Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 88
Crise 88 - Esquilo Voador: A Origem


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap na área. Boa leitura! :)



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Tudo aconteceu rápido, muito rápido. O plano de Estrela era se aproximar do Esquilo Voador disfarçada de Vingadora Galáctica, uma super-heroína intergaláctica e eu, seu fiel escudeiro, Garoto Chinchila, devidamente vestido de chinchila, tinha a missão de distrair os vilões da escola enquanto ela corria atrás do Esquilo Voador que, por alguma razão, havia perdido seus poderes de controlar o vento.

—Vamos mostrar que não estamos aqui para brincadeira! - disse o chefe dos mascarados com saco de pão.

—S-Socorro! - gritei.

—O Garoto Chinchila parece encrencado – alguém que assistia tudo comentou.

—Ele é um super-herói. Tenho certeza de que vai escapar dessa – disse outro, mais confiante.

—Pobre Vitor – lamentou Mabi, enquanto virava o rosto para seu namorado Eduardo.

—Não se preocupe. Tenho certeza de que ele tem tudo sob controle. A Estrela não faria nada impensado – disse Eduardo, realmente confiante.

De fato, os bandidos já estavam prontos para me linchar, quando apertei algum botão estranho na minha roupa. Foi mesmo tudo muito rápido e eu não tinha ideia de que havia algo a mais naquela fantasia de chinchila. O que aconteceu é que algum mecanismo instalado na roupa foi ativado e um jato forte de alguma coisa me ejetou dali. Em suma, fui lançado longe, mais precisamente na direção do Esquilo Voador que fugia da Vingadora Galáctica.

—Pare, Esquilo Voador. Preciso falar com você – dizia ela.

—Não! - falava o esquilo – Vá embora e...

Mas na minha falta de controle de voo, acabei caindo bem em cima do Esquilo Voador, parando-o e permitindo que a Vingadora o alcançasse. Claro que os vilões vieram direto atrás da gente, mas a Vingadora Galáctica tinha algo preparado.

—Bom trabalho, Garoto Chinchila – disse ela – Pegou nosso alvo.

—Ah, deixa isso pra lá – foi o que falei, assim que me recuperei do choque brusco – Olha só, todos os vilões do recreio estão vindo na nossa direção.

—Não se preocupe. Como Vingadora Galáctica, posso usar meus poderes sem problema – disse ela, ativando o Portal Gun que estava escondido embaixo de sua manga e abrindo um portal. Ela me puxou juntamente com o Esquilo Voador e caímos direto no terraço da escola.

—Nem acredito que escapei – disse aliviado.

—Aqui poderemos conversar em paz – disse a Vingadora Galáctica.

—Quem são vocês? - indagou o Esquilo Voador – Não vão conseguir tirar nada de mim, não tenho mais nada a perder.

—Para começar, vamos parar com essa bobagem toda – disse a Vingadora, tirando a máscara e revelando ser Estrela.

—O quê?! - o Esquilo quase caiu para trás – Mas você é...é...aluna desse colégio.

—Deixe de disfarce. Sabemos quem você é – disse Estrela, tirando a máscara do herói. Era mesmo o Bartô.

—Bartô? É você mesmo – comentei.

—E você? Quem é? - perguntou ele.

Não era óbvio? Bom, de qualquer forma, tirei a máscara.

—Vitor? Você também ganhou poderes? - disse ele.

—O que quer dizer com ganhou poderes? - perguntou Estrela – Como você conseguia controlar o ar daquele jeito.

—Eu...eu só queria ser um herói – lamentou ele – Calculei errado...achei que iria durar mais uma hora, mas acabou bem antes. Meus poderes só durariam vinte e quatro horas.

—Mas, afinal, como isso começou? - perguntei.

—Bem, tudo começou quando eu estava andando pelas colinas da cidade. Já ouvi relatos de OVNIs que aparecem por lá. Ando naquela região de vez em quando na esperança de encontrar a amada que está destinada a mim de outro mundo – disse ele.

Estrela e eu apenas no entreolhamos, mas Bartô continuou.

—Cansado de caminhar, acabei deitando na grama e olhando para o céu, quando vi uma garota muito linda.

—Não pode ser... - comentei.

—Acredite – continuou Bartô – Ela me cumprimentou e disse que estava apenas de passagem, mas ficou curiosa em me ver ali deitado na grama. Falei que estava apenas descansando de minha busca por um amor fora do comum, desabafei sobre como viver nesse mundo é entendiante e coisas do gênero. Foi quando ela me perguntou se eu gostaria de ter uma vida mais emocionante e disse que sim. Depois disso...ela me perguntou se eu pudesse ter algum poder por um dia que poder eu gostaria de ter.

—E o que você respondeu? - indaguei.

—Eu estava pensando em ter o poder de viajar para onde quiser no espaço, mas começou a esfriar e eu comentei “Que vento”. Parece que ela entendeu que eu gostaria de controlar o vento e disse que eu teria esse poder por vinte e quatro horas a partir do dia seguinte.

—Como é? Ela te concedeu os poderes assim? - perguntei – Quem era essa pessoa? Algum gênio da lâmpada?

—Claro que não! - disse ele – Certamente era uma alienígena. E certamente era a minha alma gêmea...mas ela sumiu assim que falou sobre meus poderes.

—E o que você fez? - perguntou Estrela.

—Percebi que realmente conseguia controlar o vento quando acordei na manhã seguinte e decidi me tornar super-herói por um dia – disse ele – Esse era meu segundo sonho, para dizer a verdade.

—Mas, afinal, como era essa garota? - perguntou Estrela.

—Ela era linda, maravilhosa. Tinha a pele muito branca, cabelos brancos e lindos olhos azuis. Nunca encontrarei uma garota assim na Terra de novo! - disse Bartô, com um ar claramente apaixonado.

Estrela e eu nos entreolhamos com olhos arregalados.

—E-Estrela...já não ouvimos essa história antes? - perguntei.

—Sim, Vitor – ela concordou – Não pode ser...a garota que esse garoto viu...talvez seja a mesma garota que deu o Eternium para o diretor da escola.

—Como? - perguntou Bartô – Você conhece ela? Espera..vocês conhecem alienígenas?

—E-Estrela...acho que falamos demais, não falamos?

—Não se preocupe, Vitor – disse ela – Esse problema é fácil de resolver.

Estrela atirou com o Portal Gun bem na testa de Bartô, deixando-o desacordado.

—Ah, você matou ele? - perguntei assustado.

—Claro que não – disse ela – Apenas apaguei a memória dele. Ele nunca vai se lembrar nem dos poderes, nem da garota que deu os poderes para ele.

—Mas não era a garota por quem ele estava apaixonado? - lembrei.

—E ele não teria nenhuma chance mesmo - disse Estrela - Fiz um favor para ele.

—E o resto da escola? O Esquilo Voador se tornou uma sensação e tanto – lembrei.

—Ah, tem isso – disse ela – Bem, isso vai gastar bastante energia do Portal Gun, mas já que não tem jeito. Coloque isso.

Ele me deu um par de óculos escuros e também colocou um.

—Aconteça o que acontecer, não olhe para o céu, tudo bem?

—Mas o que você vai fazer?

Ela atira com o Portal Gun na direção do céu e faz aparecer uma grande explosão de luz que chama a atenção de todos no colégio e proximidades. Sem dúvida, todos devem ter olhado para aquilo.

—Pronto – disse ela – Pode tirar os óculos.

—O que você fez? - perguntei.

—É uma radiação especial com uma frequência capaz de apagar a memória. É menos eficiente do que um tiro direto no Portal Gun, mas é suficiente para deletar as lembranças dos heróis e vilões do último dia. Para todos os efeitos, nada aconteceu.

E assim a febre dos heróis no colégio terminou tão rápido quanto começou. A explosão que Estrela fez surgir no céu criou uma justificativa coletiva sobre o surgimento dos vilões (algo como uma apresentação do grupo de teatro), embora o fato do Veterano Caio estar de cuecas no pátio tenha sido encarado apenas como mais uma mania louca dele...apenas Estrela e eu lembrávamos do que aconteceu, nem mesmo Mabi e Eduardo lembravam mais do Esquilo Voador e muito menos da Vingadora Galáctica e do Garoto Chinchila (ainda bem). Bartô voltou a se lamentar por ainda não ter encontrado sua amada de outro planeta, o peixe que o Salmão colocou em excesso na geladeira foi doado para a caridade, as meninas da escola continuaram a usar tiaras de orelha de gato em paz e o Veterano Caio continuou o resto do dia só de cuecas...

Mas, o fato de sabermos demais, apenas nos deixou com mais dúvidas. Naquele dia, quando Estrela e eu voltamos para a casa juntos, ela comentou.

—Não tenho a menor ideia sobre quem seria essa alienígena de cabelo branco misteriosa – falou ela – Não sei nem mesmo se é a mesma pessoa que trouxe o Eternium para cá....mas se for...o que exatamente ela quer?

—Será amiga ou inimiga? - perguntei.

—Eu não sei, mas seja como for...não posso descansar enquanto não resolver esse problema. É por isso que ainda estou aqui.

Sim, ainda havia mistérios para resolver. Será que encontraremos as respostas que estamos procurando? Bem, só o tempo irá dizer...


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Notas finais do capítulo

Eu estava com algumas expectativas para este arco, mas acabou não saindo muito bom. Apesar disso, acho que o acontecimento foi importante, afinal, essa garota alienígena misteriosa é um ponto importante na nossa fic. Espero que o próximo capítulo saia melhor.

Até mais! :)