Apenas Amigos escrita por Jupiter, Argonauta


Capítulo 8
Sete


Notas iniciais do capítulo

Navy: Oi, pessoal. Como prometido, 2 capítulos no mesmo dia! *u*
Eu e a Argonauta esperamos que gostem, boa leitura!



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Pois é, eu tenho uma namorada. Foi bom contar para todo mundo. Aquela história de manter em segredo estava me matando.

            O Gabriel ficou muito chocado. Não é como se eu fosse trocar a Saori por ele. Ele continua sendo meu melhor amigo. Nada demais.

Brincamos só mais um pouco de Verdade ou Desafio. Já estava ficado chato. A Stephanie desafiou a Carolina a beijar a bochecha do Tumbert, que pareceu beeem felizinho.

O Henrique perguntou ao César se ele gostava da Stephanie. Ele ficou furioso: todo mundo sabia que sim, mas obrigamos ele a dizer em voz alta e a ficar tão vermelho quanto um pimentão.

Saori levantou, pegou a garrafa e jogou longe.

—Chega dessa porra! Vamos brincar de Polícia e Ladrão, caralho!

Minha namorada é a japonesa com a boca mais suja do mundo, mas ainda assim é maravilhosa.

—Beleza então! Eu, Carolina, Oki, César e Gabriel de polícia, e aí Saori, Stephanie, Henrique, Luana e Lia de ladrões, pode ser? — Tumbert sugeriu, e, como ele era o aniversariante, todos concordaram numa boa.

Dei um beijo na bochecha de Saori, e para retribuir, ela gritou:

—Nunca vai me pegar, otário! — Ela beijou minha bochecha de volta e correu junto com os outros ladrões.

Me reuni com minha equipe. Acho que iríamos fazer um plano, ou algo do tipo. Porém, meio que o Tumbert só falou que era pra correr como se nossas vidas dependessem disso.

O Gabriel não parecia muito animado. Enquanto todos correram atrás dos ladrões, cada um para uma direção, ele ficou parado ali.

— Ei, por que você não vai procurar....atrás da piscina? — Perguntei.

—Bom, é que nunca vim aqui.

—Eu também não, haha. Podemos ir procurar juntos? Aí se a gente achar alguém, você leva para a cadeia e fica de guarda, pode ser?

Tá, tanto faz. — Ele respondeu.

Começamos a correr. Aparentemente, todos tinham se escondido bem.

—Você está bravo comigo, Gabriel? — Resolvi indagar, quebrando o silêncio.

—Não, só um pouco chateado de você não ter me contado sobre a Saori.

—Foi mal, cara. Sei lá, acho que fiquei com uma...vergonhinha. — Falei, olhando para o chão.

—Fico feliz por você. — Ele disse, de um jeito sério, e mordeu o lábio.

De repente, uma risada, e um “que gay” vem de um arbusto.

Nós ouvimos e ficamos alertas. Nos aproximamos devagar e silenciosamente.

Ah, eu reconheceria aquela voz até se fosse surdo.

Pulo atrás do arbusto e seguro minha namorada pelo tornozelo, antes que ela fuja. Ela até que tenta me chutas, e depois ri.

—Agora a dúvida: como você me achou? — Ela dá aquela risadinha que eu amo, e que me faz lembrar porque eu a amo tanto. Até um tempo atrás não tinha percebido direito o que sentia com por ela. Só que quando ela me olhou por um longo tempo, pela webcam, enquanto jogávamos online juntos, eu entendi. Aqueles pensamentos que eu tentava compreender fazia um tempão, se organizaram, e, naquele momento, pedi-la em namoro pareceu mais fácil do que realmente é. Foi meio doido. Perdemos aquela partida, mas eu ganhei uma namorada linda e engraçada.

Eu a soltei e ficamos sentados. Não estava mais com vontade de brincar de Polícia e Ladrão.

Passei meu braço timidamente pelas suas costas, e ela deitou a cabeça em meu ombro. Cara, eu nunca tinha me imaginado fazendo aquilo com alguma garota.

—O teu amigo vai ficar aí? — Ela perguntou. De repente me liguei que Gabriel ainda estava ali, de pé.

—Uh, eu vou procurar...a Stephanie, eu acho. Até mais.

Ele se foi.

Fiquei ali com Saori um tempo, em silêncio.

Ei, Oki, eu to morrendo de frio. Vamos para o salão?

Beleza, pode ser.

Caminhamos até o salão de festas de mãos dadas.

Tudo ali parecia um sonho. Olhamos ao redor, naquele descampado. Tudo indicava que todos haviam desistido de brincar.

César passou com uma flor na mão, e o vimos achar Stephanie sentada na escada que levava até a piscina. Observamos, rindo, aquele menino desajeitado dar uma flor amarela para Steph, que a pegou envergonhada. Eles ficaram sentados ali, conversando.

—Vamos logo, eu vou congelar com esse vento aqui. — Saori disse. Nós apertamos o passo.

Passamos no salão, e perto da porta, Tumbert e Carolina se beijando de um jeito bem nojento, fazendo vários barulhos.

—Eu só vou pegar meu casaco pra você e a gente fica lá no parquinho. — Falei, abrindo a porta de correr do salão.

Entrei. Enquanto tentava achar minha blusa de frio, notei que Luana e Henrique estavam lá. Opa.

Ouvi um pedaço da conversa.

Lu, eu amo você, você sabe, não é?

—É...sei. Mas, tipo, eu...hum...não gosto de você. Foi mal.

Eita.

Peguei meu casaco e sai, e enquanto colocava a blusa em Saori, vi Henrique sair, curvado e com as mãos no rosto, dizendo “Idiota, idiota, idiota...”.

Saori fez cara de interrogação e eu dei de ombros.

—Partiu parquinho? — Ela perguntou, pegando em minha mão.

Chegando lá, encontramos Lia sentada no balanço, sozinha, meio que como sempre, quando os casaizinhos se formam.

—Deixa, vamos para a quadra. — Saori resmungou quando a percebeu.

—Não, pode deixar que eu saio. Podem ficar aí. De boa. — A garota se levantou, e abriu a boca para falar algo, mas pareceu desistir.

—O Henrique está perto do salão. — Respondi, mesmo sem ela ter perguntado.

Ah, tá. Okay. Valeu. É…boa sorte aí.

Ela saiu, andando devagar para algum lugar qualquer. Nem importava.

Eu e minha namorada entramos na casinha do parquinho.

—Finalmente.— Ela disse, suspirando, me fitando através dos óculos da Hello Kitty.

—É. Finalmente. — Sem saber se ela estava falando da privacidade ou de…bem, nós.

Me pareceu um bom momento. Nunca tínhamos feito aquilo.

Não! Nós não transamos, eu, hein. Nós nunca tínhamos nos beijado.

Coloquei a mão em sua pequena cintura e encostamos nossos narizes. Saori me segurou pelo pescoço.

Não sei direito como deveria fazer isso, mas nossos lábios se juntaram. Capturei o momento em que ela fechou os olhos escuros e puxadinhos, do jeito mais doce possível.

Desgrudamos os lábios depois de alguns segundos, porém continuamos a nos segurar, firme, querendo que aquilo durasse para sempre.

Ela apoiou a cabeça em meu ombro. É, nessa hora tive certeza de que a amava. Para valer.

 


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Notas finais do capítulo

Navy: E aí? O que acharam?
Capítulo bem fofinho hihihi.
Prometemos não demorar muito para o próximo, então, até breve!
XOXO



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