Apenas Amigos escrita por Jupiter, Argonauta


Capítulo 9
Oito


Notas iniciais do capítulo

Argonauta: Oioi, seus lindos! Para compensar o hiatus de quatro meses, estamos postando capítulos loucamente, huehue. Agora é POV Gabriel, como o último foi POV Oki. Espero que vocês gostem, e desculpa qualquer erro! ♥



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                Nunca fui egoísta ou ciumento. Sempre estive acostumado com o fato de que as pessoas não são minhas, e sim delas mesmas. Mas o fato de ver Oki dando toda sua atenção para Saori e não para mim está me incomodando muito.

                Tudo bem, eles são namorados. Mas eu não acho que ele deve esquecer-se de mim só porque está com ela. Isso se chama ser trouxa. Oki não pode viver em função de sua namorada.

                Claro, ele também não pode viver em minha função, e eu nunca exigi isso. Eu só quero que ele volte a ser meu amigo, mesmo que esteja amando alguém.

                Mas ele não lê meus pensamentos, e sei que nem imagina que eu estou me corroendo de ciúmes. Qualquer um teria percebido isso, até porque eu faço questão de lançar os meus olhares mais ameaçadores na direção deles. Mas Oki não é qualquer um, e ele simplesmente não percebe, ou finge que não.

                O sinal finalmente toca e tenho vontade de ajoelhar e agradecer ao Universo. O dia no colégio foi um tanto cansativo, e o fato de ver o casal sensação de melação só piorou o meu humor mais ainda.

                Sinceramente, acho isso uma puta covardia. É injusto eu sentir um ciúmes gigante de Oki, e ele nem se importar comigo. Agir como se eu não estivesse muito puto em ver as mãos deles dadas, ou os beijos na bochecha que um dá ao outro como se fosse a coisa mais normal.

                Me pergunto se ele sente ciúmes de mim. Segundo Lia, que acredita veementemente que somos apaixonados um pelo outro, ele sente sim. Talvez não muito, até porque ele não parece ser do tipo possessivo, mas sente sim. Já Henrique costuma dizer que Oki é transparente demais e, se sentisse ciúmes, não conseguiria esconder. E ele nunca se mostrou com ciúmes.

                – Ei, Gabriel! – Exclama Stephanie, que aproxima-se de mim com seu caderno em mãos. Ao lado dela, Lia, Saori e Oki caminham até mim também. Não posso deixar de notar os dois muito próximos, com as mãos entrelaçadas.

                – Diga. – Murmuro.

                –Você pode ler esse poema que escrevi? Lia disse que ficou legal, mas a Saori fez questão de afirmar que está uma bosta. – Diz ela e depois se vira para Saori, mostrando a língua para a mesma, que responde com uma risadinha.

                Faço que sim com a cabeça e leio o poema rapidamente. Ela não é nenhuma poeta, então não está tão bom. As rimas não são as melhores, mas ficou legal. É um bom poema para uma garota de quatorze anos, e eu não sou nenhum crítico ou professor de gramática.

                Antes de dizer a ela minha opinião, vejo com o canto dos olhos Oki dando um beijo na bochecha de Saori, e acabo sentindo de novo aquele sentimento que me faz ter raiva da japonesa.

                Esse é o momento perfeito para ver se meu melhor amigo sente ou não ciúmes.

                –Steph, – Começo a dizer, fazendo questão de usar seu apelido. Oki dirige o olhar para mim imediatamente – Está incrível!

                –Sério? – Pergunta ela parecendo surpresa.

                Eu não queria mentir para minha amiga, mas não vou perder essa oportunidade.

                –Sim! Também, não podia esperar menos de uma garota tão inteligente quanto você, não é?

                –Ah, obrigada. – Diz Stephanie super envergonhada.

                –Sério, Steph, você é a garota mais inteligente que conheço. E a mais bonita, também. – Tudo bem, acho que passei dos limites. Nunca falei isso para ninguém, sempre tive muita vergonha.

                Mas a expressão de confusão estampada no rosto de Oki é impagável.

                –Eu? – Pergunta ela com incredulidade.

                –Sim! – Exclamo e devolvo o caderno para ela. – Eu não mentiria para você.

                Quando Stephanie vai pegar o caderno, movimento minha mão rapidamente e seguro na dela, que está um pouco gelada. Sua expressão de vergonha é evidente, e com o canto dos olhos posso ver o olhar de Oki, que parece mais com um fuzil invisível.

                Ele olha para nossas mãos e aperta um lábio no outro, como se estivesse impedindo uma frase de ser dita. A expressão em seu rosto com certeza é ciúmes.

                Sinto uma breve alegria quando descubro que Oki realmente sente ciúmes. Eu não sou o único, e é muito bom saber que meu melhor amigo se importa comigo.

                Mas a alegria toda acaba quando sinto uma mão segurando meu ombro. Viro para trás e dou de cara com César, que está com o olhar mais feroz já visto na face da terra. Lembro-me do quanto ele é apaixonado por Stephanie e solto a mão dela imediatamente.

                César solta meu ombro, olha em meus olhos e diz, com ódio:

                – Você era meu irmão, Anakin. Eu amava você.


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Notas finais do capítulo

Argonauta: Pra quem não entendeu o final, é uma "referência" à Star Wars, essa saga linda, hauhauh. O Gabriel está lascado, manos e manas. O César é bem ciumento c':
Espero que tenham gostado. Nos vemos no próximo capítulo, beijinhos



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