Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 79
Crise 79 - Nós somos eles ou eles são nós?


Notas iniciais do capítulo

Ufa, finalmente consegui postar o próximo capítulo. Desculpem a demora, mas...eu avisei que a parada é louca, né? De qualquer forma, boa leitura.



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Crise 79 – Nós somos eles ou eles são nós?

Por um lado foi muito bom ter encontrado o Portal Gun desaparecido (seria muito ruim se ele parasse em mãos erradas), mas por outro lado, não tínhamos ideia de como ele foi aparecer ali, escondido naquele vaso. Alguém devolveu o aparelho para nós. Mas por quê? Priscila disse que foi a própria Estrela quem pegou de volta, mas nós nem encontramos com ela antes. O que estava acontecendo? Eu não parava de pensar nisso.

—Não tem jeito – disse Estrela – Vamos ter que investigar.

—Investigar? Agora? - perguntei.

—Se tem mesmo um alienígena rondando por aí, não podemos deixá-lo à solta – argumentou ela – Seguir com a feira não vai ser seguro.

—A Bruna vai encher a gente...vamos ter que arranjar uma desculpa – lembrei.

—E daí? Ela mandou roubar meu Portal Gun. Não tem moral nenhuma para exigir nada.

—Você faria isso mesmo se ela não tivesse feito isso, não faria? - perguntei.

—Sim, faria – foi tudo que Estrela respondeu.

—É, já imaginava – retruquei – Escuta, por onde começamos a investigar?

—Boa pergunta – disse ela – Se tem mesmo um alien por aí, o Portal Gun iria alertar. Mas...se ele está perto, já deveria estar acusando.

—Será que o Portal Gun está com defeito? - perguntei.

—Não, está funcionando perfeitamente – disse Estrela, apertando as funções complicadas do aparelho. Realmente, quem teria feito aquilo?

—Bem, se é mesmo um alien, não deve ser mal. Se fosse, não teria devolvido – disse.

—Ele pode ter copiado alguma informação importante – disse Estrela, com um ar preocupado – Há muitas possibilidades. Por isso precisamos investigar isso o mais rápido possível.

—E por onde começamos? - perguntei.

—Até agora, nossa única pista foi a mensagem que recebemos e aquilo que a Priscila nos falou – disse ela – Deve ser alguém parecida comigo.

—Bem, com esse vestido, não tem muita gente parecida com você por aí – falei, observando uma garota descalça e com vestido extravagante. Certamente, se o ladrão era parecido com Estrela, seria fácil encontrá-la.

—Ei, bom dia – disse uma voz conhecida. Era Kevin, o agente disfarçado da CICE que frequentava nossa escola – Achei que já estivessem na sala.

—Kevin? - perguntei – Achei que você não viria para a feira.

—Se eu não viesse, desconfiariam de mim – respondeu ele – Preciso manter meu disfarce de aluno comum a todo custo.

Na verdade, as pessoas não achavam ele muito comum, mas é melhor não tocar muito no assunto.

—Você – disse Estrela, praticamente agarrando Kevin pela camiseta da escola que ele estava usando – Teve notícias de algum alienígena andando por aí?

—Alienígena? - perguntou ele – Espere, está dizendo que tem um alienígena por aqui hoje?

—Parece que sim – respondi, contando tudo que aconteceu em seguida.

—Que estranho – disse ele – O pior é que isso faz sentido.

—Como assim? - perguntou Estrela.

—Quando estava chegando aqui, vi o Vitor entrar no banheiro do térreo de longe – falou Kevin – Mas você está bem aqui. Não é possível que fosse outra pessoa.

—Por que você acha isso? - perguntei.

—Você...é uma pessoa bem peculiar – disse Kevin – Não acho que tem muitas pessoas parecidas com você nesse colégio.

—Sério? Peculiar? - repeti, um tanto orgulhoso – Espera...isso foi um elogio, não foi?

—Hã? Ah, sim, foi sim – disse Kevin. Mas por algum motivo não senti muita firmeza naquelas palavras.

—Esqueça isso! - disse Estrela – Está dizendo que viu alguém igual ao Vitor? Totalmente idêntico?!

—S-Sim – gaguejou Kevin – Acha que é algum alien?

—É possível. Talvez ele consiga replicar qualquer figura do planeta. Primeiro ele copiou o meu corpo, depois copiou o Vitor. Quem sabe? - disse Estrela, com a mão no queixo – É...isso sim é uma pista. Venha, vamos logo para o banheiro.

—É, acho que ele ainda está lá – disse Kevin – Dá para ver daqui e não reparei nele saindo.

—E-Espere – gaguejei – Você pretende entrar no banheiro dos meninos?

—E qual o problema? - retrucou ela – Estamos em uma emergência!

—Mas isso vai ser um escândalo! - repliquei.

—Bem, nesse caso...vá você, Vitor – disse ela.

—E-Eu?!

—Ora, se eu não posso entrar no banheiro, então entre você.

—Quer dizer...encarar o meu clone...

—Sim. Mas se ele está disfarçado para não chamar a atenção, talvez ele não faça nada.

—T-Talvez?

—Bem, nós nunca podemos ter certeza de nada nessa vida, não é, Vitor? - disse Estrela – Qualquer sinal de perigo, tente sair correndo.

—Será que vai dar tempo? - perguntou Kevin.

—É. Não sabemos se o alienígena pode ser rápido o bastante para cortar a garganta do Vitor antes que ele comece a correr – ponderou Estrela.

—Você não tá ajudando! - exclamei.

—Bem, vamos logo atrás de você – falou Estrela – É até bom que vá uma única pessoa para ele não desconfiar.

—E o que eu digo para ele? - perguntei.

—Dê um jeito, Vitor! Será que eu preciso pensar em tudo sempre? Só de vê-lo já é um jeito de desmascarar o safado, não é?

É, pelo jeito eu não tinha muita escolha a não ser me encher de coragem. E de onde eu tiro a coragem? Bem, pelo menos Estrela e Kevin estavam logo ali atrás caso algo acontecesse. Fomos até o banheiro e, como combinado, entrei sorrateiramente ali. O banheiro estava vazio, exceto por uma pessoa...aquele cara com a minha cara. E não é que realmente era alguém muito parecido comigo? Eu estava ali, lavando as mãos...quer dizer, não era eu, era o meu clone ou alguém me copiando, enfim, você me entendeu (espero que tenha entendido). Assim que meu duplo me viu, ele praticamente caiu para trás – algo que eu também acabei fazendo.

—O que você está fazendo aqui? Você não devia estar aqui...ai, ai, ai – disse minha cópia, enquanto eu tentava entender alguma coisa.

—Do que está falando? - perguntei.

—Agora ferrou tudo – disse ele.

—Ferrou? O que você...

—E agora? O que eu faço?

—Estrela! Kevin! - gritei – Corram aqui!

Os dois entraram no banheiro e deram de cara com nós dois ali.

—Uau! Então tinha dois Vitors mesmo – disse Kevin.

—Diga Vitor, o que aconteceu? - perguntou Estrela – Aliás, qual de vocês é o Vitor?

—Sou eu! - disse, junto com meu outro eu. Nos entreolhamos logo de cara.

—Isso vai demorar – lamentou Estrela.

—Os dois são mesmo idênticos – notou Kevin – Um de vocês é um alienígena disfarçado, não é?

—Mas meu Portal Gun não acusou nada – disse Estrela, olhando para seu aparelho – Será que ele copia tudo, inclusive o DNA estranho, impedindo que o detector o note?

—Não sou alienígena nenhum – disse meu clone.

—Muito menos eu – falei.

—O que vamos fazer? - perguntou Estrela, com a mão na testa – Um de vocês é o Vitor falso.

—Mas eu sou o Vitor verdadeiro! - falei juntamente com meu duplo de novo e mais uma vez nos entreolhamos.

—Acalmem-se – disse uma voz conhecida, chegando logo atrás de nós. Arregalei meus olhos ao vê-la. Era exatamente igual à Estrela, usando exatamente as mesmas roupas. Kevin quase caiu para trás e Estrela recuou. Não chegou a baixar totalmente a guarda, mas com certeza estava espantada.

—Você...é outro alienígena capaz de copiar? - perguntou Estrela.

—Não, não sou. Fique tranquila. Nenhum de nós é um alien estranho – disse a nova Estrela – Bem, sou tão alienígena quanto você, na verdade.

—Mas afinal, o que está havendo? - perguntou Kevin.

—Tanto eu quanto aquele garoto ali somos Estrela e Vitor – disse a outra Estrela – A única diferença é que...

—Diga, não faça rodeios – exclamou a nossa Estrela.

—Eu não queria que chegasse a isso, mas já que vocês nos descobriram...não tem muito jeito – lamentou a outra.

—Desembuche logo! - retrucou a Estrela que conhecemos.

—É, você é mesmo igual a mim. Detesta coisas sem explicação – respondeu ela – Somos Estrela e Vitor, mas...somos Estrela e Vitor daqui algumas horas.

—D-Daqui algumas horas? - repeti, sem acreditar muito, mas todos esses meses andando com Estrela e encontrando as coisas mais absurdas não demorou muito para deduzir o que havia acontecido. Não, não pode ser, achei que pelo menos desse tipo de bizarrice eu estaria livre.

—Exato – prosseguiu a outra Estrela, dizendo o que já achava que ela iria dizer – Nós viemos do futuro.

Realmente, as coisas sempre podem piorar!


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Notas finais do capítulo

Apenas lembrando que já fiz uma fic só sobre viagem no tempo chamada Mind Clock, mas ela não foi lá grande coisa. Bem, espero ir melhor nesse arco do que naquela fic.

Até a próxima! :)