículo.

— Tudo bem! – Forçou um sorriso, tentando parecer mais animado que estava. – O que vamos tocar?

— Eu e os outros estávamos pensando em te deixar escolher, já que é nosso convidado! – O outro sorriu. – Vamos chama-los enquanto você pensa sobre isso.

Levantaram-se e andaram pela festa, procurando os outros membros da banda. Não demoraram muito para encontra-los, já que quase todos estavam juntos.

— O que acham de Flourescent Adolescent? – Um deles, Jake Mason, sugeriu. – Você conhece, Nico?

— Sim, é claro! – Abriu um sorriso. – Pode ser!

— Como a dividiremos? – Luke perguntou, pegando uma folha de papel. – Vamos marcar aqui o tempo, para não nos desencontrarmos enquanto cantamos.

— Certo. – Nico apoiou o papel na parede e aceitou uma caneta que lhe deram. Juntos, separaram a música entre Luke, Nico e os dois juntos, e o papel cheio de rabiscos e marcações, além de pequenos trechos da música, só poderia ser entendido por eles, por estar totalmente confuso.

Ao subir no palco, colocaram o papel no chão, em um lugar onde ambos conseguiram lê-lo sem nenhum problema, e Jake entregou uma guitarra para Nico, que substituiria Ethan, o primeiro guitarrista que estava doente e não pôde ir.

(Música)

Nico suspirou, olhando para todos aqueles que os observavam enquanto Luke os apresentava. O moreno suava frio, mas até que estava gostando. Há tempos não sentia aquela adrenalina por suas veias.

You used to get it in your fishnets; Now you only get it in your nightdress; Discarded all the naughty nights for niceness; Landed in a very common crisis. – Começou a cantar, então Luke deu continuação, cantando a próxima parte.

Se, para a maior parte das pessoas, o sotaque inglês de Nico era um charme quando ele falava, misturado ao inglês americano de Luke ficara muito interessante. Muitas mulheres tiveram a atenção puxada pelo italiano, que agora já estava totalmente à vontade no palco.

 Thalia os observava cantando, encantada. Nico sempre teve aquela voz maravilhosa, mas agora parecia estar muito melhor. Nem se comparava aos pequenos trechos da música do Bon Jovi cantados na noite anterior, era especial.

E, enquanto ouvia aquele sotaque inglês saindo da boca do homem, a antiga imagem dele se despedaçou na sua frente. Aquele Nico que estava na sua frente, cantando junto com Luke, não era o mesmo de anos antes. Não fora apenas o cabelo que mudara, ou o jeito de falar; Nico mudara completamente. Ele tinha outra vida agora, em que ela não estava inclusa. No entanto, esse homem parecia tão maravilhoso!

Talvez ela estivesse se apaixonando pouco a pouco pelo novo Nico.

Remember when you used to be a rascal?— Nico terminou a música com um grande sorriso, assim como Luke.  Os aplausos ecoaram por todo o jardim, mostrando o sucesso que foi. Nico trocou breves palavras com Luke, então desceu do palco, entregando a guitarra para Jake.

Andou até a mesa onde estavam e se sentou em uma cadeira vaga.

— Você foi muito bom! – Thalia sorriu. – Ainda canta muito bem!

— É verdade, Nico! – Megan se debruçou na mesa. – E ficou legal sua voz misturada com a do Luke!

Nico sorriu tímido, agradecendo baixo às duas. A verdade era que se sentira incrivelmente bem enquanto tocava, mas toda aquela atenção o deixava um pouco envergonhado. Se fosse anos antes, ele provavelmente estaria se gabando por ser tão bom.

(Música)

Luke e a banda começaram a tocar uma versão de Paradise. Nico sorriu para Thalia, sabia que a música trazia tantas boas memórias para ela quanto trazia para si. Levantou-se, olhando para ela.

— Vem, vamos dançar! – Convidou sorrindo.  Thalia nem hesitou em aceitar, se levantando também e indo com ele até a pista de dança.

Enquanto rodopiava a mulher, Nico cantava baixo a música, e Thalia percebeu pela primeira vez que ele ainda tinha um pouco do sotaque italiano. Era algo misturado e único. Sorriu para ele. Pouco antes de Nico partir, aquela música foi lançada e ela a adorou. O garoto costumava dizer-lhe que Thalia era a garota que a música falava.

Quando a música acabou, outra começou, e nenhum dos dois percebeu que não era Luke quem a cantava antes de o homem estar ao lado deles.

— Posso roubá-la? – Sorriu para Nico.

— Na verdade, eu acho que ela é sua. – Sorriu também e começou a andar para longe do casal. Ainda estava com a cabeça nas antigas memórias, por isso não prestava muita atenção para onde andava. Acabou por bater em alguém, o que resultou em sua blusa molhada por Ponche.

— Ai Nico, me desculpe! – Megan pediu ao ver que a blusa vermelha do homem estava encharcada com a bebida. – Eu não te vi!

— Está tudo bem, eu estava com calor, de qualquer forma. – Ele riu, fazendo-a rir também. – O que faz aqui? Pensei que estaria na mesa, com os outros.

— Eu precisei ir ao banheiro. – Ela deu de ombros. – Venha comigo, vamos dar um jeito na sua camiseta!

Ela colocou o copo na bandeja de um garçom que passava e começou a andar, guiando o homem para dentro da casa. Subiram as escadas sem pressa, o homem apreciando o lugar. Não era nada exagerado, mas dava para perceber o quanto a família era rica. Megan parou em frente a uma porta branca com um M escrito com purpurina vermelha e a abriu.

— Tire a camisa, eu vou colocar ela para lavar e pegar outra para você. – Megan disse. – Se precisar, pode se lavar. Eu não tenho banheiro aqui, mas tem um no quarto do Luke, que é do lado do meu.

Ela saiu do quarto e Nico deu uma olhada no lugar. As paredes eram pintadas de vinho e cheias de pôsteres antigos. Uma delas era feita de vidro e a cidade tampada por uma cortina creme, e outra era totalmente coberta por uma prateleira com mais discos de vinil que o homem poderia contar. Ele não via guarda roupa, mas havia uma porta e, como Megan dissera que não tinha banheiro, ele concluiu que ali era um closet. Além da cama e da prateleira, havia um criado mudo com um abajur em cima e uma mesa com papéis e um toca-discos.

Levantou-se para olhar os discos mais de perto. Era uma das coisas mais incríveis que havia visto em sua vida. Passou a mão por eles, lendo os diversos títulos.

— Esse é o meu tesouro. – Megan estava apoiada à porta, observando-o com um sorriso, então entrou e o entregou três camisas. – Eu peguei uma de cada um. Veja a que fica melhor em você.

 - Como conseguiu todos eles? – Perguntou vestindo uma aleatória que ficou curta para ele.

— Eu viajo muito, você sabe. – Ela se sentou na cama. – E não tenho uma profissão, faço de tudo um pouco. Metade do dinheiro que consigo é para sobreviver e continuar indo de um lugar para o outro, e a outra metade eu gasto em leilões de discos.

— É incrível! – Exclamou, entregando duas das camisetas para ela e voltando a admirar a estante. – Você tem de tudo aqui!

— Escolha algum, eu tenho um toca discos também. – Ela sorriu. Nico passou a mão pelos discos mais uma vez, até escolher um e entregar a ela. – Bom Jovi; New Jersey, 1988. Comprei-o na Itália há um ano.

Nico pegou o disco de volta e andou até onde o toca discos estava, agradecendo sua mãe por ensiná-lo a colocar o disco ali. Quando a música começou a tocar, ele andou até a cama, sentando-se ao lado de Megan.

— Você escolheu Bon Jovi por causa de Thalia?– Perguntou.

Nico murmurou que sim, mais envergonhado de admitir aquilo para si mesmo do que para a mulher.

— Parece que estamos no mesmo barco, não é? – Ela perguntou com um sorriso triste, recebendo um olhar confuso em resposta. – Primeiros amores, amigos de infância... Tem uma grande diferença entre eles, não?

— Como você sabe?

— Não conseguiriam esconder nem se quisessem! – Ela sorriu.

Nico olhou para as próprias mãos. Então isso queria dizer que Luke provavelmente já sabia, e mesmo assim continuava conversando e sendo legal com ele. Era apenas mais uma prova do quão melhor o outro homem poderia ser; se fosse ao contrário, Nico tem certeza que perderia a cabeça.

— Você disse que foi o primeiro amor de algum dos irmãos? – Perguntou, desviando seu olhar para a mulher. Ela molhou os lábios antes de responder:

— Luke. – Sorriu minimamente. – Não chegamos a namorar realmente, eu fugi antes que ficasse mais sério.

— Por quê? – Ela desviou os olhos. – Você o ama ainda, não é?

— Eu não consigo mais morar aqui, nem em nenhum lugar. – Suspirou. – A minha casa é o mundo agora, e Luke nunca iria querer ir comigo. E quando voltei ele estava com Thalia. Acho que é melhor assim.

Nico a olhou compreensivo. Dentro de seu interior, em algum lugar, ele sabia exatamente o que ela estava passando, embora negasse. Ela se levantou, abrindo um grande sorriso.

— Vamos descer! – Exclamou e Nico ficou surpreso com o quão fácil era para ela esconder o que sentia atrás de um sorriso. Levantou-se também, descendo as escadas junto com ela.

~^~

— Eu não acredito que uma mulher como a Megan te levou para o quarto e você não pegou ela! – Percy ria do primo descontroladamente e o moreno agradecia por serem os únicos na mesa. – Ou você é um caso perdido, ou a Thalia está mexendo mais com você do que eu tinha imaginado!

— Apenas cale a boca, Percy. – Nico suspirou. – Não é como se eu fosse como você, que dispensa a única mulher que aguentaria viver com você!

— Você sabe que eu não poderia ficar com ninguém agora! – Foi a vez de ele suspirar.

— Já tem anos, Percy! – Exclamou. – Até quando pretende continuar com isso?

Percy suspirou mais uma vez, virando todo o conteúdo do copo em sua garganta. Não era como se ele gostasse de conversar ou pensar sobre o acontecido. Estava bem do jeito que estava e não queria se machucar outra vez.

~^~

Luke passou rapidamente os olhos pela festa, procurando por Megan. Ela havia lhe dito que iria apenas pegar bebidas para eles e voltaria, mas já fazia algum tempo e nada da mulher.

Encontrou-a alguns segundos depois, na entrada que dava para dentro da casa. O que lhe surpreendeu foi com quem ela conversava: Hermes estava ali.

Luke não chegava a odiar seu pai, como Megan, mas ele realmente não gostava dele. Quando era pequeno via sua mãe chorando pelo homem não estar com ela, e mesmo agora, que já sabia verdade sobre Hermes nunca ter dito que iria querer algo sério, não conseguia deixar de culpa-lo.

Além disso, ele nunca foi um pai presente. Pelo menos não para ele. Não tinha ciúmes de seus irmãos por vê-lo mais, ou qualquer coisa assim, foi sua decisão, quando completou onze anos, de continuar morando com a mãe e só ir à casa do pai nos fins de semana.

Andou até onde os dois estavam e percebeu a caixa nas mãos do homem.

— Luke! – Megan abriu um grande sorriso. – Olhe quem está aqui!

Desde pequena, quando sua mãe ainda era viva, a mulher sempre fora muito apegada a Hermes. Talvez pelo fato de seu pai ser um babaca, ou porque sua mãe também gostava muito dele. Quando a mãe morreu, Hermes ofereceu toda a estrutura que ela precisava, e deixava que ela ficasse por semanas seguidas em sua casa.

— Feliz aniversário, filho! – Estendeu-lhe a caixa. – Eu o pedi há semanas, mas só chegou hoje, e no correio do outro lado da cidade, por isso eu me atrasei. Espero que goste!

Luke empurrou a caixa de volta para o homem, rejeitando-o.

— Eu não preciso de nada comprado com seu dinheiro. – Isso era uma mentira muito grande, pois a floricultura de sua mãe só estava aberta ainda pelo dinheiro que o homem lhe mandava todo mês, além das despesas da casa. – Muito obrigado por vir até aqui, mas não precisava, poderia apenas ter me ligado, ou mandado mensagem.

— Luke, eu não sei se você percebeu, mas essa casa é dele! – Megan retrucou, pegou o presente e empurrou contra o homem que a olhava atônito. – E você vai aceitar esse presente sim, porque você vive resmungando para lá e para cá que seu pai nunca faz nada por você, quando ele dedica a vida inteira dele apenas para cuidar dos filhos.

Luke segurou o presente antes que a mulher o fizesse atravessar seu corpo, e a olhou. Sabia muito bem que ela odiava quando ele reclamava do pai, principalmente por ele não ter motivos aos olhos dela.

— E Hermes, é maravilhoso que esteja aqui! – Ela sorriu para ele. – Connor e Travis se superaram dessa vez, tem até uma cachoeira de ponche!

Ela o puxou pelo jardim, para apresenta-lo aos novos amigos e rever os antigos. Luke olhou para a caixa, agora um pouco amassada, percebendo o quão mal embrulhada ela estava, mostrando que quem a embrulhou fora o próprio Hermes.

Abriu-o, e encontrou um boneco. Luke já teve um daquele, quando era pequeno, fora a primeira coisa que o pai comprara para ele, assim que nascera. Era muito apegado a ele, até que Travis acidentalmente o quebrou. Como já havia anos que fora comprado, ele já tinha saído de linha, por isso não poderiam comprar outro igual. Na época, Luke se sentiu tão triste que se recusava a sair do quarto até mesmo para comer.

Olhou para trás, para o homem que agora conversava animado com Connor e Megan. Talvez a mulher estivesse certa, talvez o problema fosse ele, não o pai.


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Notas finais do capítulo

E então?
Sobre Percy: ele teve uma razão para tratar Annabeth dessa forma, e será explicado no próximo capítulo, por ele mesmo, por Nico e por flashbacks.
Eu fico realmente feliz por vocês estarem gostando da Megan! Sobre uma atriz para ela: eu ainda estou procurando, o que quer dizer que o trailer ainda vai demorar um pouco!
Enfim, espero que tenham gostado, e comentem! Por favor, é muito importante! Quando não há comentários, o autor acha que a história não está boa e, aos poucos, vai perdendo a vontade de escrever aquela história, resultando em perda de qualidade da escrita e até mesmo o abandono da fanfic.
Vou indo.
~Kisses!