Alien Panic escrita por Metal_Will


Capítulo 47
Crise 47 - O Grande Kaldi




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Crise 47 - O Grande Kaldi

 

 Estávamos todos presos em um planeta desconhecido controlado por drones assassinos. Estávamos lá com a intenção de descobrir porque havia uma fábrica de androides alienígenas na Terra. Estrela conseguiu pegar um sinal local e descobriu uma nova ordem para os drones nos pegarem vivos. Agora ela decidiu se render e descobrir quem estava por trás disso. Usamos a lanterna do Portal Gun para voltar à superfície (sim, estávamos escondidos no esgoto da cidade onde nos encontrávamos) e logo fomos cercados por vários drones.

 

— Nós nos rendemos - disse Estrela.

 

— Por que precisamos passar por isso também? - reclamei.

 

— Eles disseram que queriam nós quatro vivos. Se vocês não estiverem junto, eles podem nos levar para o líder apenas quando encontrarem todos. Não estou a fim de perder tanto tempo - respondeu Estrela.

 

— Mas nem temos ideia do que eles vão fazer com a gente! - retruquei, interrompido pela voz metálica vinda de um dos drones.

 

— Análise encerrada. Dados compatíveis. Esses quatro devem ser levados à presença do grande Kaldi imediatamente - disse ele. Kaldi deve ser o nome do líder deles, pelo menos foi esse o nome que também ouvi quando Estrela detectou o sinal.

 

— Entendido - disseram os outros drones, nos cercando em uma formação circular e formando uma espécie de portal.

 

— Então eles realmente dominam a tecnologia de buracos de minhoca - reparou Eduardo - Sem dúvida, estamos no lugar certo para encontrarmos nossas respostas.

 

— Não é bem com respostas que estou preocupado - falei.

 

— Calma, Vitor. A Estrela está com a gente - disse Mabi.

 

— Mas agora estamos no território inimigo - lembrei - Espero que a gente saia bem dessa.

 

 Não demorou muito para os drones formarem um portal e nos colocarem dentro dele. No mesmo instante, estávamos diante de uma grande porta metálica, dentro de algum prédio com várias partes metálicas. Estávamos no planeta das máquinas, é claro que tudo ali era metálico.

 

— É, eles realmente dominam essa tecnologia - disse Eduardo.

 

— Você não está nem um pouco preocupado? - falei.

 

— Apenas relaxe. Tudo isso está muito interessante - respondeu ele - E aqui também o ar é bastante respirável.

 

 Isso também era uma coisa que ainda não conseguia entender: o motivo de conseguirmos respirar naquele planeta. Não é possível. Será que as máquinas destruíram tudo que tinha vida ali? Mas enquanto pensava nisso, a porta se abriu e um enorme corredor estava diante de nós em uma sala iluminada. Apesar da grande iluminação, não percebemos uma estranha figura que estava logo ali do lado e que apareceu diante de nós.

 

— Densidade de germes acima do recomendado. Iniciar processo de limpeza! - disse uma outra máquina, mas agora era um tipo de robô, com braços, mas com uma roda ao invés de pernas. Ela tinha um formato que lembrava uma moça de cabelo curto, mas claro, era um robô. Seu corpo era todo metálico, o que pareciam olhos, eram apenas peças luminosas em formato circular e o que parecia uma boca também era só alguma coisa artificial. No mais, ela também usava um avental de empregada. Ela jogou algum tipo de gás em nós quatro e ativou uma espécie de polidor que começou a passar em nós. Aquilo fazia várias cócegas...e não conseguíamos segurar as risadas. Exceto Estrela que ou não sentia cócegas ou segurava muito bem.

 

— Para! Para! Por favor! - implorei, sem conseguir parar de rir - Isso faz muitas cócegas!

 

— Preciso limpá-los direito - disse a robô - Vocês estão cheios de germes.

 

— Faz sentido - disse Estrela, quando finalmente ela terminou de nos "polir" - Saímos de uma espécie de esgoto...é natural que possamos ter tido algum contato com microrganismos desse planeta.

 

— Podemos estar com alguma doença alienígena estranha? - perguntei.

 

— Não se preocupem - disse a robô - Se respiraram o gás que lancei, todos os componentes micro-orgânicos que são considerados prejudiciais ao seu macrorganismo foram eliminados.

 

— Nossa, é verdade - comentou Mabi - Eu estava começando a ficar resfriada, mas agora me sinto muito bem.

 

— Interessante - disse Eduardo - Será que aquele gás tinha componentes de nanotecnologia?

 

— Exato - respondeu a robô - Temos nanomáquinas com a capacidade de processar uma anatomia completa e calcular quais organismos fazem mal a ela. Isso demora poucos segundos para fazer efeito. Independente das ameaças serem vírus, bactérias, fungos ou mesmo células cancerígenas. Isso funciona enquanto não forem eliminados pelo seu organismo pela digestão.

Ok, acho que ela já deu detalhes o suficiente. 

 

— Incrível. Isso revolucionaria toda a medicina. A profissão de médico se tornaria desnecessária - disse Eduardo.

 

— É verdade. Vocês ainda precisam de médicos na Terra - disse Estrela.

 

— Ah, não. Vá me dizer que no Setor W também tem essas coisas? - perguntei.

 

— Mais ou menos. A nossa anatomia tem uma certa diferença em relação aos terráqueos, mas...

 

 Antes que Estrela terminasse de falar, a robô interrompeu dizendo

 

— Por favor, sigam em frente. O grande Kaldi está esperando.

 

 Agora era hora da verdade. Aquele Kaldi nos queria vivos por alguma razão. Como ele seria? Pelo nome, devia ser uma criatura assustadora, gigantesca e poderosa. Nos aproximamos de uma espécie de trono (metálico) que estava virado de costas para nós. Assim que chegamos mais perto, ele se virou.

 

— Então...vocês são as criaturas vivas que vieram parar no meu planeta? - disse uma criatura baixinha, não muito maior do que um garotinho de dez anos. Tinha pele verde claro, orelhas pontudas, olhos brancos com pupilas pretas bem grandes, um dente canino saliente, usava uma roupa azul claro e sapatos marrons. Reparei que ele estava comendo algum tipo de coisa pastosa. Estava estupefato demais para falar qualquer coisa, mas Eduardo logo tratou de comentar algo.

 

— Sem dúvida, ele é um ser orgânico - disse Eduardo.

 

— Mais respeito com o imperador do planeta Mecanias, ser orgânico insolente! - reclamou o tal Kaldi.

 

 Parece que Mecanias era o nome do planeta.

 

— Quer que eu mande eliminá-lo, grande Kaldi? - perguntou a robô que nos poliu.

 

— Não, Margaret - respondeu Kaldi, depois de dar uma colherada naquilo que parecia o doce pastoso que comia (acho que Margaret era o nome da robô) - Ainda não sei o que eles querem e nem o que estão fazendo no meu planeta. Independente da explicação, já sei o que fazer com eles mais tarde.

 

 Não gostei muito dessa última parte, mas Estrela logo assumiu a liderança.

 

— Então foi você quem mandou os androides para a Terra, não foi? - perguntou ela.

 

 Kaldi olhava fixamente para todos nós. Não sei muito bem o que ele era, mas, sem dúvida, ele tinha as respostas que precisávamos. Afinal, quais eram as intenções dele?


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Notas finais do capítulo

O capítulo de hoje foi curto, eu sei, mas eu queria deixar um suspense. O próximo capítulo será importante.

Até lá! :)



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